Os factos valem o que valem.
Como diz o Povo: "Contra factos não há argumentos".
Vem isto a propósito do Livro editado pela Santa Casa da Misericórdia do Porto "As Catorze Obras de Misericórdia" por ocasião das comemorações dos seus 510 anos.
Para esta obra foram convidadas 14 personalidades para escreverem sobre cada uma das 14 Obras de Misericórdia.
Neste Livro não pode deixar de ser notada a ausência da União das Misericórdias Portuguesas ou um dos que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da UMP (AICOSUMP). Esta ausência é tanto mais injustificada quando aquele que se instalou no cargo de Presidente do Secretariado Nacaional da União das Misericórdias Portuguesas invoca a sua qualidade de irmão da Misericórdia do Porto.
É, absolutamente, lamentável que a União das Misericórdias Portuguesas tenha ficado, mais uma vez, afastada de uma obra que por maioria de razão deveria marcar presença.
Assinala-se a presença da Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome e a ausência da União das Misericórdias Portuguesas.
Este facto é tão só mais um elucidativo da incapacidade, total e absoluta, demonstrada por aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas.
A União das Misericórdias Portuguesas é, hoje, uma Instituição sem voz e, completamente, descredibilizada.
E isto vê-se nestes pequenos factos.
À ausência da União das Misericórdias Portuguesas não será estranha a participação de D. Manuel Clemente, no Livro.
Como não será estranho o facto de aquele que se isntalou no cargo de Presidente do Secretariado Nacional da UMP estar em permanente ireito Canónico.
A permanência nesse cargo é de todo incompreensível e deriva de a União das Misericórdias Portuguesas ser uma Instituição que se rege pelas Normas para as Associações de Fiéis aprovadas, no ano transato, pela Conferência Episcopal Portuguesa.
Não é normal e não é natural que a Misericórdia do Porto publique um Livro sobre as Obras de Misericórdia e, no mínimo, não proporcione a participação de um seu Irmão que por acaso é só aquele que está instalado no mais alto cargo executivo no seio da União das Misericórdias Portuguesas - na presidência do Secretariado Nacional.
Tudo isto não poderá deixar de dar azo a uma leitura que tem como consequência a menorização da União das Misericórdias Portuguesas.
Esta ausência jamais poderá ser entendida como mera coincidência.
à ausência da União das Misericórdias Portuguesas desta obra não será estranha a saída da Escola de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias da Universidade Católica. É que foi, precisamente, a Universidade Católica que foi encarregue, pela Misericórdia do Porto, de coordenar a publicação do Livro.
Só uma curiosidade que vem a propósito: até hoje não foram dadas a conhecer, por aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas, as razões da saída da Escola de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias, da Universidade Católica.
Não será estranho este facto ao da ausência da UMP do Liovro da Misericórdia do Porto.
Não é compreensível nem poderá ser admitido que uma Instituiçãoe que se rege pelo Código do Direito Canónico, tenha como dirigente quem está em permanente violação de cânones desse mesmo Código.
A União das Misericórdias Portuguesas tem que voltar a ser a voz das Santas Casas da Misericórdia, assim como tem que recuperar a credibilidade.
Tal como está, a União das Misericórdias Portuguesas de nada serve, bem antes pelo contrário. Está a revelar-se, altamente, penalizadora para a acção, intervenção e cumprimento da missão que às Misericórdias Portuguesas compete.
Nem a Misericórdia da qual é irmão aquele que se instalou no cargo de Presidente do Secretariado Nacional lhe reconhece qualquer capacidade para participar numa obra por si editada sobre as Obras de Misericórdia.
Assinala-se o facto.
Regista-se a ausência, a qual, não é, certamente, casual.
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