domingo, 22 de julho de 2012

Alguns dos nossos fiéis e habituais seguidores nos têm questionado sobre a não regularidade na postagem.
Importa pois informar os nossos leitores que tal se deve em exclusivo ao pouco tempo de que o autor deste blog tem tido nos últimos tempos.
Não que não haja matéria mais do que suficiente para acrescentar à demonstração do caminho da destruição de que a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) está a ser alvo por parte daqueles que a "dirigem".
Hoje não iremos abordar nenhum tema específico.
Limitar-nos-emos a enunciar uma série de temas que merecem ser analisados e que revelam os caminhos torpes por onde vai sendo "conduzida" a UMP.
Vamos então ao enunciado desses temas que merecerão a nossa análise nos próximos tempos.
Comecemos por matérias cujo acesso tem sido impedido aos legítimos representantes das Misericórdias e que importa averiguar pelas entidades com competência para tal, nomeadamente, Conferência Episcopal Portuguesa, Ministro da Solidariedade e Segurança Social, Inspecção Geral da Segurança Social, Tribunal de Contas, Procuradoria Geral da República, Ministério Público:
- remunerações certas e regulares auferidas pelos dirigentes da UMP. Sendo cada maior o grau de certeza de que os dirigentes da UMP auferem remunerações, as mesmas estarão a ser pagas em violação da legislação de enquadramento (Decreto-Lei n-º 119/83, de 25 de Fevreiro, Decreto Geral para as Misericórdias) assim como das disposições estatutárias;
- pagamento de deslocações aos dirigentes da UMP (apresentadas como se tivessem sido efectuadas em viaturas dos próprios quando na realidade terão sido realizadas em viaturas da própria UMP);
- financiamento dos próprios dirigentes (utilizando dinheiro de equipamentos sociais geridos pela UMP), para benefício próprio;
- venda/permuta da Quinta de Sto Estevão, em Abravezes, Viseu em conjunto com as obras na actual ssede da UMP sita na Rua de Entrecampos;
- criação e crescimento do passivo que a 31 de Dezembro de 2011 se situava já muito próximo dos 10.000.000 € (dez milhões de euros). Esperemos pela apresentação das contas de 2012 para constatar a continuidade descontrolada desse mesmo passivo.
- extinção do CEFORCÓRDIA com o consequente despedimento colectivo a coberto de extinção de postos de trabalho;
- contratação de 5 farmacêuticos quando todo o outro apoio às Misericórdias é descurado;
- carta do presidente do SN da UMP às Misericórdias pretendendo dar respostas às perguntas colocadas por um jornalista. Respostas essas que adensam ainda mais as densas nuvens de suspeitas que pairam sobre a sua actuação enquanto presidente do SN da UMP;
- construção de um centro para deficientes em Borba quando a procura junto da UMP não existe, como os eventuais clientes serão colocados num gheto bem longe da sociedade, num ermo rural de difícil acesso. A ser utilizado esse centro gerará um total isolamento dos deficientes.
Teríamos mais assuntos a merecer atenção mas a falta de tempo impõe-nos que nos quedemos por aqui e por hoje.

3 comentários:

Anónimo disse...

Esta questão do Lar de Borba, bem como outras unidades que a UMP vem criando, levanta várias e importantes questões que deveriam servir de reflexão à UMP e às Misericórdias no seu conjunto. A UMP afastar-se-à tanto mais das suas associadas e dos interesses destas quanto maior for o número e dimensão das unidades assistenciais por si detidas. O conflito de interesses parece evidente e, mais tarde ou mais cedo, vai emergir claramente e as maiores prejudicadas serão as Misericórdias.
Seria interessante saber a opinião da SCM de Borba sobre a instalação desta unidade no "seu" território, pela mão da entidade (UMP) representativa das Misericórdias.
O resultado de toda esta panóplia de Lares, Cuidados Continuados, etc. é que as Misericórdias, e não só, começam a ter dificuldades em arranjar clientes para os seus Lares.

Anónimo disse...

Seria interessante, o autor deste blog, tentar saber o que se passou no centro de deficientes de santo Estevão, pois os três provedores que faziam parte do conselho de administração apresentaram demissão e os dirigentes da ump nada fizeram.
E conhecido que foi por nao estarem de acordo com a política praticada na ump.

Anónimo disse...

Para aqueles que ainda não perceberam porque razão a ump continua a criar equipamentos sociais directamente dependentes da Sede, basta pensarem que, entre outras coisas, estes são utilizados para "empregar" alguns que, circulando à volta de quem manda, não têm ainda o seu futuro profissional (ou devemos chamar-lhe o encher dos bolsos) devidamente acautelado e, talvez até pessoas das respectivas famílias. O resto é paisagem e, neste caso, bem bonita com a Serra d'ossa de fundo.