quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Entrevista: Emílio Rui Vilar, Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian

VE-IP: Como se poderia pôr em marcha um movimento de maior transparência do 3º sector em Portugal?
ERV: Tenho defendido sempre as vantagens da auto-regulação. Mas creio que deveria haver também um esforço da parte do Estado, desde logo a nível dos serviços de estatística centrais, no sentido de haver informação de base acessível e conceptualmente uniformizada, de maneira que fosse possível um tratamento mais adequado desta realidade do sector não lucrativo, que é multiforme e que é tratada a nível estatístico em ordem dispersa e não permitindo a agregação. Mas creio também que é necessário, dentro do próprio sector não lucrativo, haver um sentido mais empenhado na divulgação de dados, na prestação de contas e na utilização de instrumentos que assegurem a transparência, visto que estão em causa recursos afectos a fins altruísticos. A transparência e a prestação de contas devem ser a primeira de todas as condições de quem trabalha neste sector.

Impulso Positivo

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