Quando as pessoas se unem por interesses e como consequência disso a ambição torna-se desmedida o terminus da situação pára, invariavelmente, numa implosão.
Os sinais de desorientação colossal no seio da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) começam a ser cada vez mais evidentes. Até agora, os seus "dirigentes" têm conseguido esconder essa desorientação com a passagem da mensagem da culpa de terceiros que só pensam e querem o mal da UMP e das Misericórdias.
Os actuais "dirigentes" da UMP estão cada vez mais isolados. As Misericórdias que estão em cumprimento da sua missão e cujos Dirigentes estão, veradeiramente, preocupados com o bem estar das resepctivas comunidades pouco ou nada vão partilhando com a UMP, tal como está, actualmente, a ser "dirigida".
É notório e notado que aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da UMP (AICOSUMP) vão tendo crescentes dificuldades em corresponder à pêiada de interesses que em seu redor construiram e à qual mais alguns se vão querendo aproximar de forma a também por aí extrair vantagens.
Os "dirigentes" da UMP vão tendo dificuyldades crescentes em responder às ambições instaladas que não páram de fazer crescer as suas exigências. A ambição instalada e que é notória e notada atrai aqueles que estão interessados em também obter vantagens para si e para alguns que lhes estão unidos por interesses. É esta instalação de interesses que se constitui em malha cada vez mais apertada e, simultanemamente, de maiores diomensões. Dimensões essas que conduzem, invariavelmente, a uma incapacidade de corresponder às ambições presentes assim como a um aumento incontrolado.
A tudo isto se junta o facto da criação de falsas expectativas e criação de uma falsa imagem de capacidade de ultrapassagem das dificuldades que forem surgindo, por maiores que elas sejam. O tempo encarrega-se de desmontar os castelo construídos em areias movediças, assim como permite concluir pela incapacidade de pagar promessas que à partida de sabia serem de impossível realização. Tudo isto tem maior gravidade quando são utilizados recursos que, prioritaria e exclusivamente, deveriam ser utilizados no combate à pobreza e ao apoio aos mais carenciados.
Contrariando os princípios e valores que fundamentam a acção e intervenção das Misericórdias, estes "dirigentes" da UMP tomaram a iniciativa de se atribuirem a si próprios remunerações às quais não poderiam nem podem aceder, assim como a mordomias injustificadas e não permitidas por lei e pelas regras. Claro que quando tais situações urgem todos os que nelas se envolvem exigem igualdade de benfícios. São estas exigências que não têm parado de crescer dentro da UMP. É a essas exigências que os actuais "dirigentes" têm dificuldades crescentes de dar resposta que aqueles que os rodeiam não páram de exigir.
A teia montada dentro da UMP não parando de crescer quer em exeigências quer em número de intervenientes tem como resultado uma notória e notada falta de capacidade de controlo da situação.
O resultado de tudo isto reflecte-se, necessariamente, nas contas que anualmente são submetidas à Assembleia Geral, a qual se tem pronunciado, favoravelmente, em resultado de manipulações antecipadamente, preparadas. A estratégia de controlo da Assembleia Geral tem passado, invariavelmente, por um período inicial de rasgados elogios por parte daqueles que estão comendo à mesa do orçamento ou que estão interessados em também a ela comerem. Esses rasgados elogios sendo tantos e tão eloquentes que impedem todos os outros espíritos ainda que duvidosos a suscitarem a mais pequena questão. É assim que se realizam, há muitos anos as assembleias gerais da UMP..
Mais.
Quando chega o momento das votações acontece sempre uma discriminação, relativamente, à expressão dos votos. O que se passa é o seguinte. Quando AICOSUMP querem fazer aprovar qualquer resolução a votação é realizada nos seguintes moldes:
quem vota contra é favor levantar-se
quem se abstem é favor levantar-se
quem vota a favor pode continuar sentado.
É claro que quando os participantes nas assembleias gerais são confrontados com este sistema de votação, não há quem tenha qualquer possibilidade de expressar o seu voto de uma forma verdadeiramente livre.
É esta uma das razões porque AICOSUMP apresentam o que querem sendo, invariavelmente, aprovado por unanimidade. Mas mesmo quando não o é (como aconteceu há cerca de 1 ano quando foi aborada o tema do Decretpo Geral para as Misericórdias) a deliberação da Assembleia Geral não tendo sido aprovada por uninimidade, foi assim que foi apresentada.
Cgegados a uma situação em que os recursos da UMP estão, praticamente, exauridos está a tornar-se cada vez mais difícil corresponder às exigências dos interesses instalados, razão pela qual AICOSUMP tentam criar mais e mais serviços, "instituições autónomas" ou quejandas de forma a permitir-lhes ir aí instalando mais alguns que querem usufruir de benefícios remuneratórios semelhantes àqueles que deles há muito beneficiam.
É nesta intrincada teia de interesses que cada vez com maior dificuldade se vão movimentando os actuais "dirigentes"=AICOSUMP. É em consequência disto que esses mesmos "dirigentes" têm dificuldades crescentes de acompanhar quer o pensamento quer a vida das Misericórdias. É nesta linha de rumo que esses mesmos "dirigentes" têm necessidade de encontrar sempre bodes expeiatórios para as dificuldades que eles próprios foram criando. É nesta linha que surgem as acusações ao Ministro da Saúde em paralelo com acusações aos Bispos e assim sucessivamente.
Para quem está com o mínimo de atenção à acção destes "dirigentes" da UMP poderá constatar que sempre, mas mesmo sempre, eles culpabilizam terceiros pelas suas próprias insuficiências. Não há uma única solução para um único problema vivido pelas Misericórdias que passe por uma soluç~ºao por eles encontrada.
E assim vão, as Misericórdias, tendo crescentes dificuldades para o cumprimento da sua missão. E não se diga que são só as Misericórdias que intervêm na área da saúde. Muitas Misericórdias sem qualqwuer intervenção na área da saúde tem vindo a sentir dificuldades crescentes, derivadas de uma falta de atenção dos problemas que realmente as afectam. As Misericórdias que intervêm na área da saúde têm muitíssimas mais dificuldades que as outras em resultado da promoção d epolíticas institucionais erradas, como se revelou o caso da entrada na RNCCI.
Com a situação criada e, actualmente, vivida a UMP terá cada vez maiores dificuldades em corresponder às expectativas das Misericórdias. Os seus "dirigentes" gastam todo o tempo de que dispõem pensando nos seus próprios interesses e procurando silenciar, correspondendo, às exigências crecsentes com que, diariamente, se confrontam. A UMP não tem recursos que lhe permitam sobreviver muito mais tempo. O passivo que em 31 de Dezembro de 2010 era, muito próximo do 9.500.000 €. Com um passivo desta dimensão, só um milagre poderá evitar a insolvência da UMP. E o pior é que, muito, provavelmente, quando as contas forem apresentadas na próxima Primavera, esse mesmo passivo já deverá ser de muito maior dimensão. Cá estaremos para o analisar, se Deus quiser.
Tudo o que aqui se escreve e reflecte é resultado de observações de informações oriundas de fontes que garantem a máxima fiabilidade, no entanto carecem de ser avaliadas na documentção, certamente, existente, na UMP. É por esta razão que nás, há muito, vimos recomendando a intervenção das tutelas, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e o Governo.
Será bom quer para as Misericórdias, quer para a UMP, quer para o Governo quer ainda para a CEP que seja realizada uma auditoria onde todas as suspeições que há muito pairam sobre os "dirigentes" da UMP terminem. Mas tal só será possível se e quando for realizada uma auditoria e tornadas públicas as suas conclusões.
É por esse dia que nós esperamos. Desejamos ardentemente a clareza e transparência processual e procedimental dentro da UMP. É por isso que nos batemos. É issso a que os Portugueses têm direito, conhecer a realidade.
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