quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

PORTIMÃO E FUNDÃO - PONTA DE ICEBERG ???

Novamente, hoje a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) aparece em notícia do jornal Público e não pela melhor das causas.
De novo surge uma notícia divulgada hoje por esse diário sobre o caso de acusação por parte do Ministério Público ao ex-Provedor da Misericórdia do Fundão e ex-Secretário do Secretariado Nacional (SN) da UMP.
É cada vez mais urgente a tomada de medidas que evitem ao máximo, ou impeçam mesmo, que o nome das Misericórdias, da sua União (UMP) e dos Dirigentes sejam envovlidos em caos de acusação de prática reiterada de crimes.
Sendo certo que até trânsito em julgado todos os arguidos são considerados inocentes, mas a frequência com que estas notícias estão agora a surgir impõe a tomada das medidas adequadas.
É fundamental que as Misericórdias e os seus Dirigentes refitam sobre o momento actual e decidam em conformidade.
Dentro da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) não é mais possível reflectir e decidir sobre o que tanto e tão gravemente atinge a credibilidade e a confiança dos Portugeses nas suas Misericórdias.
E os sinais de que aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da UMP (AICOSUMP) demonstram que nada querem fazer, até parece que bem antes pelo contrário, para salvaguarda do bom nome, da credibilidade e da confiança que é devida às Misericórdias traduz-se nas palavras que o "presidente" do SN da UMP disse ao PÚBLICO e que agora transcrevemos: Correia, que é presidente do conselho fiscal da UMP, colocou ontem o lugar à disposição, mas o presidente da união, Manuel Lemos, disse ao PÚBLICO que o secretariado nacional decidiu manter-lhe a confiança.
Isto merece uma reflexão.
Desde logo ressalta que perante uma acusação com a dimensão da que envolve o Provedor da Misericórdia de Portimão e Presidente do Conseklho Fiscal da UMP, este não deveria colocar o seu lugar à disposição, na UMP, mas deveria, para sua própria salvaguarda e das Instituições envolvidas, afastar-se por iniciativa própria. E já o deveria ter feito. Quanto mais tempo demorar a fazê-lo mais notícias sairão nos órgãos da comunicação social, aprofundando um clima de desconfiança sobre as Misericórdias e sobre a sua União (UMP).
A colocação do lugar à disposição por parte do "presidente" do Conselho Fiscal da UMP apresentado junto do "presidente" do SN da UMP não só revela desconhecimento sobre a forma de proceder como até pode ser entendido que tudo foi acordado, previamente, com este último por forma a manter-se no cargo.
O que o "presidente" do Conselho Fiscal da UMP deveria ter feito era ter tomado a iniciativa de se demitir. Mas ainda que não o tenha feito, e se era sua intenção colocar o seu lugar à disposição deveria tê-lo formalizado junto da "presidente" da Mesa da Assembleia Geral da UMP, jamais junto do "presidente" do SN da UMP, em virtude deste não ser detentor de qualquer competência legal ou estatutária para apreciar e decidir sobre esta matéria.
A colocação do seu lugar à disposição, na qualidade de Presidente do Conselho Fiscal da UMP,  apresentado ao "presidente" do SN da UMP é indevida, por este não ter qualquer competência legal e/ou estatutária para apreciar, muito menos para decidir sobre o mesmo.
Logo, concluindo o "presidente" do SN da UMP, expressou-se, indevidamente, sobre a confiança que entendeu manter no actual "presidente" do Conselho Fiscal da UMP.
Tudo isto só vem comprovar tudo o que aqui temos vindo, reiteradamente, a afirmar de que não há regras, nem estatutos, nem lei que resista a uma prática oportunística de análise e decisão dentro da UMP.
Nesta mesma notícia do PÚBLICO pode ler-se ainda a seguinte afirmação do "presidente" do SN da UMP:  entendemos que deve manter-se em funções, referindo-se ao "presidente" do Conselho Fisccal da UMP e Provedor da Misericórdia de Portimão.
Tem-se que se perguntar a(s) razão(ões) para tal entendimento por parte do "presidente" do SN da UMP. Primeiro porque se está a pronunciar sobre matéria que não é da sua competência e segundo porque com as suas palavras está a transmitir uma prova de confiança, absoluta sobre quem foi acusado pelo cometimento de 17 crimes dentro de uma Instituição ao serviço dos mais pobres e desprotegidos.
É estranho, muito estranho mesmmo, que seja o "presidente" do SN da UMP a segurar uma situação em nada abonatória quer para as Misericórdias quer para a própria União (UMP).
Será que com estas afirmações e decisão de expressar confiança a quem está acusado de crimes, o "presidente" do SN da UMP quererá continuar a evitar que seja concretizada uma velha aspiração de ser realizada uma sindiccância à União das Misericórdias Portuguesas ? Quererá dizer que com a manutenção do actual "presidente" do Conselho Fiscal da UMP no seu cargo quer que as contas que vai apresentar na próxima Assembleia Geral da UMP, a realizar no próximo mês, merecerá Paraecer favorável desse mesmo Conselho Fiscal?
Tal como já várias vezes aqui temos vindo a referir é fundamental, essencial mesmo, a realização de uma investigação ao que se passa dentro da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) relativamente à utilização de dinheiro desta Instituição.
É fundamental saber-se se os "dirigenmtes" da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) também beneficiam de remunerações ertas e regulares tal como parece acontecer com o Provedor da Misericórdia de Portimão e Presidente do Conselho Fiscal da UMP. É fundamental, essencial mesmmo, saber-se se o "presidente" do Secretariado Nacional (SN) da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) está a ser remunerado pelo Ministério da Solidariedade e Segurança Social, para estar a tempo inteiro na UMP, se além disso a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) lhe paga a inda remunerações certas e regulares, em regime de contrato de prestação de serviços e se ainda cobra deslocações apesar de ter adquirido uma viatura marca BMW, modelo 740, gama luxo para seu uso privativo.
Será fundamental saber-se se o "presidente" do SN da UMP utiliza os melhores hóteis e restaurantes de Portugal e no estrangeiro e a que título e se foi ou não acompanhado e por quem ?
É fundamental, essencial mesmo que se saiba se a Quinta de Santo Estevão foi vendida e a quem foi vendida e por quanto foi vendida.
É fendamental saber-se os contornos do negócia do Laboratório de Análises Clínicas da UMP.
É fundamental conhecer-se para que serve o delegação da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) no Norte, quanto custa e quem beneficia dos dinheiros que aí são gastos.
É fundamental que se saiba a origem do um passivo criado, na UMP, entre 2007 e 2010, que no final deste último ano atingiu um valor próximo dos 9.500.000 € (nove milhões e quinhentos mil euros).
Uma pergunta ingénua: é para que nada seja apurado que o actual "presidente" do Secretariado Nacional (SN) da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) expressou a sua confiança ao actual "presidente" do Conselho Fiscal da UMP acusado, na Misericórdia de Portimão do cometimento de 17 crimes?
Apostar na clareza e transparência de processos e comportamentos é exigência permanente de quem está nas Misericórdias ao serviço dos mais pobres e desprotegidos em cumprimento das 14 Obras de Misericórdias, respeitando os Princípiso do Dom e da Gratuidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Apesar de não haver condenação transitada em julgado, é imperioso que o acusado suspenda/abandone imediatamente os cargos que exerce na UMP e na respectiva Mis.
Os que, nas Misericórdias, exercem as suas funções com dignidade e afrontando milhentas dificuldades, não podem estar sujeitos a estes desmandos. O senhor presidente do SN não devia identificar as Misericórdias com os podres da sociedade actual mas sim salvaguardar o seu bom nome e prestígio.
O que diz a isto a senhora presidente da mesa da Assembleia Geral???