domingo, 11 de setembro de 2011

AS CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS

Quando as decisões são contrárias à realidade ou tendências que se concretizam as consequências são nefastas para quem as toma e assume responsabilidades.
É isto que se passa com o que o "presidente" (e os outros "dirigentes" da UMP) do SN da UMP. Ao aconselhar, ao promover, ao incentivar as Misericórdias a investirem em estruturas para prestação de serviços cujo o único cliente seria o Estado gerou uma série de dificuldades.
Para comprovar as dificuldades originadas por um monstruso erro de análise e consequente erro de gestão, está o artigo que pode ser lido no sítio : http://www.fatimamissionaria.pt/artigo.php?cod=20549&sec=7
Qualquer mau gestor sabe que qualquer "negócio" que tenha um único cliente ou que yenha um cliente com uma quota superior a 60 % está em permanente risco de fracasso.
No caso da saúde as Misericórdias sempre tiveram uma enorme dificuldade em receber pelos serviços prestados ao Ministério da Saúde.
Sabendo-se isso, as Misericórdias deveriam ter sido desaconselhadas a investir na área da saúde tendo como único cliente o Ministério da Saúde.
Constata-se que as maiores dificuldades, ou a Misericórdias com maiores dificuldades, são aquelas que estão a prestar serviços na área da saúde, tendo como principal cliente o Ministério da Saúde.
As Misericórdias, prestadoras de serviços de saúde, que têm o Ministério da Saúde como principal cliente raramente receberam a tempo e horas.
De há vários anos a esta parte se sabe que o Estado vinha tendo dificuldades crescentes para continuar a garantir o crescendo de custos originados pelas prestações de serviços na área spcial (Solidariedade, Saúde e Educação).
As consequências aí estão com a gravidade que aqueles que incentivaram foram incapazes de prever, apesar de gente avisada ter vindo a chamar a atenção de pelo menos há 15 anos a esta parte.
E se a situação não piorar já as Misericórdias se poderão dar por felizes.
Pode continuar a acontecer o que recentemente aconteceu com a Misericórdia de Benavente - o Ministério da saúde dar por findo o Protocolo de Cooperação.
A vigência destes protocolos é anual, pelo que a qualquer momento o Ministério da Saúde pode dar por findo a cooperaçãoq ue vem mantendo com as Misericórdias.
E isto pode não estar muito longe de acontecer.
De acordo com o que o Senhor Ministro da saúde vem afirmando, a prioridade é a pela utilização da capacidade instalada nos serviços do próprio Ministério. Ora isto quer dizer que o Minsitério da Saúde vai, cada vez menos, encaminhar doentes para as unidades de saúde das Misericórdias. E porque assim irá ser, as Misericórdias vão ter que suportar os custos fixos respeitantes ao funcionamento das suas unidades de saúde.
As Misericórdias vão ter dificuldades crescentes em manter em funcionamento as suas unidades de saúde senão forem capazes de encontrar alternativas.
A única alternativa viável para as Msiericórdias é a criação do seu próprio sistema de saúde tendo a generalidade dos Portugueses como potenciais clientes.
Tal como se prespectiva o Serviço Nacional de Saúde vai ter imensas dificuldades para manter o actual nível de prestação de serviços pelo que se pode concluir que irá recorrer cada vez menos aos serviços das Misericórdias.
A acrescer a isto está o facto de o atraso nos pagamentos do Ministério da saúde montam a 3.000 milhões de euros. Vai ser muito difícil cumprir estes compromissos nos prazos razoáveis previstos pelos prestadores de serviços, onde se incluem as Misericórdias.
Pelas dificuldades que o Ministério da Saúde está vivendo pode prespectivar-se que os atrasos nos pagamentos às Misericórdias para além de ser uma realidade - indesejável - pode até agravar-se. Ou seja, os pagamentos às Misericórdias podem sofrer ainda mais atrasos, o que impossibilitará a sobrevivência financeira das mesmas.
Importa pois que as Misericórdias (todas) sejam capazes de encontrar soluções para que possam garantir o cumprimento da sua missão - cuidar dos enfermos - criando um sistema de saúde com o maior número de clientes possível. Quanto maior for o número de "clientes" das Misericórdias maiores serão as possibilidades de sucesso da sua acção.
As Misericórdias que foram atrás da conversa do "presidente" do SN da UMP estão aviver momentos de enormissimas dificuldades que podem evoluir para situações dramáticas de sobrevivência.
Quanto mais cedo as Misericórdias quiserem encarar a realidade mais fácil será encontrar e implementar soluções de sucesso.
A única solução de sucesso que se vislumbra é a da criação de um sistema de saúde social o qual inclua a generalidade das Misericórdias.
Aqueles que "dirigem", actualmente, as Misericórdias já demonstraram total incapacidade para encontrarem soluções viáveis que promovam a intervenção das Misericórdias na área da saúde e não só.

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