Entre os dias 18 e 20 de Outubro de 2011 vai realizar-se uma viagem com custos suportados por uma empresa fabricante de uma conhecida marca de fraldas.
Essa viagem irá ter como cidade de destino Estrasburgo.
Ao que é possível deduzir apesar de ser paga pela referida empresa, a organização da viagem estará a cargo dos "dirigentes" da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), já que da comitiva fará parte técnica da Turicórdia. Técnica essa que já acompanhou a comitiva que se deslocou aos Açores aquando da realização do Congresso Insular das Misericórdias.
Outro dos factos que leva a concluir que a responsabilidade da organização da viagem é dos "dirigentes" da UMP resulta da constatação de os próprios integrarem a comitiva. Dos 3 "membros" do Secretariado Nacional (SN da UMP, 2 integrarão essa mesma comitiva, da qual farão parte ainda o assessor assalariado para as toradas e o último suplente da Mesa do Conselho Nacional.
Com esta composição da comitiva que se deslocará a Estrasburgo na próxima semana, poucas dúvidas poderão ainda persistir sobre a responsabilidade da organização da viagem.
Recordamos que já em 2010 essa mesma empresa entregou a responsabilidade de organização de similar viagem a Munique.
Para completar a comitiva terão sido seleccionados pelos "dirigentes" da UMP 12 Dirigentes de outras tantas Misericórdias. Tal como em 2010 não se conhecem os critérios que conduziram a esta composição da comitiva. Mais uma vez a clareza e a transparência são coisas ausentes nos procedimentos protagonizados pelos "dirigentes" da UMP.
Mais. Toda a organização desta viagem permanece no segredo dos deuses.
Até hoje nada foi comunicado às Misericórdias a não ser àquelas que foram, previamente, seleccionadas.
Quer a viagem de 2010 quer a docorrente ano decorrem certamente da aquisição de fraldas à empresa que as fabrica e comercializa em Portugal. Muitas devem ser as Misericórdias que optaram por consumir essa amrca de fraldas.
Se as Misericórdias compram, directamente, à empresa as fraldas para os seus utentes, importará que as Misericórdias sejam informadas pela referida empresa da razão(ões) que a levaram e solicitar a intermediação dos "dirigentes" da UMP, os quais já foram o ano passado a Munique e vão este ano a Estrasburgo ?
Terá, certamente, havido um critério para que os mesmos "dirigentes" da UMP tenham ido em 2010 e voltem a ir este ano em viagem organizada pela empresa fabricante de fraldas. Assim como a ida de Técnica da Turicórdia só faz sentido a sua integração na comitiva porque terá sido a equipa "dirigente" da UMP a organizar toda a viagem. Se assim não foi não fará qualquer sentido a participação de Técnica da Turicórdia. Ou a integração desta Técnica resultará de opção de quem "dirige" a UMP ? Então importa divulgar as razões que levaram o "presidente" da UMP a impor a intergração dessa Técnica na comitiva da viagem paga por empresa fabricante de conhecida marca de fraldas.
Porque a União é das Misericórdias Portuguesas é fundamental que aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da UMP (AICOSUMP) dêem a conhecer as actividades que desenvolvem, as razões que levam a que tal aconteça assim como as opções tomadas. É que a vida da UMP interessa sobretudo, para não se dizer em exclusivo, às Misericórdias. É que a UMP sem as Misericórdias não faz qualquer sentido.
É fundametal que os "dirigentes" da UMP, nomeadamente, o "presidente" do seu SN informe as Misericórdias sobre tudo o que envolveu a organização da viagem realizada em 2010 e que se vai realizar na próxima semana à conta das fraldas, que ao que se sabe são pagas pelos utentes das valências das Misericórdias.
Uma pergunta que surge desde logo: será que todos os Dirigentes das Misericórdias seleccionadas representam instituições aquisidoras dessa marca de fraldas ? Ou os que sendo Dirigentes de Misericórdias que não consomem essa marca de fraldas passarão a ser compradores, depois da viagem ?
Terá que haver algum(uns) fundamento(s) para que tenham sido estes 12 Dirigentes e não outros. Se tudo tivesse sido claro não pairaria no espírito dos Dirigentes das Misericórdias quaaisquer dúvidas sobre as opções tomadas. Como nada foi informado foi,mais uma criado, um clima des total desconfiança. E se isto não é bom para a UMP, nem para as Misericórdias, provavelmente, também não será nada, mas mesmo nada, bom para a empresa fabricante de fraldas e responsável pelo pagamento da viagem a Estrasburgo tal como já tinha pago a viagem de 2010 a Munique.
Só se escondem actos quando se teme consequências negativas para quem os pratica. Quem estiver de consciência, perfeitamente, tranquila, jamais terá receio que os seus actos sejam conhecidos, publicamente.
Quem não deve não teme.
É com comportamentos como estes protagonizados pelos "dirigentes" da UMP que se criou (e enquanto estes "dirigentes" permanecrem na UMP jamais desaparecerá) um clima de desconfiança generalizado. Porquê ? Porque nada é claro dentro da UMP. Tudo ou quse tudo é mantido em segredo. Clareza e transparência são princípios,praticamente, ausentes, nas práticas dos "dirigentes"da UMP.
Não os querendo alongar muito mais sobre este tema obriga-nos a nossa consciência a levantar aqui uma questão que deverá ser reflectida pelos representantes da empresa fabricante de uma conhecida marca d fraldas assim como pelos Dirigentes da Misericórdias e que é a seguinte. Se as nossas informações forem correctas na maioria das Misericórdias o custo das fraldas não está integrado no pagamento da mensalidade dos utentes que as utilizam. Os utentes pagarão as fradas em separado da mensalidade. Ou seja, as fraldas são, efectivamente, pagas pelos utentes. O que leva à colocação de uma outra questão e que é a seguinte. Se são os utentes a pagar, efectivamente, as fraldas não deveriam ser estes a ser convidados pela empresa fabricante de conhecida marca de fradas ou na sua impossibilidade de deslocação serem esses mesmos utentes a indicarem quem deveria integrar a comitiva ?
São estas questões que os princípios éticos e morais se devem, em consciência, colocar quer aos representantes da empresa que fabrica uma conhecida marca de fraldas quer aos Dirigentes das Misericórdias. Será ética e moralmente aceitável que uns viagem à custa de compras pagas por terceiros ? Não pretendemos, minimamente, acusar ninguém em concreto. Mas por dever de consciência devemos colocar questões como estas de forma a evitar acusações injustificads e/ou injustificáveis.
Por tudo isto é cada vez mais essencial que os procedimentos protagonizaods e que envolvem os "dirigentes" da UMP devem ser, permanentemente, escrutinados. As Misericórdias são as primeiras inetressadas em conhecer todos os procedimentos protagonizados por AICOSUMP, já que todos esses procedimentos/comprtamentos têm influência directa na vida das Misericórdias ou na forma como essas mesmas Instituições são olhadas. E cairá muito mal, muito mal mesmo, aos olhos da generalidade dos cidadãos viagens de "dirigentes" à custos de gastos suplementares daqueles que mais sofrem. Ou seja, haverá beneficários turisticos à custa do sofrimento daqueles que foram por si acolhidos nas Misericórdias das quais sãoutentes ? É uma questão que deverá merecer reflexão. É fundamental que os Dirigentes das Misericórdias não se deixem embarcar em convites que possam, minimanete, por em causa a sua idoneidade moral e ética.
4 comentários:
Apenas um apontamento informativo: a empresa à qual se refere o post, tanto quanto nos é dado saber não oferece qualquer "rappel" às Misericórdias clientes pela compra em exclusivo das fraldas que comercializa. Alguém deve estar a ganhar com este negócio porque esta nem é a marca mais barata no mercado, nem a que oferece melhor qualidade (em termos de qualidade há marcas igualmente boas). Conclusões quem quiser que as tire. Quantos destes negócios são feitos e mantidos à conta dos utentes e respectivas famílias? Até quando?
O problema não é só quem vai ou deixa de ir viajar mas saber se a viagem é, ou não, benéfica para as Misericórdias ou para os utentes. Ou trata-se de mero turismo à custa de todos nós e em prejuízo de quem mais precisa ? Isto já cheira mal de mais mas, agora, com estes negócios de fraldas, é de tapar o nariz (e abrir os olhos)...
A falta de profissionalismo evidente na gestão destes assuntos, e a pouca vergonha de alguns elementos nesta estrutura, assusta todos os valores defendidos pela União.
Relembro a Missão da União e deixo uma pergunta: Onde se insere a mesma nestes procedimentos, que realizamos AGORA serem usuais?
“A Missão da UMP deve pois desenvolver-se centrando a sua actividade no apoio às Misericórdias e às suas opções e prioridades nas áreas do Envelhecimento, na Saúde, na Infância e Juventude, no Combate à Pobreza e na defesa e salvaguarda da sua Cultura e Património.”
Qual é a empresa em questão?...
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