quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

SEM AUTORIDADE MORAL

Os casos recentes de acusações concretizadas pelo Ministério Público contra o ex-Provedor da Misericórdia do Fundão e ex-Secretário do Secretariado Nacional (SN da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) e também contra o actual Provedor da Misericórdia do Fundão e actual Presidente do Conselho Fiscal da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) retira, por completo, a credibilidade que tem que ser devida àqueles que de uma forma séria e honesta estão ao leme das Misericórdias.
A credibilidade e confiança nas Misericórdias foram, profundamente, atingidas sabendo-se como se sabe da tendência para a generalização que existe em Portugal.
Os dirigentes visados nas acusações perderam, por completo toda e qualquer autoridade moral para o desempenho das funções inerentes aos cargos.
Se o primeiro já é só ex-dirigente o segundo está ainda no exercício dos cargos de Provedor da Misericórdia de Portimão e de Presidente do Conselho Fiscal da UMP.
É fundamental que este último visado retire as devidas ilações e não continue a impor-se nesses cargos sabendo como sabe que a sua credibilidade, a sua confiança e a sua autoridade moral estão, profundamente, debilitadas.  Não tem mais condições para continuar no exercício dos cargos assim como para o desempenho de funções.
Nas actuais circunstâncias e para salvaguarda da Misericórdia de Portimão e da União das Misericórdias Pportuguesas (UMP) deveria, de imediato, afastar-se de ambos os cargos até trânsito em julgado. De outra forma só contribuirá para o avolumar de suspeitas, para a criação de mais e maiores dificuldades à vida das Misericórdias e da sua União (UMP).
Há uma pergunta que não pode deixar de ser feita: como é que uma pessoa que está acusada de 17 crimes pode exercer funções de fiscalização na União das Misericórdias Portuguesas (UMP) ? Será muito difícilo, impossível mesmo, que quem é acusado de 17 crimes possa exercer sem a mínima suspeita, funções de fiscalização e até de sindicância, competência inerente aos conselhos fiscais das instituições. Falta-lhe, nitidamente, autoridade moral para continuar no exercício dos cargos.
Uma retirada, por iniciativa própria, só o dignificaria, e defenderia o bom nome das Instituições envolvidas (Misericórdia de Portimão e União das Misericórdias Portuguesas).
A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) vê-se, desta forma, envolvida em acusações de crimes praticados por ex e actual "dirigente", no caso deste último o cargo da mais alta relevância para salvaguarda da legalidade e legitimidade dos actos praticados dentro e em nome da UMP.
Nestas condições não será normal nem natural que o actual Presidente do Conselho Fiscal da UMP continue no desempenho de funções. Será do mais elementar bom senso a apresentação de uma pedido forma de susbtitução nesse cargos.
Será isto mesmo que as Misericórdias desejam para salvaguarda da sua imagem impoluta junto do comum dos cidadãos.
Nesta altura de crise as Misericórdias o que menos precisam é ver Dirigentes seus envolvidos em práticas de crimes por, eventual utilização indevida de dinheiro das Instituições em proveito próprio desses mesmos dirigentes.
Sem autoridade moral é impossível desempenhar, cabalmente, as suas funções Dirigentes numa qualquer Misericórdia e/ou na sua União.

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