Acabámos de assistir no jornal da noite da SIC às intervenções dos "presidentes" do Secretariado Nacional e da Assembleia Geral da União das Misericórdias Portuguesas.
Tal como seria expectável ambas foram desastrosas e contendo segundas intenções.
Em ambas se percebem recados para o futuro Governo.
Em ambas se depreende que esses "presidentes" farão pressão para "sacar" mais dinheiro ao erário público.
Já lá iremos, a esta questão de tentarem "sacar" mais dinheiro dos nossos impostos. Tal terá algum fundamento ou justificação, o Governo dar mais dinheiro à União das Misericórdias Portuguesas? É o iremos ver mais adiante.
Para fixemo-nos nos conteúdos das referidas intervenções.
Primeiro, a do "presidente" do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas.
Falou numa rede de refeitórios sociais.
Onde está essa rede?
Quantos refeitórios sociais têm as Misericórdias?
Muito poucas serão as Misericórdias que têm instalações destinadas a refeitórios sociais, conhece-se a Misericórdia do Porto. Quantas mais terão esse equipamento social específico?
Esse mesmo "presidente" pediu para que o Governo ponha à sua disposição mais bens, sem referir quais. Quais são os bens que esse "presidente" entende serem necessários para que as Moisericórdias respondam às solicitações que lhes são dirigidas ?
Saberá do que está a falar?
Referiu ainda que as Miserricórdias têm custos nas actividades de saúde 30 a 50 % inferiores aos mesmos serviços no Serviço Nacional de Saúde.
Mas não o comprova om números.
E quantas Misericórdias têm, verdadeiramente, actividades de saúde ? No máximo 12 (doze) ?
Ainda assim é necessário demonstrar que as Misericórdias têm custos inferiores aos do Serviço Nacional de Saúde.
Será bom referir que o
Serviço Nacional de Saúde tem âmbitos onde a sua capacidade está longe de estar esgotada.
Importa desmontar a argumentação falaciosa muitas vezes utilizada por esse "presidente".
Cingimo-nos, hoje ao caso das chamadas operações às cataratas.
Esse"presidente" acusou Presidentes de Câmara estarem a enviarem para Cuba Munícipes quando as Misericórdias fariam essas mesmas operações muito mais baratas.
Houve pelo menos um Presidente de Câmara que consultou o chamado Grupo Misericórdias Saúde (ou alguns dos seus integrantes) e concluiu:
- enviar os seus Munícipes a Cuba para serem aí operados, pagando deslocação do próprio e de um acomnpanhante, a que há que juntar o preços de duas viagens, mais as respectivas estadias de uma semana, era bastante mais barato do que o pagamento só da cirurgia do Munícipe numa das Misericórdias recomendadas por esse Grupo.
O comentário da "presidente" da Mesa da Assembleia Geral também é digno de uma breve análise.
Afirmou ela que é altura de somar e não de subtrair.
Mas terá havido algiuma época em que assim não tivesse que ser?
Ainda ninguém se esqueceu que essa "presidente" foi Ministra da Saúde durante 4 (anos). Não ainda assim tantos anos que permitissem apagar da memória a sua passagem por esse Ministério.
É muito fácil depreender das suas palavras uma critica (negativa, se quisermos depreciativa) já ao futuro Governo de Portugal.
Utilizando o seu cargo na União das Misericórdias Portuguesas assumiu uma postura de nítida opisição ao futuro Governo Prsesidido pelo Dr. Pedro Passos Coelho.
Mas aqueles que bem se lembram da sua acção no Ministério da Saúde recordarão que essa mesma acção não foi nada facilitadora da intervenção das Misericórdias na área da saúde. Bem antes pelo contrário.
Ainda estará bem presente na mente de muitos que foi a actual "presidente" da Mesa da Assembleia Geral da União das Misericórdias Portuguesas que pôs fim ao financiamneto que até aí era garantido pelo Minsitério da Saúde, às Escolas de Enfermagem.
Ora a União das Misericórdias Portuguesas tinha assumido a Escola de Enfermagem das Irmãs Missionárias de Maria, há relativamente pouco tempo e de repente perde o financiamento por iniciativa daquela que agora diz que é necessário somar.
Ou será que só é necessário somar agora?
Quando ela era Ministra, pelos vistos, era necessário subtrair.
Como se mudam os tempos e se mudam as vontades.
Para abertura de um Congresso que tem que ser um espaço de SOLIDARIEDADE, bem mal começou.
Aliás nem outra coisa seria de esperar.
Vamos então regressar à questão inicial.
Será que o Governo deverá por à disposição das Misericórdias mais dinheiro?
Será que o Governo deverádisponibiolizar mais dinheiro para a União das Misericórdias Portuguesas?
Jáontem aqui afirmámos que este congresso é mais uma vez uma afronta à pobreza.
Se o realizado em 2009, na Ilha da Madeira, onde as Misericórdias forma levadas a gastar sem o mínimo de proveito centenas de milhares de euros, este que agora decorre no distrito de Coimbra vai pelo mesmo caminho.
Será que se justifica o Governo entregar mais dinheiro à Misericórdias quando estas Instituições são levadas a gastar sem o mínimo de utilidade centenas de milhares euros?
Quando o "presidente" do Secretariado Nacional vem à televisão afirmar que há cada vez mais cidadãos a pedirem ajuda às Misericórdias (ajuda alimentar) será que esse mesmo "presidente" e todos aqueles que ele estimulou a irem passar estes 3 /três) dias ao distrito de Coimbra se sengtirão de bem com a sua consciência quando amanhã se sentarem para jantar na Quinta das Lágrimas, onde cada jantar não devetrá custar menos de 75 euros?
Poderão sentir-se de bem com a sua consciência todos aqueles que dizem que têm dificuldades em corresponder às solicitações que diariamnete lhes chegam de cidadãos a pedir ajuda quando eles em liberdade gastam num jantar o que alguns cidadãos não têm num mês inteiro para comer?
Poderíamos continuar a referiri muitos caos, nomeadamente, dentro da União das Misericórdias onde se gastam milhões de euros sem qualquer justificação e sem que esses gastos sejam apresentados às Misericórdias suas filiadas.
Fiquemo-nos por aqui.
Por DEVER DA VERDADE.
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