terça-feira, 29 de março de 2011

Administradores hospitalares discordam de atribuição de 22 ME a hospitais das Misericórdias

Saúde

Administradores hospitalares discordam de atribuição de 22 ME a hospitais das Misericórdias

por Lusa Hoje
O presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), Pedro Lopes, criticou hoje a atribuição de 22 milhões de euros a 12 hospitais das Misericórdias, defendendo a aplicação do montante nas instituições do Serviço Nacional de Saúde.
Para Pedro Lopes, o Ministério da Saúde devia apostar na rentabilização dos hospitais públicos, considerando mesmo "lamentável" que não seja feita uma aposta na sua capacidade de produção. "Em vez de rentabilizarmos as nossas organizações, estamos a colocar os serviços em outras. O investimento devia ser feito nas instituições de saúde que têm capacidades fortíssimas para desenvolver as suas actividades", declarou à agência Lusa. Para o presidente da APAH, o acordo assinado hoje entre o Ministério da Saúde e 12 hospitais da Misericórdia para a prestação de cuidados de saúde, é uma "questão política que desvaloriza os hospitais públicos". Em seu entender, é preciso que o Ministério da Saúde queira "rentabilizar os seus equipamentos".
Porém, admite, é necessário resolver primeiro uma questão que classifica de "fundamental": saber qual é o período de trabalho dos profissionais nos hospitais públicos, "uma situação difícil e complicada" de solucionar e que passaria por um "alargamento do regime de trabalho". O protocolo assinado entre o MS e os doze hospitais pertencentes às Misericórdias vai permitir, segundo a ministra Ana Jorge, a realização de 15 a 25 mil cirurgias e mais de 100 mil consultas de especialidade. A maioria dos 12 hospitais situa-se na região Norte: Esposende, Fão, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Póvoa de Lanhoso, Riba de Ave, Vila do Conde e Vila Verde.
O protocolo abrange ainda o hospital da Misericórdia na Mealhada, na região Centro, e os hospitais da Misericórdia de Benavente e Entroncamento, em Lisboa e Vale do Tejo.
DN

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