terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mário Azevedo: Combatente da cidadania




Mário Azevedo: Combatente da cidadania
2011-12-13

autor: Costa Guimarães

Faleceu anteontem Mário de Pinho Ferreira de Azevedo, que se destacou como provedor da Santa Casa de Misericórdia de Barcelos, para além de militar em outras organizações culturais e associativas da Princesa do Cávado. O seu funeral realiza-se hoje.
Este engenheiro de minas nasceu em Barcelos a 14 de Fevereiro de 1927 e exerceu a profissão durante doze anos nas Minas do Pejão, contribuindo para modificar totalmente os métodos de extracção de carvão mineral.
Foi Administrador-Gerente da Cooperativa do Pessoal Mineiro do Pejão.
Ali começou por ser presidente da Conferência de S. Vicente de Paula e foi director do Pejão Atlético Clube.
Em 1968, recebeu a Placa de Prata de agradecimento da paróquia de Pedorido (Castelo de Paiva) e foi eleito presidente do Conselho Municipal de Barcelos, antes e depois do 25 de Abril.
Foi um dos provedores fundadores da União das Misericórdias Portuguesas, em 1976. Foi Secretário da Mesa da Assembleia Geral da União e, entre 1991 a 1993, foi director do Jornal “A Voz das Misericórdias” que lhe valeu a primeira Medalha de Benemérito da mesma.
Foi, de 1959 até 1996, Juiz da Confraria de Nossa Senhora da Franqueira (apenas com interregno de 6 anos (1984/90) e desde 1962 até 1989, presidente da Assembleia Geral dos Bombeiros Voluntários de Barcelos e assumiu também a função de presidente da Direcção durante cinco anos.
A Liga dos Bombeiros Portugueses atribuiu-lhe a Medalha de Ouro duas estrelas, em 1967. Nesse mesmo mês foi-lhe atribuído o grau de Comendador da Ordem de Mérito e Integração e o Diploma de Benemérito desta Sociedade Brasileira de S. Paulo. No ano de 1984, foi nomeado Sócio Benemérito dos Bombeiros Voluntários de Barcelinhos, e dos Bombeiros Voluntários de Barcelos.
Em Setembro de 1988, recebeu das mãos do Presidente da República, a 2.ª Medalha de Ouro de Serviços Distintos.
Foi fundador do Rotary Clube de Barcelos, em 1964, e percursor da fundação do Lyon’s Clube de Barcelos.
Em 1967, assumiu o cargo de presidente do Centro de Artesanato e revitalizou o Rancho Folclórico de Barcelinhos. Em 1990, recebeu Diplomas de Sócio Honorário e de Sócio Benemérito do Grupo Folclórico de Barcelinhos e fomentou a criação do Coral de Barcelos.
De 1969 a 1974, desempenhou o cargo de vice-provedor na Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, o mesmo aconteceu na provedoria seguinte do Dr. José Gualberto Sá Carneiro, porém a partir de 1976, passa a provedor por renuncia daquele.
Todas as infra-estruturas existentes actualmente são obra das diversas provedorias do Eng. Mário de Azevedo, pois em 1976, a Misericórdia de Barcelos apenas possuía o Asilo de Inválidos e o Novo Hospital que havia sido nacionalizado após o 25 de Abril.
Em 1986 celebra o acordo com Segurança Social dando início do funcionamento do Centro Infantil de Barcelos e no ano seguinte constrói o Lar Rainha D. Leonor e Infantário Rainha Santa Isabel. Depois do ATL, segue-se em 1990 a construção do Lar da Misericórdia e a renovação do Lar de Dependentes.
Depois surgem a Clínica de Fisioterapia, a Creche As Formiguinhas, o restauro da Igreja, a Clínica de Hemodiálise e restauro do órgão, a construção das Capelas Mortuárias e do polivalente do Lar Rainha D. Leonor e as Comemorações dos 500 anos, antes da construção do Lar Santo André.
Correio do Minho

Sem comentários: