sexta-feira, 30 de setembro de 2011

SERÁ DIFÍCIL ERRAR MAIS

Sim de facto será difícil encontrar algum Dirigente que erre mais, de forma tão reiterada e tão pernicosa como aqueles que "dirigem" a União das Misericórdias Portuguesas (UMP).
Para melhor informação de evetuais almas que ainda possam ter dúvidas dos erros sitemáticos, continuados e graves vamos tentar descrever aqueles que chegaram ao nosso conhecimento.
Nada melhor para começar do que assnalar um facto marcante que ocorreu logo no dia da tomada de posse do actual "presidente" do Secretariado Nacional (SN) da UMP, mandato esse que também foi exercido por alguns dos actuais membros dos órgãos sociais.
Vamos então a isso.
Para os que estão mais atentos ao que se passa na UMP recordarão que a posse dos membros dos órgãos sociais do mandato anterior (2007-2009) esteve marcada para a Igreja das Irmãs Missionárias de Maria, contígua à actual "sede" da UMP, ao Campo Pequeno. Recordarão também que em cima da hora a tomada de posse foi transferida da Igreja para onde estava prevista, para o Hotel Berna, localizado bem perto da Igreja. Talvez a cerca de 100 metros.
Mas se se pensa que
Esta mudança de local feita em cima da hora nunca foi explicada quer àqueles que foram convidados para a "cerimónia", muito menos às Misericórdias. De uma forma atabalhada que sempre soou a falso àqueles que ouviarm a justificação tentar fazer crer que tal mudança se devia aofacto de a Igreja ser pequena para tanta gente que apareceu sem ser esperada. De facto para além de não ser minimamente convincente, a justificação apresentada era mesmo falsa.
Vamos então descrever a realidade dos factos.
Após a realização do acto "eleitoral" realizado em 2006 e face à reiterada falta de democarticidade e violação da Lei e das mais elementares regras de bom senso, a Misericórdia de campo Maior recorreu, junto da Conferência Episcopal Portugesa (CEP) solicitando a anulação desse mesmo acto "eleitoral". A CEP atendeu esse pedido da Misericórdia de Campo Maior e não tendo decidido até à data marcada para a posse oficializou a UMP´no sentido de adiarem essa mesma "cerimónia" de posse. Desrespeitando esa determinação da CEP e temendo as consequências da realização da posse em local de culto, decidiram-se pela transferência da mesma para o Hotel Berna.
Um parêntesis. Seria bom que os "dirigentes" da UMP divulgassem junto das Misericórdias quer o Parecer solicitado pela CEP quer mesmo o Decreto decisória relativo ao recurso apresentado pela Misericórdia de Campo Maior. Porque continuam a esconder das Misericórdias os documentos mais importantes ?
De facto nada melhor para assinalar o início de mandato do que desrespeitar a primeira entidade de tutela sobre a UMP e que é a CEP. Este facto (desrespeito por determinação da CEP em adiar a data da posse, no mandato anterior) manca indelevelmente as relações entre a CEP e os actuais "dirigentes" da UMP. Poderá até ter sido a causa próxima da elaboração, aprovação, e promulgação do Decreto Geral para as Misericórdias.
Os "dirigentes" da UMP em geral e o "presidente" da SN da UMP em particular desrespeitaram, de uma forma acintova, provocatória mesmo, uma determinação superior emanada da primeira entidade de tutela, a CEP. Constituiu um manifesto desrespeito e de falta de consideração por determinação da hierarquia à qual devem estrita obediência.
Claramente, esta atitude provocatória por partde dos "dirigentes" da UMP para com a CEP marcou, difinitivamente, as relações entre ambas as organizações.
Não satisfeitos só com esta provocação, falta de respeito e consideração para com os Senhores Bispos, ainda no mesmo mandato, "dirigentes" da UMP, nomeadamente, o "presidente" do SN da UMP, não quis o Senhor Bispo do Funchal no congresso da UMP que se realizou em 2009 naquela cidade. Poder-se-á perguntar o porquê ? De facto nada mas mesmo nada justifica o não convite do Senhor Bispo do Funchal para a cerimónia de abertura desse congresso. Estaremos todos ainda recordados que a intervenção do Senhor Bispo do Funchal foi concretizada na celebração da Eucaristia.
O que se passou então para que o "presidente" do SN da UMP tivesse rejeitado a possibilidade de convidar o Senhor Bispo do Funchal para a cerimónia de abertura desse congresso ?
Vamos então aos factos.
O "presidente" do SN da UMP e actual, acompanhado do vogal suplente, actual assessor/assalariado para as toradas deslocaram-se de propósito à Ilha da Madeira para convidarem o Senhor Presidente do Governo Regional para presidir à cerimónia de abertura do congresso da UMP. Quando confrontado pelo Senhor Presidente do Governo Regional com prática acordada entre o próprio e o Senhor Bispo de Funchal e que o Senhor Presidente do Governo Regional lhes descreveu nos seguintes termos: eu e o Senhor Bispo do Funchal temos um acordo e que passa pelo seguinte, nas cerimónias civis e religiosas em que ambos estejamos presentes, se a entidade que convida é civil, o Senhor Bispo do Funchal ainda que convidado para presider à cerimónia entrega-me essa posição a mim. Se a entidade é de Igreja ainda que tenha eu sido convidado para presidir, se o Senhor Bispo estiver presente, entrego-lhe a presidência. No caso do congresso da UMP se ambos estivermos na cerimónia, eu próprio lhe solicitarei que presida à sessão. Quando confrontado com esta realidade, o "presidente" do SN da UMP optou por não convidar o Senhor Bispo do Funchal ,já que o que ele queria era mesmo o Dr. Alberto João Jardim a presider à sessão de abertura do congresso da UMP. Claro que o Senhor Bispo do Funchal só esteve presente no congresso durante um curto intervalo entre duas sessões para cumprimentar os congressistas.
Esta desconsideração e falta de respeito para com a hierarquia da Igreja agravou ainda mais as dificuldades de relacionamento dos "dirigentes" da UMP com a CEP.
De tal maneira os "dirigentes" da UMP, nomeadamente, o seu "presidente" do SN tomaram atitudes de desrespeito, de desconsideração para com a CEP que esta não lhes reconhece capacidade e competência para dialogarem directamente, razão pela qual a CEP nomeou o Presidente da Direcção da CNIS para dialogar com a UMP.
Estes dois factos desastrosos protagonisados pelo "presidente" da SN da UMP constituiram erros de dimensão colossal que afectou, enquanto se mantir como "presidente", o relacionamento entre a CEP e a UMP. Dificilmente haverá um relacionamento normal e adequado entre a CEP e a UMP enquanto esta mantiver o actual "presidente" do SN.
Atitudes como as que assim são descritas não dignificam nem credibilizam aqueles que as tomaram e são profundamente perniciosas no normal relacionamento institucional com a realidade o tem vindo a demonstrar.
É fundamental que a UMP seja dotado de Dirigentes, porque só estes terão capacidade de recuperar a credibilidade e confiança, entretanto, perdida.
Mas se se pensa que as atitudes hostis para com a CEP, em geral e com os Senhores Bispos em particulares desenganem-se aqueles que assim pensam. Para tal bastará recordar a atitude dos "presidentes" do SN e da Mesa do Conselho Nacional (MCN) da UMP tomadas há cerca de 1 ano quando ameaçaram cortar relações com a CEP como forma de rejeição da definição da natureza jurídico-canónica das Misercórdias. Ainda todos estaremos lembrados das declarações do "presidente" da MCN da UMP ao Correio da Manhã.
E masi recentemente em reunião do Conselho Distrital de Portalegre o assessor/assalariado, do "presidente" do SN da UMP, para as toradas referindo-se aos Senhores Bispos só faltou afirmar que se tratava de uma corja de malfeitores.
Por tudo isto as relações entre a CEP e os actuais "dirigentes" da UMP serão. no mínimo muitíssimo dificeis senão mesmo impossíveis. Esta a situação actual. A CEP já não dialóga directamente com os actuais "dirigentes" da UMP. A comprovar esta conclusão está o facto de a CEP ter nomeado para interlocutos com a UMP, o Padre Lino Maia que é só o Presidente da Direcção da CNIS.
E não se acredite, como o tenta fazer crer o "presidente" do SN da UMP que foi apanhado de surpresa com a definição da natureza jurídica das Misericórdias. É que os Senhores Bispos mantiveram a coerência com aquilo que sempre defenderam: as Misericórdias são associações públicas de fiéis. Nesta linha foi também, já por várias vezes definido pelo Supremo Tribunal de Lustiça em vários acórdãos relativos a diversas Misericórdias. E pasme-se mesmo. É que o actual "presidente" do SN da UMP sempre entendeu que a Misericórdia do Porto da qual é Irmão e nessa qualidade foi "eleito" para a UMP, é uma associação pública de fiéis.
Face ao que aqui descrevemos só será possível extrair as seguintes conclusões:
1.ª- os "dirigentes" da UMP desrespeitaram ordem da tutela, do Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa;
2.ª- os "dirigentes" da UMP ignoraram o Senhor Bispo do Funchal;
3.ª- os "dirigentes" da UMP ostracisaram os Senhores Bispos reunidos em CEP.
Com estas atitutes protagonizadas pelos "dirigentes" da UMP é impossível haver um clima de paz e diálogo franco e despreconceituoso entre ambas as entidades.
É pois repor a normalidade relacional entre a CEP e a UMP e isso só será possível dotando a UMP de novos e diferentes Irmãos, verdadeiramente, de Misericórdia.


Vamos a outros factos que só podem ser considerados erros nas políticas estabelecidas para a UMP pelos actuais "dirigentes" da UMP.
Analizemos agora as relações com os Governos.
Também aqui as dificuldades de diálogo têm sido notórias e notadas.
Ao longo dos anos que aqui nos debruçamos sobre estas matérias a essas dificuladdes temos dado eco.
Mas vamos referenciar algumas, mais uma vez.
Começemos pela educação.
Para quem acompanha a actividades das Misericórdias há amis tempo, certamente, recordará que a, actualmente, chamada educação pré-escolar terá tido o seu início nas actividades das Misericórdias desenvolvidas em equipamentos sociais criados para o efeito e designados por Infantários ou Jardins de Infância. Foi aqui que, verdadeiramente, teve início a educação pré-escolar já que foi com a acção das Misericórdias que esses infantários foram dotados de competências técnicas, nomeadamente, com educadoras de infância.
Pois bem a partir do início do milénio a UMP, por inacção, inabilidade e/ou incompetência dos seus "dirigentes" deixou de dialogr com os Governos em tudo o que à educação pré-escolar diz respeito. Esta ausência de diálogo foi resultado de os "dirigentes" da UMP não terem sido capazes de dialogar com o Ministério da Educação.
Consequências que daí advieram.
Muitas Misericórdias foram obrigadas a encerrar equipamentos sociais e/ou valências vocacionadas para o ensino pré-escolar.
As Misericórdias não tiveram acesso a finaciamento para aqusição de equipamentos escolares, nomeadamente, equipamento informático. Para quem acompanha estas realidades recordar-se-á que as Misericórdias foram preteridas no acesso ao financiamneto para aquisição dos chamados quadros interactivos, peças hoje normais nos equipamentos escolares da rede pública.
As Misericórdias foram, secundarizadas, no apoio ao financiamento para adaptação de equipamentos sociais e até mesmo para construção de novos.
Cabe aqui também uma pergunta: há quantos anos é os "dirigentes" da UMP já não negoceiam com o Ministério da Educação o Protocolo Anual para o ensino pré-escolar ? Dirão que essas negociações decorrem com o agora denomida Ministério da Solidariedade e da Segurança Social. Mas não é a mesma coisa. estamos a falar de coisas diferentes.
Outro tanto se tem passado com o Ministério da Segurança Social.
Recordamos que o Protocolo de 2010 foi assinado já nos últios dias do ano.
E que o Protocolo para 2011, nem uma palavra sobre o mesmo.
Mas se tivermos em atenção o que tem vindo a ser protocolado anualmente constaremos que os "dirigentes" da UMP têm sistematicamente aceite mais e maiores exigências para as Misericórdias sem que para tal sejam dotadas dos necessários, imprescindíveis mesmo, recursos financeiros para lhes fazer face. Os "dirigentes" da UMP têm, sistematicamente, assumido compromissos penalizadores para as Misericórdias sem que para tal tenham ouvido estas instituições. Esta prática corrente por parte dos "dirigentes" da UMP tem originado continuadas e crescentes dificuldades para as Misericórdias. Os "dirigentes" das Misericórdias jamais manifestaram ou tiveram disponibilidade para dialogar com as Misericórdias, previamente, à assinatura do Protocolo de Cooperação anual.
A incapacidade e/ou recusa em dialogar com as Misericórdias implica uma natural fragilidade negocial. Ninguém consegue "negociar" seja o que for se não conhecer a matéria que vai ou está a negociar, quer em termos qualitativos quer em termos quantitativos. Mais. as consequências poderão ser desastrosas como se estão a revelar se os "negociadores" não conhecrem as consequências das conclusões negociais.
O Protocolo de Cooperação anual é um bom exemplo do que não devem ser as negociações assumidas pelos "dirigentes" da UMP. Estes como não dialogam com as Miseericórdias, como não conhecem as Misericórdias nem conhecem as consequências dos compromissos que lhes são impostos, tem resultado, desde há muito, uma sistemática imposição de medidas de que resultam encargos para as Misericórdias para as quais esses mesmos "dirigentes" não asseguram as imprescindíveis fontes de financiamento. E não se pense que estamos a falar de subsídios atribuídos pelo Estado. Muito longe disso. As Misericórdias só ganharão autonomia quanto menos ou quantos menor for a sua dependência de financiamentos (entenda-se subsídios) do Estado.
As Misericórdias ganharão em autonomia quanto mais diversificadas forem as suas fontes de financiamento, salientando-se a necessidade básica de elas próprias deterem algumas dessas fontes, entre as quais se salientará a apropriação de ganhos financeiros que até agora têm sido canalizadas para o sector financeiro privado sem que daí advenha qualquer benefício para o sector social.
Na UMP deixou de haver tempo e espaço para quea as Misericórdias reflitam e partilhem experiências. Os "dirigentes" da UMP recusam admitir sequer a possibilidade de as Misericórdias partilharem experiências. Demonstram um colossal receio de as suas decisões atentatórias da sustentabilidade das Misericórdias possam ser sequer questionáveis. A evolução e desenvolvimento das Misericórdias aconteceu muito graças ao espírito de solidariedade e de partilha entre elas, coisa que foi sendo morta a partir de 1991 onde objectivos individuais e/ou de pequenos grupos se instalou na UMP. Os projectos pessoais e/ou de pequenos grupos passaram a imperar.
Nas actuais circunstâncias ninguém reconhece capacidade e competência, aos "dirigentes" da UMP para encetar e desenvolver negociações condcentes com os níveis de exigências dos beneficiários. Sendo reconhecidos como fraquíssimos "negociadores", os "dirigentes" da UMP aceitam tudo o que as outras partes quiserem impor porque só têm um único objectivo em mente, manterem os lugares a que chegaram. Não querem sair de forma alguma dos cargos em que se instalaram nos órgãos sociais da UMP.
Sempre aqui afirmámos e aproveitamos esta oportunidade para reforçar uma necessidade óbvia: a UMP deveria ser dirigida pelas Misericórdias. A situação actual é a seguinte: a UMP é dirigida por quem nunca foi sequer Provedor. Aliás, no SN só está um Provedor, tantos como na Direcção da CNIS, organização onde estão filiadas a maioria das Misericórdias, razão, provavelmente, pela qual a CEP nomeou o seu Presidente para interlocutar com a UMP. É que a CNIS também representa as Misericórdias nela filiadas. Na UMP nem sequer existe registo de quantas Misericórdias nela estão filiadas.
A União das Misericórdias Portuguesas não está dotada de Dirigentes com o perfil, minimamente, adequado às suas dimensões. Pior. Os actuais "dirigentes" da UMP estão, completamente, desfazados da realidade e têm conduzida as Misericórdias para buracos, dos quais dificilmente sairão. A acumulação de erros de gestão estão à vista.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

SAÚDE E MISERICÓRDIAS

As Misericórdias estão, indelevelmente, associadas à prestação de cuidados de saúde às populações desde os finais do século XV. Não é possível fazer as história da assistência, na doença, em Portugal sem chamar à colação as Misericórdias, tal como muitas outras áreas. Só ventos históricos contrários aos rumos da história assim como eventuais interesses individuais e/ou de pequenos grupos conduziu ao colossal erro histórica de estatizar a meritória acção que as Misericórdias desenvolviam, há séculos, na área da saúde. Entre as consequências desse erro histórica que hoje marcam presença grave, destaca-se o crescimento descontrolado dos custos na prestação de cuidados de saúde o que originou um défice permanente e crescente. As consequências desse colossal erro histórico estão agora a chegar com uma enorme gravidade que se traduz desde a diminuição dos cuidados podendo até passar pela diminuição da quailidade dos serviços.
Pelas informações que nos vão chegando está agora confirmado o colossal erro que foi os "dirigentes" da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) estimularem e promoverem a entrada das Misericórdias na área da saúde tendo, praticamente, como único cliente, o Estado.
É básico em qualquer gestor saber que quanto menor for o n.º de clientes para qualquer negócio maior é o risco. Ora sabendo isto, vários foram os Provedores e avisados Dirigentes que alertaram para o perigo em que as Misericórdias cairiam se aderissem à vontade de alguns "dirigentes" da UMP que infelizmente por lá continuam. Nas circunstâncias em que as Misericórdias entraram na prestação de cuidados de saúde a possibilidade de ocorrerem dificuldades insuperáveis era, praticamente, uma garantia adquirida como certa. Infelizmente essas avisadas vozes não foram ouvidas. Os resultados aí estão. Muitas Misericórdias que começaram a prestar cuidados de sáude estão com colossais dificuldades de tesouraria assim como em amortizar os compromissos financeiros em que se deixaram arrastar indo na conversa dos "dirigentes" da UMP.
Poucas foram as Misericórdias que mantiveram actividades na área da saúde depois da estatização dos hospitais das Misericórdias. O Ministério da Saúde sempre pagou com muito atraso os serviços prestados pelas Misericórdias. De tudo isto foram alertados os actuais e anteriores "dirigentes" da UMP. A tudo isto fizeram esses "dirgentes" ouvidos de marcador. Agora quem está a sofrer as consequências são as Misericórdias, algumas das quais podem até estar à beira da insolvência.
Tudo isto porque esses "dirigentes" da UMP sempre pensaram no muito curto prazo e sobretudo nos seus particulares interesses. Porque se tivessem pensado, em primeiro lugar nas necesidades sentidas pelas comunidaes locais, depois nas potencialidades das Misericórdias teriam, facilmente, concluído que só criando uma Rede Social de Cuidados de Saúde haveria possibilidades de sucesso. Assim não o entenderam nem assim o quiseram. Agora as Misericórdias que paguem a crise. Este procedimento dos "dirigentes" da UMP faz lembrar outros semelhantes em que uns criaram as condições para que as dificuldades surgissem sem apelo nem agravo e agora teremos que ser nós que não tivémos nenhumas responsabilidades a pagar a crise que outros geraram.
Portugal e os Portugueses necessitam da criação de uma rede social de cuidados de saúde. Porquê ?
Porque o Seviço Nacional de Saúde continuará a afastar-se das populações, principalmente, dos locais onde há menos população residente. A manter-se a tendência continuaremos a assistir ao encerramento de amis unidades de saúde. As populações para além de uma faixa litoral que não ultrapassará os 50 Km, ou seja a esmagadora maioria do território nacional, a manter-se a actual tendência, terá cada vez menor cobertura de serviços de saúde, quer sejam básicos quer sejam de outra natureza. As Misericórdias e mais outras instituições do sector social poderão e deverão criar uma rede social de cuidados de saúde de forma a garantir serviços de saúde de proximidade e assim evitar o envelhecimento acelerado do interior de Portugal. Todos os Portugueses são potenciais utilizadores/beneficiários de uma rede desta natureza. Continuar a apostar, exclusivamente, na prestação de serviços ao Estado será um erro que terá custos colossais para as Misericórdias muitas das quais não têm condições para os suportar.
Há pois que pensar, em primeiro lugar nas necessidades das populações, em segundo nas potencialidades das Instituições e criar sinergias quer com as autarquias quer com as próprias comunidades por forma a construir um modelo de apoio na saúde.
Outras razões há que desaconselahvam e continuam a desaconselhar a intervenção das Misericórdias na área da saúde prestando serviços quase exclusivamente ao Estado. é que tendo o Estado o monopólio da prestação e do pagamento tenderá, naturalmente, a solicitar serviços às Misericórdias sempre e quando esses serviços não lhes interessarem ou forem de tal forma caros que sairá mais barato pagá-los às Misericórdias.
Esperemos que seja de facto realizada, amanhã, na reunião do Conselho nacional uma verdadeira análise da situação das Misericórdias que intervêm na área da saúde. Provavelmente se concluirá que as Misericórdias com os actuais condicionalismos financeiros do estado, difilcilmente, haverá possibilidades de viabilizarem muitos dos investimentos realizados na perspectiva de que o Estado solicitaria cada vez mais serviços às Misericórdias. Está já demosntrado que não só o Estado requisitará cada vez menos serviços às Misericórdias como tenderá nos tempos mais próximos a protelar os pagamentos dos serviços prestados pelas Misericórdias.
O que se espera é que os "dirigentes" da UMP. amanhã, assumam o erro de terem conduzido as Misericórdias para esta situação. Mas certamente, não será esta a conclusão que querem chegar. Tal como aqui referimos esses "dirigentes" da UMP vão querer arranjar um bode expiatório e vão atirar ao Senhor Ministro da Saúde por não lhes diponibilizar o dinheiro que eles querem.
É sempre esta a táctica dos "dirigentes" da UMP. Foi também assim quando a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) publicou o Decreto Geral para as Misericórdias. Até ameaçaram cortar relações com a CEP. Irão agora ameaçar cortar relações com com o Ministério da Saúde ? Talvez até fosse bom para as Misericórdias.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

MODERNIZAR É PRECISO

Após a nacionalização dos hospitais cuja previsão legal era a extinção das das Misericórdias, estas Instituições definiram uma política comum, dentro da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), de apoio aos idosos. Esta definição de política institucional foi resultado de muitas das Misericórdias gerirem asilos e/ou albergues como então eram designados. Rapidamente estas designações foram substituídas por LAR, cujo conceito surgiu nesta fase de enorme transição na acção/intervenção das Misericórdias. Designação esta tão feliz e tão adequada que ainda hoje se mantém.
Com o aumento médio de esperança de vida a procura crescente e o crescendo de exigências (no bom sentido da palavra, pois as instalações dos ex-albergues/asilos estavam já desadequadas, relativamente, aos padrões de vida do cidadãos) obrigaram as Misericórdias quer a melhorar instalações (também desiganadas equipamentos sosiais) quer a aumentar a capacidade de acolhimento em lar. Foi assim que as Misericórdias foram melhorando as condições de vida dos seus lares. Muitos e modernos lares (para a altura) foram também construídos de acordo com a exigências da época.
Foi nesta época que se iniciou um processo de apoio à população idosa que responsabilizou as Misericórdias, mais do que qualquer outro tipo de instituições. Foi também nesta época que se começaram a delinear outros tipo de apoio. Foi a partir daí que surgiram, primeiro, os centros de dia e posteriormente, o apoio domiciliário.
Foi também nesta época que as Misericórdias pressionadas pelos pais em que ambos trabalhavam requeriam apoio social para acolhimento das crianças. E assim surgiram os primeiros infantários/jardins de infância.
Foi também nesta época que tiveram início as negociações com o Governo que vieram a culminar na celebração do primeiro Protocolo de Cooperação anual, prática que ainda se mantém.
O modelo de apoio quer à infância quer à população idosa tem já mais de 30 anos.
A realidade assistencial e de apoio tem-se revelado insatisfatória e há muito que requer uma reestruturação. è necessário encontrar um novo modelo de intervenção isntitucional assim como é necessário modernizar muitos dos equipamentos sociais, actualmente, existentes adaptando-os à exigências da actualidade. Muitos dos equipamentos sociais estão já desajustados face ao nível de exigências dos idosos que estão procurando apoio nas Misericórdias.
É necessário reflectir sobre esta realidade e encontrar soluções que correspondem, efectivamente, às necessidades sentidas pelas comunidades locais. As Misericórdias sempre, ao longo dos mais de 5 séculos de história, foram capazes de encontrar as soluções possíveis de foprma a corresponder aos anseios das populações. Estamos certos que tal vai também acontecer.
O novo modelo de acção/intervenção institucional terá que corresponder à necessidades do futuro. Porquê ? Porque terá que satisfazer as necessidades crescentes da população idosa que até ao ano 2050 vai crescer em média, anualmente, mais cerca de 40.000 idosos. O futuro modelo terá que ser bastante mais flexível de forma a não impor modelos que não satisfaçam as exigências dos destinatários. Contrariamente ao modelo actual em que as respostas sociais estão formatadas e os cidadãos ou aceitam tal como está ou não tendo alternativa são obrigados a aceitar um modelo que nem de perto nem de longe corresponde já às suas expectativas muito menos às suas exigências.
Um teste que rapidamente responde a algumas dúvidas que eventualmente possam surgir consiste em perguntar aos Dirigentes das Misericórdias se as actuais condições dos equipamentos sociais correspodem às suas expectativas ? Será que aceitam ir residir ou utilizar os actuais equipamentos sociais nas condições que os memsos possuem, actualmente ? Pergunte-se-lhes e perante as respostam conclua-se a actue-se.
Todos os Dirigentes, e são bastantes, com quem falamos e frequentemente trocamos informações sobre esta realidade, concluimos sem qualquer margem para dúvidas que é necessário não só encontrar um novo modelo de acção/intervenção mas também modernizar os actuais equipamentos sociais assim como encontrar fontes de financiamento para além daquela a que habitualmente as Instituições recorrem - o Estado. Como estamnos a constatar o Estado tem dificuldades crescentes em financiar as Misericórdias, razão pela qual alguns governantes falam em diversificar as fontes de financiamento.
A sustentabilidade das Misericórdias pasasará, naturalmente, por reduzir a sua dependência do financiamento do Estado. O Estado dificlmente voltará a ter condições para financiar as instituições nas condições e nos montantes que o tem feito até há meia dúzia de anos atrás.
Para os mais atentos, certamente, terão reparado que o Estado financia cada vez menos as Instituições e paralelamente impõe mais e maiores exigências o que tem acarretado acréscimos de custos que se estão a revelar incomportáveis. De tal forma que até o actual Governo o veio a reconhecer, tendo até tomado a iniciativa de diminuir os níveis de exigências para vários equipamentos sociais.
As necessidades do presente e as perspectivas do futuro terão que ser reflectidas e encontradas soluções que correspondam aos anseios das populações. Inovar será a palvra do presente. Flexibilizar será o modelo do futuro.
O novo modelo de apoio às populações não deverá ser formatado como o actual muito menos deverá ser imposto tal como o actual tem sido. O novo modelo de apoio e de assistência terá que ser dotado da necessária flexibilidade de forma a corresponder às necessidades dos beneficiários. É natural que este novo modelo imponha novas exigências à gestão das Instituições. Mas sobretudo o novo modelo imporá novas de encarar a acção social de forma a corresponder às necessidades dos beenficiários.
Este novo modelo terá que ser desenvolvido tendo como dado adquirido que a generalidade dos cidadãos quererão permanecer nas suas residências até à hora da "partida". Outro tanto poderá ser a tendência relativamente à 1.ª infância, ou seja, a tendência será para que as crianças permaneçam juntos das respectivas famílias onde aprofundarão,naturalmente, os laços afectivos familiares.
A institucionalização tem que ser sempre e em todas as circunstâncias a última e única alternativa possível. Nomeadamente nas pessoas idosas deverão ser desenvolvidos e concretizados programas de promoção de autonomia. Neste campo está quase tudo ainda por fazer, sobretudo na conceção das habitações que são, actualmente, construídas como se os seus residentes não envelhecessem e não fossem perdendo autonomia à media que a idade vai avançando.
A maioria dos lares das Misericórdias necessitam de remodelação e de adaptação às exigências da madernidade. Para tal serão necessários colossais recursos financeiros de que as Misericórdias não disporão. Para tal será fundamental criar um fundo de investimento. A criação deste fundo de investimento além de ser necessário, as Misericórdias dispõem de condições para o poderem criar e gerir. Este fundo pode ser até uma fonte de valorização de muito do património das Misericórdias.
As Misericórdias unidas na sua UMP têm condições para melhorar a eficiência e eficácia da sua gestão.
As Misericórdias muito poderã aprender com a forma como a ANF - Associação Nacional de Farmácias tem apoado as Farmácias Portuguesas sem interferir, minimamente, na sua identidade, especificidade e autonomia. A UMP terá que ser, efectivamente, a única representante das Misericórdias Portuguesas. A UMP não poderá continuar tal como está. Acontece até uma coisa inconcebível e incompreensível, na UMP, esta organização não possui registo das Misericórdias associadas. Mais, os actuais "dirigentes", aceitaram que a UMP seja representada junto da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) pelo Presidente da Direcção da CNIs - Conferderção Nacional das Instituições de Solidariedade.
Não será com a UMP nas circunstâncias em que está hã já muitos anos a viver que poderá colaborar com as Misericórdias de forma a promover a implementação de medidas de modernidade e de inovação.
Mudar é imprescindível. Mas não será fácil. Sobretudo porque aqueles que são os únicos beneficiários da actual situação tudo farão para que nada se altere de forma a garantir-lhes benefícios injustificáveis de que só beneficiarão se tudo continuar na mesma.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CONTRIBUTO PARA A REUNIÃO DO CONSELHO NACIONAL

Propomo-nos hoje dar o nosso contributo para a próxima reunião do Conselho Nacional. è isso que faremos de acordo com os tópicos enunciados na agenda de trabalhos.
Em consequência da pouca atenção dispensada ao essencial por parte da generalidade dos dirigentes do mundo ocidental, fomos conduzidos para uma crise que começando por se revelar financeira, tal não era senão o resultado da crise económica em resultado da deslocalização da produção para os chamados países BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). O mundo ocidental deixando de produzir passou a comprar, mais barato, nesses países, passando a importar muitos dos produtos que antes eram produzidos nos seus próprios países. Assim nasceram as colossais dívidas externas. Assim "arrefeceram" as economias. Assim diminuiram as receitas com as cobranças de impostos aplicados sobre os produtos transacionados. A acrescentar a tudo isto, o mundo ocidental envolveu-se em vários conflitos consumidores de colossais recursos finaceiros de muitos países. O mundo ocidental está a ter encargos colossais no Afeganistão, no Iraque, no Kosovo, nos Balcãs, na Líbia, entre outros. Assim nasceram os défices. Assim cresceram as dívidas soberanas. Assim foi diminuindo a capacidade de apoio do Estado Social. Assim foram diminuindo os apoios sociais.
Poder-se-á perguntar o que é que isto tudo tem a ver com as dificuldades que Portugal atravessa ?
Muito diremos nós. Ou não é verdade que a economia portuguesa está a decrescer há já 2 ou 3 anos ? Ou não é verdade que Portugal está envolvido em alguns dos conflitos referidos ? Ou não é verdade que muitíssimos produtos de consumo corrente são adquiridos no estrangeiro, com a consequente saída de divisas e aumento do nosso défice externo e da nossa dívida externa ?
Claro que as consequências do nosso modelo de crescimento e de desenvolvimento aí estão a pesar de uma forma colossal no orçamento dos Portugueses, sobretudo no daqueles que vivem exclusivamente dos rendimentos do trabalho.
Como sempre acontece nestas circunstâncias as dificuldades maiores são sentidas por todos aqueles que têm menores rendimentos. Os pobres ficam mais pobres e aqueles que estão no limiar da pobreza são atmbém "apanhados", caindo na pobreza.
Por todas estas razões as dificuldades da generalidade dos Portugueses são cada vez maiores com tendência para continuarem a agravar-se.
Os pobres estão cada vez mais pobres.
Os excluídos são cada vez em maior número.
Sendo a vocação das Misericórdias a Opção Preferencial pelos Pobres, estas Instituições tem particular obrigação de apoio aos que sofrem, com maior intensidade nesta altura de maiores e crescentes dificuldades. Razão pela qual os Portugueses e não só depositam naturais esperanças na acção e na intervenção de apoio, aos mais carenciados, das Misericórdias.
As Misericórdias atentas à realidade em que estão inseridas sentem as dificuldades como suas e tentam encontrar soluções para apoio aos mais carenciados. As dificuldades com que as Misericórdias são, diariamente, confrontadas têm vindo a crescer o que tem exigido um afinamento de gestão das prioridades. Para fazer frente às necessidades crescentes nas respectivas comunidades, as Misericórdias têm necessidades de mais recursos humanos e financeiros. Mas estas necessidades, aparentemente, inconsiliáveis, são realizáveis por um lado com recurso ao trabalho voluntário e por outro diversificando as fontes de receitas. Quer um quer outro destes recursos são tão mais, facilmente, alcansáveis quanto maior for a respeitabilidade e credibilidade dos Dirigentes.
Estamos, pois, num momento nada fácil para a vida das Misericórdias. Por um lado as necessidades de apoio não param de crescer, por outro os recursos disponíveis são cada vez menores. Por outro não poderão contar com o apoio Governamental face às difciuldades orçamentais que o País atravessa. Então não resta outra alternativa senão procurarem outras fontes de financiamento para as acções assistenciais e de apoio a carenciados, sabendo, à partida, que tal se afigura de enorme dificuldade e complexidade.
Ainda assim as Misericórdias não deixarão de encontrar soluções que satisfaçam, minimanete, as dificuldades diárias. As Misericórdias, ao longo da sua história, sempre demonstararam uma garnde capacidade de inovação e é nestas alturas de maiores dificuldades que a inovação é não só necessária como até imprescindível.
É nesta conjuntura de grandes dificuldades com tendência para se agravarem que as Misericórdias se terão que preparar se é que não estão já.
Coincidindo com a transição do milénio teve início um processo de criação de crescentes dificuldades para as Misericórdias. Esta tendência começou a ser idealizada no início dos noventa quando as Misericórdias tiveram a sensação de que tempos difíceis haveriam de chegar. Foi nessa altura que quer a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) quer as Misericórdias tomaram iniciativas que diversificassem as fontes de financiamento e/ou diminuição de custos de bens. Foi assim que surgiu a INDUVIS, a qual foi levada, mais tarde, à falência e cujo processo sempre foi omitido quer dentro da própria UMP quer às Misericórdias.
Uma Instituição sem história é uma instituição sem futuro. Tal como em muitos outros acontecimentos seria bom que fosse dado a conhecer às Misericórdias tudo o que aconteceu na INDUVIS para que esta promissora empresa de equipamento para lares e centros de dia fosse conduzida à falência sem que as Misericórdias disso tivessem conhecimento e muito menos fossem chamadas ao processo como o deveriam ter sido já que a INDUVIS era sua proprietária. E assim, os "dirigentes" da UMP transformaram uma empresa de futuro promissor num colossal fracasso cujos custos sempre foram escondidos.
Coincidente, no tempo, as Misericórdias constituiram uma entidade designada SOLIDARITAS cuja natureza era de SGPS e que tinha como objectivo diversificar os investimentos. Uma das empresas criadas foi a Alcaide vocacionada para o investimento imobiliário. Outras iniciativas estavam previstas, mas os "dirigentes" da UMP depois de 1990 enquanto não conseguiram esvaziar todas as grandes e futruristas iniciativas de sucesso quase garantido, não descansaram. E assim fracassou também esta iniciativa das Misericórdias que daria origem a impportantes recursos financeiros para fazer face às necessidades crescentes de dinheiro por parte das Misericórdias.
A evolução e os factos demonstram o quão erradas foram as perspectivas dos "dirigentes" da UMP tomadas a partir de 1990. As Misericórdias foram e serão sempre Instituições carentes de recursos para fazer frente às dificuldades com que os cidadãos das suas comunidades se confrontam. Mas se não tivessem sido conduzidas para uma situação de colossal dependência dos fundos públicos, hoje, estariam bem melhor e o combate à pobreza e à exclusão disporia de mais e melhores reursos. O sofrimento dos mais carenciados seria bem menor. É para isso que as Misericórdias existem, para atenuar senão mesmo erradicar o sofrimento dos mais débeis e carenciados.
A razão para este entendiemnto foi agora dada pelo actual Ministro da Solidariedade e da Segurança Social quando afirmou que tem grande preocupação com a sustentabilidade das Instituições. Tal só pode resultar do conhecimento que tem da realidade institucional em Portugal. As dificuldades das Misericórdias há muito que requer especial atenção para a questão das sustentabilidade das Misericórdias. Tal sustentabilidade está inteiramente dependente da diversificção das suas fontes de receitas. E estas só podem advir de actividades que são encaradas como integradas no chamado sector lucrativo. Era nesta visão de futuro que se enquadravam quer a INDUVIS quer a SOLIDARITAS.

domingo, 25 de setembro de 2011

HÁ UMA NATURAL VOCAÇÃO PARA O ERRO

A nossa reflexão de hoje vem a propósito de algumas iniciativas daqueles que "dirigem" a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) que mais não são do que erros com consequências negativas para as Misericórdias.
Na generalidade das iniciativas tomadas por quem "dirige" a UMP a tendência para o erro é colossal (palavra muito em voga nos tempos que correm). Vamos referenciar algumas: criação do Banco de Voluntariado - única conclusão digna desse nome no congresso que realizaram na ilha da Madeira há já mais de 2 anos; tertúlias para preparar os actos eleitorais nas Misericórdias (até parace que a UMP se especializou na organização de toradas); realização de uma reunião do Conselho Nacional (CN) para: análise da situação pelas Misericórdias do momento actual: a) em relação à situação social que se vive nas comunidades em que se inserem; em relação às nossas respostas na área da Segurança Social e da Educação; em relação às nossas respostas na área da saúde.
Iremos analisar estas 3 iniciativas para podermos concluir o quão infelizes são e o quanto desajustadas estão.
Vamos começar pelo Banco de Voluntariado.
Em 2009 os "dirigentes" da UMP levaram as Misericórdias para umas "férias" na ilha da Madeira, quando a crise já era uma realidade, os "dirigentes" da UMP quiseram fazer uma demonstração de ostentação de riqueza que só prejudicou as Instituições. Quando já a situação requeria uma contenção de custos, os "dirigentes" da UMP tomam a iniciativa de levar para a Madeira imensas pessoas sem que nada o justificasse.
Como é que os "dirigentes" da UMP querem combater a pobreza com manifestações de riqueza ?
Como é que os "dirigentes" da UMP querem estimular doações quando promovem o esbanjamento de recursos financeiros das Misericórdias sem o mínimo de utilidade ?
A criação do Banco de Voluntariado que foi a única conclusão visível de todo esse congresso revelou-se num colossal fracasso. Nem outra coisa seria de esperar conhecendo-se os protagonistas da iniciativa.
Convém ter presente que até repudiaram a presença do Senhor Bispo do Funchal só para terem na presidência da sessão de abertura o Dr. Alberto João Jardim. Cometeram uma colossal deselegância para com o Senhor Bispo de Funchal. E depois ainda têm cara para afirmar que sempre desejaram o diálogo com os Senhores Bispos. Hipocrisia ?
Não lhes interessando, minimamente, a realidade que os rodeia, os "dirigentes" da UMP têm ignorado os Bancos locais de Voluntariado cuja dinamização e acção tem estado a cargo dos municípios. Muitos destes bancos locais de voluntariado, senão mesmo a sua totalidade, são integrados pelas Misericórdias.
Também não quiseram ver que a ENTRAJUDA já tinha criado um Banco de Voluntariado, contando com vários milhares de Voluntários.
O Banco de Voluntariado criado após o congresso da UMP na ilha da Madeira constituiu mais um colossal fracasso. Ao que se pode apurar e fazendo fé em fontes geralmente bem informadas, este Banco não terá sequer ainda um único Voluntário. Nem poderá ter. Só um exemplo da forma como não poderia ter sido organizado. Qualquer cidadão que queira aderir a esse banco de Voluntariado é obrigado a celebrar um contrato cuja dimensão (mais de 20 páginas) desanima qualquer pessoa.
Ou será que esta iniciativa tinha só em vista mais uma manifestação folcrórica para tentar atrair a comunicação social e sairem fotos deles em alguma imprensa mais desatenta ?
E assim é esbanjada a credibilidade das Misericórdias.
Qual a razão para que os "dirigentes" da UMP tomem só iniciativas desadequadas à realidade que os envolve e para a qual se recusam a olhar. Não serão capazes de evr que as Misericórdias estão com crescentes dificuldades na sua acção diária em consequência dos erros cometidos na UMP ?
Porque não dão o exemplo, os "dirigentes" da UMP ? Porque se recusam a ser voluntários ao serviço da UMP e das Misericórdias ? Porque recebem remuneração certa e regular paga pela UMP mensalmente, e disso se recusam a informar as Misericórdias ? Não será altura de se tornarem autênticos voluntários ?
Adquirir uma viatura de topo de gama - LUXO - para uso privativo retira reconhecimento ao "dirigente" que assim procede, desprestigiando-o e promove o desrespeito pela Instituição. Não é compreensível que o "presidente" do SN da UMP tenha mandado adquirir uma viatura de marca BMW, modelo 740, a qual terá custado cerca de 200.000 € (duzentos mil euros). Ficam muito mal na "fotografia" aqueles que ordenaram a compram, aqueles que consentiram a compra e fica sobretudo muito mal o universo institucional das Misercórdias. nada, mas mesmo nada, justifica a aquisição de uma viatura da gama luxo para uso privativo do "presidente" da UMP.
São factos como este que levam a que não apareça quem queira ser voluntário na UMP e por arrastamento nas Misericórdias. É por estas e por outras que se ouve com frequência que não há quem queira ser voluntário nas Misericórdias.
Pudera.
Quem "dirige" a UMP é mais do que profissional (ao menos destes sabe-se quanto ganham, qual é a sua remuneração e quais são as suas mordomias). Na UMP é impossível conhecer esta realidade das remunerações dos seus "dirigentes". Apesar do esforço feito por membros do Conselho Nacional e de o grupo de trabalho nomeado para apresentar uma proposta de remunerações para os "dirigentes" da UMP, o qual quis conhecer a situação actual na UMP, a recusa em prestar tais informações foi a forma airosa como os "dirigentes" da UMP sairam desta situação embaraçosa.
Porque será que os "dirigentes" da UMP se recusam a mostrar as contas ?
Porque será que se recusam a mostrar as suas remunerações e mordomiais ?
De uma forma inderecta poder-se-á estimar, para tal bastará olhar para o déficie apresentado na conta Administração. É mais ou menos a situação de gato escondido com rabo de fora.
Com esta situação difiil mente conseguirão, na UMP e por arrastamento, nas Misericórdias atrair Voluntários.
Enquanto esta situação vivida desde há muito na UMP se mantiver será, praticamente, impossível quer à UMP quer às Misericórdias atraírem Voluntários. Estes não conseguem entender as razões que levam os actuais e anteriores "dirigentes" da UMP a escamotearem as contas, a usufruirem de benefícios injustificáveis, suportados por verbas que deveriam ser empregues no combate à pobreza e à exclusão.
A falta ou ausência de Voluntários quer na UMP quer nas Misericórdias será muito mais sentida agora e no futuro próximo quando as dificuldades surgem todos os dias e com maior intensidade. Nestes tempos de crise que tende a agravar-se é essencial promover, mais do que nunca, a adesão de cidadãos disponíveis para colaborarem em regime de Voluntariado. Mas quando estes cidadãos olham para instituições como a UMP onde os sinais exteriores de riqueza para além de inconcebíveis são injustificados, leva-os a afastarem-se de colaborar.
Será necessário que a UMP recupere o seu espírito e práticas condicentes com a missão que lhe foi conferida, vista à luz da Doutrina Social da Igreja. Cada vez mais a UMP é uma Instituição em porcesso de afastamento da Igreja. Quer da Hierarquia quer das práticas que a história consagrou e o direito estabelece. A UMP é hoje uma Instituição, praticamente, laica onde quer a Doutrina Social da Igreja quer as relações com a Hierarquia da Igreja primam pela total ausência. E não se pense que estamos a refrir-nos à prática de actos de culto público, estamos também a referir-nos aos actos, praticados, diariamente, pelos "dirigentes" que na sua esmagadora maioria são pouco ou nada consentâneos com os princípios e valores que enforma este tipo de instituições.
A história de curto e médio prazo da UMP demonstra à exaustão que com as práticas seguidas é impossível atrair voluntários.
Mas será que os actuais "dirigentes" da UMP querem a colaboração de Voluntários ?
Quer a UMP quer as Misericórdias terão, nos tempos mais próximos, que criar condições para cativar e empenhar Voluntários.
As suas fontes de receitas são muito reduzidas.
O rendimento disponível dos Portugueses todos os dias diminui.
O Estado não tem quaisqre possibilidades de aumentar as comparticipações e/ou financimento, nos tempos mais próximos.
A UMP e as Misericórdis têm todos os dias dificuldades acrescidas para fazer face às necessidades e aos compromissos assumidos.
Muitas das dificuldades com que quer a UMP quer as Misericórdias se confrontam no dia a dia só poderão ser superadas com muito trabalho voluntário. Isto mesmo receonheceu o Governo quando estabeleceu a possibilidade de reconhecimento desta natureza de trabalho - Voluntário, assim como a necessidade de as Misericórdias desenvolverem actividades geradoras de recursos financeiros (até aqui, praticamente, reservadas ao sector privado) para fazerem face às necessidades crescentes.
Todas as matérias aqui descritas de forma sucinta deveriam merecer análise participada quer em sede de Conselho Nacional (CN) quer em sede de Conselhos Distritais.
Mas por mais incmpreensível que possa parecer nada disto parece preocupar aqueles que "dirigem" a UMP.
Assim o indica a convocatória do CN para a próxima 5.ª feira - Análise da situação pelas Misericórdias do momento actual.
Esta introdução serve-nos para passarmos a um segundo tema a que nos propusemos abordar nesta postagem.
Como sempre tem acontecido, o CN vai reunir não para emitir qualquer parecer (será para isso que existe um conselho, para aconselhar) mas para tentar muitas das vozes, cada vez em amior n.º, de Provedores e Dirigentes das Misericórdias que questionam os "dirigentes" da UMP sobre a sua intervenção. Estes sentindo perigar a sua cómoda e acomodada situação assim como os muitíssiomos benefícios de que usufruem e que são os próprios a fixá-los para si mesmos, convocaram esta raeunão extraordinária do CN para tentar arranjar bodes expiatórios para as suas insuficiências, incapacidades e incompetências. Não andaremos muito longe da realidade se dissermos que na próxima 5.ª feira após a reunião do CN, os "dirigentes" da UMP vão atirar-se ao actual Governo por não porem à sua disposição mais dinheiro.
Será que quem manda comprar um BMW modelo 740, com custo aproximado de 200.000 € comprado com dinheiro que estava destinado para combate à pobreza, terá autoridade moral e ética para reclamar mais dinheiro ? Está bem de ver que quem toma a iniciativa de adquirir automóveis da gama luxo para combater a pobreza e a exclusão está ele próprio a excluir-se. Está bem de ver que quem recebe vencimento, na íntergra, para estar a tempo inteiro na UMP e fixa para si próprio mais cerca de 5.000 € mensais à revelia dos Estatutos e da Lei e atribui-se a si próprio tantas e tão garndes mordomias de milhrares de euros mensais, tem autoridade moral e ética para reclamar do Governo a atribuição de mais dinheiro ?
Terão autoridade moral e ética os "dirigentes" da UMP que em 4 anos acumularam-se uma défice nos custos de administração de cerca de 4.500.000 € (quatro milhões e quinhentos mil euros) e criaram um passivo de cerca de 9.500.000 € (nove milhões e quinhentos mil euros) ?
As dificuldades que a UMP vive assim como muitas das dificuldades sentidas pelas Misericórdias resultam de erros de prospectiva que há muito vêm sendo tomados por aqueles que têm "dirigido" a UMP.
Mas de acordo com a convocatória da próxima reunião do CN dizem, esses "dirigentes" da UMP que será feita uma "Análise da situação pelas Misericórdias do momento actual", mas as Misericórdias não vão a essa reunião. Os membros do CN são os Presidentes dos Secretariados Regionais (SR) da UMP e estes não ouviram as Misericórdias sobre as questões que aí irão ser analisadas.
Pior ainda é que os "dirigentes" da UMP não elaboraram qualquer documento para submeterem a análise quer dos Presidentes dos SR quer mesmo das Misericórdias.
O que certamente se irá passar na próxima reunião do CN é tão só um pretexto para que "dirigentes" da UMP lancem um ataque ao Governo com a esperança de acalmar a insatisfação crsecente dos Provedores para com a acção e interveção desses mesmos "dirigentes" da UMP.
Matérias como a promoção do Voluntariado e a Sustentabilidade das Instituições deveriam merecer reflexão participada por todas as Misericórdias. São matérias essenciais à sua sobrevivência assim como essenciais para o apoio que cada vez mais cidadãos necessitam. Mas como tem sido apanágio daqueles que "dirigem" a UMP o que é essencial para os cidadãos e para as Misericórdias não tem para eles o mínimo dos interesses. Os interesses deles são outros.
Para que os cidadãos possam beneficiar do apoio das Misericórdias de acordo com os princípios e valores que as enformam é necessário recolocar a UMP no caminho correcto. Dotá-la de Dirigentes que, em primeiro e último lugar coloquem a missão e se coloquem no cumprimento da mesma. Quem tenham sempre presentes os princípios do Dom e da Gratuidade. Quem não tenham interesses particulares a defender dentro da UMP. E que não estejam na UMP para daí extrairem benefícios para si e para o grupo quem aí os suporta e lhes garante a continuidade.
Nas Misericórdias em geral e na UMP em particular só pode estar presente um único e exclusivo "interesse", o de servir o nosso próximo, como Irmão, à imagem e semelhança do Deus em que dizemos que acreditamos. Dizendo-o melhor o temnos que praticar.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

CADA TIRO CADA MERLO

De facto o actual "presidente" do Secretariado Nacional (SN) da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) não poderia ter escolhido melho assessor para as toradas.
Com o passar do tempo regista-se a sua extrema competência na montagem e realização de toradas.
Mais. Tudo onde assesssor "toca" dá torada certa. Muitas delas enriquecidas com enchidos ou mesmo leitões.
Vamos hoje passar ao registo, para memória futura, como soi agora dizer-se, de mais uma torada que terá sido encarregado de montar, tal como pode constatr-se pela agenda da UMP prevista para o dia 20 de Setembro de 2011. Transcreve-se: "Reunião com vista à reactivação da Santa Casa da Misericórdia de Assumar. Participam o presidente do Secretariado Regional da UMP de Portalegre, o provedor da Misericórdia de Monforte, o presidente e ex-presidente da Câmara Municipal de Monforte e Aurelino Ramalho.".
Porque somos então levados a concluir que está em montagem mais uma torada, perguntarão os nossos leitores ???
Porque ainda não passaram 15 dias sobre a nomeação de uma Comissão Administrativa, nomeação essa feita pelo Ordinário do Lugar, para uma Misericórdia que estava a ser acompanhada e aconselhada pelo assessor/assalariado do actual "presidente" do SN da UMP.
Esse assessor/assalariado para as toradas há muito que estava a acompanhar e aconselhar os Dirigentes da referida Misericórdia com vista à revisão do respectivo Compromisso e preparação do acto eleitoral de forma a garantir o acesso ao cargo de Provedor de quem tinha um sentimento generalizado de oposição.
O sucesso do acompanhamento por parte do assessor/assalariado para as toradas do actual "presidente" do SN da UMP foi tal que obrigou o Ordionário Diocesano a intervir, nomeando uma Comissão Administrativa para essa Misericórdia, há cerca de 2 semanas.
De facto se o actual "presidente" do SN da UMP quiser continuar a afrontar os Senhor Bispos, individualmente, e a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), no seu conjunto, nada melhor do que tomar este tipo de iniciativas, nomeando o seu assessor/assalariado para as toradas, para acompanhar e aconselhar as Misericórdias em processos de revisão dos Compromissos e de aconselhamento na organização dos processos eleitorais.
Deste confronto sistemático assumido pelo actual "presidente" do SN da UMP como os Senhores Bispos e com a CEP só têm resultado dificuldades acrescidas para o necessário e até mesmo imprescindível diálogo com a Hierarquia da Igreja.
Ainda todos lembraremos que a CEP não reconhece capacidade, à actual "direcção" da UMP para com ela dialogar. Estaremos todos ainda recordados que a CEP nomeou como seu representante para dialogar com esta "direcção" da UMP, o Padre Lino Maia, que por acosa ou por mera coincidência é só o Presidente da Direcção da CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (ex-UIPSS).
Tudo isto só pode ser obra do acaso ou de mera coincidência, o não reconhecimento de capacidade suficiente, aos actuais órgãos sociais da UMP, para dialogarem, directamente, com os Senhores Bispos, organizados na CEP.
Com a acção e intervenção do assessor/assalariado para as toradas do actual "presidente" do SN da UMP, nomeadamente, no aconselhamento da preparação do acto eleitoral já atrás referido só vem a agravar o distanciamento entre a actual "direcção" da UMP e a CEP.
Poderão as Misericórdias continuar a aceitar e a tolerar sistemáticos actos de confronto e de afrontamento sistemático aos Senhores Bispos e à CEP ???
É uma posição de confronto e de afrontamento que os Senhores Provedores quererão que a actual "direcção" da UMP tome para com os Senhores Bispos e com a CEP ???
Recordamos também aqui e agora que há cerca de um ano quando os actuais "presidentes" do SN e da Mesa do Conselho Nacional (MCN) da UMP decidiram confrontar os Senhores Bispos quando, por unanimidade, decidiram em reunião da CEP, fixar a natureza jurídico-canónica das Msiericórdias, logo surgiu um grande descontentamento por parte de muitas(os) Senhoras(es) provedores que até colocaram a possibilidade de organizar um movimento com o objectivo de destituir a actual "direcção" da UMP.
Nessa altura aflito, muito aflito mesmo, com a possibilidade de perder a sua colossal (palavra da moda) fonte de rendimentos que é a UMP, o actual "presidente" do SN da UMP solicitou a um dos seus fiéis seguidores que abordasse quem estivesse descontente de forma a apaziguar uma eventual onde de revolta, prometendo que a "direcção" da UMP iria acatar, como acatou, a decisão da CEP.
E assim pôde continuar no seu "trono doirado" o actual "presidente" do SN da UMP.
Depois do colossal fracasso que foi a missão de que foi enacrregue o assessor/assalariado para as toradas para acompanhar a revisão do Compromisso e o processo eleitoral na referida Misericórdia (não identificada para sua salvagurada) e não satisfeito só com esse fracaso, o "presidente" do SN da UMP já o nomeou para outra semelhante missão na Misericórdia do Assumar (esta identificada porque assim consta na agenda da UMP).
E porque afirmamos que a missão de que foi encarregue o assessor/assalariado para as toradas estará, mais uma vez a gerar mais e maiores conflitos com o Senhor Arcebispo de Évora a cuja Diocese pertence a Misericórdia do Assumar ???
Por várias razões.
A primeira e ressalta, imediatamente, à vista é que, para quem conheça a realidade da Misericórdia do Asssumar, sabe que esta mesma Misewricórdia não está inactiva, razão pela qual não necessita de ser reactivada, como se pode constatar pelo que está escrito na agenda da UMP para esta semana.
A Misericórdia do Assumar está activa e tem Irmandade e tem Dirigentes.
Outro facto que causa estranhesa resulta de o "presidente" do SN da UMP promover uma reunião de que encarregou o seu assessor/assalariado para as toradas para reunir com o presidente do Secretariado Regional da UMP de Portalegre, o provedor da Misericórdia de Monforte, o presidente e ex-presidente da Câmara Municipal de Monforte.
Estando activa quer a Irmandade quer a Direcção da Misericórdia do Assumar não pode deixar de causar estranhesa que para nesta reunião não intervenha ninguém da Irmandade nem da Direcção da Misericórdia do Assumar.
Mais.
A carecer de confirmação, mas é provável que a Misericórdia do Assumar ainda seja hoje Administrada por um Comissário nomeado pelo Senhor Arcebispo de Évora. 
Para quem têm a estrita obrigação de conhecer as Misericórdias não pode desconhecer que a Misericórdia do Assumar vem de há muitos anos a esta parte sendo acompanhada pelo Senhor Arcebispo de Évora.
Mais esta iniciativa, na forma como foi tomada, sem o mínimo respeito quer pela própria Misericórdia do Assumar - ignorando-se, pura e simplesmente - quer ostracizando o Senhor Arcebispo de Évora demonstra, mais uma vez, o sistemático confronto com os Senhores Bispos protagonizado pelo actual "presidente" do SN da UMP.
Não tem o mínimo de racionalidade promover uma reunião para reactivar uma Misericórdia que está activa, que tem Irmandade que ainda terá Direcção, sem que esta mesma Misericórdia do Assumar seja envolvida no processo. Pior. É que, com fortíssima probabilidade, a Misericórdia está em funcionamento de acordo com a vontade da sua Irmandade e cuja acção é desde há muito acompanhada pelo Senhor Arcebispo de Évora.
Por tudo o que aqui se regista se poderá compreender otítulo dado a esta postagem: CADA TIRO CADA MERLO.
De facto onde o assessor/asasalriado do "presidente" do SN da UMP tem particular vocação para a montagem e realização de toradas altamente desprestigiantes para as Misericórdias Portuguesas.

domingo, 18 de setembro de 2011

REPETIÇÃO DE CENA ?

Pot iniciativa do assessor para as toradas, o "presidente" do Secretariado Nacional (SN) da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), solicitou, ao "presidente" da Mesa do Conselho Nacional (MCN) da UMP, a convocação deste Órgão para apreciação da situação actual, emergindo, nessa convocatória a informação de que se seguirá uma conferência de imprensa.
Quem acompanhar, minimamente, a actuação destes "dirigentes" da UMP recordará que há pouco mais de um ano também se realizou uma reunião do Conselho Nacional (CN) para apreciação do Decreto Geral para as Misericórdias, a qual terminou com a realização de uma conferência de imprensa.
Esta reunião surge na sequência de afirmações do actual "presidente" do SN da UMP relativas a eventuais atrasos nos pagamentos do Ministério da Saúde, às Misericórdias. A este tema dedicámos dois posts recentes que procuram elucidar a desatenção com que a UMP é administrda e gerida. Bastará recordar que até um Grupo Misericórdias Saúde que custa várias dezenas de milhares de uros às Misericórdias que a ele não pertencem e nem ao menos consegue saber quanto é o eventual montante em dívida às Misericórdias.
Inacreditável.
Como é que esta UMP pode negociar alguma coisa se nem ao menos sabe nem a qualidade nem a quantidade dessa e de todas as outras coisas que às Misericórdias dizem respeito ?
Fazendo a leitura da prática seguida e comparando com a actualidade poderemos deduzir com pouca margem de erro que a convocação desta próxima reunião do CN é resultado da incapacidade de intervir e de muito menor capacidade para representar, condignamente, as Misericórdias afectadas pelos atrasos referidos pelo "presidente" do SN da UMP.
O "presidente" do SN da UMP confrontado com a incapacidade de intervir e de representar as Misericótdias necessita, para se manter no lugar, de encontrar um bode expiatório para as suas insuficiências e incapacidades. Daí o surgir desta convocatória que certamente, procurará responsabilizar o actual Governo, nomeadamente, o actual Ministro da Saqúde pelos erros de definição de política institucional (da UMP).
Desde sempre que as iniciativas na área da saúde tomadas pela UMP promovidas pelo actual "presidente" da UMP se revelaram erradas porque, inevitavelmente, conduziriam a esta situação. Mas inca+az como é de assumir os erros cometidos vai tentar (e provavelmente vai conseguir) que o CN responsabilize terceiros e lhe manifeste o seu apoio.
Foi assim também no Verão passado com a questão do Decreto Geral para as Misericórdias. Se recordarmos, os "presidentes" do SN e da MCN da UMP até ameaçaram, na véspera da realização da reunião, o corte de relações institucionais com a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
Será que também irão ameaçar cortar relações com o Governo ?
Esperemos pela realização da reunião do CN e pela conferência de imprensa para concluirmos se estas nossas previsões se concretizam. Pela nossa parte esperamos que aconteça, exactamente, o contrário do aqui e agora previsto, para bem dos Portugueses que estão em dificuldades.
O tempo dirá o que vai acontecer. Aguardemos. E esperamos, como o máximo de honestidade, estar enganados nesta nossa previsão dos acontecimentos.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Presidente das Misericórdias defende mais impostos para os ricos

obriga-nos a apresentar uma série de questões que estão há 16 anos por responder.
A primeira questão que se coloca é desde logo: o actual "presidente" da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) paga impostos sobre a totalidade dos rendimentos que aufere, anualmente ?
Tal como se exige aos políticos, da nossa praça, também os dirigentes das IPSS, nomeadamente, das Misericórdias deveriam depositar, junto de um Órgão de Soberania, talvez no Tribunal de Contas (já que a maior parte do financiamento destas Instituições é garantida por transferências do Orçamento do Estado) quais os rendimentos e património enquanto administra e/ou gerem estas Instituições de Bem fazer.
Seria interessante saber quais eram os rendimentos do actual "presidente" da UMP quando em 1995 chegou a "dirigente" desta organização e quais são os seus rendiemntos actuais assim como a variação de património desde então e qual a sua origem.
Ficaria tido bastante mais transparente e clarificado.
Se como diz a sabedoria popular : quem não deve não teme ganharia, principalmente com esta clarificação quem ocupa lugares de direcção, nomeadamente, na UMP já que esta organização tem que se constituir como uma referência a nível nacional.
De uma vez por todas, deveria ser tornado público todo o tipo e origens das remunerações certas e regulares de que os actuais, e não só os anteriores também, "dirigentes da UMP beneficiam, assim como de todas as chamadas despesas de representação e deslocações de esses mesmos "dirigentes" usufruem.
Como seria tudo bastante mais clarp e transparente se os "dirigentes" da UMP tornassem pública a utilização dos dinheiros públicos de que beneficiam e administram, para serem utilizados em befício dos mais pobres.
Masi. O conhecimento público dos benefícios financeiros certos e regularews dos "dirigentes" da UMP evitaria a permanente suspeita sobre a realidade que se vive dentro da UMP.
Os principais beneficiados com este conhecimento público seriam sem dúvida aqueles sobre os que recaiem suspeitas de benefícios irregulares e/ou mesmo ilegais.
Da clareza e transparência nos procedimentos de quem "dirige" a UMP sairiam benefiados, em primeiro lugar todas aqueles sobre os quais recaiem suspeitas de utilização menos correcta de dinheiros que estão destinados a beneficiar os mais pobres.
Já que o acrual "presidente" do Secretariado Nacional (SN) da UMP entendeu apregar uma de moralidade defendendo mais impostos para os ricos, importa saber se ele próprio paga todos os impostos deveidos pelos recebimentos que aufere com carácter certo e regular.
Para tal deverá responder às seguintes questões:
- é funcionário do Ministério da Solidariedade e Segurança Social ?
- está destacado (ou beneficiando de uma outra figura jurídica) na UMP ?
- recebe o vencimento por inteiro pago por esses mesmo Ministério, incluindo subsídio de refeição ?
- recebe remuneração(ões) certas e/ou regulares de um ou mais serviços da UMP ?
- recebe remuneração certa e/ou regular do CERFORCÓRDIA (Centro de Formação) ? Se sim - qual o montante mensal e anual? Qual a forma utilizada para a receber ?
- recebe remuneração certa e/ou regular da Escola de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias ? Se sim - qual o montante mensal e anual ? Qual a forma utilizada para a receber ?
- recebe remuneração certa e/ou regular do Laboratório de Anaálises Clínicas ? Se sim - qual o montante mensal e anual? Qual a forma utilizada para a receber ?
- recebe remuneração certa e/ou regular de qualquer outro serviço cuja responsabilidade de administração é competência e missão da UMP ? Se sim - qual o montante mensal e anual? Qual a forma utilizada para a receber ?
- qual o valor de aquisição da viatura, da gama luxo, BMW 740 adquirida pela UMP para seu uso privativo ?
- quais os valores das despesas de representação de que beneficia ?
- quanto custam, à UMP, as suas deslocações semanais de e para a cidade do Porto ?
Outras questões poderiam ser acrescentadas a este rol.
Fica aqui este apelo a tods os "dirigentes" actuais e anteriores para que contribuam para a clareza e transparência de processos de forma a por ponto final na continuada suspeita que paira sobre as cabeças daqueles que "dirigem" e/ou "dirigiram" a UMP.
Nada pior para quem dirige este tipo de organizações vaocionadas para o bem comum, nomeadamente, para servir os mais pobres do que sobre eles pairarem suspeitas.
O esclarecimento cabal sobre a realidade vivida no seio da UMP porá ponto final nessas mesmas suspeitas.
O não cabal esclarecimento só fará avolumar essas mesmas suspeitas, as quais quer se queira quer não, tornar-se-ão em convicções face à sistemática recusa em prestar esclarecimentos.
Para além das suspeitas importa informar todas as Misericórdias sobre as reais intenções dos "presidentes" do SN e da Mesa do Conselho Nacional, quando em 2010, convocarm, extraordinariamnete várias vezes, o Conselho Nacional para apreciar uma proposta do seu "presidente" que mais não é do que uma tentativa de concretizar pagamentos indexados ao valor de 70 % do vencimento do Presidente da República quando tais cargos deverão ser desempnho gratuito em respeito pelos Princípios e valores que enformam este tipo de Instituições de inspiração cristã.
É necessário imprescindível mesmo que aqeles que dirigem a UMP tenham presentes dois Princípios basilares contidos no catrecismo da Igreja Católica: o de DOM e o da GRATUIDADE.
É com este espírito e com esta prática que a UMP, em particular, e as Misericórdias em geral, devem ser Administradas.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

FUNDO DE INVESTIMENTO/FINANCIAMENTO

As Misericórdias terão que criar uma rede social de cuidados de saúde. Só desta forma será possível ultrapassarem as dificuldades,a ctualmente, sentidas. As dificuldades que Portugal atravessa, nomeadamente, o Estado com o seu Orçamento, há muito, deficitário, terá cada vez acrescidas dificuldades em cumprir os compromissos assumidos. Isto traduzir-se-á, inevitavelmente, em atrasos nos pagamentos, em redução do encaminhamento dos doentes para as unidades das Misericórdias.
Ao que se já se assite é uma consequência desta mesma realidade. O Estado tem dificuldade, senão mesmo impossibilidade, em cumprir os prazos de pagamento estipulados nos Protocolos de Cooperação celebrados com as Misericórdias.
O Senhor Ministro da Saúde também já por várias vezes afirmou que enquanto os serviços de saúde estatais tiverem em subutilização não recorrerão a prestação externa de serviços. Quer isto dizer, simplesmente, que o Estado irá solicitar, cada vez menos, os serviços que até aqui têm vindo a ser solicitados a entidades externas, nomeadamente, às Misericórdias.
Esta Instituições foram levadas, por aqueles que "dirigem" a União das Misericórdias Portuguesas (UMP), à realização de vultosos investimentos na expectativa de que o Estado promoveria um crescimento continuado de serviços., levando, inclusivamente, as Misericórdias a integrar a Rede Nacional de Cuidados Continuados de Saúde, o que se tem vindo a revelar um colossal erro de prespectiva.
Está mais do que suficientemente fundamentada a ideia, ou melhor, a necessidade de as Misericórdias criarem uma Rede Social de Cuidados de Saúde.
Porquê ?
Porque o Estado terá dificulades crescentes em responder às necessidades de cuidados requeridas pelos cidadãos deste País.
Porque as unidades de saúde das Misericórdias, actualmente, existentes terão acrescidas dificuldades de sobrevivência económico/financeira uma vez que estão dependentes do serviços prestados ao Estado. Ora como este mesmo estado irá recorrer cada vez menos às unidades de saúde das Misericórdias, estas correrão o risco de colapso financeiro.
É então necessário encontrar uma solução sustentável. Esta solução sustentável passará, necessariamente, pela criação de uma Rede Social de Cuidados de Saúde.
A criação desta Rede deverá integrar, se possível, a totalidade das Misericórdias de forma a garantir a cobertura da totalidade do território nacional.
As Misericórdias têm condições únicas ímpares para a criação desta Rede Social de Cuidados de saúde (RSCA).
Há também uma justificação histórica para tal. Durante quse 5 séculos (500 anos) as Misericórdias garantiram a prestação de cuidados de saúde à quase totalidade da populção portuguesa.
Estará, assim ,justificada a necessidade de criação da RSCS.
A criação desta Rede só é possível com a adesão da totalidade (ou quase totalidade) das Misericórdias. Competirá a uma União das Misericórdias, efectivamente, administrada e gerida pelas próprias Misericórdias dinamizar tal iniciativa uma vez conseguida a adesão das Misericórdias.
Há já algumas Misericórdias a intervir na área da saúde. Gerindo, farmácias, hospitais, clínicas, consultórios, meios complementares de diagnóstico, entre outros. É possível e até desejável aproveitar esta know how de que as Misericórdias são detentoras de forma a estend~e-lo à totalidade do território nacional.
A maior dificuldade nem é a criação da RSCS. Será a sua manutenção, com o sucesso que os Portugueses merecem.
Importante, importante para o sucesso da criação e manutenção da RSCS é a existência de condições de financiamento quer para apoio ao investimento quer para apoio ao funcionamento. Para tal as Misericórdias deverão criar um Fundo de Investimento/Financiamento. E não se pense que tal exigirá condições a que as Misericórdias não possam corresponder.
A criação deste Fundo poderá ter origem nos recursos financeiros resultantes da venda da Quinta de Santo Estevão, em Viseu. A venda dessa Quinta poderá originar recursos financeiros da ordem do 50.000.000 € (cinquente milhões de euros).
Porquê a Quinta de Sto Estevão ? Porque em 1980 1980, o Ministro dos Assuntos Sociais, Dr. Morais Leitão doou à UMP essa mesma Quinta a título de indemnização às Misericórdias em consequência dos prejuízos causados pela nacionalização dos hospitais.
Ora, no mínimo será lógico, que os recursos financeiros originados com a venda da Qta de Sro Estevão sejam encaminhados para o financiamento das actividades de saúde desenvolvidas pelas Misericórdias.
Houve mais algumas doações à UMP, ao tempo do Dr. Virgílio Lopes, que poderiam integrar este mesmo Fundo.
Muito do património imobiliário de que as Misericórdias são detentoras algum do qual se tem revelado inservível para estas Instituições, razão pela qual se encontra em avançado estado de degradação, poderia ser alenado e os recursos finaceiros assim gerados poderiam também integrar esse mesmo Fundo.
O movimento financeiro das Misericórdias é de tal forma importante que gera mais valias que não são valorizadas no sector social. Ora as mais valias das movimentações financeiras das Misericórdias deveriam ser apropriadas pelas próprias enquanto forma de diversificação da origem das fontes de financiamento.
Também isto não constitui novidade para as Misericórdias.
Deverá ter-se presente que o Crédito Agrícola Mútuo teve origem nas Misericórdias.
Muitas Misericórdias possuiram caixas económicas. Actualmente, só já existe a da Misericórdia de Angra do Heroísmo e com sucesso. Esta Caixa Económica da Misericórdia de Angra poderia constituir-se como polo dinamizador de uma entidade de natureza bancária a criar pelas Misericórdias.
Como se constata muito pode e deve ser feito no âmbito da saúde.
as Misericórdias são detentoras de condições únicas para garantir aos Portugueses cuidados de saúde de proximidade e não só.
Para tal é necessário que a UMP seja, de facto e de direito, retomada pelas Misericórdias.
É necessário que a UMP seja dotada de Dirigentes.
É necessário que a UMP dinamize as Misericórdias para o melhor cumprimento possível da missão de que estão investidas: CUIDAR DOS DOENTES.

ERROS DE ANÁLISE E PROSPECTIVA IMPLICAM DANOS/PREJUÍZOS

Mais uma notícias com base em declarações daquele que ainda é "presidente" do Secretariado Nacional (SN) da União das Misericórdias Portuguesas (UMP).
As consequências desatrosas por decisões tomadas por aqueles que têm "dirigido" a UMP no últimos anos estão agora a revelar-se insustentáveis.
Apesar da lucidez demonstrada por todos aqueles que chamaram a atenção dos "dirigentes" da UMP para o erro para cujas consequências que agora estão a aparecer à luz do dia, esses mesmos "dirigentes" fizeram orelhas moucas e persistino no erro arrastaram algumas Misericórdias para a actual situação.
A situação actual era há muito previsível.
Porquê ?
Porque a única solução viável, desde logo sustentável, era a criação de uma sistema de saúde social administrado e gerido pelas Misericórdias.
A integração das unidades de saúde das Misericórdias no serviço nacional de saúde perspectiva-se um erro de consequências desastrosas como os factos o estão a demonstrar.
Uma outra razão é que desde sempre o Ministério da Saúde pagava mal e a más horas. Pelo que haveria que desta realidade extrair a reais e devidas consequências.
A tudo isto aqueles que têm "dirigido" a UMP fizeram orelhas moucas. Mas o pior foi terem arrastado as Misericórdias para incestimentos, verdadeiramente, ruinosos tal como a situação de algumas Misericórdias o demonstra.
Cabeças pensantes e espíritos ponderados alertaram para as consequências ruinosas que adviriam para as Misericórdias com a sua entrada imponderada na área da saúde integrando o serviço nacional de saúde (SNS).
Os factos aí estão para demonstrarem a racionalidade do pensamento daqueles que conheciam e conhecem quase na perfeição a realidade das Misericórdias.
Como aqui escrevemos, recentemente, as próprias afirmações do "presidente" do SN da UMP demonstarm um desconhecimento total e absoluto da realidade dos factos no universo, relativamente, pequeno das Misericórdias.
Quem desconhece a realidade das Misericórdias terá uma impossibilidade real da qual resulta rá uma incapacidade efectiva de assumir negociações em nome das Misericórdias. O desconhecimento dessa realidade assumida pelo "presidente" do SN da UMP em recentes declarações a órgãos da comunicação social só vêm demonstrar aquilo que há muito a esmagadora maioria das Misericórdias há muito sabia: incapacidade total e absoluta para o exercício do cargo e correspondete desempenho de funções.
O actual "presidente" do SN da UMP jamais teve o perfil minimamente aceitável para o cargo.
Os resultados de perfil desadwquado aí estão à vista de todos. Só não verá quem não quiser ver. E como diz a sabedoria popular: não há pior cego do que aquele que não quer ver.
tudo o que as Misericórdias estão a sofrer na pele com a impossibilidade de o Ministério da Saúde pagar a tempo e horas eram perfeitamente previsível há mais de 10 anos.
Mas regredir, voltar atrás, não é possível. Agora as Misericórdias terão que encontrar soluções que viabilizem os investimentos concretizados.
Desde o princípio do milénio que um conjunto de Dirigentes de Misericórdias chamam a atenção para a necessidade de as Misericórdias reflectirem sobre as sustentabilidade das Instituições. Desde há muito que esses Dirigentes vêm sentido que a sustentabilidade das Misericórdias passa, necessariamente, pela diversificação das suas actividades asim como pela diversificação das suas fontes de financimento.
Contariando os ventos da história aqueles que desde então "dirigem" a UMP tudo apostaram para que as Misericórdias assentassem o seu financiamento quase em exclusividade na prestação de serviços ao Estado. Ora esta perspectiva que se sabia, profundamente, errada está a ter as consequências para que cabeças ponderadas e pensantes alertaram.
Os "dirigentes" da UMP continuaram a apostar no "cavalo" errado. Continuaram a apostar na prestação de serviços ao Estado, o que tornou as Misericórdias altamente vulneráveis, como a actual situação o demonstra. E o pior ainda poderá estar para chegar. O Estado dificilmente terá capacidade de repor a normalidade dos pagamentos às Misericórdias a curto ou mesmo a médio prazo. Os atrasos de pagamentos por parte do Minsitério da Saúde às Misericórdias Poderá ter tendência a agravar-se.
Estão as Misericórdias preparadas para suportarem mais atrasos nos pagamentos que lhes são devidos ? Dificilmente.
Então só resta uma solução às Misericórdias e que é reflectirem sobre o futuro, diversificando as suas fontes de financiamento, prestando serviços ao maior número possível de clientes ou que se traduzirá na criação do seu próprio sistema de saúde tendo a totalidade dos Portugueses como potenciais clientes.
A única alternativa viável para as Misericórdias passará, necessariamente, pela criação de um Sistema Social de Saúde de âmbito nacional.
Para tal será necessário garantir o necessário financiamento. Mas tal também é possível com a criação de um fundo de investimento, já que a banca não dispõe de recursos financeiros e até porque há grandes restrições ao crédito por parte dos bancos portugueses.

domingo, 11 de setembro de 2011

AS CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS

Quando as decisões são contrárias à realidade ou tendências que se concretizam as consequências são nefastas para quem as toma e assume responsabilidades.
É isto que se passa com o que o "presidente" (e os outros "dirigentes" da UMP) do SN da UMP. Ao aconselhar, ao promover, ao incentivar as Misericórdias a investirem em estruturas para prestação de serviços cujo o único cliente seria o Estado gerou uma série de dificuldades.
Para comprovar as dificuldades originadas por um monstruso erro de análise e consequente erro de gestão, está o artigo que pode ser lido no sítio : http://www.fatimamissionaria.pt/artigo.php?cod=20549&sec=7
Qualquer mau gestor sabe que qualquer "negócio" que tenha um único cliente ou que yenha um cliente com uma quota superior a 60 % está em permanente risco de fracasso.
No caso da saúde as Misericórdias sempre tiveram uma enorme dificuldade em receber pelos serviços prestados ao Ministério da Saúde.
Sabendo-se isso, as Misericórdias deveriam ter sido desaconselhadas a investir na área da saúde tendo como único cliente o Ministério da Saúde.
Constata-se que as maiores dificuldades, ou a Misericórdias com maiores dificuldades, são aquelas que estão a prestar serviços na área da saúde, tendo como principal cliente o Ministério da Saúde.
As Misericórdias, prestadoras de serviços de saúde, que têm o Ministério da Saúde como principal cliente raramente receberam a tempo e horas.
De há vários anos a esta parte se sabe que o Estado vinha tendo dificuldades crescentes para continuar a garantir o crescendo de custos originados pelas prestações de serviços na área spcial (Solidariedade, Saúde e Educação).
As consequências aí estão com a gravidade que aqueles que incentivaram foram incapazes de prever, apesar de gente avisada ter vindo a chamar a atenção de pelo menos há 15 anos a esta parte.
E se a situação não piorar já as Misericórdias se poderão dar por felizes.
Pode continuar a acontecer o que recentemente aconteceu com a Misericórdia de Benavente - o Ministério da saúde dar por findo o Protocolo de Cooperação.
A vigência destes protocolos é anual, pelo que a qualquer momento o Ministério da Saúde pode dar por findo a cooperaçãoq ue vem mantendo com as Misericórdias.
E isto pode não estar muito longe de acontecer.
De acordo com o que o Senhor Ministro da saúde vem afirmando, a prioridade é a pela utilização da capacidade instalada nos serviços do próprio Ministério. Ora isto quer dizer que o Minsitério da Saúde vai, cada vez menos, encaminhar doentes para as unidades de saúde das Misericórdias. E porque assim irá ser, as Misericórdias vão ter que suportar os custos fixos respeitantes ao funcionamento das suas unidades de saúde.
As Misericórdias vão ter dificuldades crescentes em manter em funcionamento as suas unidades de saúde senão forem capazes de encontrar alternativas.
A única alternativa viável para as Msiericórdias é a criação do seu próprio sistema de saúde tendo a generalidade dos Portugueses como potenciais clientes.
Tal como se prespectiva o Serviço Nacional de Saúde vai ter imensas dificuldades para manter o actual nível de prestação de serviços pelo que se pode concluir que irá recorrer cada vez menos aos serviços das Misericórdias.
A acrescer a isto está o facto de o atraso nos pagamentos do Ministério da saúde montam a 3.000 milhões de euros. Vai ser muito difícil cumprir estes compromissos nos prazos razoáveis previstos pelos prestadores de serviços, onde se incluem as Misericórdias.
Pelas dificuldades que o Ministério da Saúde está vivendo pode prespectivar-se que os atrasos nos pagamentos às Misericórdias para além de ser uma realidade - indesejável - pode até agravar-se. Ou seja, os pagamentos às Misericórdias podem sofrer ainda mais atrasos, o que impossibilitará a sobrevivência financeira das mesmas.
Importa pois que as Misericórdias (todas) sejam capazes de encontrar soluções para que possam garantir o cumprimento da sua missão - cuidar dos enfermos - criando um sistema de saúde com o maior número de clientes possível. Quanto maior for o número de "clientes" das Misericórdias maiores serão as possibilidades de sucesso da sua acção.
As Misericórdias que foram atrás da conversa do "presidente" do SN da UMP estão aviver momentos de enormissimas dificuldades que podem evoluir para situações dramáticas de sobrevivência.
Quanto mais cedo as Misericórdias quiserem encarar a realidade mais fácil será encontrar e implementar soluções de sucesso.
A única solução de sucesso que se vislumbra é a da criação de um sistema de saúde social o qual inclua a generalidade das Misericórdias.
Aqueles que "dirigem", actualmente, as Misericórdias já demonstraram total incapacidade para encontrarem soluções viáveis que promovam a intervenção das Misericórdias na área da saúde e não só.

sábado, 10 de setembro de 2011

TÃO SÓ MAIS UM FACTO ELUCIDATIVO DA INCAPACIDADE INSTALADA

No jornal "i" do passado dia 28 de Agosto pode constatr-se a seguinte afirmação do "presidente" do Secretariado Nacional (SN) da União das Misericórdias Portuguesas (UMP):
"... embora não conheça o montante total.".
Esta afirmação é tão só mais uma prova da realidade intrínseca à actual situação que vive a UMP: desconhecimento total e absoluto do que se passa nas e com as Misericórdias.
Tudo isso não teria importância de maior se de aí não resultassem gravíssimos prejuízos, alguns irrecuperáveis, para as Misericórdias. E quando da acção, da inacção ou da omissão daqueles que "dirigem" a UMP causa, directa e/ou indirectamente prejuízos às Misericórdias as consequências são, invariavelmente, nefastas para aqueles(as) que depositam expectativas na intervenção destas Instituições para a ultrapassagem das dificuldades que os(as) afectam/atingem. O desconhecimento da realidade é impedidtiva de uma capacidade de representação que será o mínimo que as Misericórdias podem esperar da sua União.
Mas a situação é bastante mais grave que o simples facto (já de si bastante grave) de o "presidente" do SN da UMP afirmar desconhecer a realidade. Acontece que esse mesmo "presidente" enquanto não criou uma estrutura suportada, económica e financeiramente, pela UMP mantendo-se independetente (sim independente já que não está, verdadeiramente, integrada na UMP) não descansou. Esta estrutura a que deu o nome de GMS - Grupo Misericórdias Saúde é um sorvedouro de recursos financeiros da UMP sem que haja o mínimo retorno para as Misericórdias (todas as Misericórdias Portuguesas, excepto as Misericórdias que integram esse mesmo grupo) que o suportam.
É essencial que esse GMS que é um grupo suportado, económica e financeiramente pela UMP apresente as verdadeiras contas e o verdadeiro relatório de actividades, qualitativo e quantificado.´Seria bom que o "presidente" do SN da UMP apresentasse a totalidade das listagens das despesas totais anuais desde o início de actividades do GMS.
Será bom saber-se quem integra o GMS, quem o dirige, quais são os trabalhadores.
Será bom saber-se quanto ganham dos "dirigentes" do GMS.
Será bom saber-se quem são os funcionários desse mesmo grupo. Quais as ligações familiares e/ou afectivas a outros "dirigentes" e/ou assalariados da UMP. Será bom saber-se quais os critérios de selacção desses mesmos trabalhadores do GMS.
De facto o que o jornal "i"  escreve não é mais do que a tradução efectiva da realidade que afecta a UMP, na actualidade.
De facto, sendo, relativamente, poucas as Misericórdias que integram o GMS é inconcebível que o "presidente" do SN da UMP expresse um desconhecimento total e absoluto da afectação negativa e quais os prejuízos causados às Misericórdias pelos eventuais atrasos invocados.
Mas fazendo fé nas próprias afirmações do "presidente" do SN da UMP: "... a situação abrange apenas as administrações regionais de saúde do Algarve e do Porto, ...". (Uma nota à margem e que procura elucidar aforma de comop este "presidente encara o país: repare-se que desigana Algarve, mas à do Norte chama-me, somente Porto. Bairrismo bacoco.)
Ora se de facto as suas afirmações corresponderem à verdade, o que é no mínimo duvidoso, já que há ainda, relativamente, pouco tempo afirmou que a Misericórdia do Entrocamento estava a sofrer prejuízos pelos atrasos verificados nos pagamentos por parte do Ministério da Saúde (MS) e quem sabe um pouco de geografia Portuguesa não desconhece que o Entrocamento não se localiza nem no Algarve nem no Porto, pode concluir que os atrasos nos pagamentos por parte do MS constituem prática corrente.
Mas dando o benefício da dúvida, ainda assim e sendo verdade que só há atraso no Algarve e no "Porto" é incompreensível que o "presidente" do SN da UMP não saiba qual é o montante em atraso.
Então para que serve o GMS ?
Para quem acompanha a realidade da UMP há muito que sabe que o GMS nunca serviu, absolutamente, para nada. Seria bom que as Misericórdias exigisem conhecer a realidade do GMS. Concerteza que haveria surpresas para alguns, não para aqueles que desde a proposta inicial da criação do GMS sempre se lhe opuseram por conhecerem os verdadeiros objectivos dos proponentes.
O que esta realidade de incapacidade de conhecer os montantes em atraso nos pagamentos do MS às Misericórdias vem demonstrar é a desnecessidade de existência de estruturas de custos colossais (já agora que a palavra colossal está na moda) que importa extinguir o mais rapidamente possível sobre p+ena de se continuar a assistir à delapidação dos bens das Misericórdias.
O GMS não serva, absolutamente, para nada. Tem custos de funcionamento colossais.
O que as Misericórdias, verdadeiramente, necessitam é de estruturas, dentro da UMP, que sejam úteis às Misericórdias.
Para terminar uma referência que há anos já aqui fizemos relativamente ao financiamento dos GMS.
Com o actual regulamento de quotas para a UMP os custos de funcionamento do GMS são suportados pelas Misericórdias que não pertencem a esse mesmo grupo, já que as Misericórdias que o integram estão dispensadas do pagam,ento de quaota.
Esta realidade é consdenável sob os pontos de vista da moral e da ética.
Será aceitável que numa organização como é o caso da UMP possam ser praticados actos contrários à moral e à ética ?

Ver: http://www.ionline.pt/conteudo/145719-sns-deve-272-mil-milhoes-fornecedores-misericordias-ameacadas