quinta-feira, 4 de agosto de 2011

"O QUE NÃO SE CONHECE NÃO EXISTE"

O título de hoje vem a propósito da "Antena Aberta", programa da RTP - Antena 1 que decorreu esta manhã.
Desde há muito que se vem constatando o "desaparecimento" da União das Misericórdias Portuguesas (UMP).
Para demonstrar a perca de representatividade e de capacidade de intervenção recordamos (lamentando profundamente) que a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) não reconhece, aos actuais "dirigentes" da UMP capacidade de representaçao institucional, menorizando-os. Ainda todos estaremos lembrados CEP nomear um representante seu para dialogar com a UMP. Esse representante foi, por acaso ou talvez não, o Presidente da Direcçao da CNIS. A CEP não reconheceu capacidade e/ou competência quer ao Secretariado Nacional (SN) quer ao seu "presidente" capacidade e competência para representarem a UMP. Foi assim que a CEP não negociou nada directamente com a UMP relativamente à aprovação das Normas Gerais das Associações de Fiéis, o Decreto Geral para as Misericórdias assim como o Decreto Geral interpretativo (o qual não tem nenhum valor jurídico).
Sobre o não de reconhecimento suficiente de CEP, fica aqui mais este registo.
Mas, hoje, a RTP - Antena 1 - Antena Aberta também entendeuque a UMP não seria necessário pronunciar-se sobre o Programa de Emergência Social que amanhã será apresentado pelo Ministro da Solidariedade e Segurança Social.
A Antena 1 considerou suficiente ouvir a Cáritas e a CNIS.
Na União das Misericórdias Portuguesas(UMP) não se ouviu falar. A Antena 1 não considerou importante ouvir quem afirma representar as Misericórdias Portuguesas. Fica mais uma vez claro que há cada vez mais organizações, instituições e entidades que consideram que aqueles que "dirigem" a UMP só se representam a si próprios. São cada mais aqueles que consideram que a UMP representa cada vez menos as Misericórdias. Ou seja, a UMP não é considerada suficientemente representativa das Misericórdias.
Foi isto que hoje aconteceu na Antena 1. Este meio de comunicação social ignorou, pura e simplesmente, os "dirigentes" da UMP. Ou dito de outra forma. A RTP - Antena 1 considerou que a CNIS representa mais e melhor as Misericórdias Portuguesas. De facto a maioria das Misericórdias Portuguesas está filiada na CNIS - Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, por vontade própria.
A União das Misericórdias Portuguesas nem ao menos sabe quais são as Misericórdias que nela estão filiadas. Quem quiser verificar a veracidade desta afirmação bastará perguntar a uma qualquer Misericórdia qual o seu n.º de filiação na UMP. Acontece que na União das Misericórdias Portuguesas não existe registo das Misericórdias nela filiadas.
Hoje, durante toda a manhã, o programa Antena Aberta ouviu o Presidente da Cáritas, Prof. Eugénio Fonseca, também Vice-Presidente da Direcção da CNIS assim como o Pde. Maia, Presidente da Direcção da CNIS.
O "presidente" do SN (direcção) da UMP foi, pura e simplesmente, ignorado. Isto teve como consequência que as Misericórdias foram ignoradas também, o que não deixa de ser lamentável. As Instituições com tamanhas responsabilidades  históricas e sociais, como é o caso das Misericórdis, serem ignoradas pelo órgão de comunicação social de natureza pública não deixa de ser significativo sobre a incapacidade de representação daqueles que "dirigem" a UMP.
Tal como a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) também a RTP não reconhece aos "dirigentes" da UMP capacidade de representação das Misericórdias.
Mas tudo isto parece não representar, minimamente, quem está instalado no posto de "presidente" do SN da UMP, já que no passado fim de semana quando se deslocava para o Algarve para um "merecido" período de férias para jantar no rsetaurante Fialho em Évora com o seu "peão de brega" e assessor para as touradas. Será que foi a UMP que terá pago esse jantar ? Estas são as demonstrações de facto o empenhamento dessa gente no Programa de Emergência Social. Certamente todos aqueles que tiverem dificuldades em alimentar-se a si e  aos seus e se dirigirem à UMP serão levados a tomar refeições nos restaurantes de luxo tal como fazem aqueles que "dirigem" a União das Misericórdias Portuguesas.
Esta é tão só mais uma manifestação de Solidariedade daqueles que "dirigindo" a União das Misericórdias Portuguesas não se coibem de frequentar os mais caros restaurantes de Portugal e talvez não só.
Será que as Misericórdias poderão e deverão continuar impávidas e serenas a assistir ao desaperecimento da sua União que levou quase 5 séculos a constituir ? Será que deverão continuar a assitir a estas manifestações de afrontamento à pobreza ? Será que deverão continuar a assitir à continuada desconsiderção a que estão votadas ?
As Misericórdias Portuguesas têm responsabilidades suficientes que justifiquem a sua assunção dentro da UMP.

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