A confiança e credibilidades dos cidadãos e das Instituições conquista-se. Jamais será uma dado adquirido sem práticas claras, transparentes e éticas.
Pior. É que a credibilidade das Instituições pode ser ganha e consolidada pelo esforço, dedicação, seriedade e empenho de uns e destruída por quem lhes segue.
Acontece que na União das Misericórdias Portuguesas as Contas escritas não são apresentadas. Ou dito de outra forma. As Contas escritas escondem mais do que revelam.
Mas aqueles que se instalaram nos cargos do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICSNUMP) até atiram para a frente o parecer de um ROC - Revisor Oficial de Contas.
O que AICSNUMP não dizem é que o ROC só se pronuncia sobre as Contas que lhe são apresentadas. O ROC não se pronuncia sobre a forma como as Contas da Gerência são elaboradas.
Ora, é, exactamente, aí que reside uma diferença enormíssima.
Uma coisa é a forma como as contas são elaboradas e outra, bem diferente, oposta até se se quiser, é a forma como são escritas. É sobre a forma como as contas são escritas que o ROC se pronuncia. Ou seja, o ROC pronuncia-se sobre a conformidade dos documentos finais com as exigências do POCIPSS - Plano Oficial de Contabilidade para as Instituições Particulares de Solidariedade Social.
Não se pretende ser exaustivo na apreciação das contas escritas por aqueles que se instalaram nos cargos do Secretariado nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICSNUMP). Por hoje quedar-nos-emos, exclusivamente, sobre a Demonstração de Resultados relativos à ADMINISTRAÇÃO.
Resultados Operacionais acumulados - Administração - no mandato:
2007: - 715 276,10 €
2008: - 864 844,97 €
2009: - 822 797,16 €
Total do mandato (2007-2009): - 2 402 918,23 €
Os Resultados Operacionais do anterior mandato dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas cujo principal responsável continua instalado no cargo de Presidente do Secretariado Nacional é negativo e tem o valor acumulado de - 2 402 918,23 € (menos dois milhões quatrocentos e dois mil novecentos e dezoito euros e vinte e três cêntimos).
Quer tudo isto dizer que aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP) no mandato 2007-2009, só em resultados operacionais apresntaram um resultado negativo acumulado de - 2 402 918,23 €.
E não se passa nada?
Não há uma única palavra, uma úinica justificação, uma única razão para apresentar às Misericórdias Portuguesas?
O que se passa, realmente, com a Administração da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) é escondido, é ocultado, é omitido, é mantido em segredo (só alguns AICOSUMP conhecem a realidade), não é revelado, é disfarçado, é dissimulado, é mantido encoberto, AICOSUMP não deixam que se perceba, não é demonstrado, é abafado, é camuflado, é sonegado, é tapado, é enrolado, é, no fundo, no fundo, sobredourado.
Sem que AICOSUMP tenham apresentado nenhuma justificação, gastaram, a cima das receitas, mais 2 402 918,23 € (dois milhões quatrocentos e dois mil novecentos e dezoito euros e vinte e três cêntimos).
Esta situação é de todo intolerável e mesmos inadmissível.
Mas o pior é a forma como este dinheiro "desapareceu", sem se saber para onde foi.
Em próximo post iremos colocar algumas questões, às quais AICOSUMP têm o estrito dever e obrigação de responder.
Mas sobretudo, o que cada vez é mais urgente é a instauração de uma inspecção por parte da Conferência Episcopal Portuguesa, do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, assim como de uma investigação por parte da Procuradoria Geral da República/Ministério Público.
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