terça-feira, 23 de junho de 2009

POSTURA ANTI-SOLIDÁRIA

Em dois dos últimos posts colocámos, intencionalmente, os Despachos n.º 53 e 54/80 do então Ministro dos Assuntos Sociais, Dr. MORAIS LEITÃO.
Perguntar-se-á porquê ?
Por duas ordens de razões. A primeira porque as Misericórdias estavam a atravessar uma enormíssima crise em resultado da nacionalização dos seus Hospitais, estando até previsto na lei a sua extinção (Decreto-Lei n.º 618/75, de 11 de Novembro). Foram os dois despachos referidos que permitiram às Misericórdias recuperarem e darem apoio aos mais carenciados, vocacionando a sua acção, especificamente, para a chamada terceira idade.
A segunda porque as Misericórdias reconhecendo a importância das decisões políticas tomadas, então, pelo Ministro dos Assuntos Sociais, Dr. João António de MORAIS LEITÃO decidiram agraciar o Dr. MORAIS LEITÃO com a mais elevada condecoração de que a União das Misericórdias dispõe: o GRANDE COLAR.
Esta condecoração só foi atribuída, por uma vez, a duas personalidades, infelizmente, já não pertencentes ao mundo dos vivos. Dois grandes vultos que dignificaram as Misericórdias e a Solidariedade: o Dr. VIRGÍLIO LOPES (hoje já, praticamente, ignorado por aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas - AICOSUMP) mas que foi o grande mentor e impulsionador da União das Misericórdias Portuguesas; e o Dr. MORAIS LEITÃO (obreiro das decisões políticas que permitiram a recuperação da acção e a intervenção das Misericórdias junto dos mais carenciados).
Foi em reconhecimento da grandeza, do impacto e do alcance que quer o dinamismo do Dr. VIRGÍLIO LOPES quer das decisões políticas tomadas pelo Dr. MORAIS LEITÃO que as Misericórdias lhes conferiram a mais alta distinção com que o poderiam fazer, atribuir-lhes o GRANDE COLAR.
Foi marcada sessão pública para a entrega das condecorações, se a memória não nos atraiçoa, em 1991, à qual não pode comparecer, devido aos seus enormes afazeres, o Dr. MORAIS LEITÃO. Nessa sessão, já o Dr. VIRGÍLIO LOPES estava gravemente doente, mas ainda assim foi possível condecorá-lo com o mais alto galardão existente na União das Misericórdias Portuguesas.
A condecoração atribuída ao Dr. MORAIS LEITÃO ficou para ser entregue em data posterior a acordar.
Entretanto o Dr. VIRGÍLIO LOPES faleceu, a um ano do fim do mandato. Esse ano foi de grande convulsão interna e nunca houve condições para que fosse possível a marcação de uma sessão para entrega da condecoração ao Dr. MORAIS LEITÃO.
Em 1992 apesar de a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) entrar num período, relativamente, longo de estabilidade organizacional e funcional, e apesar do esforço de alguns Dirigentes da UMP e Provedores de Misericórdias para que se procurasse encontrar uma data para marcação da entrega da condecoração ao Dr. MORAIS LEITÃO, aquele que ocupou o cargo de Presidente do Secretariado Nacional da UMP, tudo fez para que jamais fosse possível fazer-se a entrega de tal condecoração.
De facto, aquele que esteve durante 15 (quinze) anos no cargo de Presidente do Secretariado Nacional (1992-2206) tudo fez para que á condecoração com que as Misericórdias agraciaram o Dr. MORAIS LEITÃO lhe fosse entregue.
E de facto conseguiu "cumprir" esse seu objectivo. É que entretanto faleceu o Dr. MORAIS LEITÃO sem que a condecoração lhe fosse entregue.
FOI ASSIM COMETIDA UMA ENORMÍSSIMA INJUSTIÇA PARA COM O DR. JOÃO ANTÓNIO DE MORAIS LEITÃO, a qual já é de impossível reparação. Já não será possível entregar a condecoração a quem a mereceu e ao qual as Misericórdias reconhecendo a visão e coragem, decidiram atribuir-lhe o GRANDE COLAR.
Na altura, 1991, foram mandados executar 2 (dois) Grandes colares. Um foi entregue ao Dr. VIRGÍLIO LOPES e o outro esteve muito tempo exposto numa vitrine junto à Capela do centro João Paulo II, o qual estava destinado a ser entregue ao Dr. MORAIS LEITÃO.
Hoje pode-se dizer por respeito à verdade que os grandes responsáveis pela não entrega do GRANDE COLAR ao Dr. MORAIS LEITÃO são os actuais Presidentes da Mesa da Assembleia Geral, do Secretariado Nacional e da Mesa do Conselho Nacional da União das Misericórdias Portguesas.
Aqui está a razão porque se disse, por ocasião da atribuição de condecorações durante o Congresso (?) da Madeira que aquele que se instalou no cargo de Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portguesas (AICPSNUMP) mentiu quando afirmou que a mais alta condecoração existente na União das Misericórdias era o grau Benemérito.
Seria que pretendeu esconder a falha que envorgonha quem assim decidiu (em desrespeito por decisão unânime das Misericórdias Portuguesas) pretendendo esconder a vergonha que é não ter criado as condições para se proceder à entrega da condecoração ao Dr. MORAIS LEITÃO ?
Esta lamentável e irreparável falha, ao que se sabe voluntária, não dignifica, minimamente os seus responsáveis e descredibilizam a Instituição.
18 (Dezoito) anos não terá sido tempo suficiente para encontar uns minutos para a realização de uma cerimónia para entrega da condecoração ao Dr. MORAIS LEITÃO ?
Haverá alguma desculpa plausível ou aceitável para tal desrespeito por deliberação unânime das Misericórdias Portuguesas ?
Estas são as provas práticas de Solidariedade praticadas por aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portguesas (AICOSUMP). Têm condições para exercer cargos e desempenhar funções em organizações com a natureza da União das Misericórdias Portuguesas ?
E assim vai indo a União das Misericórdias Portuguesas.
Foi para actos comop o que aqui se descreve que tanto e tantos trabalharam para fundarem e afirmarem a União das Misericórdias Portuguesas ?

1 comentário:

Amadeu Araujo disse...

Amadeu Araújo 936757094 ou amadeuaraujo@gmail.com