sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Rede do pré-escolar reforçada com abertura de mais 500 salas

quinta-feira, 17 de Novembro de 2011
16:50
Diário Digital
O ministro da Educação, Nuno Crato, anunciou hoje no Parlamento que será reforçada a rede de ensino pré-escolar, com a abertura de mais 500 salas.

A transcrição desta notícia procura ilustrar a indiferença com que os actuais "dirigentes" da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) tratam as matérias de superior interesse para as Misericórdias.
Há uns dias atrás colocámos imagens da SIC sobre o preço do pré-escolar a qual pode ser vista aqui procurando na coluna do lado direito.
Nesse trabalho apresentado pela SIC concluem que os equipamentos pré-escolares do Estado são bastante mais baratos que os da Rede Social.
Juntando essa conclusão com a decisão governamental de abrir mais 500 salas da rede pública do ensino pré-escolar poderemos intuir as consequências que daí adviraão para as Misericórdias.
Mas ainda antes de reflectirmos sobre as consequências para as Misericórdias importa proceder a uma análise do que se passou desde a criação da rede de ensino pré-escolar e a atitude que os "dirigentes" da UMP tomaram desde então.
Ou talvez ainda antes de iniciarmos essa análise convenha registar que o apoio à criança e às famílias surgiu há muitos, muito mesmo, anos por iniciativa das Misericórdias. A título só de exemplo referiremos os lactários e os infantários. Nessa altura ainda não havia distinção entre creche e pré-escolar, já que este ensino não existia.
Durante décadas a rede de infantários das Misericórdias foi cerescendo.
Nestes infantários eram acolhidos os bébés a partir dos 3 meses de idade, quando não antes ainda, e aí continuavam até atingirem a idade de entrada para o ensino, hoje designado de básico. Saíam dos infantários das Misericórdias para ingressarem na 1.ª classe do ensino primário, como então se designava.
Poder-se-á até afirmar que as Misericórdias garantiam o apoio à criança e à família numa rede de dimensão nacional. Poder-se-á dizer que tal rede não cobriria o acolhimento da totalidade das crianças entre os 3 meses e os 6 anos de idade. Até é verdade, mas a rede de infantários que as Misericórdias instalaram em Portugal não tinha como primeiro objectivo o ensino, agora designado, de pré-escolar.
Mas diga-se em abono da verdade que foram as Misericórdias que iniciaram o processo de transformação dos seus infantários em estabelecimentos onde a componente ensino passou a ser parte integrante. Foi nesta perspectiva que as Misericórdias começaram a dotar os seus infantários de educadoras de infância, entregando até a sua direcção técnica a essa categoria profissional. As Misericórdia, por sua livre iniciativa transformaram os seus infantários em estabeleciemntos de ensino.
De tal maneira, já nessa altura, o trabalho desenvolvido nos infantários das Misericórdias era tido como bastante importante. Esta conclusão chegavam, com facilidade as professoras do ensino primário quando recebiam, anualmente, as crianças que entravam para a 1.ª classe. As crianças que tinham frequentado os infantários das Misericórdias iam muitissimo mais bem preparadas que a generalidade das outras crianças. Reconhecia-se, assim, o importante contributo das Misericórdias para a elevação do nível de instrução a que as crianças em Portugal passaram a ter acesso.
Poder-se-á até afirmar que a rede pública de ensina pré-escolar foi criada com base na experiência adquirida na rede de infantários das Misericórdias, já que quando essa rede pública foi instalada quer as metodologias quer os conteúdos não foram significativamente diferentes dos existentes nos infantários das Misericórdias. Poder-se-á até dizer que as Misericórdias não tiveram qualquer dificuldade em se adaptar as regras e normas definidas pelo Ministério da Educação quando este criou o ensino pré-escolar.
Rambém em abono da verdade importa registar que os infantários das Misericórdias que mais ou menos nessa altura passaram a designar-se jardins de infância (que passaram a ter duas valências: creche para crianças até aos 3 anos e jardim de infância para crianças a partir do 3 anos até atingirem a ideda escolar) mantinham uma grande distinção das salas de ensino pré-escolar abertas na rede pública e entregues aos municípios. Enquanto estas só garantiam a componente ensino, os jardins de infâncias das Misericórdias garantiam o ensino de qualidade semelhante quando não superior à rede pública, mas garantiam também a componente social, ou seja o apoio à criança e à família antes e após as horas lectivas.
Ainda hoje assim é. A rede pública de ensino pré-escolar só garante a componente lectiva e alguns casos garante o apoio social a algumas crianças que se traduz no fornecimento de refeições nas cantinas escolares. Enquanto que as Misericórdias apoiam as crianças antes mesmo do início diário da componente lectiva, o qual se prolonga muito para além dessa mesma componente. Poder-se-á ate´dizer que enquanto o Estado apoia as crianças 5 horas por dia, as Misericórdias, na sua esmagadora maioria mantêm abertos os seus jardins de infância 10 horas pro dia.
Claro que perante esta realidade os custos operacionais no ensino pré-escolar público será bastante mais barato do que o apoio educativo e social prestado nas Misericórdias. Não poderão ser comparados custos como o que foi feito pela refrida cadeia de televisão porque não comparou a mesma prestação de serviços, só comparou custos. Ora se os serviços são bastante mais nas Misericórdias do que os prestados na rede pública, necessariamente, serão mais caros.
Os custos operacionais, de funcionamento, do ensino pré-escolar na rede pública e na rede social só serão comparáveis quando ambas as redes prestarem os mesmos serviços. Ora a rede pública só disponibiliza a componente lectiva, o que não acontece com a rede social que para além da componente lectiva também garante o apoio social à criança e à respectiva família.
A rede pública do ensino pré-escolar tem uma vantagem, muitíssimo grande relativamente à rede social. É que é gratuita para as famílias o que tem por consequência a crescente retira das crianças dos jardins de infância das Misericórdias para as integrar na rede pública.
Apesar de os jardins de infância terem sido apoiados na sua construção por dinheiros públicos, o Estado não se tem coibido de aumentar o n.º de salas de ensino pré-escolar, o que tem provocado o encerramento de muitas, mas mesmo muitas, salas de ensino pré-escolar a cargo das Misericórdias. E assim se tem desperdiçado muito do investimento público realizado nas Misericórdias. Há até situações, não quantificadas por enquanto, do n.º de jardins de infância que fecharam devido à falta de procura das famílias que optam por colocar os seus filho nas salas (garatuitas para elas) da rede pública de ensino pré-escolar.
Para além da consequência do desaproveitamente do investimento público realizado na construção de salas de ensino pré-escolar nas Misericórdias, o encerramento de salas de ensino pré-escolar nas Misericórdias gera desemprego, não só para os(as) profissionais da componente lectiva como até para aquelas pessoas que pretavam apoio social às crianças em idade de pré-escolar.
Sendo certo que a criação da rede de ensino pré-escolar permitiu o acesso a um número crescente de crianças, tal foi conseguido à custa de investimento público, tendo daí resultado prejuízos financeiros para as Misericórdias e até criado algumas situações de desemprego. Tudo isto em resultado de em haver já maior oferta do que procura, o que leva as famílias a optarem pelo que lhes fica mais barato em detrimento da qualidade e quantidade de serviços de que os filhos poderiam benficiar. Em resultado de tudo isto, a rede de ensino pré-escolar nas Misericórdias continua a diminuir.
A tudo isto têm permanecido silenciosos os "dirigentes" da UMP. Nada mas mesmo nada do que tem acontecido e continua a acontecer na rede de estabeleciemntos de ensino pré-escolar das Misericórdias tem merecido ou merece a mais insignificante das atenções por parte desses mesmos "dirigentes" da UMP. Como aqui já por diversas vezes temos vindo a referir e a constatar tal resulta da incapacidade de diálogo já conhecida e reconhecida por parte dos "dirigentes" da UMP, há vários anos. Os "dirigenets" da UMP há muito que deixaram de dialogar com o Minsitério da Educação. E as consequências aí estão e das quais resultam prejuízos, sobretudo para as crianças e famílias que procuram outras soluções ainda que não as melhores, mas porque são mais baratas.
A comprovar a indiferença a que os "dirigentes" da UMP votam a componente lectiva de ensino pré-escolar nas Misericórdias está npo facto de ignorarem, pura e simplesmente, a decisão governamental de abrir mais 500 salas de ensino pré-escolar integradas na rede pública. Certamente a abertura de parte significativa de 500 salas de ensino pré-escolar da rede pública vai oroginar o enecerramento de outras tantas salas de ensino pré-escoloar da rede social onde se incluem as Misericórdias. Mas ao contrário do que constitui sua obrigação institucional, os "dirigenets" da UMP não só demosntram total indiferença como demonstram até insensibilidade.
O que preocupa, verdadeiramente, os "dirigentes" da UMP, hoje, é a carnificina, pelos próprios promovida para o dia de amanhã no concelho de Borba, onde mandaram preparar uma sesão de morte de perdizes adquiridas de propósito para serem abatidas. Amanhã, os "dirigenets" da UMP dão satisfação aos seus instintos de destruição. Mandar comnprar perdizes só para term o prazer de as matar revela todo um espírito contrário à solidariedade universal.
Mas vai ser assim.
São os "dirigenets" que esta UMP merece.

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