quinta-feira, 19 de maio de 2011

CARÁCTER, ÉTICA, MORAL - Características essenciais dos Dirigentes

Começamos este apontamento por fazer uma distinção básica e essencial par se poder compreender o desenvolvimento da argumentação que aqui desejamos expor com toda a clareza.
Para que possamos tornar, suficientemente, clara a nossa exposição importa distinguir: mentir e faltar à verdade.
E se pretendemos fazer esta distinção é por uma razão muito simples. Mentir a generalidade do comum dos mortais sabe, na perfeição o que é. E também porque a sabedoria popular, facilmente, se encarrega de denunciar aquele que mente. Diz a sabedoria popular "É mais fácil apanhar um mentiroso que um coxo".
Mentir é um vocábulo de alguma forma prejorativo. É feio.
Faltar à verdade é uma expressão muito mais elevada. Fica bem a quem a pronuncia. É sinal de uma educação promorosa.
Mas faltar à verdade é muito mais grave e muito mais perigoso do que mentir.
É que faltar à verdade é também mentir. Mas é bastante mais do que mentir.
Faltar à verdade é para além de mentir, é esconder a verdade, é omitir a verdade, é apresentar só parte da verdade, é a utilização de enquadramentos falaciosos, é induzir a conclusões contrárias à realidade dos factos.
E por aqui poderíamos continuar a nossa enunciação elucidativa do que é faltar à verdade.
Cidadãos com carácter não mentem.
Cidadãos com carácter não faltam à verdade.
Cidadãos respeitadores dos mais elementares princípios éticos e morais não mentem. Cidadãos respeitadores dos mais elementares princípios éticos e morais não faltam à verdade.
Cidadãos que se prezem de o ser não mentem nem faltam à verdade.
Cidadãos que, verdadeiramente, o são não mentem nem faltam à verdade.
Cidadãos respeitáveis não mentem nem faltam à verdade.
Cidadãos credíveis não mentem nem faltam à verdade.

Tudo isto vem a propósito de uns artigos escritos cujo autor intitulou: ODEVER DA VERDADE.
É a verdadeira verdade que um dia terá que ser contada para que se possa entender como foi possível, em simultâneo, estar a rejeitar, publicamente, aquilo que já se tinha aceite em privado.
É que a verdadeira verdade que um dia terá que ser contada para que se possa entender como foi possível assinar um documento (Compromisso) com disposições que ainda há dois meses, não só se rejeitavam como até se repudiavam, publicamente.

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