Bispos acreditam no diálogo para resolver conflito com as Misericórdias
Inserido em 12-10-2010 20:13
Sobre a aplicação do decreto que transforma as Misericórdias em “associações públicas de fiéis”, o porta-voz da Conferência Episcopal prefere não falar de guerra aberta e diz que o documento se aplica para proteger as Misericórdias.
Apesar das divergências, os bispos acreditam no diálogo sobre a aplicação do decreto-geral, que transforma as Misericórdias em “associações públicas de fiéis”.
“É natural que, onde há homens e não anjos, haja algum desentendimento. Nem sempre tudo é claro mas, fundamentalmente, há essa boa relação com esses sobressaltos que às vezes acontecem no diálogo e há boa vontade de ambas as partes”, explicou o padre Manuel Morujão, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
Sobre a aplicação do decreto, o porta-voz da Conferência Episcopal prefere não falar de guerra aberta e diz que o documento se aplica para proteger as Misericórdias.
“Não há guerra nenhuma. Há mal entendidos, há coisas que não ficaram claras. Qual é a aplicação desse tal estatuto de associações públicas de fiéis e que poderia pensar-se que, daqui para a frente, as coisas mudavam abissalmente. Fundamentalmente continuarão como estão. As Misericórdias também sempre procuraram a protecção da Igreja e da Igreja institucional e hierárquica. E é essa protecção que continuará a haver. A tutela não deve ser vista como uma ingerência, mas como uma protecção”, acrescentou.
Não se trata de ingerência no dia-a-dia, diz o porta-voz da Conferência Episcopal, mas de tutela em casos excepcionais.
“Em alguns casos extremos, que não são os do governo ordinário. As Misericórdias lidam com milhões, felizmente ao serviço do povo português. Certamente que a Igreja quer que isso continue a acontecer. O limite está na tutela em casos excepcionais, como é a tutela também do Estado. Esse limite há-de ser visto segundo o direito canónico”, concluiu o padre Manuel Morujão.
Em causa está o decreto, assinado pela Conferência Episcopal Portuguesa e já aprovado pelo Vaticano, que transforma as Misericórdias em “associações públicas de fiéis”.
A questão da tutela da Igreja sobre as Misericórdias foi um dos assuntos abordados numa reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa. Os bispos prosseguem com o diálogo e o assunto voltará a ser analisado na próxima assembleia plenária de 8 a 11 de Novembro.
Aura Miguel
rr
Inserido em 12-10-2010 20:13
Sobre a aplicação do decreto que transforma as Misericórdias em “associações públicas de fiéis”, o porta-voz da Conferência Episcopal prefere não falar de guerra aberta e diz que o documento se aplica para proteger as Misericórdias.
Apesar das divergências, os bispos acreditam no diálogo sobre a aplicação do decreto-geral, que transforma as Misericórdias em “associações públicas de fiéis”.
“É natural que, onde há homens e não anjos, haja algum desentendimento. Nem sempre tudo é claro mas, fundamentalmente, há essa boa relação com esses sobressaltos que às vezes acontecem no diálogo e há boa vontade de ambas as partes”, explicou o padre Manuel Morujão, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
Sobre a aplicação do decreto, o porta-voz da Conferência Episcopal prefere não falar de guerra aberta e diz que o documento se aplica para proteger as Misericórdias.
“Não há guerra nenhuma. Há mal entendidos, há coisas que não ficaram claras. Qual é a aplicação desse tal estatuto de associações públicas de fiéis e que poderia pensar-se que, daqui para a frente, as coisas mudavam abissalmente. Fundamentalmente continuarão como estão. As Misericórdias também sempre procuraram a protecção da Igreja e da Igreja institucional e hierárquica. E é essa protecção que continuará a haver. A tutela não deve ser vista como uma ingerência, mas como uma protecção”, acrescentou.
Não se trata de ingerência no dia-a-dia, diz o porta-voz da Conferência Episcopal, mas de tutela em casos excepcionais.
“Em alguns casos extremos, que não são os do governo ordinário. As Misericórdias lidam com milhões, felizmente ao serviço do povo português. Certamente que a Igreja quer que isso continue a acontecer. O limite está na tutela em casos excepcionais, como é a tutela também do Estado. Esse limite há-de ser visto segundo o direito canónico”, concluiu o padre Manuel Morujão.
Em causa está o decreto, assinado pela Conferência Episcopal Portuguesa e já aprovado pelo Vaticano, que transforma as Misericórdias em “associações públicas de fiéis”.
A questão da tutela da Igreja sobre as Misericórdias foi um dos assuntos abordados numa reunião do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa. Os bispos prosseguem com o diálogo e o assunto voltará a ser analisado na próxima assembleia plenária de 8 a 11 de Novembro.
Aura Miguel
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