Igreja assume autonomia das Misericórdias e pede diálogo
2010-10-13
Alexandra Serôdio
A Igreja quer "confirmar" a autonomia das Misericórdias, mas não abdica da sua tutela. Enaltece o trabalho que vem sendo desenvolvido pelas instituições, diz que a "gestão ordinária" caberá aos seus responsáveis, mas em "casos extremos" o bispo decidirá.
A harmonia entre a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) ainda está longe de ser uma realidade, apesar de a Igreja reafirmar "a excelente relação existente".
Na base desta discórdia está um decreto das Misericórdias, que passa para a Igreja a tutela das instituições. A UMP já veio dizer que não aceita as alterações e anunciou o corte das conversas com os bispos.
"É natural que onde há homens e não anjos haja algum desentendimento. Nem sempre tudo é claro. Há textos jurídicos que às vezes são complicados, mas, fundamentalmente, há essa boa relação com esses sobressaltos que às vezes acontecem no dialogo", frisou o porta-voz da CEP, garantindo a existência de "boa vontade" entre as duas instituições.
De acordo com o padre Manuel Morujão, que falava após a reunião do Conselho Permanente da CEP, que decorreu em Fátima, "as Misericórdias têm a sua autonomia que a CEP quer confirmar".
Admite que o decreto "tem um teor jurídico complicado" e que "o encadeamento dos parágrafos" pode levar alguns a afirmar que a Igreja apenas quer gerir o património das Misericórdias. "Pode levar a crer que é assim, mas não é essa a verdade", assegurou.
Garantindo que o diálogo "está a desenvolver-se", Morujão lembra que a autonomia das instituições "facilitará o seu trabalho que é muito complexo".
"A Igreja aplaude o serviço que fazem e quer que continue com a devida independência e autonomia", afirmou, adiantando que estas instituições "respondem ao bispo" de cada diocese "mas não é o bispo que manda nas Misericórdias" porque elas "autogovernam-se". O limite está "na tutela em casos excepcionais".
JN
2010-10-13
Alexandra Serôdio
A Igreja quer "confirmar" a autonomia das Misericórdias, mas não abdica da sua tutela. Enaltece o trabalho que vem sendo desenvolvido pelas instituições, diz que a "gestão ordinária" caberá aos seus responsáveis, mas em "casos extremos" o bispo decidirá.
A harmonia entre a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) ainda está longe de ser uma realidade, apesar de a Igreja reafirmar "a excelente relação existente".
Na base desta discórdia está um decreto das Misericórdias, que passa para a Igreja a tutela das instituições. A UMP já veio dizer que não aceita as alterações e anunciou o corte das conversas com os bispos.
"É natural que onde há homens e não anjos haja algum desentendimento. Nem sempre tudo é claro. Há textos jurídicos que às vezes são complicados, mas, fundamentalmente, há essa boa relação com esses sobressaltos que às vezes acontecem no dialogo", frisou o porta-voz da CEP, garantindo a existência de "boa vontade" entre as duas instituições.
De acordo com o padre Manuel Morujão, que falava após a reunião do Conselho Permanente da CEP, que decorreu em Fátima, "as Misericórdias têm a sua autonomia que a CEP quer confirmar".
Admite que o decreto "tem um teor jurídico complicado" e que "o encadeamento dos parágrafos" pode levar alguns a afirmar que a Igreja apenas quer gerir o património das Misericórdias. "Pode levar a crer que é assim, mas não é essa a verdade", assegurou.
Garantindo que o diálogo "está a desenvolver-se", Morujão lembra que a autonomia das instituições "facilitará o seu trabalho que é muito complexo".
"A Igreja aplaude o serviço que fazem e quer que continue com a devida independência e autonomia", afirmou, adiantando que estas instituições "respondem ao bispo" de cada diocese "mas não é o bispo que manda nas Misericórdias" porque elas "autogovernam-se". O limite está "na tutela em casos excepcionais".
JN
Sem comentários:
Enviar um comentário