sábado, 26 de fevereiro de 2011

A VERDADE DÓI (cont.)

Reputando da máxima relevância o conhecimento da realidade dos factos, importa dar continuidade à reflexão que aqui temos vindo a desenvolver.
A principal razão para estas reflexões partilhadas constitui um imperativo de consciência já que à pala de pretensamente se estar a "cumprir" "O Dever da Verdade", se constata que a verdadeira VERDADE continua a ser escondida dos primeiros, principais e únicos interessados: os Dirigentes das Misericórdias, nomeadamente, dos seus Provedores.
E de novo ter-se-á que (re)colocar (colocar de novo) as seguintes questões:
- qual é o interesse em esconder a realidade dos factos ?
- a quem interessa esconder essa mesma realidade ?
É que pior, ainda, do que não falar a verdade, é esconder a verdade (a realidade).
Vamos então por partes.
1.º- o actual "presidente" do Secretariado Nacional (SN) da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) é Irmão da Misericórdia do Porto;
2.º- a Misericórdia do Porto é uma Associação Pública de Fiéis;
3.º- o "presidente" do SN da UMP é irmão de uma Associação Pública de Fiéis;
4.º- em fidelidade à sua origem e à natureza da Misericórdia a que pertence, o actual "presidente" do SN da UMP tem a obrigação de defender que as Misericórdias são Associações Públicas de Fiéis.
Ficou aqui demonstrado (na última reflexão aqui publicada com este mesmo título) que a Misericórdia do Porto é uma Associação Pública de Fiéis.
E a Misericórdia do Porto é uma Associação Pública de Fiéis por sua própria iniciativa. Foi a Irmandade (representada pelos seus, legítimos, órgãos sociais) que solicitou a intervenção do Senhor Bispo do Porto para que fosse possível ultrapassar um diferendo a que os Tribunais do Estado Português não conseguiram, não foram capazes, não quiseram e/ou concluiram não ter competência para tal dar resposta em tempo útil.
Num Decreto clarificador, o Senhor Bispo do Porto, reconheceu, sem qualquer oposição dentro da totalidade da Irmandade da Misericórdia do Porto, que esta Misericórdia é uma Associação Pública de Fiéis.
E porque assim é, o actual "presidente" do Secretariado Nacional (SN) da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), está (?) nesse cargo e no desempenho das respectivas funções na qualidade de Irmão de uma Misericórdia (a do Porto) que é uma Associação Pública de Fiéis.
Um parêntesis para referir uma aberração estatutária existente na UMP. Para os órgãos sociais da UMP são eleitos os irmãos das misericórdias.
Sendo assim, o actual "presidente" do SN da UMP está no exercício de um cargo numa qualidade a que jamais poderá renunciar e/ou negar: é irmão de uma Misericórdia que é uma Associação Pública de Fiéis.
E em coerência com a qualidade de que está dotado só poderá assumir-se como defensor da qualidade de está investido: irmão da Misericórdia do Porto enquanto Associação Pública de Fiéis.
Em consciência e por respeito ao Direito (até porque é jurista, segundo afirma), o actual "presidente do SN da UMP só pode assumir-se como legitimo defensor da Misericórdia do Porto enquanto Associação Pública de Fiéis e por extensão conceptual, já que a natureza jurídico-canónica é, genericamente, a mesma para a totalidade das Misericórdias Portuguesas, defensor das Msiericórdias Portuguesas enquanto associações Públicas de Fiéis.
Aqui está uma de entre várias razões que tornam incoerente, improcedente, incompreeensível, imperceptível e, por maioria de razão, inaceitável a postura de rejeição do Decreto Geral para as Misericórdias, por parte do actual "presidente" do SN da UMP.
Porque é irmão da Misericórdia do Porto.
Poque aceitou de sua livre vontade continuar a ser irmão da Misericórdia do Porto.
Porque aceita que a Misericórdia do Porto seja uma Associação Pública de Fiéis.
Poque é na qualidade de Irmão da Misericórdia do Porto, enquanto Associação Pública de Fiéis que é "presidente" do SN da UMP.
Porque tem a estrita obrigação de fidelidade à Instituição - Misericórdia do Porto.
O actual "presidente" do SN da UMP tem o dever e a obrigação de ser e permanecer coerente, ou seja, é na qualidade de irmão de uma Associação Pública de Fiéis que é, simultaneamente, "presidente" do SN da UMP.
Ora porque é na qualidade de irmão de uma Associação Pública de Fiéis que é "presidente" do SN da UMP, ninguém de boa fé o poderá levar, minimamente, a sério quando aparece a defender que as Misericórdias são Associações Privadas de Fiéis.
Muito menos é compreensível que prepare, promova e instigue a uma "guerra" com a totalidade dos Senhores Bispos Portugueses, já que foi com a concordância de todos eles (os Senhores Bispos) que o Decreto Geral para as Msiericórdias foi aprovado, por unanimidade numa sessão plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
E a provar que a posição assumida pelo actual "presidente" do SN da UMP não pode ser levada, minimamente, a sério está o facto de a CEP não o reconhecer como representante da UMP, nem dispor de capacidade nem de competência para tal, pelo que nomeou o Presidente da Direcção da CNIS para seu interlocutor com a UMP.
Deixamos, por hoje umas últimas questões: qual(is) a(s) razão(ões) que levam o actual "presidente" do SN da UMP estar tão alapado/agarrado ao lugar ???
Que condições tem para continuar tão alapado/agarrado ao lugar quando a Tutela (a CEP) não lhe reconhece nem capacidade nem competência para o desempenho de funções inerentes ao cargo de Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas ???
Haverá(ão) algum(uns) interesse(s) que justifiquem a sua alapagem/agarramento ao cargo ???
Estas questões são suscitadas por imperativo de consciência e procuram contribuir para a formação de convicção sobre a realidade vivida no seio da União das Misericórdias Portuguesas.
A tudo isto poderá a Misericórdia do Porto permanecer indiferente
É a questão que surge na sequência do comportamento daquele que sendo irmão da Misericórdia do Porto rejeita a natureza da Instituição a que pertence e pela qual está eleito (?).
A Misericórdia do Porto poderá continuar a apoiar (se é que apoia) o actual "presidente" do SN da UMP quando este rejeita a natureza dessa mesma Misericórdia ?
Poderá a Misericórdia do Porto continuara permitir que um seu irmão repudie (porque rejeita) a natureza dessa mesma Misericórdia quando foi unânime a aceitação enquanto Associação Pública de Fiéis ?
Poderá merecer a confiança da Misericórdia do Porto uma seu irmão que recusa aceitar a natureza institucional que quando solicitada, unanimemente, pelos órgãos próprios, foi decretada pelo Senhor Bispo do Porto ?
Todoas estas contradições em nada beneficiam, em primeiro lugar, a Misericórdia do Porto da qual o actual "presidente" do SN da UMP é irmão e prejudicam, sobretudo o universo das Msiericórdias Portuguesas que deveriam estar unidas, dentro da UMP, para melhor servirem todos quantos necessitam do apoio - da Caridade - destas seculares Instituições de Bem Fazer.
Esta é a verdade real que dói e por isso é omitida por quem não quer que saiba a verdadeira dimensão da causa.

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