sábado, 1 de janeiro de 2011

2011 - Ano Europeu do Voluntariado

Do sítio do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado, extraímos:
"No dia 27 de Novembro de 2009, o Conselho de Ministros da União Europeia, declarou oficialmente 2011, Ano Europeu das Actividades Voluntárias que Promovam uma Cidadania Activa.
O Ano Europeu tem por objectivo geral incentivar e apoiar os esforços desenvolvidos pela Comunidade, pelos Estados-Membros e pelas autoridades locais e regionais tendo em vista criar condições na sociedade civil propícias ao voluntariado na U.E. e aumentar a visibilidade das actividades de voluntariado na U.E.

Este objectivo geral será operacionalizado através de 4 grandes objectivos específicos:

1. Criar um ambiente propicio ao voluntariado na U.E;
2. Dar meios às organizações que promovem o voluntariado para melhorar a qualidade das suas actividades;
3. Reconhecer o trabalho voluntário;
4. Sensibilizar as pessoas para o valor e a importância do Voluntariado."
Teve hoje início o Ano Europeu do Voluntariado.
Em boa surgiu esta iniciativa da União Europeia.
Desde tempos imemoriáveis, desde o alvorecer da Humanidade que o Homem desenvolve actividade Voluntárias.
Sobressai, entre essas actividades, a interajuda.
Porque o Homem é um Ser Social a sua acção ocorre num meio influenciado pelas circunstâncias que o envolvem.
O Homem isolado talvez consiga sobreviver, mas dificilmente conseguirá viver.
O Home é um ser complexo da qual resulta a existência de necessidades, ambições e aspirações.
A plenitude dessas necessidades jamais conseguiu ser satisfeita com os recursos próprios.
A interajuda surgiu quando o Homem sentiu necessidade de pedir ajuda e/ou quando se sentiu impelido a ajudar o seu Irmão carente de ajuda (que não pedia por uma imensidão de razões sibejamente conhecidas).
Asssim surgiu o Voluntariado. Perante a necessidade dos que necessitam de ajuda, há sempre quem esteja disponível para ajudar.
Uma "cultura" ou estado de espírito que felizmente nunca sendo maioritário convenceu alguns que todas as necessidades seriam supridas com profissionais das mais diversas áreas do conhecimento. O Walfare State é resultado dessa visão das sociedades.
Porque os recursos não são ingotáveis, para os mais realistas sempre houve a convicção que profissionalizar toda a ajuda Humana seria imposível. E assim continuaram a apostar no desenvolvimento e concretização de actividades Voluntárias, principalmente, dirigidas aos que mais necessidades apresentavam e menos recursos disponíveis possuiam.
O Voluntariado tem subjacente a ideia ou o ideal da Solidariedade que nas Misericórdias se designa por Caridade cuja amplitude é inconmensurávelmente maior.
O Voluntariado para a Caridade Cristã visa levar à prática a Doutrina Social da Igreja, prncipalmente, através da prática das 14 Obras de Misericórdia.
Nas Misericórdias, ao longo de já mais de 5 séculos, o Voluntariado permitiu atenuar, diminuir e até erradicar as mais diversas situações de carência, pobreza e exclusão.
Foram milhares e milhares, senão mesmo milhões, de Mulheres e Homens Bons e de Bem que disponibilizaram capacidades e bens para os seus Irmãos mais Pobres e Desprotegidos.
As Misericórdias não serão alheias à História do Voluntariado de Caridade. Poder-se-á até considerar que não será possível escrever essa História sem as Misericórdias.
Agora que a União Europeia decidiu evocar o Voluntariado ao longo deste Ano de 2011, importa aprofundar o conhecimento sobre o Voluntariado das Misericórdias.
Este conhecimento constituirá o alicerce da acção do presente assim como a projecção do futuro.
Esta evocação do Voluntariado coincide com um período de crise financeira com consequências na economia de uitas países que não souberam ou não quiseram inetrvir a tempo de evitar.
É nestas época de crise que mais se faz sentir a importância do Voluntariado.
É nestas épocas de crise quando os recursos finaceiros mais escasseiam que se reconhece a importância fundamental do Voluntariado.
Importa, pois, reconhecer a importância que tiveram na acção das Misericórdias ao longo de mais de 5 séculos de história, aqueles que de forma anónima, tal como a Bíblia recomenda (dá com uma mão de forma que a outra não veja) desenvolveram acções notáveis de Bem Fazer.
Estimular através da divulgação de boas práticas será uma das formas possíveis de atracção de Mulheres e Homens disponíveis para a prática do Bem.
Aqui evocamos os três Princípios (desafios) de SS João Paulo II às Misericórdias em 1992:
- OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES
- DESTINO UNIVERSAL DOS BENS
- SEJAMOS PROMOTORES E FAUTORES DA CIVILIZAÇÃO DO AMOR
Aqui está, de uma forma bem simples mas de uma intensidade enorme, um verdadeiro programa para a acção do Voluntariado de espírito Cristão (e não só).
Reconhecer o Bem que outros fazem.
Agradecer o que fizeram pelos Irmãos que Sofreram ou sofrem.
É também Caridade/Solidariedade.
As Misericórdias poderiam e deveriam aproveitar a dedicação de 2011 ao Voluntariado para encomendarem a realização de estudo que revelasse a importâncoia e a dimensão do Voluntariado no seu seio ao longo da sua já longa Historiografia.
As Misericórdias reunidades na sua União - a União das Misericórdias Portuguesas - deveriam homenagear alguns daqueles que ao longo da sua história desempenharam papel relevante, como Voluntários, ao serviço da causa e em cumprimento da Missão, das 14 Obras de Misericórdia.
O Voluntariado foi sempre uma realidade ao longo da História da Humanidade.
Não está em perigo o seu fim.
Mas poderá e deverá ser ampliado.
Esta ampliação e dedicação poderá ser melhor realizada por aqueles que mais têm, ajudarem os que mais necessitam.
Evocar os Bons exemplos.
Escrever o que foi.
Estimular a adesão e participação Voluntária.
Aqui estão alguns desafios que deveriam merecer a atenção de todos quantos estão empenhados na construção de um Mundo Melhor e mais Solidário.
Ao se dedicar o ano de 2011 ao Voluntariado, será um período suficientemente longo para permitir divulgar, promover e estimular a adesão à prática do Bem integrando o movimento universal das Misericórdias enquanto "instrumentos" da Igreja para a concretização da Doutrina Social da Igreja através da acção prática diária das 14 Obras de Misericórdia.
Este movimento universal das Misericórdias sendo inspirado na Doutrina de Cristo não é "monopólio" da Igreja, mas sim universal na sua verdadeira acepção. Todos a ele podem aderir assim como tem como destinatário o Homem na sua plenitude.
A Caridade Cristã é concretizada pelos(as) Homenes e Mulheres de Boa Vontade inspirados nos Princípios e Valores da Fé. Diz a sabedoria popular que " A Fé move montanhas". Foi com esta Fé que os Voluntários, ao longo de já mais de 5 séculos, mantiveram este movimento universal das Misericórdias. Estas enquanto Instituições físicas foram alvo, por várias vezes, de apropriação dos seus bens. Mas a Fé com que sempre foi vivida a Instituição Misericórdia eliada ao Voluntariado que sempre lhe deu Corpo conseguiu sobreviver apesar das mais variadas "investidas" que sofreu ao longo da História de mais de 500 anos.
É esse Voluntariado anónimo que importa evocar ao longo do ano de 2011, homenageando-o.
Quanto mais amplo for o Voluntariado nas Misericórdias maior amplitude pode ser a sua acção em prol dos mais necessitados.
As Misericórdias vivem um momento algo conturbado e de indecisão sobre a melhor forma de administrá-las.
Se por um lado aparecem alguns a defender a a promover para si próprios o profissionalismo da administração das Misericórdias, a esmagadora maioria, fiel aos Princípios inspiradores da sua missão defende que a administração das Misericórdias deverá permanecer no regime de Voluntariado, admitindo excepções sempre e quando houver fundamento para tal.
As Misericórdias tiveram a capacidade de resistir a todas as adversidades porque sempre foram capazes de, em cada momento da sua história, quando aparecia alguém a querer inverter as regras, manter os Princípios e Valores inerentes ao Voluntariado enquanto forma de servir o Irmão que sofre.
Se os recursos das Misericórdias sempre foram escassos e tem por destinatários preferenciais, os seus recursos, nomeadamente, os financeiros não devem ser apropriados por aqueles que juraram cumprir mandatos em regime de Voluntariado. É necessário, é possível e tem que ser a regra geral que a administração das Misericórdias permaneça nas mãos de quem está disponível para servir em regime de Voluntariado.
É este Voluntariado que deve ser Homenageado este ano de 2011.
E deverá sê-lo de uma forma anónima.
De acordo com a tradição Portuguesa uma das formas possíveis será a construção de um Monumento dedicado ao Voluntário.
Poderá ser feito através de concurso de ideias, o que permitirá um contributo das Misericórdias para o desenvolvimento da cultura.
Este Monumento a construir deverá ter a participação de todas as Misericórdias Portuguesas de acordo com as suas possibilidades e disponibilidades financeiras. Poderia também receber contributos financeiros do Estado e das Empresas que se quisessem associar.
Para terminar esta ideia, deixamos uma sugestão de local para a instalação desse Monumento. Ou melhor, vamos deixar três sugestões todas elas com fundamentação.
Desde logo na cidade de Lisboa.
Porquê?
Tão simplesmente porque foi em Lisboa que foi fundada a primeira Misericórdia em 1498. E se possível em local próximo da Sé de Lsiboa já que foi aí que a Misericórdia foi fundada.
Outro local poderia ser Viseu.
Porquê?
Porque foi aí que nasceu a União das Misericórdias Portuguesas fará 35 anos no próximo mês de Novembro. E porque a União das Misericórdias Portuguesas agrega o universo institucional das mesmas. Aí, dispõem as Misericórdias de uma propriedade de sua plena titularidade, a Quinta de Sto Estevão, que foi dadao pelo estado, à UMP como compensação, a título de indemnização às Misericórdias, pela estatização/nacionalização dos seus hospitais em 1975 e 1976.
Um terceiro lugar onde também poderia ser instalado esse Monumento ao Voluntário poderia ser Fátima.
Porquê?
Porque também aí as Misericórdias possuem uma ampla propriedade na qual está instalado o Centro João Paulo II e onde está já a Imagem de Nª Srª das Misericórdias. Por este facto esta seria uma alternativa só por exclusão das duas anteriores.
O Voluntariado nas Misericórdias pode e deve ser estimulado e promovido ao longo de todo este ano.
Já que foi proposto às Misericórdias, em Congresso realizado em 2009 na Ilha da madeira, a criação de um Banco de Voluntariado, apesar de um atraso de 2 anos, terá plena justificação a criação e instalação do Banco de Voluntariado aprovado pelas Misericórdias e cuja responsabilidade de instalação é competência da UMP.

Sem comentários: