A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) para cumprir o melhor possível a sua missão deverá conhecer, a todo o instante, a realidade institucional (funcional e operacional) das Misericórdias.
A dimensão (política, económica, social e cultural) que, hoje, detêm deverá obrigar, aqueles que dirigem a UMP, a organizar esta de forma a permitir-lhes conhecer a realidade institucional que estão obrigados a representar.
Só o conhecimento da realidade institucional do iniverso constituído pelas Misericórdias permitirá, aos dirigentes da UMP, suportar as suas afirmações públicas. De outra forma, ou seja como hoje acontece, ao não serem suportadas, as afirmações feitas pelos "dirigentes" da UMP pecam por ausência de fundamentação, o que lhe retira a possibilidade de merecerem confiança,pondo em causa a ccredibilidade das mesmas.
Sendo missão da UMP a de representação das Misericórdias, esta só poderá ser, efectivamente, cumprida quando os dirigentes da UMP forem conhecedores da realidade que têm o dever de representar. Acontece que muita da representação a que chamada a UMP passa por conversações/negociações com entidades externas. Ora só se pode conversar/negociar sobre uma realidade que se conhece na perfeição. Tal como hoje está organizada a UMP não permite, aos seus "dirigentes" o conhecimento da realidade que têm obrigaçao de representar. Tal como hoje está organizada a UMP, não permite aos seus "dirigentes" conhecer a realidade do universo constituído pelas Misericórdias.
Só há uma maneira de a UMP conhecer a realidade (funcional e operacional) constituída pelo universo das Misericórdias. A criação e operacionalização do Observatório das Misericórdias. Só a criação e operacionalização deste Observatório das Misericórdias permitirá aos dirigentes da UMP conhecer a realidade institucional.
Só conhecendo, na perfeição, o universo (funcional e operacional) das Misericóridas pode, a UMP, agilizar a intervenção diária,destas Instituições de bem, ao serviço dos mais pobres e desprotegidos. De facto o que as Misericórdias necessitam é de uma UMP activa e actuante de forma a encontrar respostas para as dificuldades com que, diariamente, são confrontadas e que necessitam de soluções colectivas. Isoladamente, as Misericórdias têm muito maiores dificuldades em encontrar soluções sustentáveis para as acções que são chamadas a intervir.
Na actualidade já não faz qualquer sentido as Misericórdias manterem-se isoladas como se universo acabasse para além dos limites administrativos da sua área de intervenção momentânea. As exigências dos tempos presentes exigem colaboração e cooperação institucional sob pena de isolamento continuado e progressivo, de onde sairão só com custos muitas vezes insuportáveis quer sob o ponto de vista humano quer material.
As Misericórdias são detentoras que um património (imaterial e material) que lhes proporciona especificidade própria assim como uma identidade singular. O universo institucional constituído pelas Misericórdias Portuguesas é o único que detém uma sigularidade muito própria, específica e única. Sob este ponto de vista, os dirigentes da UMP tendo a estrita obrigação de representação, têm a sua missão facilitada, já que reresentam um universo singularmente uniforme.
Mas só representarão, verdadeiramente, as Misericórdias, no dia em que conhecerem a realidade (funcional e operacional) que detêm. Para tal só criando e operacionalizando um Observatório das Misericórdias poderão, efectivamente, representar as Misericórdias. De outra forma não será possível aos dirigentes das Misericórdias assumirem,por completo,a missão de estão investidos. Talcomo hoje acontece com frequência, quando os "dirigentes" da UMP falam da realidade essas palavras carecem de confiança o que são resultado da ausência de fundamentação e consequentemente falta de credibilidade. É esta realidade que importa inverter.
Agora comas dificuldades que Portugal atravessa é, particularmente, notória a ausência deste Observatório. Os Portugueses em dificuldades poderiam ter e sentir menos dessas dificuldades se a UMP tivesse capacidade de conhecer a realidade social do País. E tal era possível numa estreita articulação com as Misericórdias. Isto só será possível com a criação e operacionalização do Observatório das Misericórdias.
Não faz hoje qualquer sentido as Misericórdias manterem-se isoladas. Só conhecimento da realidade nacional, tal como foi definida no tempo do Dr. Virgílio Lopes, promovendo-se a troca de experiências assim como o conhecimento das práticas institucionais tornou possível, às Misericórdias atingirem o actual patamar de desenvolvimento.
Com os meios de cumunicação que estãohoje disponíveis será possível, à UMP, ter o conhecimento,praticamente, instantâneo da realidade do universo constituído pelas Misericórdias. Não se compreende porque não se instala na UMP uma cultura de parceria activa e empenhada geradora de sinergias potenciadoras ds acções em prol dos mais pobres e desprotegidos.
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