domingo, 19 de junho de 2011

DIRIGENTE DA UMP QUER PAGAR RSI EM GÉNEROS

18.06.2011 12:07

Misericórdias: RSI deve ser apoio em géneros e serviços, defende dirigente

Coimbra, 18 jun (Lusa) - O dirigente da União das Misericórdias Portuguesas Carlos Andrade defendeu hoje, em Coimbra, uma alteração do regime de atribuição do Rendimento Social de Inserção (RSI), para que não seja exclusivamente financeiro, e comporte um novo projeto de vida.
Ao intervir no X Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas, o membro do secretariado da organização propôs que esse subsídio "não seja convertido de forma única em apoio financeiro", e que comporte "uma perspetiva de futuro" para o beneficiário.
"Está provada a hereditariedade da dependência", referiu, em alusão aos casos em que o acesso a esse benefício social se vai transmitindo entre os membros da família.
Na sua perspetiva, "a pobreza extrema têm uma problemática que carece de intervenção".
Uma das formas de intervenção, no seu entendimento, passa, por exemplo, por garantir o "acesso privilegiado" das famílias com RSI aos serviços de apoio à primeira infância, nomeadamente a creches e ensino pré-escolar.
No entanto, defende que tem de ficar assegurada à família a "prestação alimentar propriamente dita", mas em casos de "despesas estruturantes", como a água, o gás, a eletricidade, isso pode ser garantido por "cheque de serviço".
Esses pagamentos podem ser liquidados diretamente às empresas prestadoras dos serviços, explicou.
Para Carlos Andrade, as Misericórdias poderiam ser parceiras nesta nova filosofia do RSI, garantido o acompanhamento e a monitorização dos casos.
O X Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas, que quinta-feira começou em Coimbra, é encerrado ao final da tarde de hoje, em Arganil, pelo Presidente da República.

FF.
Lusa/fim
SICNotícias

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