Já por mais que uma vez nos temos vindo a referir para a situação paradoxal que se instalou nos órgãos sociais da União das Misericórdias Poertuguesas (UMP), com o afastamento, é verdade que consentido, dos Senhores Provedores desses mesmos órgãos, a partir do apoderamento dos mesmos por parte do frade do Ramalhal. Situação essa que continua até hoje e da qual tem resultado uma perca de capacidade de representação, de diálogo, de peso institucional, de confiança e de credibilidade.
Mais uma vez aconteceu que as Misericórdias só não ficaram fora da audiência concedida, ontem, pelo Senhor Presidente da República, porque aí esteve presente o Senhor Provedor da Misericórdia de Bragança, e nessa qualidade integrou a Delegação da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade.
E é, exactamente, aqui que está a situação paradoxal que há muito se vive na UMP.
Conforme se pode constatar pelo vídeo que aqui se reproduz, a Delegação da UMP na audiência de ontem concedida pelo Senhor Presidente da República não integrou nenhum Senhor Provedor.
Foto: Presidência da República Não é Dirigente de nenhuma Misericórdia há amis de 1 década ("presidente" do SN)
Foto: Presidência da República Dirigente da Fundação António Silva Leal ("secretário" do SN)
Foto: Presidência da República
Mas a Delegação da CNIS a essa mesma audiência integrava o Senhor Provedor da Misericórdia de Bragança.
Quer isto dizer que a delegação da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) não integrava nenhuma Misericórdia, mas a delegação da CNIS integrava a Misericórdia de Bragança.
Foto: Presidência da República Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Bragança (Director da CNIS)
Foto: Presidência da República
Este paradoxo é resultado da política de apoderamento seguida e praticada por aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da UMP (AICOSUMP). E é resultado de um afastamentpo deliberado dos Senhores Provedores dos órgãos sociais da UMP.
O Secretariado Nacional da UMP é composto por 3 elementos. Os 2 primeiros cargos, o de Presidente e o de Secretário são ocupados por pessoas que jamais foram Provedores de uma qualquer Misericórdia.
Esta é uma situação muito particular e constitui uma verdadeira aberração. Não faz qualquer sentido que os cargos dirigentes da UMP não sejam execidos por Provedores, enquanto representantes das respectivas Misericórdias (ou por Dirigentes das Misericórdias designados por elas).
A situação em que colocaram a UMP AICOSUMP é, verdadeiramente, anti-natura. Não faz qualquer sentido que a União das Misericórdias Portuguesas não seja dirigida pelas Misericórdias.
Mas a situação do presente é ainda pior porque para além de não ser dirigida por Provedores/Dirigentes das Misericórdias é "dirigida" por pessoas dirigentes de organizações de natureza bem distinta como é o caso da Fundação António Silva Leal.
Outra nota que sobressai da audiência ontem concedida pelo Senhor Presidente da República prende-se com o facto de a "presidente" da Mesa da Assembleia Geral (AG) da UMP integrar a delegação da União das Mutualidades à qual pertence em representação da Associação Mutualista dos Artistas de Bragança.
Não terá sido por acaso que sendo "presidente" da Mesa da AG da UMP e Presidente da Mesa da AG da União das Mutualidades tivesse optado por integrar a representação das Mutualidades. Acontece que o facto, por si só da máxima relevância, de estar na União das Mutualidades em representação do uma Associação Mutualista lhe dá muito mais poder de representação, relativamente, a igual cargo na UMP onde só se representa a si própria.
Tudo isto é resultado de as Misericórdias não intergraem os órgãos sociais da UMP. Estes são constituídos por Irmãos das Misericórdias quando de direito deveriam ser exercidos por representantes das Misericórdias.
Não terá sido por acaso que sendo "presidente" da Mesa da AG da UMP e Presidente da Mesa da AG da União das Mutualidades tivesse optado por integrar a representação das Mutualidades. Acontece que o facto, por si só da máxima relevância, de estar na União das Mutualidades em representação do uma Associação Mutualista lhe dá muito mais poder de representação, relativamente, a igual cargo na UMP onde só se representa a si própria.
Tudo isto é resultado de as Misericórdias não intergraem os órgãos sociais da UMP. Estes são constituídos por Irmãos das Misericórdias quando de direito deveriam ser exercidos por representantes das Misericórdias.
Tudo isto contribui, e muito, para a descredibilização, para a perca de confiança, para a perca de capacidade de representação das Misericórdias por parte d'AICOSUMP.
Com esta situação, as Misericórdias foram, de facto, representadas pela Direcção da CNIS que talvez não por mera casualidade tivesse a sua delegação integrada pelo Senhor Provedor da Misericórdia de Bragança.
Se nos lembrarmos que ainda recentemente a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) nomeou o Presidente da Direcção da CNIS para dialogar com AICOSUMP poderemos concluir que a perca de capacidade de representação e de diálogo d'AICOSUMP é muitíssimo reduzida, para já não falar na capacidade de representação da qual parece já não dispôr.
AICOSUMP são convidados sob o ponto de vista formal, como obrigatoriamente, terá que ser, mas de facto de pouca ou nenhuma capacidade de representação já disporão.
Constitui de facto um paradoxo que a delegação da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) na audiência com o Senhor Presidente da República não integre nenhuma Misericórdia. Tal só acontece porque as Misericórdias têm permitido que AICOSUMP afastem os seus Dirigentes dos órgãos sociais da UMP.
Por estas e pro outras aqui nos temos batido desde sempre para que os órgãpos sociais da UMP sejam exclusivamente constituídos pelos Senhores Provedores em representação das respectivas Misericórdias.
Não faz qualquer sentido a situação que há muito se vive na UMP.
É fundamental repor normalidade na constituição dos órgãos sociais da UMP. Estes devem ser cosntituídos, exclusivamente, por representantes das Misericórdias, particularmente, pelos seus Provedores que é o cargo que, estatutariamente, está encarregue de representar a respectiva Misericórdia.
Não faz qualquer sentido que sejam aqueles que não são sequer Dirigentes de uma quaalquer Misericórdia ou sejam dirigentes de outras organizações que estajam a exercer cargos para os quais nem sequer têm perfil. Porque se o tivessem seriam Dirignetes de Misericórdia e não não. Alguma razão haverá para não o serem.
Lamenta-se, profundamente, que as Misericórdias não integrem a totalidade dos órgãos sociais da UMP e pior que isso não sejam as Misericórdias a representar as suas congéneres integradas na União das Misericórdias Portuguesas (UMP).
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