terça-feira, 20 de julho de 2010

SERÁ DIFÍCIL ERRAR MAIS

Do Correio do Minho/Diário do Minho extraímos a seguinte notícia:
Turismo cultural e religioso une TUREL e Misericórdias10 Jul 2010
Marta Encarnaçao
A TUREL – Cooperativa de Turismo Cultural e Religioso assinou ontem um protocolo de colaboração com a Turicórdia, uma estrutura criada pela União das Misericórdias Portuguesas para implementar uma rede de turismo social nas misericórdias. Com o protocolo, a União das Misericórdias Portuguesas pretende aproveitar a experiência e a logística da TUREL na área do turismo cultural e religioso, potenciando a criação de roteiros e outros pacotes turísticos adequados ao seu público-alvo, ou seja, os utentes das misericórdias.
Manuel Lemos, presidente da UMP, deixou claro que as Misericórdias, em particular a Turicórdia, “não é nem pretende ser uma agência de viagens”. Pretende sim ser uma estrutura que “permite aos seniores aproveitar bem o tempo que a vida lhes reserva”.


De facto é impossível errar mais e tomar iniciativas mais desajustadas ao tempo presente.
Quando se sabe, quando se reconhece que os idosos são um dos grupos mais afectados pela pobreza assiste-se a uma iniciativa daquele que se instalou no cargo de Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICPSNUMP) em promover o turismo para os idosos.
Mas pior que promover o turismo junto de uma população afectada pela pobreza crescente é promover turismo junto dos utentes das Misericórdias quando se deveria saber que estas Instituições acolhem, preferencialmente, os pobres.
Daqui só se pode concluir que aquele que se instalou no cargo de Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICPSNUMP) promove inciativas a que os utentes/beneficiários das valências/serviços das Misericórdias às quais não pode aderir por manisfesta falta de recursos.
Esta iniciativa de AICPSNUMP só vem, mais uma vez, confirmar a sua total e absoluta insensibilidade, insensatez e desconhecimento (e ficamos por aqui nos qualificativos) perante a realidade assistencial das Misericórdias.
Numa época de crise que todos os dias se abrava, em que todos os dias os idosos têm mais dificuldade em sobreviver, entende AICPSNUMP que o contributo institucional prioritário é promover o turismo junto daqueles que já não têm o suficiente para fazer face às suas necessidades do dia a dia.
Esclarecedora mais esta iniciativa daqueles que se instalaram nos cargõs dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas.
De facto a União das Misericórdias Portuguesas, assim, todos os dias dá passos gigantes para a continuidade da sua perca de confiança e credibilidade.
Tudo isto está a afectar, e de que maneira, a confiança e a credibilidade das Misericórdias.
O espaço e os tempos de intervenção das Misericórdias está cada vez mais reduzido o que lhes provoca acrescidas dificuldades em acudir aos mais pobres e necessitados.
UM GRITO DE INDIGNAÇÃO É NECESSÁRIO - FUNDAMENTAL MESMO.

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