" Misericórdias com dificuldades de subsistência"
“Neste momento, a situação é particularmente delicada”, afirma o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos.
"O aumento de impostos, a subida dos preços e os cortes nos apoios sociais põem em causa a sustentabilidade das Misericórdias", alerta o presidente da União de Misericórdias Portuguesas (UMP).
“Neste momento, a situação é particularmente delicada e os recursos das Misericórdias diminuíram”, indica Manuel Lemos.
“Se a comparticipação do Estado é a mesma – ou até nalguns casos diminui –, se as reformas são o que são e se as comparticipações das famílias vão diminuir, se, por outro lado, ninguém cuidou de as Misericórdias poderem ser o pilar que aguentava isto tudo. A situação torna-se particularmente difícil, como é óbvio”, justifica.
Isto foi o que disse ontem, aos micrifones da Rádio Renascença, aquele que se instalou no cargo de Presidente do Secretariado nacional da União das Miseericórdias Portuguesas (AICPSNUMP).
Para além de poder ser lido no referido sítio pode também ser ouvido.
Ninguém ficará com dúvidas do que foi dito por AICPSNUMP.
Mas nada do que disse, ontem, aquele que se instalou no cargo de Presidente do Secretariado nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICPSNUMP), é, minimamente, coincidente ou coerente com o que se vai passar amanhã na reunião extraordinária do Conselho Nacional da União das Misericórdias Portuguesas.
Perguntará, então, o leitor o que se vai passar ou o que ´que vai ser analisado e votado na reunião do Conselho Nacional da UMP amanhã?
Pois bem. Por favor não se pasme, estimado leitor. O que amanhã vai ser analisado, discutido e, provavelmente, votado é uma ideia (sim ideia, porque não há nenhuma proposta) de remunerações para aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP) assim como para aqueles que AICOSUMP instalaram nas direcções das instituições anexas (a saber, Centro João Paulo II, Centro de Santo Estevão e Lar Virgílio Lopes).
Tudo isto se passa dentro de uma Instituição tutelada pela Conferência Episcopal Portuguesa e financiada pelo Ministério do Trabalho e Solidariedade, com o dinheiro dos impostos pagos pelos Portugueses. Mais. Financiada e não é pouco pelas Misericórdias.
A Preocuradoria Geral da República/Ministério Público poderá continuar sem tomar a decisão de realização de uma investigação ao que se passa dentro da União das Misericórdias Portuguesas?
Aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP) demonstram, mais uma vez, que só estão, de facto, preocupados em "sacar" o máximo possível dos recursos financeiros que a UMP ainda dispõe.
Congeminarem entre eles uma ideia que ninguém assume a "paternidade" mas que se sabe ter partido daquele que se instalou no cargo de Presidente do Secretariado nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICPSNUMP) para "sacarem" dinheiro das Misericórdias e destinado, preferencialmente, para os pobres só merece um qualificativo que aqui nos absteremos de mencionar.
Conhecem já os detalhes da ideia de ordenados para aqueles que querem continuar a "sacar" dinheiro dos Pobres.
Então o que amanhã em Conselho Nacional da UMP abordado, eventualmente, discutido e votado é uma ideia de ordenados escalonada nos seguintes termos:
- para aquele que se instalou no cargo de presidente do Secretariado Nacional irá passar a ter um ordenado de valor igual a 70 % do vencimento de Secretário de Estado. Acontece que esta mesma pessoa já recebe isso desde que se instalou no cargo há 3 anos e meio atrás. Mais. Recebe também o ordenado completo enquanto funcionário público. E a União das Misericórdias sup+orta todas as suas despesas de deslocação de e para o Porto, o alojamento em Lisboa assim como todas as refeições que o mesmotoma nos mais luxuosos restaurantes.
- para os restantes membros do Secretariado Nacional e direcções dos Centro de Fátima e Viseu e Lar Virgílio Lopes passarão a receber um ordenado equivalente a 50 % do vencimento de Secretário de Estado.
Estará ainda previsto que os membros dos outros órgãos e comissões irão passar a receber senhas de presença.
INACREDITÁVEL
Alguém tem que correr com toda aquela gente que está instalada na União das Misericórdias Portuguesas a "sacar" dinheiro.
Se o que aqui se descreve e que está previsto acontecer amanhã em Fátima trata-se de uma autêntica "pouca vergonha" como diz a sabedoria Popular.
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