quarta-feira, 28 de abril de 2010

ARTE(?) DE BEM CAVALGAR EM TODA A SELA - onde é que já se leu isto?

Aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP), no mandato 2006-2009, apresentaram um conjunto de folhas, com um design atrativo a que chamaram Relatório de Actividades & Contas - 2009.
Ora há uma diferença abissal entre o que pode e deve ser considerado um Relatório & Contas e o conjunto de folhas apresentado por AICOSUMP na 1.ª sessão ordinária da Assembleia Geral da União das Misericórdias Portuguesas, do ano de 2010.
O conjunto de folhas a que AICOSUMP chamaram Relatório de Actividades & Contas é importante, sobretudo pelo que esconde, o que é imenso, da maior importância e relvância. Este conjunto de folhas - Relatório de Actividades & Contas 2009 - é uma "obra de Arte" traduzida em exercício, aliás bem conseguido - algum mérito hão-de ter, de dissimulação. Dissimular quer dizer: ocultar, disfarçar, suavizar o resultado, aparentar o contrário do que de facto ocorre, fingir, colocar de forma que não seja visto, fingir, esconder.
Todo o conjunto de folhas a que AICOSUMP chamam de Relatório de Actividades & Contas 2009 não passa de mais do que um exercício de dissimulação conseguido já que obtiveram até a aprovação do mesma na sessão da Assembleia Geral da UMP em que o mesmo foi apresentado, analisado e votado favoravelmente.
Uma nota que parece de somenos importância, mas que não o sendo merece uma referência. Quer o Parecer do Revisor Oficial do Contas quer o Parecer do Conselho Fiscal, este ano pela primeira vez, não foram entregues aos representantes das Msiricórdias, os quais votaram dois documentos que não lhe foram dados a conhecer.
Uma recordatória, também, importante para esta análise. Aquele que está, actualmente, instalado no cargo de Tesoureiro do Secretariado Nacional estava, no mandato anterior no cargo de Presidente do Conselho Fiscal. Este mesmo assinou, no dia 31 de Dezembro de 2008, o Parecer favorável relativo ao Relatório de Actividades e Contas desse mesmo ano. Acontece que esse mesmo Relatório e Contas só foram aprovadas em reunião do Secretariado Nacional realizada no dia 26 de Março de 2009. Quer isto dizer que o aquele que está, actualmente, instalado no cargo de Tesoureiro do Secretariado Nacional e que ao tempo estava instalado no cargo de Presidente do Conselho Nacional emitiu um Paraecer favorável sobre o Relatório e Contas de 2008 ainda antes da sua existência.
Situação esta que só pode ser considerada da máxima gravidade e que só procura ilustrar a forma como há muito vem sendo administrada e gerida a União das Msiericórdias Portuguesas.
É por isso que, também, há muito se reclama a intervenção, cada vez mais urgente, das entidades de Tutela de forma a repor a normalidade funcional e operacional dentro da União das Misericórdias Portuguesas.
Para se demonstrar esse exercício de dissimulação limitamo-nos a extrair um pequeníssimo trecho, mas pela sua importância e relevância será suficiente para considerar o Relatório de Actividades & Contas 2009 apresentado por AICOSUMP, simplesmente, um conjunto de folhas.
Extraíu-se, do conjunto de folhas apresentado por AICOSUMP, parte do conteúdo da página 194, a que chamaram Relatório de Actividades & Contas - 2009 o seguinte trecho:
"A UMP evidencia no exercício de 2009 o montante de Euros 6.995.809,58 (Seis milhões, novecentos e noventa e cinco mil, oitocentos e nove euros e cinquenta e oito cêntimos) na rubrica “ Dívidas a Terceiros” do qual se salienta a dívida a fornecedores de imobilizado no montante de Euros 3.102.044,32 (Três milhões, cento e dois mil, quarenta e quatro euros e trinta e dois cêntimos), respeitante às obras e ao equipamento da nova sede.
Esta dívida está abrangida por um contrato de permuta entre a UMP e a empresa construtora, devidamente aprovado na Assembleia Geral de 4 de Dezembro de 2004 (Acta nº 64)."

Vejamos, então, o que esconderam aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP) no mandato 2006-2009.
Afirmam que existe uma dívida a terceiros no montante de 6 995 809,58 € (Seis milhões, novecentos e noventa e cinco mil, oitocentos e nove euros e cinquenta e oito cêntimos). E não apresentam nenhuma justificação para tal nem juntam a listagem das empresas a quem se devem.
Como é que é possível aceitar-se uma montande de dívidas a terceiros tão elevada sem a mínima justificação?
Aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP) no mandato 2006-2009 têm que prestar contas da forma como utilizaram o dinheiro das Misericórdias, dos impostos (o Estado financia a actividade da UMP) e das doações que foram feitas ao tempo em que era Presidente do Secretariado Nacional o Dr. Virgílio Lopes.
Uma nota à margem. Aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP) têm vindo a esconder e a apagar a imagem e tudo o que o Dr. VIRGÍLIO LOPES significou para o movimento universal das Misericórdias.
O Dr. VIRGÍLIO LOPES é hoje uma Figura Histórica incontornável na fundação da União das Misericórdias Portuguesas, da Confederação Internacional das Misericórdias, da União Europeia das Misericórdias mas que aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misewricórdias Portuguesas pretendem apagar, definitivamente, da História.
JAMAIS CONSEGUIRÃO. TEMPO HÁ-DE CHEGAR PARA REPOR A HISTÓRIA E A DIGNIDADE HUMANA DENTRO DA UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS.
Não podem ter delapidado um património com um valor de muitíssimas dezenas de milhões de euros e as Misericórdias não serem minimamente informadas de tal.
Referem AICOSUMP: "na rubrica “ Dívidas a Terceiros” do qual se salienta a dívida a fornecedores de imobilizado no montante de Euros 3.102.044,32 (Três milhões, cento e dois mil, quarenta e quatro euros e trinta e dois cêntimos), respeitante às obras e ao equipamento da nova sede".
E mais adiante afirmam: "Esta dívida está abrangida por um contrato de permuta entre a UMP e a empresa construtora, devidamente aprovado na Assembleia Geral de 4 de Dezembro de 2004 (Acta nº 64)" .
Estas duas afirmações são contraditórias entre si.
Vejamos porquê.
Se existe uma dívida a terceiros, é porque essa mesma dívida tem que ser paga, porque senão tem que ser paga não constituiu uma dívida. Se afirma que uma dívida a terceiros é porque tem que ser paga.
Mas no parágrafo, imediatamente, a seguir, AICOSUMP, afirmam: "Esta dívida está abrangida por um contrato de permuta entre a UMP e a empresa construtora, devidamente aprovado na Assembleia Geral de 4 de Dezembro de 2004 (Acta nº 64)".

Se como afirmam a dívida está abrangida por um contrato de permuta entre a UMP e a empresa construtora, então não existe nenhuma dívida. Demonstrado que está o facto de não haver qualquer dívida nos termos em que a mesma é apresentada, fica então por explicar o muito que está dissimulado e escondido no que aqui se apresenta escrito a bold.
Há uma questão que desde logo tem que ser colocada: porque é que AICOSUMP escondem o nome da empresa com a qual afirama ter havido uma permuta? Isto é estranho não é?
Permuta-se com uma empresa, que não se sabe qual é porque AICOSUMP não querem que se saiba, um património que poderá valer 60 000 000 € (sessenta milhões de euros) a troco de umas obras que terão (?) custado Euros 3.102.044,32 (Três milhões, cento e dois mil, quarenta e quatro euros e trinta e dois cêntimos) e não se apresenta qualquer razão, justificação ou fundamentação para tal?
Poderá passar incólume todo este negócio sem que ninguém, nomeadamente, as Entidades de Tutela intervenham e esclareçam o que se está a passar dentro da União das Msiericórdias Portuguesas?

Vamos então colocar algumas questões essenciais de cuja resposta depende a possibilidade de interpretação dos factos assim como a clareza, transparência e honestidade de processos.
1.ª- É verdade que o Palácio dos Vianinhas foi adquirido, juntamente, com o Alvará da Escola de Enfermagem das Irmãs Missionárias de Maria para aí ser mantida a citada Escola de Enfermagem?
2.ª- A quem foi adquirido esse mesmo Palácio dos Vianinhas, a que acresceu a aquisição de alguma área descoberta?
3.ª- Qual o valor de aquisição do Palácio dos Vianinhas, mais a área descoberta?
4.ª- Como foi e com que verba foi paga a aquisição do Palácio dos Vianinhas?
5.ª- Em que sessão da Assembleia Geral da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) foi aprovado o contrato de compra e venda do imóvel, conforme obrigação Estatutária estabelecida na alínea e) do artigo 12.º dos Estatutos da UMP? (Compete à Assembleia Geral: e) Aprovar contratos de compra e venda de bens imóveis;)
6.ª- Em que sessão da Assembleia Geral da UMP foi autorizada a alteração da finalidade de utilização do Palácio dos Vianinhas? (De Escola de Enfermagem para Sede social da União das Misericórdias Portuguesas)
7.ª- Qual foi o procedimento seguido para a selecção da empresa que se encarregou da elaboração do projecto de arquitectura relativo à renovação e remodelação do palácio dos Vianinhas? (Foi concurso público?, foi concurso limitado), etc.)
8.ª- Qual foi a empresa seleccionada para a elaboração do projecto de arquitectura e projectos de especialidaees? Foi a mesma? Ou foram várias empresas contratadas?
9.ª- qual foi o procedimento seguido para a selecção da empresa que se encarregou de fiscalizar e/ou acompanhar as obras? Foi a mesma que se encarregou do acompanhamento e da fiscalização ou foram empresas distintas?
10.ª- Qual foi o procedimento seguido para a selecção da empresa à qual foi adjudicada a empreitada relativa às obras efectuadas no Palácio dos Vianinhas com o objectivo de aí instalar a sede social da UMP?
11.ª- Qual foi a empresa seleccionada para a execução das Obras?
12.ª- Foram realizados trabalhos a mais? Quais? Qual o respectivo montante?
13.ª- Houve revisão de preços? se houve qual o fundamento? E qual o montante?
14.ª- SERÁ VERDADE QUE A UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS NÃO PAGOU QUALQUER MONTANTE PELA EXECUÇÃO DAS OBRAS EFECTUADAS NO PALÁCIO DOS VIANINHAS?
15.ª- A ser verdade qual a razão porque não pagou? Qual foram as vantagens para a União e para as Misericórdias Portuguesas?
16.ª- Como foi organizado o processo de aquisição de equipamento para o palácio dos Vianhas para aí ser posta a funcionar a sede social da UMP?
17.ª- Foi organizado concurso público ou de qualquer outra natureza?
18.ª- Quem se encarregou de acompanhar e fiscalizar a respectiva concretização de aquisição e montagem?
19.ª- Qual e/ou quais as empresas que forneceram os equipamentos e montaram esses mesmos equipamentos?
20.ª- Qual o montante relativo a cada um e a todos os contratos de fornecimento de equipamentos e montagem dos mesmos, no Palácio dos Vianinhas?
PARA QUEM ESTEJA, EVENTUALMENTE, MENOS ATENTO A ESTA QUESTÃO DEVEREMOS CHAMAR A ATENÇÃO PARA O FACTO DE AQUELES QUE SE INSTALARAM NOS CARGOS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS (AICOSUMP) OMITIREM/ESCONDEREM/NÃO INFORMAREM QUAL FOI A EMPRESA ENVOLVIDA NUMA ENVENTUAL PERMUTA.
Há concerteza uma justificação para AICOSUMP esconderem a empresa com a qual negociaram.
URGENTE: AQUELES QUE SE INSTALARAM NOS CARGOS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS (AICOSUMP) TÊM A ESTRITA OBRIGAÇÃO DE CONVOCAR UMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA GERAL DA UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS PARA INFORMAREM, PORMENORIZADAMENTE, AS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS DOS PROCEDIMENTOS SEGUIDOS ASSIM COMO DOS RESPECTIVOS CUSTOS PARA A UMP RELATIVOS À CONCRETIZAÇÃO DA PROPOSTA QUE TERÁ SIDO APROVADA NA SESSÃO DA ASSEMBLEIA GERAL DA UMP DE 4 DE DEZEMBRO DE 2004.
A Clareza, a Transparência, a Honestidade e a Honra de quem exerce cargos em Instituição de utilidade Púbvlica como é o caso da União das Misericórdias Portuguesas assim o exige.
Poderão parecer muitas as perguntas aqui e agora colocadas. Resta uma convicção. É que foram colocadas todas, as consideradas mais importantes, às quais é essencial que aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP) têm a estrita obrigação de responder. Muitíssimas mais vai ser necessário colocar a AICOSUMP de forma a que as Misericórdias conheçam, minimamente, tudo o que foi e continua a ser envolvido num negócio que tem tudo menos clareza, transpar~encia e honestidade processual.
Mas há mais algumas questões que devem e têm que ser colocadas e às quais aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP) têm a estrita obrigação de responder.
Ainda antes de colocar mais outras questões realativas ao que terá sido aprovado em 4 de dezembro de 2004 há questões para as quais importa importa exigir resposta a AICOSUMP:
1.ª- É verdade que um dos que se instalou em cargo do Secretariado Nacional em mandato (2004-2006 e/ou 2007-2009) terá utilizado uma verba significativa do Centro Sto Estevão para seu financiamento próprio?
2.ª- Será verdade que o beneficário dessa utilização é Provedor de uma Misericórdia?
3.ª- Será verdade que esse que se instalou em cargo do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas e que é Provedor de uma Misericórdia utilizou a União das Misericórdias Portuguesas para gozar, gratuitamente, férias com a sua mulher, nos Açores?
4.ª- Será verdade que essa verba foi disponibilizada por aquele que também é Administrador do Centro de Sto Estevão e Provedor de outra Misericórdia?
5.ª- Será verdade que tudo isto foi do conhecimento de quem se instalou nos Cargos do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas, assim como no de Presidente do Conselho Fiscal?
6.ª- A ser verdade como é que foi possível permitir a utilização de dinheiros da União das Misericórdias Portuguesas para financiamento de actividades de dirigentes?
Se as questões anteriores obtiverem respostas positivas como é possível tudo isto ter acontecido sem quaisquer consequências para os intervenientes?
Não será altura de se realizar uma inspecção e investigação aos procedimentos seguidos por aqueles que tiveram instalados nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas nos mandatos anteriores?
MAS MUITO MAIS HÁ AINDA PARA APURAR.
A Saber.
Para que tudo isto está intimamente ligado à alienação da Quinta de Santo Estevão que foi dada às Misericórdias como forma de a compensar, de algum prejuízo resultante da nacionalização dos hospitais que ocorreu em 1975/1976.
É preciso saber e conhecer todos os promenores e todo o conteúdo dos negócios que envolvem aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP), a União das Misericórdias Portuguesas, uma ou mais empresas que só AICOSUMP conhecem e com a(s) qual(is) negociaram sem mandato para tal
É necessário conhecer com todo o promenor tudo e todos quantos estão envolvidos nos negócios feitos em nome da UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS.
Para já é necessário conhecer tudo o que envolveu e envolve a alienação da Quinta de Sto Estevão, a aquisição do Palácio dos Vianhas, a Obras realizadas neste Palácio, o dinheiro, eventualmente, utilizado por quem estava instalado em cargo dirigente da União das Msiericórdias Portuguesas, a Gestão da Herdade sita no concelho de Borba, entre muitas outras coisas.
A União das Misericórdias Portuguesas dificilmente resistirá à forma como está a ser Administrada e gerida.
Mais parece uma agência para auto-satisfação daqueles que lá se instalaram assim como para familiares seus.
Uma última mas não derraira questão:
- Se a permuta foi entre a Quinta de Sto Estevão, sita, na freguesia de Abravezes, concelho de Viseu e as obras de remodelação do Palácio dos Vininhas, sito na Rua de Entrecampos, em Lisboa,então,
. a União das Misericórdias entregou um património que valerá 60 000 000 € (sessenta milhões de euros) - Quinta de Santo Estevão - por obras avaliadas em 3.102.044,32 (Três milhões, cento e dois mil, quarenta e quatro euros e trinta e dois cêntimos) - realizadas no Palácio dos Vianinhas,
e poderá ser consentido tudo isto sem que nenhuma questão seja suscitada?
O Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social tem a estrita obrigação de ordenar a instauração de um processo de inquérito, porquê?
Porque foi o Ministério que dodou esse património às Misericórdias com determinados objectivos que ao que tudo indica foram, completamente, desvirtuados.
Aqueles que continuam instalados nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas parece não terem as mínimas condições para continuarem quer no exercício dos cargos quer no desempenho das respectivas funções.
Alguma coisa vai ter que ser feita, competindo, em primeira instância às Misericórdias Portuguesas, intervir com um único objectivo: colcoar a União das Misericórdias ao serviço das suas Filadas (as Misericórdias).
Só já uma forma de se saber o que se passa dentro da União das Misericórdias Portuguesas, a qual passará, necessariamente, por uma intervenção articulada, ou não, entre a Conferência Episcopal Portuguesa (Entidade que de facto e de direito Tutela a União das Misericórdias Portuguesas), O Ministério do Trabalho e da Solidariedade (porque financia as actividades estatutárias da UMP) e a Procuradoria Geral da Repúblia/Ministério Público (porque é q única entidade com competência para investigar).
É fundamental por fim à suspeita contínua e, eventuais práticas continuadas, que conduzem ao levantamento de fundamentas suspeitas.
As Misericórdias Portuguesas têm uma missão a cumprir. Mas para tal necessitam de uma União forte, dignificante e longe de toda e qualquer suspeita.
Exige-se que os procedimentos seguidos dentro da União das Misericórdias Portuguesas respeitem os mais lementares princípios éticos, de clareza e transparêncis.
Só assim as Misericórdia conseguirão (re)conquistar a confiança dos Portugueses.

domingo, 25 de abril de 2010

MAIS UMA VOLTINHA - MAIS UMA VIAJEM

Retirou-se da Agenda instalada no sítio www.ump.pt:
Dia 17 (Abril)
Reuniões com o presidente da Confederação das Misericórdias do Brasil da Federação das Misericórdias do Estado de São Paulo e com a presidente do Consórcio Brasileiro da Acreditação e representante da Joint Commission International, assim como iniciar a preparação do X Congresso Internacional a realizar nas cidades do Porto e de Gaia, em 2012. Participa Manuel de Lemos, na qualidade de presidente da Confederação Internacional das Misericórdias. Reuniões decorrem até dia 24 de Abril.

Conforme se pode constatar o único objectivo concreto, previsto, para a deslocação, ao Brasil, daquele que se instalou no cargo de Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICPSNUMP) era:
- INICIAR A PREPARAÇÃO DO X CONGRESSO INTERNACIONAL A REALIZAR NAS CIDADES DO PORTO E DE GAIA.

São anunciadas as seguintes reuniões, sem indicação de objectivo(s): com o presidente da Confederação das Misericórdias do Brasil da Federação das Misericórdias do Estado de São Paulo e com a presidente do Consórcio Brasileiro da Acreditação e representante da Joint Commission International.
De acordo com a própria informação oficial estas reuniões não têm qualquer razão dada a ausência de objectivo.

E já agora ter uma reunião no Brasil para INICIAR A PREPARAÇÃO DO X CONGRESSO INTERNACIONAL A REALIZAR NAS CIDADES DO PORTO E DE GAIA, mas não é indicada a entidade(s) com as quais se reuniria é mais uma reunião sem qualquer sentido.
Mas é importante que se coloque a seguinte questão: ENTÃO SE O X CONGRESSO INTERNACIONAL se vai realizar em Portugal, nas cidades do Porto e de Gaia, fará algum sentido a efectivação de uma viajem ao Brasil para preparar esse mesmo Congresso?
A resposta será óbvia e só pode uma: NÃO.
Então o que foi fazer ao Brasil, entre os dias 17 e 24 de Abril, aquele que se instalou no cargo de Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICPSNUMP)?
De acordo com a informação contida na Agenda da página oficial da "União das Misericórdias Portuguesas", AICPSNUMP deslocou-se ao Brasil durante uma semana para fazer, absolutamente, NADA.
Se fez alguma coisa tem a obrigação estrita de apresentar um Relatório, suficientemente, descritivo assim como apresentar as respectivas conclusões.
É que com os dinheiro dos Pobres não se pode nem se deve brincar muito menos abusar. Todos os cêntimos têm que ser muitíssimo bem justificados. O que até agora não tem acontecido por parte daqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP).

Mas há mais que as Misericórdias querem e têm direito a saber:
- aquele que se instalou no cargo de Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICPSNUMP) viajou em classe executiva?
Se o fez é mais um gesto elucidativo da forma como se cpombate a pobreza.
Permitam-nos um à parte a carecer de esclarecimento: SERÁ VERDADE QUE AQUELE QUE SE INSTALOU NO CARGO DE PRESIDENTE DO SECRETARIADO NACIONAL DA UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS (AICPSNUMP), NO ANO DE 2009, QUER NA PREPARAÇÃO QUER PARA A SUA PARTICIPAÇÃO NO CONGRESSO DAS MISERICÓRDIAS REALIZADO EM JUNHO, NA CIDADE DO FUNCHAL SE TERÁ DESLOCADO SEMPRE EM CLASSE EXECUTIVA?
- quanto custou a viajem de avião?
- onde se alojou?
- quanto custou o alojamento durante a sua estadia no Brasil?
- como se deslocou dentro do Brasil?
- quanto custaram essas deslocações?

É altura das Misericórdias começarem a ser informadas da forma como o "seu" dinheiro e o "seu" património está a ser utilizado.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O DINHEIRO DESTINADO AO COMBATE À POBREZA E À EXCLUSÃO TEM OUTROS DESTINOS ?

A questão vem a propósito de questões que, em surdina, circulam pelos "corredores" da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), principalmente, quando se realizam Conselhos Nacionais e Assembleias Gerais.

Aqui se colocam algumas questões que têm como único e exclusivo objectivo conhecer a realidade interna da União das Misericórdias Portuguesas (UMP).

- Quem é o proprietário da Quinta de Santo Estevão, localizada na Freguesia de Abravezes, em Viseu?

Esta Quinta foi dada, pelo então Ministro dos Assuntos Sociais - Dr. Morais Leitão, às Santas Casas da Misericórdia como compensação pelo direito às indemnizações após a nacionalização/estatização dos seus Hospitais. Esta Quinta de Santo Estevão foi registada em nome da União das Misericórdias Portuguesas, com o objectivo referido.

Hoje, ao que consta, essa Quinta terá sido "negociada" e "dada" a uma empresa privada.

As Misericórdias Portuguesas, o Governo, os Portugueses têm que saber o destino de um valiosíssimo património (consta que valerá algo mais do que 60 000 000 € - sessenta milhões de euros).

Este valiosíssimo Património não pode "desaparecer" sem que as Misericórdias saibam, com a agravante de que o mesmo foi dado para ressarcir, estas Instituições, dos prejuízos causados com a nacionalização/estatização dos hospitais em 17975.

Se a Quinta de Santo Estevão já foi "dada" a alguém ou a alguma entidade é necessário que as Misericórdias saibam e, eventualmente, peçam responsabilidades civil e criminal (se as houver) àqueles que estando no exercício de cargos dirigentes da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) se "desfizeram" de um património que é de todas as Misericórdias.

Este património não pode "desaparecer" nem ser retirado da posse das Misericórdias Portuguesas sem que estas Seculares Instituições se pronunciem, em concreto e perante factos.

As Misericórdias, o Governo e os Portugueses têm o Direito de saber o que foi feito a este Valisíssimo património que ao que consta ultrapassará os 60 000 000 € (sessenta milhões de euros).

quarta-feira, 21 de abril de 2010

NA PRAÇA ILHA TERCEIRA XIV Corrida das Misericórdias - PARA QUANDO A APRESENTAÇÃO DAS CONTAS DAS 13 CORRIDAS ANTERIORES?

Quarta-Feira, dia 21 de Abril de 2010
NA PRAÇA ILHA TERCEIRA XIV Corrida das Misericórdias homenageia Raul Pamplona

Publicado na Quarta-Feira, dia 21 de Abril de 2010, em Actualidade

A Praça de Toiros Ilha Terceira irá receber no próximo dia 23 de Julho a XIV Corrida a Favor da União das Misericórdias, ocasião onde será levada a cabo uma grande homenagem nacional ao cavaleiro terceirense Raul Pamplona, falecido no passado dia 16 de Abril.

Do cartel para esta noite taurina, da responsabilidade do empresário João Duarte, fazem parte os cavaleiros João Moura Júnior, Ribeiro Telles Bastos, Tiago Pamplona e o praticante João Pamplona, que irão lidar sete toiros da Ganadaria dos Irmãos Toste, com a particularidade de serem todos de pelagem “amarela”.

As pegas estarão a cargo dos forcados do Real Grupo de Forcados Amadores de Moura, Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense e Amadores do Ramo Grande.

Esta noite pretendia ser de grande celebração ao patriarca do clã Pamplona, mas o seu súbito desaparecimento levou os organizadores a prestar uma homenagem póstuma ao conhecido cavaleiro, empresário e director de corridas terceirense, pai de João Carlos Pamplona, primeiro cavaleiro de alternativa açoriano, e avô dos cavaleiros Tiago e João Pamplona, esteve ligado às primeiras corridas de toiros realizadas na ilha Graciosa e na Califórnia (EUA).

Mais uma oportunidade que passou ao lado daqueles que se instalaram nos cargos da UMP

Instituições de Solidariedade Social vão receber funcionários da mobilidade especial
Hoje às 11:39
O Ministério das Finanças e as Instituições de Solidariedade assinam, esta quarta-feira, um protocolo que visa integrar os 1500 funcionários públicos em regime de mobilidade especial, colocando-os em funções em Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).

Em declarações à TSF, o padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social destacou o sucesso que se espera desta iniciativaLino Maia esclareceu que nenhum emprego será imposto

O Ministério das Finanças assina, esta quarta-feira, um protocolo com a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNISS) que permitirá aos trabalhadores em situação de mobilidade especial exercerem funções em Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).

O acordo garante um salário igual ao que os trabalhadores auferiam quando estavam no activo. O Estado assegura assim 70 por cento dos ordenado e as IPSS pagam os restantes 30 por cento.

Em declarações à TSF, o padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social, disse acreditar no sucesso deste protocolo.

«Penso que haverá uma boa adesão das IPSS a esta iniciativa», disse.

Lino Maia explica também que se tentará sempre um «encontro de vontades» entre as capacidades dos funcionários e as necessidades das intuições que se vão candidatar, sendo que nenhum emprego será imposto.

«Terão de encontrar, a partir das suas competências, capacidades de desenvolvimento das suas potencialidades, uma mais-valia para as instituições. Está previsto também, neste protocolo, um tempo de preparação, de formação e um tempo de colocação. Até porque o mundo das instituições de solidariedade não é exactamente o mesmo mundo da Administração Pública», sublinhou o responsável.

No final do contrato de dois anos, os trabalhadores em mobilidade especial poderão integrar os quadros das Instituições de Solidariedade Social ou regressar ao quadro de excedentes da Função Pública.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

QUÃO DISTANTES ESTÃO AS PALAVRAS DOS ACTOS

Regional

Manuel Lemos: Misericórdias são cada vez mais imprescindíveis em tempos de crise

Manuel Lemos é presidente da União das Misericórdias Portuguesas. Muitos anos da sua vida estão e continuarão a estar dedicados às instituições sociais. Sucedeu no cargo ao padre Vítor Melícias, depois de o ter acompanhado em alguns mandatos.

barlavento – Como é que encara o seu atual mandato, comparativamente com o anterior, sabendo-se que introduziu profundas alterações na União?

Manuel Lemos – O atual ciclo da União das Misericórdias é de afirmação e vai durar naturalmente alguns anos. As Misericórdias, na sociedade portuguesa, nos últimos dez anos, cresceram muitíssimo e hoje são as primeiras, segundas ou terceiras maiores empregadoras ao nível dos concelhos.
Em Faro, por exemplo, a Misericórdia é o segundo maior empregador. As Misericórdias fundaram-se ao longo dos séculos porque eram necessárias e hoje são imprescindíveis.
Isso obriga a União a ter uma dupla atividade – interna, no sentido de se preparar para dar ajuda às Misericórdias e a essa transformação profunda que estão a fazer, e externa, no sentido de dar afirmação desta incontornabilidade das Misericórdias na sociedade portuguesa.
O primeiro ciclo foi mais interno, de reabilitação da casa e de preparação de apoio às nossas quatrocentas Misericórdias. Este segundo é de afirmação externa das Misericórdias.

b. - Discute-se a necessidade de descentralizar competências para os Secretariados Regionais. Estas estruturas estão preparadas para os novos desafios?

M.L. - O nosso sentido da descentralização é aproximar, pela via dos Secretariados, a União de cada uma das Misericórdias. Constatamos que esta é uma reflexão que devemos fazer.
Refletir sobre se devemos manter a estrutura distrital ou avançar cada vez mais no sentido de um estrutura regional. Isso é um processo de mudança.
Há secretariados com gente muito nova e há outros com gente mais antiga. Penso que isso está muito na cabeça das pessoas.
A idade para mim conta pouco, o que conta é a energia de cada Secretariado e a capacidade de interagir entre cada uma das Misericórdias e a União, sendo certo que há que transmitir alguns ventos de mudança, que às vezes são necessários.

b. - A União tem duas dinâmicas. Foi fundada como entidade corporativa, agregadora das Misericórdias, mas simultaneamente tem grande intervenção em diferentes áreas. Não há aqui uma contradição?

M.L. - Nós só temos intervenção diretas numa área, que é a deficiência profunda. Porquê? Porque lidar com a deficiência profunda é dificílimo.
Então as Misericórdias acharam que fazia muito mais sentido que fosse a própria União a ter as estruturas de deficiência profunda do que cada uma delas.
Já temos dois grandes equipamentos de deficiência profunda e vamos fazer um terceiro, em Borba.
O que temos são normalmente experiências piloto ou ações piloto. Temos um lar em Lisboa que funciona como uma escola e vamos agora fazer uma unidade de Alzheimer, porque entendemos que é um dos mais graves problemas do envelhecimento.
Vale a pena fazermos uma experiência em que vamos concentrar todos os esforços.
Essa compatibilidade, quase como mais uma Misericórdia e a União como instrumento agregador das Misericórdias, nos últimos tempos, corre muito bem porque percebemos que é subsidiária da atividade corporativa. Para nós o fundamental é a atividade corporativa.

b.- Algumas Misericórdias são críticas relativamente à política expansionista da União, nomeadamente a de Borba...

M.L.- Não há propriamente uma crítica. Acho que o que a Misericórdia de Borba teve pena, e faz sentido que tenha pena, foi que um doador tenha feito a doação à União. Mas uma vez feita, nós tínhamos que respeitar a vontade do doador.
O doador terá sido claro em não querer deixar aquele equipamento à Misericórdia. Nesse sentido, o que a União vai fazer é aproveitar o terreno que ali está e construir um equipamento.
Com certeza que a Misericórdia de Borba vai ser um parceiro ativo da gestão daquele equipamento.

b. - Em que ponto estão as discussões dos acordos com o Governo, reconhecido o papel das Misericórdias como importante?

M.L. - Todos os Governos, sem exceção, sobretudo nos últimos dez anos, vêm a reconhecer o papel da economia social e, é por isso, que as Misericórdias há 200 ou 300 anos eram necessárias e hoje são imprescindíveis, porque a mesma resposta dada pelo Estado era dez vezes mais cara e menos eficaz.
Por isso, os Governos têm reconhecido a importância da cooperação com o setor social em geral.
Os últimos números disponíveis dizem que a economia social em Portugal representa 6 por cento do PIB, o que é um valor muito significativo.
Este é um processo dinâmico em que quem recebe nunca está satisfeito com o que recebe e quem paga acha sempre que paga muito.
Para resolver esta questão, a União, no processo de organização interna, rodeou-se de uma equipa de peritos que tem vindo a identificar quanto é que custa em média cada resposta social que damos.
Temos feito isso e depois confrontamos o Governo com esses valores.
Na questão dos idosos, onde o problema é mais candente e a disfuncionalidade preço/custo do serviço era mais significativa, já começámos a introduzir correções e o Estado já aceitou que o custo médio de um utente anda nos setecentos e tal euros e nós dizemos que anda nos 1100. Viemos em dois anos de 230 euros para 750.
Não queria adiantar dados, mas, dos trabalhos que temos tido, os números começam a ficar muito próximos. Portanto, julgo que vamos chegar a um acordo ainda este ano em relação ao custo. É um trabalho que exige persistência, tempo e bom senso.
Se é óbvio que o Estado tem que assumir a sua responsabilidade no custo das respostas sociais, já que é uma responsabilidade constitucional que lhe cabe, também é evidente que não cabe ao Estado suportar os maus erros de gestão desta ou daquela Misericórdia.
E por isso cabe à União das Misericórdias essa gestão do equilíbrio e é isso que temos vindo a fazer ao longo destes anos.

b. - No tempo de Ferro Rodrigues, falou-se nas farmácias sociais, hoje esta é uma ideia de que não se fala...

M.L. - Esse é um problema muito delicado e que passa por vários fatores. Na União Europeia, a questão das farmácias sociais tem-se levantado cada vez com maior acuidade.
Penso que, mais uma vez, é uma matéria que vai exigir o seu tempo para ser resolvida. Faz sentido que, em alguns casos, o setor social possa deter farmácias de oficina.
Essas coisas passam sem dor, e de vez em quando as posições extremam-se, mas, mais uma vez, nós somos especialistas em tempo.
Temos a consciência de que esta é uma matéria que está de novo em cima da mesa, que vai demorar o seu tempo a ser resolvida.
O setor social tem merecido, por parte das instâncias comunitárias, uma atenção especial, o que coloca o problema das farmácias sociais outra vez.

6 de Abril de 2010 15:00
helder nunes

barlavento on line



Regional

Manuel Lemos: Combate à pobreza não passa pela distribuição de dinheiro às pessoas


helder nunes
Para Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias, a pobreza deve-se à incapacidade de gestão das pessoas. Prestar serviços às comunidades mais carecidas é o caminho indicado, fugindo à entrega de dinheiro, cuja administração é sempre duvidosa. Eis a segunda parte da entrevista que Manuel Lemos deu ao semanário «barlavento».

b. - A política de apoio à terceira idade deve passar pelo apoio domiciliário, pelos lares...

M.L. - O envelhecimento é um processo. Há gente que precisa de ir logo para um lar, há gente que pode ficar cada vez mais tempo no apoio domiciliário.
Uma coisa é certa, não podemos transformar o imenso Portugal num quarto. Temos oito por cento de pessoas com mais de 65 anos, em breve teremos 32 por cento.
O processo de envelhecimento obriga, em cada comunidade, a um conjunto de respostas, não há nada versus este versus aqueloutro, ou lar versus unidade de cuidados continuados.
Temos que olhar para o envelhecimento como um processo e temos que ser suficientemente flexíveis, nós, as pessoas e o Estado, para, a cada instante, respondermos às necessidades das pessoas da forma mais eficaz e mais segura.
Hoje muita gente quer ir para um lar, não porque precise verdadeiramente de ir para um lar, mas porque tem medo de, no dia em que precisar, não ter lugar.
Só se dá resposta a esta necessidade se tivermos um apoio domiciliário efetivo. Então vamos conseguir libertar a pressão que existe em cima dos lares e em contrapartida tentamos responder às pessoas quando precisam.

b. - Como é que se combate a pobreza?

M.L. - Combate-se com persistência e tempo. Com medidas que não passam pela distribuição de dinheiro às pessoas. Pobreza é incapacidade de gestão de recursos.
Se distribuírem dinheiro às pessoas, elas gastam-no muitas vezes mal gasto. É nas escolas junto aos bairros pobres que as crianças têm um telemóvel de cada rede.
Digamos que há uma incapacidade da gestão de recursos. As Misericórdias sempre entenderam que o que é importante para combater a pobreza, nomeadamente num momento de grande contração económica como este que vivemos e viveremos nos próximos quatro a cinco anos, em vez de dar dinheiro às pessoas, é prestar-lhes serviços.
Querem comer, damos comida, querem segurança, damos segurança, querem afeto, damos afeto, querem ir ao médico, levamo-las ao médico, precisam de estar numa unidade de cuidados continuados, respondemos dessa forma.
Isto é mais importante do que dar dinheiro e a grande resposta do setor social geral e das Misericórdias em Portugal é colaborar com o Estado nesta fase para podermos prestar estes serviços.

b. - Foi eleito presidente internacional das Misericórdias. Que papel cabe às Misericórdias portuguesas no mundo?

M.L. - As Misericórdias são, em muitos aspectos, líderes mundiais na cooperação com o Estado. As nossas Misericórdias, se fossem alemãs, inglesas ou francesas eram impostas pela União Europeia, assim custa-nos mais, mas lá chegaremos.
É evidente que temos Misericórdias noutros países com atividades fantásticas, como as italianas, que são setecentas e são mais antigas que as portuguesas, e estão à nossa frente no apoio à pobreza envergonhada.
Têm soluções muito interessantes e por isso a Confederação Internacional das Misericórdias é sobretudo um espaço de diálogo, à volta de um ideário comum que são muito os valores da nossa civilização ocidental.
No momento em que estamos, com uma grande crise de valores, a circunstância de quase quatro mil instituições se terem juntado para trabalharem em conjunto é um grande sinal de esperança para a humanidade e para mim é uma honra enorme ter sido escolhido para liderar.

b. - O próximo congresso internacional, em 2012, vai ser em Portugal. Já há comissão formada, quais os temas que irão debater...

M.L. - O último congresso foi em Novembro, no Brasil, e o próximo será em Portugal, para passarmos o testemunho.
Não faz sentido que o presidente se prolongue no tempo e encontremos outro presidente de outra Nação, para que o efeito simbólico que tem se propague. Não temos ainda uma comissão. Já temos o local, será no Porto/Gaia.
Ainda não temos escolhidos os temas, mas, até ao final deste ano, em reuniões internacionais, vamos começar a escolher os temas que mais interessam às Misericórdias, mas andarão muito à volta da problemática do envelhecimento.

b. - As Misericórdias têm futuro ou vão ter grandes dificuldades nos próximos anos? Que medidas preconiza para responder a essa situação?

M.L. - As Misericórdias são instituições com muito futuro. Desfeito o mito de que os Estados iam responder a todas as necessidades das pessoas, que foi um mito do meio do século XX e já estamos no XXI, cada vez mais as sociedades são responsabilizadas através das suas instituições organizadas a tomarem conta de si.
Os Estados têm uma parcela de responsabilidades, mas não conseguem resolver esses problemas todos.
É evidente que hoje o grande problema da humanidade é a questão do envelhecimento e sobretudo nos países muito desenvolvidos, em que o envelhecimento é um problema que leva a mudar tudo. Vai mudar tudo, o consumo, os interesses, mas também vai mudar a própria população idosa que vai querer ter um computador.
As instituições da sociedade civil, como as Misericórdias, que têm valores seculares com os quais as populações se identificam, têm que ser protegidas pelas comunidades, porque elas são de alguma maneira a continuidade no tempo de um conjunto de valores em que nós acreditamos, que nos marcam e ao mesmo tempo são suficientemente flexíveis para acompanhar a mudança dos tempos, porque são instituições da comunidade.


8 de Abril de 2010 09:22
helder nunes

terça-feira, 13 de abril de 2010

EVOLUÇÃO DO PASSIVO

As contas apresentadas por aqueles que se instalaram nos cargos do Secretariado Nacional e do Conselho Fiscal da União das Misericórdias Portuguesas enfermam de tudo o que é clareza, transparência, coerência, respeito e cumprimento das mais elementares regras técnicas da contabilidade.
É da mais elementar regra de bom senso apresentar, o desejável, seriam todos os movimentos de caixa.
Porque aqueles que se instalaram nos cargos do Secretariado Nacional e do Conselho Fiscal da União das Misericórdias Portuguesas manipulam dinheiro, com origens diversas, mas todo com destino comum: EM OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES, deveriam, no mínimo, ter o bem senso, de apresentar os movimentos de CAIXA e BANCOS aos legítimos representantes das Misericórdias Portuguesas reunidos em Assembleia Geral para apreciação e votação das CONTAS que carecem da sua Aprovação.
Não é possível perceber e/ou compreender como é que é possível apresentar umas CONTAS sem que justifique, minimamente, qualquer gasto.
Numa Organização, como é o caso da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) que tem que ser um referencial, um modelo de referência, de funcionamento e operacionalidade de excelência, as CONTAS não podem continuar a ser escondidas.
OU DITO DE OUTRA FORMA: É FUNDAMENTAL, É ESSENCIAL MESMO DAR A CONHECER AO UNIVERSO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS O QUAL É A UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS PORTUGUESAS AS CONTAS VERDADEIRAS, ONDE, COMO, QUANDO E PORQUE FORAM GASTOS TODOS OS CÊNTIMOS QUE FORAM COLOCADOS À GUARDA DAQUELES QUE SE INSTALARAM NOS CARGOS DO SECRETYARIADO NACIONAL E DO CONSELHO FISCAL.
Aconte que para além dos quase 2 500 000 € (dois milhões e quinhentos mil euros) de resultados operacionais negativos só no que à Administração da União das Misericórdias Portuguesas diz respeito, acresce a seguinte evolução do PASSIVO:
2007 ........................... 4 636 116,31 €
2008 ........................... 8 456 961,79 €
2009 ........................... 8 721 092,62 €
As Misericórdias Portuguesas estão confrontadas com uma evolução assustadora do PASSIVO da sua União.
Uma nota final, ou melhor, uma questão que vai que um dia ter resposta:
- Quanto custaram as obras do Edifício do Palácio dos Vianinhas, sito na Rua de Entrecampos em Lisboa onde foi instalada a sede da União das Misericórdias Portuguesas, com a agravante de ter sido em violação da decisão, ou melhor, autorização de aquisição dada, em tempo pela Assembleia Geral da UMP?
A autorização da Assembleia Geral da UMP foi para aquisição desse edifício e para aí continuar a funcionar a Escola de Enfermagem. A Assembleia Geral da UMP jamais terá dado autorização para a instalação da sede da UMP no Palácio dos Vianinhas.
- Não tendo a União das Misericórdias portuguesas dispendido (ou dito de outra forma, não tendo a UMP pago as obras realizadas no Palácio dos Vianinhas) verba com a realização das obras no edifício onde foi instalada a sede da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) - QUEM PAGOU ESSAS OBRAS?
As respostas a estas questões são essenciais. Aqueles que se instalaram nos actuais cargos do Secretariado Nacional e do Conselho Fiscal da União das Misericórdias Portuguesas assim como todos quantos estiveram instaladops em todos os cargos dos órgãos sociais da UMP no mandato anterior devem uma explicação às Misericórdias Portuguesas.
Uma nota final que não deixa de ser curiosa. Ou será que quer dizer alguma outra coisa:
- Porque terá faltado, à sessão da Assembleia Geral da União das Misericórdias Portuguesas, realizada em Março passado, em Fátima, aquele que se instalou no cargo de Presidente do Conselho Fiscal?
Acontece até uma coincidência - será? - é que aquele que se instalou no cargo de Presidente do Conselho Fiscal faltou logo a 1.ª Assembleia Geral do mandato onde as CONTAS seriam apreciadas e votadas.
Já agora mais duas curiosidades. Este ano pela 1.ª vez quer o Parecer do Conselho Fiscal quer o Parecer do ROC não foram entregues aos representantes das Misericórdias presentes na sessão da Assembleia Geral da UMP. O que obriga a colocar a seguinte questão: PORQUE NÃO FORAM ENTREGUES ESSES PARECERES A QUEM OS TEVE QUE VOTAR?
Tanta, tanta, tanta, coincidência que ocorre dentro da União das Misericórdias Portuguesas sempre com origem em procedimentos protagonizados por aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da UMP !!!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

CONTAS NÃO EXPLICADAS «» CONTAS INACEITÁVEIS

A confiança e credibilidades dos cidadãos e das Instituições conquista-se. Jamais será uma dado adquirido sem práticas claras, transparentes e éticas.
Pior. É que a credibilidade das Instituições pode ser ganha e consolidada pelo esforço, dedicação, seriedade e empenho de uns e destruída por quem lhes segue.
Acontece que na União das Misericórdias Portuguesas as Contas escritas não são apresentadas. Ou dito de outra forma. As Contas escritas escondem mais do que revelam.
Mas aqueles que se instalaram nos cargos do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICSNUMP) até atiram para a frente o parecer de um ROC - Revisor Oficial de Contas.
O que AICSNUMP não dizem é que o ROC só se pronuncia sobre as Contas que lhe são apresentadas. O ROC não se pronuncia sobre a forma como as Contas da Gerência são elaboradas.
Ora, é, exactamente, aí que reside uma diferença enormíssima.
Uma coisa é a forma como as contas são elaboradas e outra, bem diferente, oposta até se se quiser, é a forma como são escritas. É sobre a forma como as contas são escritas que o ROC se pronuncia. Ou seja, o ROC pronuncia-se sobre a conformidade dos documentos finais com as exigências do POCIPSS - Plano Oficial de Contabilidade para as Instituições Particulares de Solidariedade Social.
Não se pretende ser exaustivo na apreciação das contas escritas por aqueles que se instalaram nos cargos do Secretariado nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICSNUMP). Por hoje quedar-nos-emos, exclusivamente, sobre a Demonstração de Resultados relativos à ADMINISTRAÇÃO.
Resultados Operacionais acumulados - Administração - no mandato:
2007: - 715 276,10 €
2008: - 864 844,97 €
2009: - 822 797,16 €
Total do mandato (2007-2009): - 2 402 918,23 €
Os Resultados Operacionais do anterior mandato dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas cujo principal responsável continua instalado no cargo de Presidente do Secretariado Nacional é negativo e tem o valor acumulado de - 2 402 918,23 € (menos dois milhões quatrocentos e dois mil novecentos e dezoito euros e vinte e três cêntimos).
Quer tudo isto dizer que aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (AICOSUMP) no mandato 2007-2009, só em resultados operacionais apresntaram um resultado negativo acumulado de - 2 402 918,23 €.
E não se passa nada?
Não há uma única palavra, uma úinica justificação, uma única razão para apresentar às Misericórdias Portuguesas?
O que se passa, realmente, com a Administração da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) é escondido, é ocultado, é omitido, é mantido em segredo (só alguns AICOSUMP conhecem a realidade), não é revelado, é disfarçado, é dissimulado, é mantido encoberto, AICOSUMP não deixam que se perceba, não é demonstrado, é abafado, é camuflado, é sonegado, é tapado, é enrolado, é, no fundo, no fundo, sobredourado.
Sem que AICOSUMP tenham apresentado nenhuma justificação, gastaram, a cima das receitas, mais 2 402 918,23 € (dois milhões quatrocentos e dois mil novecentos e dezoito euros e vinte e três cêntimos).
Esta situação é de todo intolerável e mesmos inadmissível.
Mas o pior é a forma como este dinheiro "desapareceu", sem se saber para onde foi.
Em próximo post iremos colocar algumas questões, às quais AICOSUMP têm o estrito dever e obrigação de responder.
Mas sobretudo, o que cada vez é mais urgente é a instauração de uma inspecção por parte da Conferência Episcopal Portuguesa, do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, assim como de uma investigação por parte da Procuradoria Geral da República/Ministério Público.