sábado, 31 de dezembro de 2011

A PIOR FORMA DE TERMINAR 2011

Pode ler-se na 1.ª página do Jornal de Notícias:
"O ministro da Saúde fechou o Ministério" - Manuel Lemos, presidente das Misericórdias, é feroz nas críticas a Paulo Macedo.
Seria difícil encontrar pior forma para terminar o ano de 2011.
Ainda nos lembraremos que Portugal também teve um animal feroz a dirigí-lo, mas felizmente já se libertou das garras dessa fera.
Talvez seja chegada a altura de as Misericórdias se livrarem de quem tanto mal lhes tem provocado.
2012 é ano de eleições na União das Misericórdias Portuguesas (UMP) e talvez o mais tardar no final de 2012, as Misericórdias se consigam livrar de quem se instalando no cargo de "presidente" do Secretariado Naciona (SN) da UMP tanto mal tem "dirigido" aquela instituição com nítidos e graves prejuízos quer para a UMP quer para as Misericórdias.
A entrevista hoje publicada no Jornal de Notícias revela-se mais um péssimo serviço prestado às Misericórdias.
E é um péssimo serviço prestado às Misericórdias porque revela ressentimento relativamente ao Governo. Esse ressentimento é resultado de um auto-convencimento de que seria ministro da saúde ou da segurança social do actual Governo. Este mesmo auto-convencimento foi sendo transmitido quer àqueles que lhe são mais próximos quer mesmo de uma forma generalizada aos Dirigentes das Misericórdias. Era frequente falar com Dirigentes das Misericórdias, no início do Verão, e estes falarem de que o "presidente" do SN da UMP seria o futuro ministro da saúde ou da segurança social segundo palavras do próprio.
Terá mesmo chegado a afirmar que nessa altura era uma das 10 pessoas mais influentes no PSD.
Desde que a realidade o confrontou que não pára de afrontar o actual Governo, menifestando um elevado grau de ressentimento por não ter conseguido um dos seus grandes objectivos de vida, chegar a ministro. Nunca quis interiorizar que nunca, e depois que se instalou no cargo de "presidente" do SN da UMP, ainda menos condições dispôs para alguma vez conseguir sequer a ser membro de quualquer Governo. Nunca assumiu que jamais teve perfil para ser membro de um qualquer Governo da Nação, muito menos para chegar a ministro, como o demonstra a entrevista hoje publicada no Jornal de Notícias.
Está agora cada vez mais claro que o actual "presidente" do SN da UMP para além de não ter características nem perfil mínimo para chegar a ser ministro, nem sequer comungava das possibilidades e do programa do actual Governo.
É mau muito mau mesmo quer para a UMP quer para as Misericórdias continuarem a ter de suportar este "presidente" do SN da UMP.
Com a entrevista hoje publicada no Jornal de Notícias a UMP perdeu mais capacidade de diálogo e negocial com o Ministério da Saúde.
Ora sendo o Ministério da Saúde o principal pagador dos serviços de saúde pagos às Misericórdias, a entrevista publicada hpoje só pode acrretar consequências nefastas para as Misericórdias, uma vez que a UMP perdeu reconhecimento de interlocutor de boa vontade, perdeu capacidade de diálogo assim como perdeu poder negocial.
No cotpo da entrevista publicada na página 5 do Jornal de Notícias de hoje, o "presidente" do SN da UMP afirma: Neste momento não existe essa relação de confiança porque o Dr. Paulo Mendo fechou o ministério, não é capaz de dialogar e não é capaz de se sentar a uma mesa e falar com as Misericórdias.
Afirmações como a que se transcreve só favorecem a criação de um clima de crispação nada, mas memso nada, favorável na busca de soluções para os problemas existentes.
O que é de todo deplorável é que o "presidente" do SN da UMP só tenha detctado os problemas agora com este Governo. Com o Governo anterior os problemas já existiam e com a mesma gravidade e nesse tempo jamais se ouviram quaisquer palavras relativamente a essa matéria.
Ao que se sabe é que esta posição de sucessivos ataques ao actual Governo por parte do "presidente" do SN da UMP são também resultado das pressões exercidas por muitos Provedores aos quais ele prometeu resolver os problemas existentes. Como não os resolveu nem os resolverá e com ele no cargo de Presidente do SN da UMP as Misericórdias continuarão a ver agravadas as condições de diálogo e negociais com o Governo.
O "presidente" do SN da UMP promoveu, estimulou e pressionou as Misericórdias a entrarem na área da saúde tendo como praticamente, único cliente o Estado. Tudo isto em resultado de interesses pessoais e de um pequeno grupo que lhe é muito próximo que têm ganjo muitíssimo dinheiro à custa de comissões cobradas às Misericórdias assim como de cobrança de prestações de serviços também cobradas às Instituições. É a voz destes interesses que fala pela boca do actual "presidente" do SN da UMP.
Quer a UMP quer as Misericórdias precisam de se libertar desta teia de interesses pessoais e particulares instalada na UMP.
A voz do "presidente" do SN da UMP na entrevista hoje publicada no Jornal de Notícia é a voz do comprometimento dos interesses pessoais e particulares instalados.
Toda agente sabe disto e particularmente o Governo sabendo desta teia de interesses instalada, não estará disponível para continuar a suportá-la e alimentá-la. É por isso necessário exterminar essa teia de interesses instalada.
É fundamental libertar a UMP e as Misericórdias de compromissos pessoais e particulares. Quer a UMP quer as Misericórdioas só têm que assumir compromissos com os Cidadãos carenciados e necessitados de apoio e assistência. A UMP e as Misericórdias jamais poderão ser utilizdas para a instalação de interesses pessoais e particulares.
Se o ano de 2011 foi particularmente gravoso para a UMP e para as Misericórdias em resultado de uma administração desastrada que está instalada, há anos, na União das Misericórdias Portuguesas (UMP), a entrevista hoje publicada no Jornal de Notícias é o episódio final que culmina um já longuíssimo período de 5 anos de instalação no cargo de "presidente" do SN da UMP, o qual se tem traduzido numcrescendo dificuldades para a UMP e para as Misericórdias.
Muitas, senão mesmo, a maioria das dificuldades que as Misericórdias hoje enfrentam são resultado de uma administração desatsrada de quem orienta e "dirige" a UMP.
2012 terá que ser o ano de mudança. É tempo da UMP e das Misericórdias se libertarem dos "dirigentes" que estão instalados na União das Misericórdias Portuguesas.
2012 terá que ser o ano de mudança. Terá que ser o ano de recuperação da creedibilidade e da confiança perdidas. Terá que ser o ano de procura de soluções para os tormentosos problemas que atinge a generalidade das Misericórdias.
Isto só se conseguirá com uma nova equipa Dirigente que oriente o seu pensamento à luz da Doutrina Social da Igreja e a sua acção pela prática das 14 Obras de Misericórdia.
Espera-se que 2012 seja um ano de mudança como muitas professias das mais diversas culturas o prognostica.
A União das Misericórdias Portuguesas necessita de mudança. De uma mudança fundamentada no bem fazer fazendo o bem ao serviço do Homem nosso Irmão. 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

FIM DO CEFORCÓRDIA ?

Quando a ribeira soa água leva.
Fazendo fé em fontes geralmente bem informadas, será intenção dos actuais "dirigentes" da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), nomeadamente, do "presidente" do Secretariado Nacional (SN) o qual é prestador de serviços ao CEFORCÓRDIA há dezena e meia de anos, extinguí-lo. Estará também a ser preparado um despedimento colectivo qie abrangerá todos os colaboradores/trabalhadores que não os prestadores de serviços remunerados, entre os quais se inclui o actual "presidente" do SN da UMP. Este recebe, mensalmente, de verbas destinadas à formação 1.500 € (mil e quinhentos euros), para o que não está autorizado. Mais. Recebe remuneração certa e regular do CEFORCÓRDIA há cerca de década e meia. Fazendo as contas, só do CEFORCÓDIA terá recebido, indevidamente, em 15 anos: 15 (anos) x 12 (meses) = 180 meses; 180 x 1.500 € = 270.000 € (duzentos e setenta mil euros), que a comprovar-se que recebeu e indevidamente deverá ter que os devolver ou à UMP ou ao IEFP, acrescidos dos devidos juros de lei.
Mas ao que foi também possível apurar o "presidente" do SN da UMP cobrará 14 meses em cada ano, razão pela qual será necesária acrescer mais 30 meses nesses 15 anos o que acrescerá na cobrança à UMP o valor de 45.000 € (quarenta e cinco mil euros).
No total o "presidente" do SN da UMP terá cobrado, indevidamente, só no que à formação diz respeito um valor que rondará já os 315.000 € (trezentos e quinze mil euros).
Importa conhecer as razões para tal extinção.
Haverá uma posterior entrega da formação para as Misericórdias a empresa privada?
A extinção prender-se-á com a impossibilidade de justificação para a continuidade da remuneração certa e regular que há muitos anos é paga ao actual "presidente" do SN da UMP?
Perante esta possibilidade que estará a ser preparada pelos actuais "dirigentes" da UMP importa reflectir sobre o que foi, o que é e o que poderá vir a ser o CEFORCÓRDIA dentro da UMP.
O que é, então, o CEFORCÓRDIA?
O CEFORCÓRDIA é o Centro de Formação para as Misericórdias.
Com surgiu?
Na décado dos 80 do século XX o SN da UMP liderado pelo saudoso e verdadeiro missionário das Misericórdias, Dr. Pde. VIRGÍLIO LOPES, a UMP tomou a iniciativa de promover formação profisional para os trabalhadores das Misericórdias, nomeadamente, para ajudantes de lar e centro de dia e ajudantes de creche e jardim de infância.
Perguntar-se-á a razão desta opção formativa e não outras. Como tudo tal opção foi tomada em consequência das opções tomadas pela maioria das Misericórdias em avançar com actividades de lar, centro de dia, creche e jardim de infância.
Não havendo ainda formação capacitante para os trabalhadores que já estavam ao seviço das Misericórdias, a UMP, com o apoio das filiadas, avançou com a criação de um lar escola, ao qual viria a ser atribuído o nome de "Lar Escola Dr. Virgílio Lopes", onde se inciciaram as acções de formação para ajudantes de lar e centro de dia. Foi a partir dessa primeira experiência que se seguiu a formação para ajudantes de creche e jardim de infância.
Com o crescimento das Misericórdias e a necessidade de dotar os seus profisisonais de formação em serviço a qual se poderá hoje chamar formção ao longo da vida, a UMP, também com o appio das Misericórdias, avançou com um estudo que se impunha e que foi o de verificar, primeiro, qual o perfil dos actuais (à altura) ajudantes de lar e centro de dia (que passaram também a contemplar o apoio domiciliário), definir operfil ideal para essas trabalahadoras e, posteriormente, estabelecer o perfil de formação para esses mesmos trabalhadores.
Nesse período fez-se esse trabalho para a maioria das categorias profissionais de apoio directo aos utentes das valências das Misericórdias.
Foi um período de íntima e profíqua colaboração entre as Misericórdias e a sua União. Despois deste período jamais os "dirigentes" da UMP quiseram trabalhar em colaboração e cooperação com as Misericórdias fosse em que área fosse.
Em resultado desta política praticada pelos "dirigentes" da UMP,o CEFORCÓRDIA foi conduzido à sua actual situação, a de estar, completamente, desajustado perante as necessidades sentidas pelas Misericórdias.
Seria talvez interessante, averiguar as razões que levaram até aqui. E se não estarão, por enquanto escondidos, verdadeiros interesses particulares de alguns que se instalaram dentro da UMP e de outros que ainda não instalados mas a que tal aspiram, para a partir daí continuarem  a extrair benefícios para si e para os que lhes são próximos.
É necessário ter em atenção que o dinheiro que circula para a formação profissional é muitíssimo, para pagar àqueles que estão envolvidos nas suas acções. Recordamos que o montante de financiamento para a formação profisisonal incluído no QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional (Apoios Europeus) é a maior tranche de que Portugal beneficia.
Bom. Continuando na nossa reflexão importa tomar consciência que a partir desse referido estudo realizado no início dos anos 90 do século XX nada mais foi feito dentro do CEFORCÓRDIA que possibilitasse a sua actualização e adequação às necessidades sentidas pelas Misericórdias. Isto apesar de o actual "presidente" do SN da UMP ser o seu primeiro responsável e "dirigente" remunerado para coordenar o CEFORCÓRDIA.
A confirmar-se a extinção do CEFORCÓRDIA impõe-se exigir ao "presidente" do SN da UMP um relatório circunstanciado do cerca de 15 anos que leva à frente do CEFORCÓRDIA assim como apresentar os fundamentos que o obrigaram a conduzir esse Centro para a atual situação.
A culpa não pode continuar a morrer solteira.
É essencial que se saiba o que se passou e porque se chegou a esta situação.
O primeiro e principal responsávl por esta situação verificada com o CEFORCÓRDIA será o actual "presidente" do SN da UMP porque há cerca de 15 anos que é o "dirigente" da UMP responsável pela orgânica e funcionamento do Centro.
Ao longo destes últimos 15 anos pode-se constatar que o CEFORCÓRDIA se foi desactualizando e progressivamente desligando das Misericórdias. O CEFORCÓRDIA deixou de corresponder às expectativas e necessidades das Misericórdias. Estas passaram a organizar, directamente, a sua formação adequada às suas necessidades, já que a UMP não demonstrava vontade de corresponder às sugestões e organizar a formação de que as Misericórdias necessitavam. Algumas Misericórdias tomaram a iniciativa de criar a sua própria estrutura de formação. Outras passaram a contratar, directamente, com empresas de formação que definiam perfis de formação de acordo com as necessidades apresentadas pelas Misericórdias. O CEFORCÓRDIA deixou de corrresponder às necessidades de formação das Misericórdias.
Mas fará falta o CEFORCÓRDIA?
É essencial para as Misericórdias enquanto serviço comum a todas as Misericórdias.
O CEFORCÓRDIA é um serviço comum essencial para as Misericórdias. Porquê?
Porque as Misericórdias mantêm muitas valências tipificadas para as quais será de todo vantajoso manter actualizados os perfis de formação para os seus profissionais.
Por outra lado a inovação social leva a que surjam necessidades de novos profissionais, com novos perfis a que corresponderão novas necessidades de formação para os quais é essencial definir os respectivos perfis.
A definição de perfis profissionais e respectivos perfis de formação será competência e missão da UMP que jamais deverá ser deixada entregar a quaisquer interesses particulares instalados e/ou a instalar dentro da UMP.
O CEFORCÓRDIA é uma das poucas estruturas organizacionais que tem toda a justificação a sua manutenção. As Misericórdias jamais deverão permitir que o CEFORCÓRDIA seja extinto, por três ordens de razão. A primeira, desde logo porque é essencial para garantir a adequação da formação ao universo das Misericórdias. A segunda, porque a formação contínua adequada e adaptada é, hoje, imperativo de progresso e desenvolvimento assistencial. E terceira, porque o CEFORCÓRDIA, bem gerido para além de não ter quaisquer custos para as Misericórdias pode até suportar partilha de custos.
Os benefícios com a manutenção do CEFORCÓRDIA são por demais evidentes, razão pela qual as Misericórdias deverão, opor-se de uma forma determinante à intenção dos "dirigentes" da UMP de extinguí-lo.
O CEFORCÓRDIA é uma estrutura orgânica da UMP criada para apoiar a formação nas Misericórdias. Na sua fase inicial desempenhou um relevante serviço na formação que se estava a revelar essencial no progresso e desenvolvimento dos serviços assim como na sua qualificação.
É uma estrutura que bem gerida não tem quaisquer custos quer para a UMP quer para as Misericórdias.
É essencial para garantir a actualização e qualidade dos cuidados prestados aos utentes/beneficiários das actividades das Misericórdias.
O CEFORCÓRDIA poderá e deverá manter actualizado os perfis profissionais dos trabalhadores das Misericórdias.
Poderá e deverá manter actualizado os perfis de formação para os trabalhadores das Misericórdias.
Poderá criar um CNO - Centro Novas Oportunidades por form a reconhecer-se as competências adquiridas ao longo da vida pelos trabalhadores das Misericórdias, possibilitando-lhes um acesso mais cómodo e adequado às contigências dos trabalhos. Possibilitará aos trabalhadores que assim o desejarem a obtenção dos níveis de escolaridade obrigatória e básica para o acesso a categorias profissionais.
No fundo o CEFORCÓRDIA é essencial para garantir uma qualificada prestação de serviços aos beneficiários das actividades das Misericórdias.
Nada mas mesmo nada poderá justificar o encerramento de uma estrutura orgânica na UMP tão essencial às Misericórdias.
Esta estrutura é tão essencial para as Misericórdias que estas Instituições até quiseram consagrar a actividade formativa no seu texto constitucional - nos Estatutos da UMP. Conforme se pode constatarna alínea b) do artigo 5.º dos Estatutos da UMP, pode ler-se: Promover a realização de cursos de aperfeiçoamento e valorização profissional para o pessoal das Misericórdias.
Esta possibilidade equacionada pelos actuais "dirigentes" da UMP de extinguir o CEFORCÓRDIA, logo no início de 2012 é ranto menos incompreensível quando ainda não passou um mês sobre a aprovação do Plano de Actividades e Orçamento para 2012, documentos esses que mereceram uma atenção especial no que à formação, dentro do CEFORCÓRDIA, diz respeito.
Para não alongar muito esta reflexão transcreveremos tão somente a seguinte passagem escrita no Plano de Actividades aprovado em Assembleia Geral da UMP para 2012:
Nesta relação, entre União das Misericórdias e as suas associadas, assume especial importância, a estratégia de formação e qualificação dos trabalhadores. O esforço feito nos últimos anos e que
tencionamos continuar, aumentando a oferta formativa, tem beneficiado milhares de trabalhadores, produzindo melhorias significativas no funcionamento das instituições. Os resultados deste
trabalho são evidentes e promissores, pois as instituições passaram a ter novas preocupações de qualidade e melhores metodologias de atuação. As Misericórdias passaram igualmente a beneficiar de novos conceitos de gestão o que lhes permitiu uma adequada preparação perante os desafios com que diariamente são confrontadas.
Como é que depois de os "dirigentes" da UMP terem escrito o que escreveram e levaram as Misericórdias a aprovarem conseguem no mínimo equacionar a possibilidade de extinguir uma estrutura tão importante senão mesmo relevante para as Misericórdias?
Nada disto faz sentido.
Bom. Mas haverá algo que fará sentido na actual situação a que foi conduzida a União das Misericórdias Portuguesas?
Constituirá uma perda irreparável a extinção do CEFORCÓRDIA.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A FELICIDADE

O Homem não é só corpo. É também senão mesmo, principlamente, alma.
É para a plenitude humana e para o bem estar e realização plena do Homem que foram criadas as Misericórdias Portuguesas, às quais foi atribuída a missão de cumprimento das 14 Obras de Misericórdias.
Em reflexão anterior analizámos o bem estar corporal do Homem que pode ser alcançado com a concretização das 7 Obras de Misericórdia corporais.
Hoje reflectiremos sobre o bem estar espiritual do Homem para o qual muito contribui a concretização das 7 Obras de Misericórdia espirituais.
Sendo certo que muitas vezes se privilegiam as Obras de Misericórdia corporais já que as carências materiais om que as Misericórdias se confrontam são tantas e tão diviersificadas, o que estará de acordo com a sua natureza, filosofia e doutrina e a complementaridade entre as Obras de Misericórdia coprporais e espirituais. é na plenitude da concretização de ambas que as Misericórdias realizam a sua missão.
Sempre e quando se sentirem realizadas com o cumprimento das 7 Obras de Misericórdia corporais apoucam-se, e ao apoucarem-se ficarão em studo sememlhantes a uma qualquer organização filantrófica que pratique a solidariedade.
A Caridade Cristã vai muito para além da solidariedade (laica) e procura contribuir não só para o bem estar do Homem mas também para a sua felicidade.
Será bom evocarmos aqui e agora as 7 Obras de Misericórdia espirituais:
1. Dar bons conselhos
2. Ensinar os ignorantes
3. Corrigir os que erram
4. Consolar os tristes
5. Perdoar as injúrias
6. Suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo
7. Rezar a Deus por vivos e defuntos.
O respeito e cumprimento das 7 Obras de Misericórdia espirituais, contribuem para a felicidade humana. É pois necessário que as Misericórdias as pratiquem, sobre elas reflitam e concretizem assim a Doutrina Social da Igreja em toda a plenitude institucional.
As Misericórdias só cumprirão, integralmente, a sua missão quando concretizarem a plenitude das 14 Obras de Misericórdia.
Sem dúvida que o bem estar físico é fundamental ao Homem. Mas também a sua felicidade traduzida no seu bem estar moral e espiritual é essencial.
Só a plenitude da concretização das Obras de Misericórdia podem contribuir para o bem estar e para a felicidade humana.
As Misericórdias agindo em cumprimento dessas Obras conseguirá e muito contribuir para o bem estar e para a felicidade do Homem.
Porque as Misericórdias têm que ir muito além da filantropia.
Porque as Misericórdias têm por missão as obrigações institucionais estabelecidas na Doutrina Social da Igreja.
Porque as Misericórdias são insttuições para a prática da Caridade Cristã.
As Misericórdias reunem as condições doutrinais e institucionais básica para promover a dignidade humana em toda a sua plenitude.
O percurso da felicidade tem que ser feito em paralelo com o percurso do bem estar. São dois percursos paralelos que têm que ser percorridos com a mesma intensidade. Às Misericórdias compete-lhe a grata missão de contribuir para a realização plena do Homem.
Agora que estamos vivendo plena época natalícia, é também época de renovação de intenções e de desejos. Certamente todos quantos se disponibilizaram para servir - para servir - nestas seculares instituições de bem fazer fazendo o bem, renovam essas mesmas intenções e desejos. É nesta altura do ano que mais circulam por todo o mundo incontáveis mensagens de desejos de Bem e de bom.
As Misericórdias substituem muitas famílias de Cidadãos acolhidos nesta época de celebração da família.
Em todos os lares de cristãos se expõe a Sagrada Família para todos os seus membros tenham plena consciência de que a celebração da família é um valor que é cultivado pelos cristãos desde há 2.000 anos.
As Misericórdias são, pois, as instituições que olham para o Homem em toda a sua plenitude e em resultado das suas obrigações doutrinais têm o dever de contribuir quer para o bem estar fisíco quer para a felicidade do Homem.
Importa, assim, que as Misericórdias (inclui-se aqui neste universo institucional, a União das Misericórdias Portuguesas) dediquem também atenção às 7 Obras de Misericórdia espirituais. Estas são, sem dúvida aquelas que contribuem para a felicidade humana.
Se as Misericórdias têm um reconhecimento generalizado da sua meritória acção ao longo de mais de 5 séculos, importa que não olvidem uma parte significativa da sua missão, a qual passará, necessariamente, pelo cumprimento das 7 Obras de Misericórdia espirituais.
Este é um desafio do presente com reflexo no futuro.
Só cumprindo e praticando as 14 Obras de Misericórdia permitirá a estas permanecrem actuais e actualizadas.


domingo, 18 de dezembro de 2011

O BEM ESTAR

Mente sã em corpo são.
O Homem em toda a sua plenitude deve usufruir de bem estar físico e de bem estar moral e espeiritual.
As políticas públicas inseridas nos princípios filosóficos que inspiram o Estado Providência preocupam-se, praticamente, só com o bem estar físico dos cidadãos inseridos nas condições ambientais que os rodeiam.
Em Portugal as instituições que garantem a operacionalização das políticas públicas da chamada segurança social vêem constrangidas a seguir as linhas de política que visam, quase em exclusividade, garantir o bem estar físico dos cidadãos.
Particularmente as Misericórdias enquanto instituições que corporizam a prática das políticas públicas têm sido obrigadas a priviligiar acções no âmbito das 7 Obras de Misericórdias Corporais.
Perante esta realidade constata-se que as Misericórdias, por imperativos externos, estão impossibilitadas do cumprimento total da sua missão e que é o cumprimento integral das 14 Obras de Misericórdia.
A acção das Misericórdias é desta forma empobrecida o que as assemelha, neste campo, a instituições filantrópicas. A acção enquadra-se mais no âmbito da solidariedade do que na da Caridade Cristã. Esta olha para o Homem na sua plenitude, do corpo mas também da alma, enquanto a solidariedade olha mais para o Homem enquanto corpo.
Ainda assim as Misericórdias têm procurado ir mais além do que garantir sóo bem estar físico dos cidadãos por si acolhidos ou assistidos.
As Misericórdias têm procurado garantir as melhores condições possíveis de bem estar aos cidadãos que assistem e acolhem. E têm-no feito de uma forma exemplar. De tal forma exemplar que as Misericórdias são as instituições de âmbito local muito respeitadas e reconhecidas.
Depois da nacionalização dos hospitais, nas últimas 3 décadas e meia, as Misericórdias direccionaram as suas acções para as crianças, e sobretudo para as pessoas idosas. Muitas e diversificadas respostas sociais foram criadas onde cidadãos são assistidos e/ou acolhidas.
As carências eram e são tantas que as Misericórdias não foram, não são e jamais serão capazes de coresponder a todas as necessidades das sociedades locais. Ainda assim direccionaram-se para o mais premente. E têm-no feito bem e, genericamente, a contento dos cidadãos e das famílias.
Da impossibilidade de as Misericórdias poderem corresponder às necessidades do presente têm surgido novas e diversificadas respostas sociais adaptadas e especializadas. A proliferação de outras instituições que não Misericórdias tem sido uma realidade.
A necessidade de especialização inviabiliza qualquer possibilidade de uma única instituição prestar todos os serviços que os cidadãos mais necessitam, tanto mais que os destinatários dos serviços e acções das instituições sãoos mais débeis,os mais pobres.
As Misericórdias mais direccionadas para o apoio e assistência às pessoas idosas criaram e mantêm equipamentos sociais de elevada performance muito dos quais já certificados e muitos mais e fazer o percurso prévio à certificação.
O que as Misericórdias têm feito, nestes últimos 35 anos e continuam a fazer procura corresponder às necessidades mais básicas, procurando garantir o bem estar físico dos cidadãos assistidos e acolhidos. Há muito que as Misericórdias não são capazes de corresponder a todas as solicitações dos cidadãos e respectivas famílias.
Há ainda neste campo da solidariedade muito a fazer. E principalmente ações direccionadas às pessoas idosas. Nos próximos 40 anos, em média, o número de pessoas acima dos 65 anos crescerá 40.000 todos os anos. E é nas idades mais avançadas que o n.º de pessoas idosas mais crescerá.
É pois fundamental que as Misericórdias acompanhem a evolução social e procurem corresponder à generalidade das necessidades de acolhimento e assistencias dessas pessoas.
A situação que Portugal e a Europa atravessam requerem reflexão prospectiva. O que é que as Misericórdias poderão fazer de futuro para corresponder às necessidades das comunidades onde se inserem?
As necessidades não pararão de crescer quer em número quer em complexidade. Concomitantemente, os recursos,sobretudo os financeiros,estão num período de decréscimo continuado, não se perspectivando quando se inverterá a actual tendência.
Acresce que muitos equipamentos sociais, nomeadamente, lares e centros de acolhimento, necessitam de remodelação e ampliação. Sendo certo que o Estado continuará a sofrer de carências para apoiar as necessidades de investimento das Misericórdias, será desejável que se reflita em conjunto sobre o futuro.
As Misericórdias estão a ser confrontadas com crescentes dificuldades de vária natureza. Estas dificuldades podem coinstituir um estímulo para a procura de soluções sustentáveis. A superação dessas dificuldades não poderá depositar muitas esperanças nos recursos públicos com origem no Orçamento Geral do Estado.
Ao logo da sua longa história as Misericórdias foram capazes de encontrar as soluções possíveis comos recursos disponíveis. Novos tempos, com novas respostas aos desafios do futuro, se aproximam. É fundamental inovar. É necessário estar atento à evolução social. É necessário corresponder aos anseios das populações. É necessário que a esperança não desapareça.
As Misericórdias são Instituições inspiradas na Doutrina Socialda Igreja. As suas acções e intervenções são concretizadas por Homens de Fé. E a Fé move montanhas.
A força dos Homens que servem nas Misericórdias aliada à Fé Cristã possibilitará encontrar soluções para os problemas do presente assim como do próximo futuro.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O HOMEM

É o fim.
É o princípio.
É a razão de ser, de estar e de agir.
O Homem é a causa da Solidariedade e a consequência da falta dela.
O Homem está na essência do pensar e concretizar a Caridade (designação onde cabe o entendimento generalizado do conceito de Solidariedade).
O Homem é um ser eminentemente social. A felicidade e o bem estar só é possível ser atngido, em plenitude, numa sociedade equilibrada e homogénia na diferença.
O Homem é o universo de cidadãos do mundo que nascendo iguais, o desenvolvimento social individual gera diferenças, desigualdades e iniquidades.
As sociedades vivem num equilíbrio instável onde, indesejavelmente, a pobreza e a exclusão marcam presença.
É no reconhecimento de situações de desigualdade que conduz ao pensar e agir em prol dos mais fracos, dos mais pobres e dos mais desprotegidos.
É na defesa destes que surgiu a Dourina Social da Igreja (DSI). Apesar deste conceito ser relativamente recente, esta Doutrina é tão antiga quanto a existência do Homem na Terra. Porque apesar de os homens nascerem todos iguais assim não permanecem enquanto vivem.
As situações de desigualdade são tão antigas quanto a humanidade. A DSI preocupa-se, principalmente, com os mais pobres, com os mais desfavorecidos.
É neste contexto de apoio e assitência aos pobres e desprotegidos que surgiram, agiram e se mantêm actuais as Misericórdias.
As Misericórdias são instituições inspiradas na DSI e para a prática das 14 Obras de Misericórdia. As Misericórdias "olham" para o Hmem em toda sua plenitude e tentam contribuir para o seu bem estar e felicidade.
A constatação da exstência de desequilibrios socias, de desigualdades, de iniquidades impelem os mais sensíveis para a acção em prol daqueles que já não dispõem de vida com o mínimo de dignidade. A verdadeira felicidade só é atingível quando não formos confrontados com situações de pobreza e de exclusão.
O espírito de ajuda mútua conjugado com a vontade de contribuir para a felicidade humana leva a que aqueles que mais podem se disponibilizem para ajudar os que mais necessitam. Tem assim concretização a Doutrina Social da Igreja (DSI)., contribuindo para o bem estar e para a felicidade do próximo.
O Homem ao nascer igual e ao ser filho de um mesmo Deus, somos todos considerados filhos de um mesmo Pai. Nascemos e morremos Irmãos. É também com este inspirito que somos chamados a contribuir para o bem estar e para a felicidade do Homem.
Para contribuir na construção da Irmandade universal foram criadas as Misericórdias para devolver a dignidade perdida por aqueles Irmãos que pelas mais diversas razões a perderam.
O empenho e dedicação posto na missão ao serviço do Irmão em perca têm ao longo de século contribuido para atenuar ou erradicar o sofrimento de muitas e muitas gerações. A riqueza deste modelo consubstanciado nas Misericórdias reside, precisamente, na sua inspiração doutrinal.
É a Doutrina Social da Igreja que define os princípios que os Cristãos que servem nas Misericórdias devem seguir e procurar cumprir e fezer cumprir. Entre esses princípios deveremos salientar os do Dom e da Gratuidade.
E destacaremos estes princípios porque serão os primeiros que todos aqueles que servem nas Misericórdias (neste universo incluímos a União das Misericórdias Portuguesas - UMP), em cargos de administração - nos órgãos sociais - devem respeitá-los.
É, pois, um imperativo doutrinal, moral e ético servir nas Misericórdias respeitando os princípios do Dom e da Gratuidade. Estes princípios estão presentes na DSI desde tempos imemoriais. Quer isto dizer que desde sempre aqueles que mais têm devem colocar ao serviços dos seus Irmãos em dificuldades. E esta missão não está destinada a uma qualquer pessoa em particular mas sim ao universo dos Irmãos que constituem a Irmandade institucional de todas e cada uma das Misericórdias.
Estes princípios o do Dom e do Gratuidade constituem imperativos a que todos aqueles que estão em cargos dos órgãos sociais das Misericórdias têm o estrito dever de cumprir e fazer cumprir.
Estes princípios bem explícitos e imperativos a que todos os que servem, particularmente, nas Misericórdias devem obdiência tem a sua fundamentação no seguinte: os que mais podem e os que mais têm têm o dever de dar do que é seu aos que mais necessitam, de uma forma gratuita.
Os recursos, as capacidades e as vontades devem ser disponibilizadas - dadas de forma gratuita - aos que delas têm necessidade.
A utilização dos recursos institucionais para benefício próprio para além de constituir uma nítida violação dos princípios enunciados, podem até constituir crime. E tal não será minimamente aceitável em instituições que existem para a prática do bem de uma forma bela.
Trabalhar, empenhadamente, de forma gratuita dando o que de melhor tem o ser humano é imperativo moral e ético de todos aqueles que se disponibilizam para servir nos cargos dos órgãos sociais das Misericórdias.
Assim será possível continuar a construir o caminho da Irmandade universal onde todo o Homem tendo a mesma dignidade, conquistando a sua liberdade, a sua felicidade e o seu bem estar. Esta missão é obrigação colectiva.
Porque os recursos são sempre escassos, estes devem ser destinados sempre e em priemiro lugar no combate à pobreza e à exclusão.
Inspirado da Doutrina de Cristo e praticando-a será mais fácil atingirmos a plenitude da realização pessoal. Acreditando, tendo Fé, e estar atento àqueles que por circunstâncias de vária ordem perderam a capacidade de se valerem a si próprios. Só a ajuda e o apoio de tereceiros que se disponham a ajudar e apoiar dando de si e de todos quantos se disponibilizem será possível ultrapassar as dificuldades que se revelam impossíveis de superar de uma forma isolada.
Sempre que um dos mais pequeninos os fizestes a Mim próprio o fizeste. Este é o reconhecimento divino que chegará no momento do Juízo Final. Será por aquilo que fizémos pelos outros e para os outros sem daí extrair quaisquer benefícios que todos seremos julgados.
Servir, ajudar e apoiar os que mais necessitam é uma das formas de realização humana e é também um caminho de salvação. Foi este caminho de salvação que fomos chamados a percorrer com Caridade, no Amor ao próximo, porque esse próximo foi criado à semalhança do Deus que Amamos sobre todas as coisas.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mário Azevedo: Combatente da cidadania




Mário Azevedo: Combatente da cidadania
2011-12-13

autor: Costa Guimarães

Faleceu anteontem Mário de Pinho Ferreira de Azevedo, que se destacou como provedor da Santa Casa de Misericórdia de Barcelos, para além de militar em outras organizações culturais e associativas da Princesa do Cávado. O seu funeral realiza-se hoje.
Este engenheiro de minas nasceu em Barcelos a 14 de Fevereiro de 1927 e exerceu a profissão durante doze anos nas Minas do Pejão, contribuindo para modificar totalmente os métodos de extracção de carvão mineral.
Foi Administrador-Gerente da Cooperativa do Pessoal Mineiro do Pejão.
Ali começou por ser presidente da Conferência de S. Vicente de Paula e foi director do Pejão Atlético Clube.
Em 1968, recebeu a Placa de Prata de agradecimento da paróquia de Pedorido (Castelo de Paiva) e foi eleito presidente do Conselho Municipal de Barcelos, antes e depois do 25 de Abril.
Foi um dos provedores fundadores da União das Misericórdias Portuguesas, em 1976. Foi Secretário da Mesa da Assembleia Geral da União e, entre 1991 a 1993, foi director do Jornal “A Voz das Misericórdias” que lhe valeu a primeira Medalha de Benemérito da mesma.
Foi, de 1959 até 1996, Juiz da Confraria de Nossa Senhora da Franqueira (apenas com interregno de 6 anos (1984/90) e desde 1962 até 1989, presidente da Assembleia Geral dos Bombeiros Voluntários de Barcelos e assumiu também a função de presidente da Direcção durante cinco anos.
A Liga dos Bombeiros Portugueses atribuiu-lhe a Medalha de Ouro duas estrelas, em 1967. Nesse mesmo mês foi-lhe atribuído o grau de Comendador da Ordem de Mérito e Integração e o Diploma de Benemérito desta Sociedade Brasileira de S. Paulo. No ano de 1984, foi nomeado Sócio Benemérito dos Bombeiros Voluntários de Barcelinhos, e dos Bombeiros Voluntários de Barcelos.
Em Setembro de 1988, recebeu das mãos do Presidente da República, a 2.ª Medalha de Ouro de Serviços Distintos.
Foi fundador do Rotary Clube de Barcelos, em 1964, e percursor da fundação do Lyon’s Clube de Barcelos.
Em 1967, assumiu o cargo de presidente do Centro de Artesanato e revitalizou o Rancho Folclórico de Barcelinhos. Em 1990, recebeu Diplomas de Sócio Honorário e de Sócio Benemérito do Grupo Folclórico de Barcelinhos e fomentou a criação do Coral de Barcelos.
De 1969 a 1974, desempenhou o cargo de vice-provedor na Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, o mesmo aconteceu na provedoria seguinte do Dr. José Gualberto Sá Carneiro, porém a partir de 1976, passa a provedor por renuncia daquele.
Todas as infra-estruturas existentes actualmente são obra das diversas provedorias do Eng. Mário de Azevedo, pois em 1976, a Misericórdia de Barcelos apenas possuía o Asilo de Inválidos e o Novo Hospital que havia sido nacionalizado após o 25 de Abril.
Em 1986 celebra o acordo com Segurança Social dando início do funcionamento do Centro Infantil de Barcelos e no ano seguinte constrói o Lar Rainha D. Leonor e Infantário Rainha Santa Isabel. Depois do ATL, segue-se em 1990 a construção do Lar da Misericórdia e a renovação do Lar de Dependentes.
Depois surgem a Clínica de Fisioterapia, a Creche As Formiguinhas, o restauro da Igreja, a Clínica de Hemodiálise e restauro do órgão, a construção das Capelas Mortuárias e do polivalente do Lar Rainha D. Leonor e as Comemorações dos 500 anos, antes da construção do Lar Santo André.
Correio do Minho

domingo, 11 de dezembro de 2011

O CAMINHO

O caminho faz-se caminhando.
Mas a escolha do caminho tem que ser criteriosa e acertada sob pena de não se conseguir atinar com o destino.
E a caminhada tem que ser adequada quer ao caminho quer às circunstâncias quer às condições dos caminhantes.
Tudo isto tem envolve uma harmonia estrutural e circunstancial de forma a permitir chegar ao fim com sucesso. Sabendo, no entanto, que o caminho jamais terá fim compatível com a longevidade humana. Mas que esse mesmo caminho tem percursos, estes sim perfeitamente compagináveis com a nossa presença terrena.
A opção do caminho é tão antiga como a própria humanidade. Já muito antes do nascimento de Jesus Cristo, os Profetas tinham feito a opção preferencial pelos pobres. Este tem que ser o caminho das Misericórdias.
Este é o caminho.
A forma de o percorrer é opção dos Homens. Mas sempre circunscritos aos limites estabelecidos: a opção preferencial pelos pobres. É, assim, definido de uma maneira muito clara o caminho e estabelecidos os seus limites.
As Misericórdias e a sua União deverão ter sempre presente quer no pensamento quer nas palavras quer na acção o caminho e os seus limites.
Se não for este o caminho escolhido jamais será possível atingir o destino (no caso concreto os destinatários: o pobres). E se não se respeitarem os limites corre-se um duplo risco: o de não encontrar o destino por opção do caminho errado e, simultaneamente, podem ocorrer despistes, indesejáveis.
Feita que foi a opção na origem (fundação das Misericórdias) da opção preferencial pelos pobres, iniciou-se um caminho sem retorno, mas em permanente construção, para que os avanços civilizacionais sejam sustentáveis.
A construção deste caminho tem como alicerce a Doutrina Social da Igreja tão velha quanto a humanidade. E só o respeito e consideração pelos princípios e valores doutrinais inspiradores conseguiram que a missão tenha sido cumprida ao longo de séculos, apesar dos desvios. Estes terão sempre que merecer a devida correcção para que o destino traçado não se perca do horizonte das intenções.
A intenção de socorrer os mais pobres tem que se traduzir em actos. Estes requerem sempre vontades, disponibilidades, Homens imbuídos de espírito inspirado na Doutrina, capacidades, conhecimentos e recursos. Tudo isto tem que ser conseguido e posto ao serviços, exclusivo dos mais pobres.
Sempre e quando tal não ocorrer estão a ser desvirtuados os princípios e valores próprios. Partticularmente, numa situação de crise como a actual a sensibilidade para a utilização dos recursos da forma mais adequado e criteriosa é imperativo não só de consciência mas sobretudo de obrigação moral e ética.
Atenção redobrada quando os recursos começam a ser cada vez mais escassos. Maior rigor é exigido na sua utilização, já que importa ter que se conseguir mais e melhor com menos.
O caminho definido de partida fica mais esteito, os limites tornam-se mais restritivos pelo que a acção implica rigor de pensamento, palavras e actos.
Quando alguém se permite utilizar esses recursos em benefício próprio para si e para os seus próximos em detrimento daqueles que sofrem, mai cedo ou mais tarde alguém há-de corrigir esses desvios e exigir a correspondente recompensa por percas e danos.
Sempre assim foi ao longo da história e sempre assim será até ao fim da humanidade.
Quem se mete no caminho traçado da opção preferencial pelos pobres e utilize os recursos destinados à sua construção para atingir os destinatários em benefício próprio, algum dia terá que merecer a correspondente penalização. Quem sabe se até não passará a ser um dos destinatários.
Na actualidade o caminho por que as Misericórdias optaram está mais estreito e com limites mais elevados. Importa pois que os recursos de que institucionalmente se dispõe sejam postos, em exclusividade, ao serviço dos mais pobres, que não páram de aumentar em número e em necessidades.
Tenhamos presente que nesta época de crescentes dificuldades os princípios doutrinais do Dom e da Gratuidade deverão estar ainda mais presentes no espírito de quem abraça a causa e sobretudo em todos os actos em que se é chamado a intervir.
A esteiteza do caminho não admite erros. Estes a existirem revelar-se-ão de desastrosas consequências quer para os destinatários das acções quer mesmo para aqueles que os cometem. E as consequências para estes serão particularmente devastadoras.
Estamos metidos num caminho sem grandes margens de erro. Onde várias são as opções possíveis. Mas qualquer dessas opções terá que utilizar todos os recursos disponíveis no combate à pobreza e à exclusão.
Não são aceitáveis desvios a favor dos gestores dos recursos destinados ao combate à pobreza. Nem em benefício próprio nem para seu usufruto. Ter-se-á mesmo que revelar o combate sem tréguas as esses desvios. Até porque só conduzirão a um progressivo aumento da pobreza que se quer combater.
As opções de percurso sendo possíveis várias alternativas, devem ser tomadas conscenciosamente de forma a melhor rendibilizar os recursos que são necessários ao investimento. A margem de manobra é escassa. A vontade tem que ser redobrada e o espírito de caridade Cristã, onde incluímos a Solidariedade, tem que estar presente e as acções serem consentâneas com tais desideratos.
Estamos a ser chamados a um caminho de verdade. De respeito pelo utilização dos recursos disponíveis de uma forma sustentada. De altruísmo, sobrepondo os valores do Amor pelo próximo. Da filantropia enquadrada pelos princípios a que jurámos, pela nossa Honra, respeitar, fielmente.
O caminho a ser percorrido será tanto mais fácil quando mais apoiado for quer em termos doutrinais quer em termos humanos.
Laços de fraternidade importa aprofundar e consolidar.

sábado, 10 de dezembro de 2011

O FUTURO

Como diz a sabedoria popular: o futuro a Deus pertence.
Se esta afirmação pode ser considerada válida na sua dimensão do absoluto, a verdade é que o nosso futuro está muito dependente do que nós formos capazes de realizar, ou não.
E se o nosso futuro a muito longo prazo estará nas mãos de Deus, o nosso futuro próximo está nas nossas e nas de Deus, mas mais nas nossas.
É, por isso, importante que sejamos capazes de projectar o nosso futuro tendo sempre presente que tal deverá ter sempre presente um caminho de procura da felicidade e do bem estar, sabendo que esse caminho está repleto de dificuldades. Não será necessário acrescentarmos mais às que serão naturais.
No Mundo as dificuldades podem ser encaradas de duas formas. Tomar decisões acertadas que as possam superar ou estar, permanentemente, a afirmar que a culpa de tais dificuldades são de terceiros. Vem esta reflexão a propósito do que hoje é referido no jornal i (1.ª pág.)colocando na boca do actual "presidente" do Secretariado Nacional (SN) da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) a seguinte afirmação: "Presidente das Misericórdias ameaça revelar os serviços de saúde que lhe devem dinheiro".
Já aqui nos referimos por mais que uma vez que a entrada das Misericórdias constituiu um erro que se está a revelar colossal em resultado do seguidismo da promoção da entrada destas instituições nos moldes em que o fizeram levados pelo actual "presidente" do SN da UMP.
Já também por mais do que uma vez aqui o referimos que a entrada das Misericórdias na área da saúde nos moldes em que foi feito só poderia conduzir a esta situação que não tem a ver com os atrasos nos pagamentos. É que mesmo que o estado - através dos seus diversos serviços - regularize os pagamentos às Misericórdias, as dificuldades financeiras nestas, não desaparecerão. O erro de base cometido é o seguinte: nenhum negócio seja de que natureza for tem a minima possibilidade de sucesso se tiver um único cliente. Ora o que se passa é que por promoção do actual "presidente" do SN da UMP as Misericórdias foram levadas e até, moralmente, ameaçadas para aderirem à prestação de serviços de saúde, em exclusividade para o Estado. E o resultado aí está. Rotura financeira das Misericórdias.
Desde os finais dos anos 80 do século passado que se tinha a fortissima convicção de que o Estado não disporia de condições para suportar um continuado aumento de financiamento às Instituições. Já nessa altura, dentro da UMP, se começava a tentar encontrar soluções alternativas para financiar as obras assistencias que as Misericórdias estavam a iniciar. Uma das possibilidades equacionadas então era a retoma da actividade farmacêutica, porque então se revelava uma actividade geradora de recursos. Tal era resultado da experiência vivida pelas mais de 3 dezenas de Misericórdias que possuiam e possuem farmácias e porque a actividade farmacêutica sempre esteve muito ligada às Misericórdias, havendo até que afirme que a verdadeira actividade farmacêutica teve início dentro das Msericórdias com forte ligação aos hospitais que na sua esmagadora maioria eram geridos por estas Instituições.
A partir do início dos anos 90 tal ideia foi, pura e simplesmente abandonada, tendo a partir de meados dessa década passado até a ser repudiada por quem detinha a "presidência" do SN da UMP. Situação esta que se agravou desde há 5 anos anos a esta parte com o actual "presidente". Este continua a apostar, exclusivamente, na prestação de serviços ao Estado e no financiamento público. O que já se revelou um erro de dimensões colossais.
Mas se falamos do passado numa reflexão intitulada "FUTURO" é porque queremos alicerçá-la. E nada melhor do que um alicerce de pensamento do que reflectir sobre o passado recente, porque também recente é a UMP. Tem agora 35 anos.
Mas se em finais dos anos 80 já se perspectivava que o estado não pudesse garantir um continuado e crescente financiamento às Misericórdias, agora essa perspectiva virou realidade e dura.
Portugal está mergulhado num mar tormentoso de dificuldades. O Estado tem cada vez menos recursos financeiros para garantir os compromissos, razão que o leva a aumentar os impostos da forma como o tem feito. E para não continuarem a aumentar o Estado vai ter que se redimensionar. Ora acontece que as três áreas onde a maioria dos recursos financeiros do esatado são gastos são: a Saúde, a Educação e a Segurança Social. Áreas estas que são as principais onde as Misericórdias intervêm. Isto quer dizer que as Misericórdias se não virem o financiamento por parte do esato reduzido já se podem dar por felizes. Mas isto deverá revelar-se a muito curto prazo uma impossibilidade. O Estado vai ter mesmo que passar a gastar menos e provavelmente bem menos nestas três áreas.
É para isto que as Misericórdias se devem ir preparando, para que o recurso a financiamento por parte do Estado seja, gradualmente, reduzido.
Por outro lado os Portugueses estão a constatar que o seu rendiemnto disponível está a reduzir-se de uma forma drástica. O que quer dizer que as comparticipações das Misericórdias que, genericamente, são fixadas em função do rendimento das famílias, também irão baixar.
Confrontadas com esta dura realidade, as Misericórdias vão ter as suas receitas sujeitas a uma continuada redução. O que quererá dizer que as Misericórdias, se não diversificarem as suas fontes de receita habituais, não terão a mínima possibilidade de continuar a garantir a prestação de serviços de que actualmente dispõem.
As Misericórdias estão a confrontar-se com um novo paradigma e que passa por estarem a sentir um crescendo de procura dos seus serviços e apoios, concom,itantemente, com uma redução significativa das suas receitas, a qual se irá agravar com o passar do tempo. No próximo ano, as Misericórdias irão ter muito mais dificuldades do que aquelas com as quais já se confrontam.
Acresce a isto que aquelas Misericórdias que embarcaram na loucura promovida pelos actuais "dirigentes" da UMP, nom,eadamenet, pelo "presidente" do SN, vão-se confrontar com uma diminuição da procura dos serviços por parte do Estado. Quer isto dizer que poderá haver até Misericórdias que nem sequer doentes irão ter, o que inviabilizará o funcionamento e operacionalização das unidades de saúde cujas obras ainda decorrem, senão mesmo inviabilizarão a própria Misericórdia.
O futuro próximo para as Misericórdias não se perspectiva nada fácil.
E com afirmações como a que hoje transcreve o jornal i na sua primeira página só provoca animosidades que terão como consequência o agravar das dificuldades com que as Misericórdias já se confrontam.
As dificuldades institucionais das Misericórdias são hoje enormes o que provocam constrangimentos operacionais na concretização da sua missão doutrinal.
As dificuldades que o País atravessa não são pasíveis de resolução a curto prazo.
As dificuldades crescentes com que os Portugueses se confrontam revelam-se na diminuição progressiva do rendimento disponível.
Tudo isto conjugado perpsectiva um mar de dificuldades que só em solidariedade inter-institucional dentro da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) será possível ultrapassar.
E se estas dificuldades originam problemas de progressiva complexidade, o que as Misericórdias menos necessitam é que o "presidente" do SN da UMP venha para os jornais tentar apagar o fogo com gasolina enriquecida.
De facto as Misericórdias o que mais necessitam agora e no futuro próximo é de um ambiente de boa harmonia quer com as instituições, com as entidades e com os cidadãos. Não podem nem devem criar e agravar climas de hostilidade tal como o está a fazer o "presidente" do SN da UMP.
As Misericórdias são Instituições promotoras de Paz e de harmonia entre os Homens. Climas de animosidade só reverterão a situação e revelar-se-ão, altamente, prejudicias para a missão de que estão investidas.
Nesta altura de dificuldades crescentes em que as mesmas são transversais a toda a sociedade o que menos se precisa é de provocar conflitos quando, à partida se deve ter consciência que do outro lado também existem dificuldades senão mesmo impossibilidades.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A UNIÃO

Reflectimos ontem sobre a prática da Doutrina Social da Igreja a que as Misericórdias estão vinculadas por opção voluntária.
O imperativo vivencial de Irmandade universal constitui o paradigma para a acção interventiva institucionalmente enquadrada.
A Irmandade universal é inspirada na Doutrina que enforma as Misericórdias e é possível dependendo da vontade dos Homens de Boa Vontade. É uma meta desafiante. É um percurso que é necessátio fazer. É um caminho para percorrer. É uma utopia concretizável e enquadrável na Doutrina que a suporta.
O reforço da coesão institucional passará pelos passos sustentáveis dados no caminho da construção e consolidação da Irmandade Universal.
Foi com este espírito que as Misericórdias irmanadas decidiram partir para a construção dessa utopia que será a Irmandade Universal, partindo do conjunto das Irmandades de todas e cada uma das Santas Casas. Foi com este espírito que, em 1976, tomaram a iniciativa de partirem para a construção de um caminho de unidade na acção para intervenção em cumprimento das 14 Obras de Misericórdia.
Nasceu então a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) como necessidade sentida de coesão institucional suportada pelas respectivas Irmandades.
A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) nasceu como resultado de uma vontade surgida no seio do universo constituído pelas Irmandades das Santas casas da Misericórdia. Abriu-se, assim, a porta para um percurso comum iniciado muito antes, a comprová-lo estão os 4 primeiros congressos das Misericórdias, antes da fundação da UMP.
O V Congresso das Misericórdias, o último que foi convocado por livre iniciativa destas instituições revelou-se como intencionalmente realizável para concretização de um ideal de aproximação e coesão.
E porque foram os legítimos representantes da Irmandades que o convocaram constituiu-se como ponto de partida para um percurso que então teve início, de construir uma União de Irmandades. Estava, então, dado o primeiro passo no caminho da construção da Irmandade Universal.
As Irmandades sentindo a necessidade de corporizar a Dotrina inspiradora concretizaram um ideal de União. Esta deverá constituir-se como força aglutinadora de desejos e vontades de construção de um caminho de unidade para a acção.
Foi então criada a Instituição que corporiza a Doutrina que inspirou o surgimento das Misericórdias - a União das Misericórdias Portuguesas (UMP).
Fundada a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) estavam então reunidas as condições necessárias e suficientes para aprofundamento da coesão inter-institucional entre as Misericórdias. Assim se construiu o "edifício" que assinalou um marco histórico numa já longa história de quase 5 séculos.
Um novo percurso colectivo se iniciou. Em simultâneo era fundamental consolidar a nova Instituição que acabara de nascer e, simultaneamente, procurar atrair todas as Irmandades para um movimento que tem em comum a Doutrina que as inspirou e orienta.
Este novo percurso iniciado há já 35 anos não se tem revelado fácil quer na agregação institucional quer no da construção da Irmandade Universal, constituído pela totalidade das Irmandades das Santas Casas da Misericórdia.
Várias têm sido as razões para tal, mas não tantas que sejam passíveis de fácil identificação.
Desde logo a não se assumir como única Instituição,verdadeiramente, agregadora das Misericórdias perdeu a sua capacidade de coesão universal. As Misericórdias dispersaram-se por duas instituições congéneres o que não tem facilitado a construção de um "edifício" coeso e sustentável. Por outro, a UMP pouco ou nada tem feito, nos últimos 20 anos, para "atrair" e enquadrar, institucionalemente, a totalidade das Misericórdias, representadas pelas respectivas Irmandades.
Chegou-se, hoje, a uma situação de dupla capacidade de representação. O caminho de coesão iniciado foi sendo minado por acções e procedimentos que abalaram, indelevelmente, a solidez com que se partiu.
A força agregadora demonstrada à partida foi-se esfumando com o tempo, em consequência do afastamento de muitas Misericórdias da sua União. A capacidade de representação foi-se esboroando. Hoje, as Misericórdias sentir-se-ão mais representadas pelas CNIS (ex-UIPSS). Porquê? Porque haverá tantas Misericórdias filiadas na CNIS como as que verdadeiramente estarão filiadas na UMP.
Dois factos recentes elucidam esta perca de capacidade de representação da UMP. A primeira resulta deo facto de a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) ter nomeado o Presidente da Direcção da CNIS para articular com a UMP. E o segundo aquando da audiência concedida pelo Senhor Presidente da República, na qual a única Misericórdia presente foi a de Bragança enquanto Dirigente da CNIS.
São factos desta natureza que fazem com que a UMP perca coesão e que as Misericórdias não se sintam verdadeiramente acolhidas no seu seio.
A força, a ceosão, a União de partida terá que ser reconquistada. Para tal a UMP terá que se constituir como força de atracção e agregadora. A União constrói-se atraindo.
É fundamental um novo impulso que crie as condições necessárias e suficientes para que a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) se assuma de facto como precursora de uma vontade intrínseca de constituição de uma Irmandade Universal.
A partir daqui estarão criadas as condições fundamentais para que se gerem movimentos de âmbito caritativo (ou se quisermos uma palavra laica: solidário) promotor de bem estar e felicidade humana.
Sempre e quando os esforços se conjugam as potencilaidades geradas serão mais que proporcionais.
É esta força própria de quem desinteressadamente desja contribuir para a felicidade do seu semalhante que impulsiona o Homem para a acção.
A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) pode e deve revelar-se como protomora da construção da Civilização do Amor, correspondendo ao desafio lançado pelo Beato João Paulo II.
Só o Amor e a Fé movem montanhas.
A montanha de dificuladdes que cada vez mais dos nossos semelhantes enfrentam requer a participação empenhada de recursos e meios utilizados para fazer o Bem.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

AS MISERICÓRDIAS

Esta Instituição ímpar que terá nascido em Portugal mesmo no ocaso do século XV constitui um dos pilares da nossa Identendidade colectiva enquanto Nação.
Diz a história de Portugal que nesse final do século XV grande era a crise que assolava a Nação Portuguesa apesar da dimensão global que os Portugueses deram ao Mundo.
Cincidindo com a descoberta do caminho marítimo para a Índia, terá sido criada a 1.ª Santa Casa da Misericórdia, a de Lisboa.
Portugal é hoje o que é porque tem no seu ADN uma Instituição com a natureza e especificidade de um universo constituído pelas Irmandades das Santas Casas da Misericórdia.
Também hoje Portugal vive mais uma crise que está a provocar um empobrecimento generalizado quando a expectativa era a da consolidação de um Estado de Bem Estar em associação com os restantes países que integram a União Europeia.
O mundo continua a viver situações paradoxais inexplicáveis para uns, consequência de erros humanos para outros.
O espírito de Caridade apropriado como resultado de uma vivência cultural e doutrinal Cristã de 2.000 anos mantendo-se presente impulsiona os mais sensíveis e disponíveis para a acção junto daqueles que já só com os seus próprios recursos não conseguem sobreviver com o mínimo de dignidade.
Homens Bons e de Bem imbuídos do espírito Cristão da Caridade conjugam vontades e saberes a que juntam recursos de forma a apoiar e acolher aqueles que sós, caminham num deserto estéril.
A estes salvá-los-á quem os encontrar e os conseguir encaminhar para oásis próximo.
Apesar do sentimento de tais oásis serem poucos e distantes para quem tantas dificuldades enfrenta e vive atormentado há sempre quem encontre forças e vontades de ir ao encontro daqueles que sofrem.
Inspirados numa cultura milenar e na esperança que Deis feito Homem trouxe à Humanidade, alguns conseguem ainda no meio de um deserto em cresciemnto, encontrar oásis de vontades, de quereres, de Amor para ir ao encontro do seu Irmão.
Este espírito de Irmandade universal que Jesus Cristo nos trouxe é recriado pelas Santas casas da Misericórdia cuja "alma" é a Irmandade que a enforma e suporta.
A Instituição com a designação mais consentânea com o seu espírito inspirador e fundacional deverá merecer ser Irmandade da Santa Casa da Misericórdia.
Intencionalmente as Misericótrdias são Irmandades inspiradas na Fé doutrinal de um Pai único. Todos nascemos iguais filhos de um mesmo Pai.
É, inspirados neste sentimento de Irmandade que foi criado o universo das Misericórdias.
Constituíndo, as Misericórdias um universo particular dotado de uma identidade própria inigualável, fará sentido que dentro deste universo as Irmandades de todas as Misericórdias constituam uma única Irmandade.
Porque as Irmandades constituem o cimento da "alma" institucional, a Irmandade universal das Misericórdias acrescenta fortaleza e coesão desde logo no aprofundamento da cultura e doutrina fundacional.
A coesão institucional cimentada na doutrina gerará sinergias de dimensão superior o que permitirá encarar as dificuldades em ambiente de grande proximidade. Será esta proximidade que promoverá o surgimento de encontros supletivos de práticas irmanadas para satisfação colectiva.
A promoção de uma Irmandade universal inspirada na Doutrina que gerou as Misericórdias impulsionará movimentos de universalidade caritativa.
Será este salto que importa promover para que Portugal veja mais dificuldades ultrapassadas e os Portugueses se sintam mais Irmãos.
O sentimento de Irmandade universla abrirá as portas a movimentos de âmbito nacional que se traduzirá na criação e consolidação de redes de acção e inetrvenção junto dos que mais necessitam.
Criar as condições objectivas para que tal desiderato ser conseguido é tarefa daqueles que foram chamados a criar as condições necessárias e suficientes para atenuar, quando não acabar, com o sofrimento Humano.
A alegria de promover a felicidade alheia é também missão de todos e cada um. O Homem só será, verdadeiramente, Feliz quando conseguir que aqueles que lhe são próximos puderem partilhar dessa mesma alegria.
A aproximação de Homens e Instituições é missão que importa promover e concretizar para que a alegria e a felicidade possam ser construídas em ambiente de paz e amor.
O mundo será tanto melhor quanto o contributo individual se enquadrar no modo de ver e agir colectivo.
O Homem é um ser social.
É no seio da sociedade que o Homem se realiza e ajuda a realizar.
As Obras de Misericórdias revelam-se um hino da caridade que as Misericórdias adoptaram como missão.
Esta mesma caridade está bem expressa na parábola do Juízo Final que aqui transcrevemos, como recordatória de parte da missão que as Misericórdias, livremente, adoptaram:
"Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai- vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos;  Mateus 25:31-41".
É na prática do Bem que os Irmãos se revêem e é nesse mesmo espírito que procuram alcançar a felicidade.
Sendo a obra humana sempre imperfeita a missão das misericórdias jamais se esgotará. A actualidade e actualização das Irmandades permitiu-lhes sobreviver já mais de 5 séculos. Muitos mais será necessária a sua acção e intervenção junto dos que sofrem.
Onde ouver Homem haverá sempre sofrimento.
A atenção à realidade local e universal é missão que poderá ser recriada.
A criação de redes de caridade potenciará as acções individuais.
Em toda a nossa reflexão utilizámos, intencionalmente, a palavra Caridade pois que esta, na sua abrangência global vai muito além da significância do termo Solidariedade. A verdadeira Caridade é aquela que plha para o Homem na sua globalidade e promove a plena realização humana.

domingo, 4 de dezembro de 2011

ANSIEDADE CONTROLEIRA = INSTALAÇÃO DE INTERESSES

Conforme se pode constataar pela leitura da agenda "oficial" da UMP publicada no sítio www.ump.pt, no próximo dia 7 irá realizar-se uma reunião da Comissão Instaladora da UMP da Unidade de Cuidados Continuados Integrados Bento XVI com a empresa construtora.
O que ressalta desde logo é que a empresa construtora não é indentificada. Será por acaso ? Acreditemos que sim. E que rápidamente os "dirigentes" da UMP dêem conhecimento da empresa à qual foi adjudicada a empreitada. Se tal não fizerem será porque têm algo a esconder. O recomendável é que os "dirigentes" da UMP coloquem no referido sítio toda a informação relativa a essa empreitada. A saber:
- como, quando e em que termos foi autorizada a construção de uma unidades de cuidados continuados integrados?
- quem elaborou o projecto? Divulgar esse mesmo projecto às Misericórdias deverá constituir imperativo institucional.
- como foi feita a selecção da equipa que elaborou o projecto? Toda a documentação de suporte deverá ser disponibilizada às Misericórdias.
- quais as obrigações contratuias celebradas com a equipa responsável pela elaboração do projecto?
- quem vai realização o acompanhamento e fiscalização da obra?
- como foi feita a selecção da empresa responsável pelo acompanhamento e fiscalização da obra?
- quanto vai custar o acompanhamento e fiscalização da Obra? Deverá ser divulgado junto das Misericórdias o teor do contrato celebrado para tal.
- qual o monatnte previsto para a obra?
- foi apresentada alguma candidatura a algum programa para financiamento? Essa mesma candidatura deverá ser informada às Misericórdias.
- qual o montante aprovado para financiamento público? Qual o seu valor?
- qual o monatnte de auto-financiamento?
- a quem foi hipotecado o terrono que a UMP possui em Fátima?
- qual o valor da hipoteca? Deverá ser informado às Misericórdias as condições da hipoteca.
Dando a conhecer a realidade ganha-se credibilidade e confiança. E de facto o que a UMP mais necessita para poder cumprir a sua missão é de credibilidade e confiança, sobretudo exterior. Só ganahndo a confiança exterior, a UMP poderá desenvolver acções solidárias em cooperação. Quer a UMP quer as Misericórdias muito teriam a ganhar com uma gestão clara e transparente da UMP.

Tendo a UMP criado o GMS - Grupo Misericórdias Saúde, o qual segundo afirmam os "dirignetes" da UMP, nomeadamente o "presidente" do SN da UMP, dotado de uma equipa técnica da mais elevada competência, faria todo o sentido que fosse esse grupo a assumir a responsabilidade por todo o projecto, desde a sua conceção, passando pela respectiva execução e, posteriormente, pela sua administração/gestão.
Mas o que é que se constata?
Que o GMS não é visto nem achado em todo este processo. Pelo menos fazendo fé nas poucas informações disponíveis.
No próximo dia 7 vai realizar-se uma reunião da comissão instaladora com a empresa construtora. Como se pode verificar pela leitura da agenda o GMS não merece nenhuma referência, o que indicia que não estará, minimamente, envolvido em nenhuma das fase da unidade de cuidados continuados.
É estranho. Mesmo muito estranho que dispondo a UMP de uma equipa que integra as mais elevadas competências, na área da saúde, essa mesma equipa não esteja, minimamente, envolvida neste projecto de unidade de cuidados continuados.
Ter-se-á que perguntar, então para que serve o GMS? Se em ao menos é ouvido ou consultado quer na fase de projecto quer na fase de execução do projecto.
Ou poder-se-á concluir que o GMS não serve absolutamente para nada. Pela leitura da realidade, parece que de facto o GMS não serve, absolutamente, para nada.
Já agora seria interessante que os "dirigentes" da UMP informassem as Misericórdias - todas - sim todas porque são de facto todas as que pagam o funcionamento do GMS quanto é que custa o funcionamento do GMS, qual a composição da equipa técnica assim como os oredenados dessa mesma equipa técnica e ainda os vencimentos do "dirigentes" desse mesmo GMS.
São informações que seriam úteis e que permitiriam aferir da validade da existência deste grupo.

Da leitura da reunião agendada para esse mesmo dia 7 de Dezembro próximo ressalta ainda outra curiosidade.
A referida comissão instaladora é composta por 2 "dirigentes" que integram o SN da UMP e o Presidente do Secretariado Regional de Leiria.
Se é curiosa a não chamada a este processo do GMS não deixa de ser curioso que essa mesma comissão instaladora integre 2 "dirigentes" do SN da UMP. Quer isto dizer que esses 2 "dirigentes" do SN da UMP vão dispor ainda de menos tempo para dedicarem às Misericórdias e à missão estatutária da UMP.
Já a integração do Presidente do Secretariado Regional de Leiria num projecto que vai ser executado no distrito de Santarém não deixa de ser curioso.
Porque a unidades de cuidados continuados que vai ser construída está localizada na área que se integra no distrito de santarém faria todo o sentido que essa mesma comissão instaladora integrasse o Presidente do Secretariado Regional de Santarém, ou algum dos seus membros, e não o Presidente de qualquer outro Secretariado Regional.
Seria importante que os "dirigentes" do SN da UMP informassem as Misericórdias dos critérios que levaram a integrar a referida comissão instaladora o Presidente do Secretariado Regional de Leiria em detrimento do Presidente do Secretariado Regional de Santarém.
Será que os "dirigentes" da UMP têm mais confiança no Presidente do Secretariado Regional de Leiria do que no Presidente do Secretariado Regional de Santarém?
Ou haverá outras razões que a razão desconhece?
Será que a integração do Presidente do Secretariado Regional de Leiria está relacionada com o encargo de que está incumbido estes mesmo Presidente de dar continuidade aos trabalhos da proposta em estudo no Conselho Nacional para estabelecer os vencimentos dos "dirigentes" da UMP indexados a 70 % do vencimento do Senhor Presidente da República?
Aqui ficam mais umas questões que seria importante que os "dirigentes" da UMP respondessem para que haja clareza e transparências nos processos inetrnos da União das Misericórdias Portuguesas (UMP).
Estamos perante uma desconsideração absoluta para com o Presidente do Secretariado do distrito de Santarém por parte dos "dirigentes" da UMP.
Acontece até que os Presidentes dos Secretariados Regionais são cargos dentro da estrutura da UMP.
Os Presidentes dos Secretariados Regionais são os membros do Conselho Nacional da UMP.
Para os "dirigentes" do SN da UMP haverá Presidentes dosSecretariados Regionais de 1.ª e de 2.ª.
Os de 1.ª são considerados os "amigos" aqueles a quem necessário entregar-lhes cargos e porque não remunerações certas e regulares.
Os de 2.ª não são dignos de confiança por parte dos "dirigentes" do SN da UMP.
Há aqui uma nítida discriminação negativa. Há um nítido favorecimento de alguns emdetrimento de outros.
Esta será talvez a razão para tão rasgados elogios proferidos ontem na AG da UMP.
Em política diz-se que não almoços grátis. Como se dirá relativamente a estes "dirigentes" da UMP?
Mas não se pense que só o Presidente do Secretariado Regional de Santarém é que está a ser discriminado. Outro tanto se passa relativaente ao Presidente do Secretariado Regional de Viseu, relativamente, ao Centro de Santo Estevão. E também está a ser discriminado o Presidente do Secretariado Regional de Évora, relativamente, ao Centro que ai ser construído neste distrito.
Assiste-se a uma manifesta falta de solidariedade para com alguns Dirigentes de estruturas intermédias da UMP,por parte dos "dirigentes" do SN da UMP.
Como é que poderão ser solidários com os destinatários da acção da UMP se dentro da própria estrututra não conseguem ser, minimamente, solidários com a totalidade dos seus membros?

sábado, 3 de dezembro de 2011

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

A Organização das Nações Unidas (ONU) definiu o dia 3 de Dezembro de 2006 como Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
O dia internacional das pessoas com deficiência, 3 de dezembro, é uma data comemorativa internacional promovida pelas Nações Unidas desde 1998, com o objetivo de promover uma maior compreensão dos assuntos concernentes à deficiência e para mobilizar a defesa da dignidade, dos direitos e o bem estar das pessoas.
Procura também aumentar a consciência dos benefícios trazidos pela integração das pessoas com deficiência em cada aspecto da vida política, social, econômica e cultural. A cada ano o tema deste dia é baseado no objetivo do exercício pleno dos direitos humanos e da participação na sociedade, estabelecido pelo Programa Mundial de Ação a respeito das pessoas com deficiência, adotado pela Assembléia Geral da ONU em 1982.

Hoje assinala-se em todo o mundo o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) tem sob a sua responsabilidade dois centros de acolhimento para Pessoas com Deficiência:
- Centro João Paulo II
- Centro Sto Estevão.
Por mais incrível que possa parecer os actuais "dirigenets" da UMP ignoram por completo este Dia.
Demonstram uma total insensibilidade para com os deficientes. Isto apesar de hoje estar reunida em Fátima, no Centro João Paulo II, a AG da UMP.
É inacreditável a total falta de sensibilidade para os problemas que afectam os cidadãos.
Mas estes mesmos "dirigentes" jamais se esquecem de transferir dinheiro do Centro João Paulo II para lhes pagar remunerações e mordomias.
Mas como é possível que tudo isto aconteça dentro da UMP sem que mereça a mais viva repulsa?
Uma instituiçºão como é a UMP que tem dois equipamentos residenciais para acolhimento de Pessoas com deficiência ignora, pura e simplesmente o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O QUE FALTA NO PLANO DE ACTIVIDADES PARA 2012

O Plano de Actividades e o Orçamento constituem os documentos básicos para a acção da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) no ano seguinte e cuja responsabilidade executiva é da competência da Direcção que na UMP se designa Secretariado Nacional (SN).
São dois documentos que compete ao SN da UMP apresentar à Assembleia Geral da UMP (constituída pela Misericórdias filiadas na UMP) sendo também sua comoetência executá-lo de acordo com o previsto e aprovado.
Porque assim é competiria ao SN da UMP por o máximo cuidado na elaboração do Plano de Actividades e do Orçamento para 2012.
Lamentavelmente o seu procediemnto foi todo o contrário do devido. Limitaram-se a apresentar uma cópia quase integral do Plano de Actividades para 2011 e um Orçamento, altamente, deficitário.
A forma e o conteúdo dos dois documentos apresentados às Misericórdias e que amanhã vão ser apreciados e votados na sessão da AG da UMP que vai decorrer em Fátima constituem mais uma machadada na já reduzida credibilidade e confiança ce que dispõem os actuais "dirigentes" da UMP.
Ao procederem como procederam revelaram uma total ausência de respeito e consideração quer pela Instituição, UMP, quer pela Misericórdias.
Numa leitura simplificada até se poderá dizer, com rigor, que o Plano de Actividades para 2012 ao ser uma cópia quase fiel do aprovado para 2011 revela que os actuais "dirigentes" da UMP pouco ou nada, mesmo, fizeram do que se propuseram fazer em 2011. Sob o ponto de vista formal poder-se-á constatar que pouco ou nada fizeram do que se propuseram fazer em 2011. Infelizmente, para as Misericórdias não foi só sob o ponto de vista forma que tal aconteceu. De facto, os "dirigentes" da UMP pouco ou nada fizeram quer do que propuseram quer do que erta necessário fazer pelas e para as Misericórdias.
Há assim razões suficientes para que o envolvimento das Misericórdias na e com a sua União seja cada vez mais reduzido.
Concomitantemente é cada vez maior o número de Misericórdias filiadas na CNIS - Conferderação das Instituições de Solidariedade.

Vamos então passar a indicar temas e assuntos da maior relevância para a UMP e para as Misericórdias e que deveriam integrar o Plano de Actividades para 2012.
Identidade Institucional
O universo constituído pelas Misericórdias é detentor de uma identidade e especificidade únicas e que derivam desde logo da doutrina que as inspirou e continua a inspirar assim como da sua natureza.
Faria todo o sentido que a UMP dedicasse especial atenção à defesa e promoção da Doutrina Social da Igreja, em particular, às Obras de Misericórdia.Promover a difusão e conhecimento da Doutrina Social da Igreja junto das Irmandades que dão corpo às Misericórdias deveria constituir imperativo não só de consciência mas também de prática.
A matriz identitária das Misericórdias suporta-se na Doutrina Social da Igreja.
Faria, assim, todo o sentido que a UMP dedicasse especial atenção ao aprofundamento do conheciemnto desta mesma Doutrina inspiradora, assim como à sua difusão.

Solidariedade/Caridade
Compete à UMP promover a Solidariedade inter-institucional. As Misericórdias serão tanto mais fortes quanto mais fortes forem os laços de coesão entre elas. Verdadeiramente, as Misericórdias cumprirão tanto melhor a sua missão quanto maior for a Solidariedade vivida entre elas.
Criar instrumentos de coesão inter-institucional, promover e aprofundar a Solidariedade entre as Miseericórdias tem que ser acção e intervenção permanente da UMP

Relações com a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP)
Agora que está, definitivamente, clarificada a natureza jurídico-canónica e civil das Misericórdias era chegada a altura de a UMP esteritar relações com a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
A natureza constitucional dos Compromissos das Misericórdias é matéria da mais alta relevância, razão epla qual deveria mertecer especial atenção da UMP o relacionamento com a CEP e com todos e cada um dos Senhores Bispos diocesanos.
É competência exclusiva dos Senhores Bispos diocesanos a aprovação dos Compromissos e respectivas revisões assim como dos Estatutos da UMP.
É também competência dos Senhores Bispos diocesanos a homologação dos Corps Gerentes eleitos em cada mandato.
Só pode fazer sentido que quer a UMP quer as Misericórdias estabeleçam um relacionamento harmonioso e profíquo com a CEP.
A UMP terá que recuperar a capacidade de diálogo directo com a CEP.
Não faz qualquer sentido que a UMP dialógue com a CEP representada pela CNIS. É exactamente isto que acontece, há amis de um ano. Estes "dirigentes" da UMP dialogam com a CEP através do Presidente da Direcção da CNIS. A CEP não reconhece, aos actuais "dirigentes" da UMP capacidade suficiente para representarem as Misericórdias. E por esta razão nomeou o Presidente da Direcção da CNIS para seu inetrlocutor com a UMP.
O que a UMP menos necessita, até porque constitui um profundo revés na sua capacidade de represnetação e diálogo, é de interlocutores para dialogar com qualquer entidade e por maioria de razão com a CEP. Esta é a primeira entidade com a qual a UMP tem que manter relações privilegiadas e prioritárias.
Infelizmente, com estes "dirigentes" da UMP nada disto acontece.

Código das Misericórdias
Há muitos mesmo muitos anos que as Misericórdias aspiram à publicação de um Código das Misericórdias que regule a sua acção no âmbito civil.
Infelizmente, há já 20 anos que os "dirigentes" da UMP têm ignorado esta ambição institucional das Misericórdias.
As Misericórdias ao constituirem-se como universo específico e dotado de identidade própria fará todo o sentido que Portugal reconheça esta dimensão institucional acolhendo-a em letra de Lei.
Portugal e os Portugueses muito poderiam beneficiar com a publicação de um Código para as Misericórdias.
ASgora que está, definitivamente, definida a natureza jurídico-canónica das Misericórdias poderia ou seria aconselhável, até, a celebração de um Protocolo de entendimento entre o Governo, a CEP e a UMP com o objectivo de se elaborar uma proposta de Lei visando a publicação do Código das Misericórdias.

Revisão Estatutária e Organização Interna
Há muitos, muitos anos que as Misericórdias reclamam pela revisão estatutária da UMP. Os seus Estatutos não estão em conformidade com as disposições contidas nos Estatuto das IPSS, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 119/83, de 25 de Fevereiro.
A UMP necessita, urgentemente, de adaptar os seus estatutos quer às dispoisições contidas no Estatuto das IPSS quer às Normas para as Associações de Fiéis. Quer no âmbito de um que no âmbito de outras, os Estatutos da UMO não estão em conformidade.
É por isso mesmo que importa dotar a UMP de uns Estatutos que mereçam reconhecimento conforme.
A organização interna da UMP é uma coisa completamente anacrónica e não coresponde, minimamente aos anseios das Misericórdias. A sua operacinalidade é bastante reduzida. Para pouco serve a actual UMP. Há uma nítida falta de confiança das Misericórdias na estrutura da UMP. Talvez resida aqui a principal razão para que seja cada vez maior o número de Misericórdias filiadas na CNIS.
Além disso tem um um custo de funcionamento insuportável para as Misericórdias. O custo de funcionamento da actual estrutura da UMP é, verdadeiramente, astronómico. Esta será a principal razão para que o passivo da UMP esteja muito próximo dos 9.500.000 €.
Nada mas mesmo nada pode justificar quer a dimensão quer a actual estrutura da UMP.
A selecçaõ de pessoal é uma questão bastente delicada pelo que as escolhas feitas pelos "dirigentes" da MP deixam muito a desejar. Os critérios de selecção para as estruturas da UMP são, verdadeiramente, incríveis.
Deverá ser extinta, imediatamente, a delegação da UMP existente no norte por injustificável a sua existência. O custo de funcionamento é também astronómico e de reultados invisíveis.

PES - Programa de Emergência Social
O Governo criou este Programa para cuja execução conta com a particular colaboração das Misericórdias Portuguesas.
Pois por mais incrível que possa parecer, o PES não merece a mais mínima atenção aos "dirigentes" da UMP. Isto apesar de o papel das Misericórdias ser considerado decisivo para o combate à pobreza e à exclusão, de acordo com as linhas de política social definidas pelo actual Governo.
A UMP tem assim "dirigentes" que demonstram a mais completa insensibilidade para com os problemas reais dos Portugueses que estão em sofrimento.
Numa época de crise como a que Portugal atravessa até custa a crer que os "dirigentes" da UMO não expressem a mais pequena preocupação com as dificuldades actuais.
Era necessário que a UMP e as Misericórdias se envolvessem na medida das suas possibiliaddes no combate à pobreza e à exclusão colaborando com o Governo na execução do PES.

Acção Social
Não nos devendo alongar muito neste nosso contributo para um autêntico Plano de Actividades para a UMP enunciaremos alguns temas que deveriam merecer atenção.
Ensino pré-escolar.
Prevendoi este Governo a abertura de 500 novas salas de ensino pré-escolar no próximo ano, esta medida não deixará de provoicar consequências em algumas Misericórdias, podendo, inclusivamente, a levar ao encerramento de várias salas de jardim de infância.
Nada disto merece a mais pequena atenção dos "dirigentes" da UMP.
Lares
Há ainda muitos lares que estão a necessitar de obras de remodelação senão mesmo de ampliação quer para o dotar de dimensão viável quer para garantir as necessidades de acolhimento condigno.
É funadmental que se criem mecanismos que possibilitem às Misericórdias o acesso a recursos que promovam a remodelação e ampliação dos seus lares de acolhimento para pessoas idosas.
Acordos Atípicos
Muitas das respostas sociais que as Misericórdias disponibilizam são ainda considerads atípicas, apesar de hoje já não haver a mínima justificação para tal. Tratam-se de respostas, verdadeiramente, tipificadas.

Saúde
A UMP deverá definir uma linha de orientação para a acção das Misericórdias na área da saúde. Esta linha de orientação deverá garantir a sustentabiliadde das acções das Misericórdias, coisa que actualmente não acontece. As Misericórdias que se deixaram levar na conversa dos "dirigenets" da UMP estão a atravessar um período dificilimo e do qual dificilmente sairão com suceso. A entrada das Misericórdias na área da saúde nos termos e na forma recomendada pelos "dirignetes" da UMP tem-se revelado desastrosa.
O GMS é uma autêntico sorvedouro de recursos financeiros da UMP sem o mínimo proveito.

Orçamento
Constitui uma enorme preocupação para as Misericórdias a existência de um passivo com a dimensão do que actualmente existe na UMP, cerca de 9.500.000 €.
Sobre a forma de o combater nem uma palavra merece por parte dos "dirigentes" da UMP. Bem antes pelo contrário já que estão a propor um défice superior a 200.000 € só para a Administração.
Os "dirigentes" da UMP em vez de tomarem medidas para a diminução do passivo estão a tomar medidas que promovam o seu crescimento.
A continuar assim a UMP é uma Instituição em velocidade acelerada para a insolvência.

Misericórdias em Dificuldades
Quem leia os jornais ou esteja atento às notícias publicadas e/ou editadas nos diversos órgãos da comunicação social, facilemnet, se aperceberá do número crescente de Misericórdias com dificuldades financeiras.
Sobre esta calamitosa situação vivida pro um número crescente de Misericórdias nem uma palavra merece, por parte dos "dirigentes" da UMP.
Onde é que pára o espírito e missão de solidariedade inter-institucional dentro da UMP?
O Governo vai criar uma linha de crédito de apoio às IPSS com dioficuldades de tesouraria.
Mas naão poderia a UMP criar um Fundo Solidário para apoiar as Misericórdias em dificuldades? Poderia e deveria já que os "dirigentes" da UMP venderam a Quinta de Sto Estevão em Viseu a qual foi em tempos avaliada em 60.000.000 €. O que fizeram ao dinheiro da venda da Quinta de Sto Estevão que foi dada às Misericórdias como forma de compensação pelos prejuízos causados pela nacionalização dos seus hospitais no período do PREC.

Muito mais poderíamos acrescentar relativamente a matérias que deveriam ter sido contempladas no Plano de Actividades para 2012.
Mas ficamo-nos por aqui. No entanto o que aqui se enuncia de uma forma muito simples dá para constatar o desajustamento da realidade porque pautam os seus comportamento os actuais "dirigentes" da UMP.