sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

TOURADAS À PORTUGUESA ?

Na mensagem ontem mesmo publicada transcreveu-se uma notícia do jornal "A União" dos Açores.
Ficámos a saber que alguém, utilizando o nomo das Misericórdias vai levar a efeito, em Angra do Heroísmo, uma corrida de touros: "14ª Corrida de Touros da União das Misericórdias".
Ao que se sabe o organizador desta, como das 13 (treze) anteriores é o mesmo, e nada tem a ver ou assume alguma responsabilidade dentro da União das Misericórdias Portuguesas.
O argumento para organizar esta corrida de touros da União das Misericórdias é, no mínimo curioso. Fundamenta o organizador que a corrida do emigrante dava prejuízo e que não contava com o apoio governamental.
Bom. No argumentário explanado ao longo da notícia também não se vislumbra que para a corrida da União das Misericórdias haja algum apoio governamental.
A questão que se põe, então, é a seguinte: basta mudar o nome da corrida de touros para "14ª Corrida de Touros da União das Misericórdias" para garantir o sucesso económico e financeiro ?
Tal não nos parece.
Mas haverá ou haverão apoios que o organizador não divulga? Importava saber e conhecer.
Já agora e como nota final.
Para quem está mais atento e estando a Corrida da União das Misericórdias na sua 14ª versão, jamais foram apresentadas as contas relativas a todas e cada uma dessas corridas de touros.
Em respeito pela clareza e transparência Institucional na União das Misericórdias Portuguesas é fundamental que aqueles que se instalaram nos cargos do Secretariado Nacional e que promovem e/ou autorizam a realização das Corridas de Touros em nome da União das Misericórdias apresentem as contas relativas a todas e cada uma das 13 corridas de touros já realizadas.
Esta é mais uma matéria tal como as relativas à Quinta de Santo Estevão em Viseu e à Exploração Agrícola no concelho de Borba têm que ser apresentadas como todo o detalhe quer às Misericórdias Portuguesas quer à Conferência Episcopal Portuguesa quer ao Governo de Portugal quer aos Portugueses.
Todas estas matérias envolvem avultadíssimos meios financeiros que têm como destino promover o Bem Comum e por isso mesmo exige-se o máximo rigor na sua utilização. E por isso mesmo é fundamental, essencial mesmo, a apresentação de contas.
Assim como a história e a missão das Misericórdias exige respeito e consideração pelo nome pela carga institucional que envolvem.

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