A opção da realização deste congresso (?) na cidade do Funchal não foi ingénua e permitiu a criação de um ambiente favorável àqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP), já que proporcionar turismo, sem encargos para os beneficiários, é sempre agradável.
Para que seja possível garantir a sua continuidade nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas é fundamental cimentar apoios e atrair novos.
É importante, fundamental mesmo, continuar a dar a ideia de grande dedicação à causa das Misericórdias, ainda que tal não corresponda, minimamente, à realidade dos factos.
É também importante convidar personalidades e/ou figuras públicas e/ou consideradas influentes de forma a transmitir a ideia de enorme rede de contactos sociais, apesar de tal não corresponder, minimamente, à realidade. De registar a ausência de 3 das figuras públicas, as quais apesar de anunciadas, não compareceram: Dr.ª Maria José Nogueira Pinto, Eng.º Ângelo Correia e Dr. Ricardo Salgado.
A organização deste congresso (?) revelou-se competente no respeito da missão de que foi encarregada assim como nos objectivos atingidos.
O grupo que constituído por aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP) e pelos que gravitam em seu redor é cada vez mais reduzido, o que não pode deixar de significar uma perca, contínua e acentuada, de influência da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), na sociedade Portuguesa.
Deve ser assinalada também a ausência, quer da sessão de abertura quer da sessão de encerramento do congresso (?), de Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Bispo da Diocese do Funchal. Significativa.
Apesar do número significativo de congressistas seria bom tornar público o n.º de Misericórdias presentes e o n.º de Irmãos de cada Misericórdias que também se deslocaram à Ilha da Madeira.
Significativa também a expressão de "pobreza" a que os congressistas foram obrigados por aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP), a jantar no Casino do Funchal. Tudo isto, mais uma vez a condizer com o Princípio a que as Misericórdias devem obediência: OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES.
Como conclusões deste congresso (?) poderemos extrair:
1.ª- revelou-se uma perfeita desnecessidade. De modernização e inovação, praticamente, não se falou, nem se poderia ter falado já que os oradores seleccionados limitaram-se a cumprir a missão de que tinham sido encarregados por AICPSNUMP;
2.ª- as expectativas das Misericórdias sairam, completamente, goradas já que para além de lhes não ser permitida a sua intervenção, os verdadeiros problemas que as afectam não puderam ser analisados nem debatidos, tal como foi notório e notado pelas intervenções permitidas, mas poucas, participantes;
3.ª- este congresso foi nitidamente "turistico" do qual beneficiaram, certamente sem encargos, a esmagadora maioria dos congressistas, o que pode influenciar a tendência de voto na próximo acto eleitoral;
4.ª- aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP) cometeram uma deselegância, uma falta de respeito, uma desconsideração, uma manifesta ausência total de Solidariedade para com a Misericórdia do Funchal, a qual foi pura e simplesmente ignorada durante toda a realização do congresso(?).;
5.ª- à conclusão descrita em 4 não será, certamente, estranha, pelo que se conhece, a não realização de eleições para o Secretariado Regional da Madeira da União das Misericórdias da Madeira há já a alguns mandatos. Aquele que se intitula de Presidente do Secretariado Regional da Madeira é um dos apoios com que contam AICOSUMP e foi nomeado, por estes, responsável pelo executivo do congresso(?);
6.ª- para que fosse possível gerir de uma forma, perfeitamente, arbitrária e de acordo com os interesses daqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP), este congresso, à semelhança de outros, não foi dotado de Regulamento;
7.ª- não pode deixar de ser assinalada a ausência daquele que se instalou no cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral da União das Misericórdias Portuguesas (AICPMAGUMP) tal como já tinha primado pela ausência na cerimónia de inauguração do novo (?) edifício sede da União das Misericórdias Portuguesas. Coincidências ?;
8.ª- a realização do congresso (?), nesta época de profunda crise que afecta a generalidade dos Portugueses, obrigou à realização de despesas desnecessárias, a suportar pelas Misericórdias, num valor estimado de 1 000 000 € (um milhão de euros). Este montante poderia e deveria ser, criteriosamente, utilizado para combater a pobreza e promover a inclusão;
9.ª- reconhecendo o mérito à generalidade dos condecorados, e por isso mesmo mereceram o público reconhecimento, não pode deixar de merecer uma referência especial a atribuida àquele que se instalou no cargo de Presidente da Mesa do Conselho Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICPMCNUMP), cujos méritos reconhecidos deverão ter passado pelo serviço (des)interessado prestado a AICOSUMP na sequência da admissão do seu filho para o sector jurídico da União das Misericórdias Portuguesas. A atribuição desta condecoração poderá querer dizer que será afastado da Mesa do Conselho Nacional caso AICOSUMP aí continuarem instalados. Incompreensível a aposição da condecoração à Provedora Dora Valadão pelo Presidente (?) do Secretariado Regional da Madeira e não pelo Presidente do Secretariado Regional dos Açores, como as regras procedimentais recomendariam (mais uma desconsideração de AICPSNUMP);
10.ª- reconhece-se a mentira proferida por aquele que se instalou no cargo de Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICPSNUMP) quando afirmou que o grau Benemérito é a mais alta condecoração existente na União das Misericórdias Portuguesas. Tal afirmação só foi possível ou por ignorância, por desconhecimento ou por uma outra razão que em breve traremos ao conhecimento público. Não é compreensível que AICPSNUMP demonstre, publicamente, desconhecer e/ou ignorar a existência do Grande Colar;
12.ª- as conclusões lidas pelo responsável pela organização do congresso (?) não passaram de puras banalidades. Até o projecto apresentado como inovador - Banco de Voluntariado - peca por tardio pois já há muitíssimas Misericórdias que integram Bancos de Voluntariado da iniciativa e geridos pelos respectivos municípios;
13.ª- as Misericórdias esperam que as contas deste congresso sejam feitas e apresentadas, tal como esperam pelas contas do congresso realizado há dois anos em Braga. As Misericórdias esperam que lhes sejam apresentadas muitas outras contas, sistemática e continuadamente omitidas quer dos Relatórios quer das contas anuais de gerência;
14.ª- as Misericórdias Portuguesas esperam que se possa realizar, tão breve quanto possível, um verdadeiro CONGRESSO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS.
Portugal, 13 de Junho de 2009
Sem comentários:
Enviar um comentário