quinta-feira, 25 de agosto de 2011

ESTA É A VISÃO QUE HÁ na UMP SOBRE AS MISERICÓRDIAS

Maria de Belém

“Não vamos confundir a responsabilidade do Estado com a das misericórdias”

Alda Martins
24/08/11 00:05

“Sempre gostei muito de argumentar, de tentar convencer os outros da bondade das minhas razões”, diz Maria de Belém Roseira.
“Sempre gostei muito de argumentar, de tentar convencer os outros da bondade das minhas razões”, diz Maria de Belém Roseira.
O papel de actuação das misericórdias pode ser alargado a outras áreas, sobretudo a nível local, diz Maria de Belém.
Com a crise económica à porta, a economia social deve ser mais aproveitada, defende Maria de Belém Roseira. A líder parlamentar do PS acredita que é chegado o momento de "aprofundar o papel das misericórdias" e "alargar, pontualmente, os acordos protocolados" com o Estado, sobretudo a nível local. No entanto, a antiga ministra da Saúde alerta que é necessário não confundir aquilo que tem de ser responsabilidade do Estado com aquilo que é a responsabilidade destas instituições.
No seu dia-a-dia, apoia e está presente num conjunto de Fundações - a Fundação Francis Obiqwelu, a Fundação do Gil...
À Fundação do Gil tenho tido muito pouco tempo para ir... acontecem reuniões em cima de coisas públicas...
Daquelas que abraça actualmente quais lhe suscitam maior preocupação? Em que área pode dar um contributo maior?
Essa é a parte da minha vida cívica, chamemos-lhe assim. E é aquela que decorre da minha responsabilidade individual para com a sociedade. Mas actuo também noutro mundo: o mundo da construção dos direitos com deveres. Até porque tenho grandes preocupações. Se estamos em crise, como a vamos resolver? Não quero que a crise seja aproveitada para pôr em causa os direitos sociais. Os direitos sociais são algo absolutamente indispensável para uma sociedade.
Sobretudo se há uma crise...
São aqueles que nos dão algum respaldo, alguma segurança para conseguirmos enfrentar os problemas da vida. Gostava muito que as políticas públicas se preocupassem mais com isso, até porque tem alguma expressão económica. Não podemos ter produtividade económica se não formos saudáveis. Uma sociedade de pobres não é uma sociedade com capacidade de enriquecer, portanto temos de lutar contra a pobreza. E luta-se através de políticas públicas. A caridade existe mas agradece-se, não se reivindica.

Económico

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