terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O QUE É IMPORTANTE PARA AS MISERICÓRDIAS NÃO MERECE A MÍNIMA ATENÇÃO DOS "dirigentes" da UMP

O Senhor Ministro da Saúde pelo seu Despacho n.º 1060/2011,de 16 de Agosto criou um Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar, com a missão de propor um conjunto de medidas para reorganizar a rede hospitalar, conforme se pode ver no site www.min-saude.pt.
O Relatório desse Grupo Técnico esteve em discussão pública durante o mês de Dezembro de 2011.
Estaremos todos ainda lembrados que o actual Governo anunciou ser sua intenção devolver alguns hospitais, integrados no SNS - Serviço Nacional de Saúde, às Misericórdias, suas legítimas proprietárias. Soube-se, posteriormente, que seriam 15 os hospitais que seriam devolvidos às Misericórdias.
Esta mesma intenção governamental foi vertida para o Relatório do Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar. Esta intenção governamental de devolver 15 hospitais às Misericórdias foi alvo de reservas por parte de um grupo de reflexão da Universidade Nova, o qual mereceu a concordância do actual "presidente" do Secretariado Nacional(SN) da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), conforme demonstrámos na reflexão anterior.
É de facto inusit+avel que seja o próprio "presidente" do SN da UMP a aceitar reservas à capacidade de gestão das Misericórdias por parte de um grupo de uma Universidade que até pode ser da máxima competência na área da saúde, mas na análise à intervenção do sector social na árewa da saúde, nomeadamente, das Misericórdias ainda terá que demonstrar a sau competência e conhecimento do sector.
É de facto imperdoável que seja o p´roprio "presidente" do SN da UMP a aceitar fazer experência para analisar a capacidade de gestão das Misericórdias. Esta reservas por parte do "presidente" do SN da UMP são para além de inaceitáveis, imprudentes senão mesmo inconscientes. Porquê? Porque ao aceitar que é urgente fazer experiências para analisar a cpacidade de gestão das Misericórdias, está, implicitamente, a aceitar que é, no mínimo duvidosa a capacidade de gestão das Misericórdias, e isto só pode ser alvo de reprovação por parte das Misericórdias.
Quer dizer, o Governo ao tornar pública a sua intenção de devolver hospitais às Misericórdias não colocou qualquer reesrva, mas agora quando o "presidente" do SN da UMP afirma que é necessário fazer experiências, está a afirmar que, ele pró+prio não reconhece capacidade suficiente para as Misericórdias assumirem responsabilidades de gestão na área hospitalar, nomeadamente, nos cuidados diferenciados.
É no mínimo inacreditável que o "presidente" do SN da UMP pense assim sobre a capacidade de gestão das Misericórdias. Esta postura do "presidente" do SN da UMP só pode alimentar desconfianças relativamente à capacidade de gestão das Misericórdias.
Será que as Misericórdias precisam de uma União em que aqueles que se instalaram nos cargos dos seus órgãos sociais pensem assim ? Objectivamente NÃO.
Objectivamenet, as Misericórdias estão a ser, altamente, penalizadas por manterem no cargo o actual "presidente" do SN da UMP assim como todos os "dirigentes" da UMP.
As Misericórdias necessitam de libertar a sua UNIÃO daqueles que instalando-se nos cargos dos seus órgºãos sociais nada fazem para defendar o bom nome das Misericórdias. A UMP necessita de ser libertada das teias que nela se instalaram e de onde extraem benefícios para os próprios.

Perante o Relatório do Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar, o que é que a União das Misericórdias Portuguesas (UMP), a funcionar em condições normais e naturais, dotada de Dirigentes deveria ter feito?
O Referido Relatório do Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar foi sujeito a discussão pública.
Desde a estatização/nacionalização dos hospitais, no pós 25 de Abril, que as Misericótdias manifestaram sempre vontade de recuperar os seus hospitais, a maioria dos quais foram construídos, ampliados e/ou remodelados com grandes donativos das comunidades locais. Os cidadãos mais velhos ainda se lembram dos inúmeros Cortejos de Oferendas realizados, anualmente, nas mais diversas localidades de todo o País como forma de angariar fundos para que as Misericórdias pudessem investir e manter em funcionamento os seus hospitais.
Acontece até que algumas Misericórdias nasceram em pleno século XX para tornar possível a construção de raiz de hospitais locais, quasew todos de âmbito concelhio.
É ta,bém relevante, nesta altura, relembrar que o SNS - Serviço Nacional de Saúde só foi possível concretizá-lo à custa dos equipamentos de saúde que as Misericórdias mantinham em funcionamento à data da estatização/nacionalização. Ainda hoje se reconhece que As Misericórdias são actualmente detentoras de um vasto parque onde funcionam várias unidades de saúde exploradas pelo SNS. Da análise de várias unidades ao longo do País constata-se da possibilidade de se proceder à sua transformação funcional em Centros de Alta Resolução ou Unidades de Cuidados Continuados, tal como está escrito no supra referido Relatório, pág.s 74 e 75.
O Governo reconhece, assim, o potencial que as Misericórdias ainda têm para encarar a possibilidade de sucesso na prestação de cuidados de saúde às populações, nomeadamente, os cuidados de proximidade.
Esse mesmo Relatório inclui, na pág, 138, com o título - Agilizar a referenciação de Utentes para a RNCCI - Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, uma abordagem a uma Rede onde as Misericórdias assumem particular relevo.
Se mais não fosse só estas duas referências aqui agora transcritas aconselhariam toda aprudência por parte dos Dirigentes da UMP se os tivesse.
Acontece que os actuis "dirigentes" da UMP ignoraram por completo o járeferido Relatório.
O que deveria ter sido feito e não foi por parte da UMP se de facto existisse para servir de apoio às Misericórdias.
Desde logo, e imediatamente a seguir a ser tornado público o Relatório do Grupo Técnico, os "dirigentes" da UMP, nomeadamente, o "presidente" do SN da UMP deveria ter dado conhecimento às Misericórdias às quais está prevista a devolução dos seus hospitais. Deveria até ter sido dado conheciemnto as todas as Misericórdias. Poderia até ter sido feito por Circular. O "presidente" do SN da UMP tão lesto a emitir circulara para anunciar toradas e carnificinas a que chama encontros cinegéticos, omitiu um dos mais importantes documentos produzidos pelo actual Governo, preven a ampliação da capaciodade intervenção das Misericórdias na área da saúde.
Não é compreensível nem admissível que os actuais "dirigentes" da UMP ignorem, omitam ou escamoteiem tão relevante informação às Misericórdias. Procederem como procederam os "dirigentes" da UMP faltaram ao compromisso a que juraram fidelidade respeitando-o. Ou será que o juramento só foi feito porque parece bem na altura que em organizam um acto de posse faustoso, para dar nas vistas, esquecendo logo de seguida os princípios e valores que juraram respeitar e fazer respeitar?
O que é que os "dirigentes" da UMP deveriam ter promovido, durante o período de discussão pública do citado Relatório, para além do conhecido que era devido ser remitido às Misericórdias?
O SN da UMP, nomeadmente, o seu "presidente" deveria ter promovido ima reunião com as Misericórdias cujos hospitais estão previstos serem devolvidos, por forma a articular uma actuação comum e conjunta, promovendo uma análise critica ao referido Relatório. Para tal deveria, também ter tomado de imediato uma decisão de encarregar o GMS -. Grupo Misericórdias Saúde de analisar esse Relatório e elaborar um documento de trabalho a submeter à apreciação do SN e das Misericórdias envolvidas o qual depois de aprovado deveria ser remetido ao Senhor Ministro da Saúde.
Ou será que o GMS só existe para criar "taxos" para os "amigos" e filhos dos "amigos" que são os garante da continuidade da actual estrutura "dirigente" na UMP ?
Mas o que fez então o SN, nomeadamente, o seu "presidente" ? Aparentemente nada. Não se conhece nada que o SN tenha feito relativamente ao Relatório.
E assim se eprdeu mais uma oportunidade de as Misericórdias se afirmarem como agentes essencias na prestação de cuidados de saúde aos Portugueses.
O SN da UMP demosntra não estar à altura das exigências dos cargos e muito menos da missão que lhes compete.
Ao ignorar, pura e simplesmente, o Relatório do Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar, os actuais "dirigentes" da UMP revelam uma total insensibilidade para o que é a União das Misericórdias Portuguesas (UMP), um desconheciemnto absoluto sobre qual é a missão da UMP e das Misericórdias na sociedade portuguesa.
Quando o "presidente" do SN da UMP assume que é urgente fazer experiências para averiguar a capacidade de gestão das Misericórdias revela o seu nível de copmpetência, de consciência e de sensibilidade do que foram, do que são e do que serão as Misericórdias.
Mais de uma centena de organizações se pronunciaram sobre o referido Relatório. Prevendo este uma maior intervenção das Misericórdias na área da saúde, os "dirigentes" da UMP, ou desconhecem, ou ignoraram o Relatório.
Esta gravíssima omissão dos "dirigentes" da UMP impediu as Misericórdias de se afirmarem como agentes essenciais ao desenvovlimento sustent+avel dos cuidados de saúde em Portugal. Agindo por omissão, os "dirigentes" da UMP impediram as Miswericórdias de se pronunciarem sobre matérias da maior importaância e nas quais estarão de futuro directamente envolvidas.
Profundamente lamentável a inacção e omissão dos actuais "dirignetes" da UMP. Indisculpável, por ser prática corrente.
Perante esta realidade fica mais uma vez demonstrado a ausência de perfil e de preparação dos actuais "dirgentes" para o exercício dos cargos em que se instalaram e dos quais não querem sair.
A demonstrar que querem continuar é a campanha eleitoral que o "presidente" do SN da UMP está a desenvovler desde o Verão passado. Mas sobre esta matéria em breve voltaremos.

1 comentário:

Anónimo disse...

As Misericórdias só expandiram o seu sector social quando, há 35 anos atrás, foram afastadas da gestão dos seus Hospitais. Até então, a maior parte delas era absorvida pela gestão do Hospital e a restante actividade social era pouco mais que residual. Se voltarem agora aos Hospitais (em que condições ??) o mais certo será irem voltando para situação análoga à de 1975.