quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A REUNIÃO QUE NÃO FOI

Não se vislumbrará o mínimo de racionalidade na realização de uma reunião na estava prevista a realização de todos os membros do Conselho Nacional sem, de facto, ser considerada reunião do Conselho Nacional.
A forma que aquele que se instalou no cargo de Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICPSNUMP) encontrou para reunir todos os membros do Conselho Nacional sem que essa reunião pudesse ser considerada reunião desse mesmo Conselho Nacional foi convidar todos os seus membros para uma reunião.
Toda essa reunião foi preparada com a máxima cautela e todo o cuidado, já que AICPSNUMP reuniu, várias vezes, em faustos almoços pagos pelas Misericórdias com vista à preparação desta reunião assim como de uma reunião extraordinária do Conselho Nacional que vai reunir na Quinta de Sto Estevão, em Viseu, no próximo dia 25 de Setembro para que se dê mais um passo para a fixação de vencimentos indexados ao vencimento do Presidente da República, na ordem dos 70 %.
Então qual será o objectivo de fazer uma reunião sem que, na prática, o seja?
Só é possível concluir que esta reunião de AICPSNUMP com os membros do Conselho Nacional tem como objectivo amarrar esses membros à estratégia delineada por AICOSUMP sem que estes se vinculem a qualquer coisa.
A AICOSUMP só lhes interessa amarrar os representantes das Misericórdias à sua estratégia de exercício de poder para dele extrairem benefícios que não permitem que esses mesmos representantes das Misericórdias conheçam.
O obscurantismo nos objectivos reais assim como nos procedimentos que cada vez mais são mais desajustados e desenquadrados das regras e da Lei estão cada vez mais presentes.
O que AICOSUMP irão conseguir é amarrar os membros do Conselho Nacional à sua estratégia que tem um único objectivo (interesse): manterem-se nos cargos nos quais se instalaram.
A falta de racionalidade prende-se, efectivamente, com a promoção de uma reunião informal com os membros do Conselho Nacional, Conselho este que só tem função consultiva, mas não vinculativa.
AICPSNUMP teve o cuidado de recomendar que só seriam admitidos nessa reunião, os Presidentes dos Secretariados Regionais, os quais são os membros do Conselho Nacional.
Dentro de qualquer organização que se preze de querer cumprir a sua missão não se realizarão reuniões dos órgãos de administração e de gestão com carácter, meramente, informal.
Muito menos sentido fará realizar reuniões informais de um órgão, meramente, consultivo.
A acção de AICOSUMP só tem resultado e consequências a desconsideração dos próprios órgãos. E desconsiderando os órgãos estão a desvalorizar a sua importância.
Desvalorizando as funções e competências dos órgãos sociais estão num caminho de descredibilização institucional.
Entrando no caminho da descredibilização institucional as entidades externas não reconhecem vantagens em dialogar com os representantes dessa instituição.
E se os representantes da instituição perderam a capacidade de ser reconhecidos, perderam a capacidade de exercerem os cargos.
E tendo perdido a capacidade de exercerem cargos, esvaziaram a instituição.
E a questão que se tem que por é a seguinte: que sentido faz a manutenção de uma instituição vazia de funções?
A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) é uma Instituição fundamental para a missão colectiva das Misericórdias, razão pela qual estas seculares Instituições devem assumir as suas responsabilidades asumindo a sua União.

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