No jornal "i" do passado dia 28 de Agosto pode constatr-se a seguinte afirmação do "presidente" do Secretariado Nacional (SN) da União das Misericórdias Portuguesas (UMP):
"... embora não conheça o montante total.".
Esta afirmação é tão só mais uma prova da realidade intrínseca à actual situação que vive a UMP: desconhecimento total e absoluto do que se passa nas e com as Misericórdias.
Tudo isso não teria importância de maior se de aí não resultassem gravíssimos prejuízos, alguns irrecuperáveis, para as Misericórdias. E quando da acção, da inacção ou da omissão daqueles que "dirigem" a UMP causa, directa e/ou indirectamente prejuízos às Misericórdias as consequências são, invariavelmente, nefastas para aqueles(as) que depositam expectativas na intervenção destas Instituições para a ultrapassagem das dificuldades que os(as) afectam/atingem. O desconhecimento da realidade é impedidtiva de uma capacidade de representação que será o mínimo que as Misericórdias podem esperar da sua União.
Mas a situação é bastante mais grave que o simples facto (já de si bastante grave) de o "presidente" do SN da UMP afirmar desconhecer a realidade. Acontece que esse mesmo "presidente" enquanto não criou uma estrutura suportada, económica e financeiramente, pela UMP mantendo-se independetente (sim independente já que não está, verdadeiramente, integrada na UMP) não descansou. Esta estrutura a que deu o nome de GMS - Grupo Misericórdias Saúde é um sorvedouro de recursos financeiros da UMP sem que haja o mínimo retorno para as Misericórdias (todas as Misericórdias Portuguesas, excepto as Misericórdias que integram esse mesmo grupo) que o suportam.
É essencial que esse GMS que é um grupo suportado, económica e financeiramente pela UMP apresente as verdadeiras contas e o verdadeiro relatório de actividades, qualitativo e quantificado.´Seria bom que o "presidente" do SN da UMP apresentasse a totalidade das listagens das despesas totais anuais desde o início de actividades do GMS.
Será bom saber-se quem integra o GMS, quem o dirige, quais são os trabalhadores.
Será bom saber-se quanto ganham dos "dirigentes" do GMS.
Será bom saber-se quem são os funcionários desse mesmo grupo. Quais as ligações familiares e/ou afectivas a outros "dirigentes" e/ou assalariados da UMP. Será bom saber-se quais os critérios de selacção desses mesmos trabalhadores do GMS.
De facto o que o jornal "i" escreve não é mais do que a tradução efectiva da realidade que afecta a UMP, na actualidade.
De facto, sendo, relativamente, poucas as Misericórdias que integram o GMS é inconcebível que o "presidente" do SN da UMP expresse um desconhecimento total e absoluto da afectação negativa e quais os prejuízos causados às Misericórdias pelos eventuais atrasos invocados.
Mas fazendo fé nas próprias afirmações do "presidente" do SN da UMP: "... a situação abrange apenas as administrações regionais de saúde do Algarve e do Porto, ...". (Uma nota à margem e que procura elucidar aforma de comop este "presidente encara o país: repare-se que desigana Algarve, mas à do Norte chama-me, somente Porto. Bairrismo bacoco.)
Ora se de facto as suas afirmações corresponderem à verdade, o que é no mínimo duvidoso, já que há ainda, relativamente, pouco tempo afirmou que a Misericórdia do Entrocamento estava a sofrer prejuízos pelos atrasos verificados nos pagamentos por parte do Ministério da Saúde (MS) e quem sabe um pouco de geografia Portuguesa não desconhece que o Entrocamento não se localiza nem no Algarve nem no Porto, pode concluir que os atrasos nos pagamentos por parte do MS constituem prática corrente.
Mas dando o benefício da dúvida, ainda assim e sendo verdade que só há atraso no Algarve e no "Porto" é incompreensível que o "presidente" do SN da UMP não saiba qual é o montante em atraso.
Então para que serve o GMS ?
Para quem acompanha a realidade da UMP há muito que sabe que o GMS nunca serviu, absolutamente, para nada. Seria bom que as Misericórdias exigisem conhecer a realidade do GMS. Concerteza que haveria surpresas para alguns, não para aqueles que desde a proposta inicial da criação do GMS sempre se lhe opuseram por conhecerem os verdadeiros objectivos dos proponentes.
O que esta realidade de incapacidade de conhecer os montantes em atraso nos pagamentos do MS às Misericórdias vem demonstrar é a desnecessidade de existência de estruturas de custos colossais (já agora que a palavra colossal está na moda) que importa extinguir o mais rapidamente possível sobre p+ena de se continuar a assistir à delapidação dos bens das Misericórdias.
O GMS não serva, absolutamente, para nada. Tem custos de funcionamento colossais.
O que as Misericórdias, verdadeiramente, necessitam é de estruturas, dentro da UMP, que sejam úteis às Misericórdias.
Para terminar uma referência que há anos já aqui fizemos relativamente ao financiamento dos GMS.
Com o actual regulamento de quotas para a UMP os custos de funcionamento do GMS são suportados pelas Misericórdias que não pertencem a esse mesmo grupo, já que as Misericórdias que o integram estão dispensadas do pagam,ento de quaota.
Esta realidade é consdenável sob os pontos de vista da moral e da ética.
Será aceitável que numa organização como é o caso da UMP possam ser praticados actos contrários à moral e à ética ?
Ver: http://www.ionline.pt/conteudo/145719-sns-deve-272-mil-milhoes-fornecedores-misericordias-ameacadas
Ver: http://www.ionline.pt/conteudo/145719-sns-deve-272-mil-milhoes-fornecedores-misericordias-ameacadas
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