sexta-feira, 5 de agosto de 2011

OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES

As Misericórdias têm, desde a sua origem, por princípio o respeito da opção preferencial pelos pobres.
O surgimento do Programa de Emergência Social (PES) hoje apresentado numa Misericórdia, o que não deverá ter acontecido por mero acaso, e apesar disso não mereceu dignidade suficiente para estar presente que se assume como Presidente da União das Misericórdia Portuguesas (UMP).
O Programa de Emergência Social (PES) constituiu mais uma oportunidade para as Misericórdias poderem criar uma rede de intervenção social nacional.
Não deixa de ser estranho que o "presidente" do SN da UMP não tenha dedicado uma única palavra ao PES na entrevista que deu à RTP 1. Só se preocupou com a saúde e com as cataratas de idosos. Nada a não ser a saúde (que saúde?) preocupa este "presidente". Será importante porque assim é.
Um único esclarecimento suportado em informações recolhidas. Porque será que há Presidentes de Câmara que continuam a pagar operações às cataratas, em Cuba ? Pela única e simples razão que são, incomparavelmente, mais baratas e de pelo menos igual qualidade. É que os Presidentes de Câmara fazem contas e optam por serviços de qualidade a menor custo.
Um dia ainda haverá quem peça responsabilidades pela actualidade realidade da saúde na União das Misericórdias Portuguesas (UMP).
O Programa de Emergência Social (PES) é uma verdadeira opção preferencial pelos pobres, razão pela qual, hoje, na sua apresentação, ainda por cima realizando-se a sua apresentação numa Misericórdia (a da Amadora) o Verdadeiro Presidente do Secretariado Nacional (Direcção) da UMP tinha a obrigação Institucional de marcar presença física. Não é, minimamente, compreensível mais esta ausência da UMP no âmbito do PES. Nada, mas  mesmo nada justifica a ausência do "presidente" do SN da UMP da apresentação do PES.
Será que os pobres são dignos da atenção deste que é (?) "presidente" do Sn da UMP ? Será que os pobres deste País não merecem o "sacrifício" deste "presidente" do SN da UMP nem têm dignidade suficiente para merecerem o seu empenhamento ?
Ninguém consiguirá entender a ausência, injustificada,do "presidente" do SN daUMP da cerimónia de apresentação do PES, realizando-se numa Misericórdia. A sua atitude só é compreensível pela sua total insensibilidade perante as dificilimas dificuldades que muitos cidadãos e famílias estão atravessando.
Por esta razão não será estranho à progressiva perca de influência da UMP na vida social de Portugal. Quem sofre as piores consequências desta insustentável realidade são os cidadãos carenciados para os quais poderiam desenvolver mais e melhores serviços.
As Misericórdias tendo como princípio para a acção a opção preferencial pelos pobres e constituindo o único universo institucional com identidade específica, muito própria, reunem condições particulares que lhes permitem criar redes de intervenção social. Não existe, em Portugal, um outro universo institucional com a dimensão que as Misericórdias têm, com a cobertura territorial nacional que as Misericórdias têm, com as capacidades de intervenção que as Misericórdias têm.
Por todas estas razões as Misericórdias, dentro da sua UMP (não a actual, de onde as Misericórdias continuam afastadas) podem e devem promover a criação de redes de intervenção em opção preferencial pelos pobres.
É nestas alturas de crise que, mais e melhores respostas às dificuldades que os cidadãos e as famílias se confrontam, as Miseriórdias são chamadas a intervir com maior empenho. Porque estamos numa crise que extravasa as nossas fronteiras é fundamental que as Misericórdias unam esforços, vontades, disponibilidades, capacidades para enfrentarem as dificuldades. Em União e na União será possível prestar mais e melhores serviços com menor utilização de recursos. Em União é possível criar sinergias que potenciem as capacidades individuais das Misericórdias.
À UMP competirá estar atenta à realidade, ou melhor, às realidades - dificuldades - com que os Portugueses e não só, se confrontam no seu dia a dia. É necessário que a UMP conheça a realidade nacional e a realidade institucional composta pelo universo constituído pela totalidade das Misericórdias. É necessário que a UMP conheça as capacidades e potencialidades das Misericórdias.
Infelizmente, a actual UMP - ou melhor - aqueles que "dirigem" a UMP demonstram desconhecer, em absoluto quer a rional quer a realidade nacional quer a realidade institucional. Invocamos um simples exemplo. O "presidente" do SN da UMP já atirou várias vezes uma percentagem relativa ao aumento de procura de aloimentação nos refeitórios sociais. Podemos afirmar que essa mesma percentagem não corresponderá nem de perto nem de longe à realidade. Porque se afirma isto, perguntarão alguyns dos nossos leitores ? Simplesmente pelo facto de o "presidente" do SN da UMP não ter perguntado às Misericórdias que servem refeições a carenciados nada a este respeito.
Claro que perante esta realidade, na UMP, a credibilidade e a confiança naqueles que se limitam  atirar números que não correspondem, minimamente, à realidade fica ferida ou diminui para níveis negativos.
Estar, em permanência, ao serviços do pobres é missão que compete às Misericórdias. Mas quando as dificuldades são de dimensão nacional é obrigação da UMP empenhar-se, com as Misericórdias, na atenuação ou supressão mesmo das dificuldades sentidas pelos mais pobres.
Era isto que os "dirigentes" da UMP já deveriam, há muito estar a programar, a projectar e a realizar com as Misericórdias.
São os pobres que mais estão a sofrer com a crise que Portugal atravessa. É para apoiar e para servir os mais pobres que as Misericórdias existem. Não deixa de ser estranho os "dirigentes" da UMP se mantenham alheios ao sofrimento alheio. Não fica bem tanta e tão grande insensibilidade perante tantas e tão grandes dificuldades que um número cada vez maior de cidadãos está a atravessar.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sempre me intrigou a quase ausência de comentários, quando este blog faz acusações persistentes e graves aos dirigentes da UMP, que eu não sei se são fundamentadas. Mas, ao enviar um pequeno comentário que não alinhava com a crítica feita no blog, este não foi publicado. Perdi todo o interesse que vinha sentindo e corrigi a opinião que tinha do autor.