Aquele que se instalou no cargo de Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (AICPSNUMP) anunciou hoje a construção de um novo centro de deficientes no concelho de Borba.
O AICPSNUMP deu a conhecer que a UMP é detentora de uma propriedade rústica no concelho de Borba. Este prédio rústico foi doado à UMP.
Os factos estranhos continuam a surpreender.
É estranho que AICPSNUMP utilize a Agência Lusa para divulgação desta doação quando da mesma nada foi dado conhecimento às Misericórdias Portuguesas.
Tudo isto é muito estranho.
As Misericórdias Portuguesas deveriam ter sido as primeiras a serem informadas que tinha havido uma doação à União das Misericórdias Portuguesas.
Porque esconeram, aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas, esta doação?
Porque utilizou AICPSNUMP só agora a LUSA para divulgar esta doação?
Acontece que esta doação originou uma exploração agrícola e consequente criação de novo centro de custos na contabilidade da União das Misericórdias Portugesas.
Mas esta exploração agrícola e este centro de custos sempre foi omitido às Misericórdias Portuguesas.
Desta exploração agrícola nada foi dado conhecimento às Misericórdias Portuguesas e o respectivo centro de custos foi omitido nas Contas de Gerência da União das Misericórdias Portuguesas.
Esta exploração agrícola existe, pelo menos desde 2005, facto comprovável pelos subsídios (ajudas à produção, ajudas compensatórias ou outras) recebidas pela União das Misericórdias Portuguesas. O montante destas ajudas era verificável através do site do Ministério da Agricultura e pagos pelo ex-IFADAP/INGA.
Também através da última divulgação pública de ajudas pagas pelo Ministério da Agricultura é fácil comprovar que a União das Misericórdias Portuguesas recebeu.
Tem que se fazer a pergunta:
- porque escodem aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Miseericórdias Portugesas toda esta realidade?
Mais algumas perguntas vão ter que ser feitas:
- será verdade que foram vendidas algumas cabeças de gado vacum (das que foram doadas/compradas ou adquiridas de outra qualquer forma) de forma a gerar receitas para fundo de maneio?
- será verdade que este fundo de maneio era e/ou é gerido por um tal Ramalho (Provedor da Misericórdia do Vimieiro) a seu belo prazer, dispondo até de cartão de crédito ou débito para gerir essa exploração agrícola?
- já agora era imnportante que se soubesse, se as anteriores perguntas obtiverem respostas positivas, qual a instituição e a agência onde está domiciliada a conta referente a este centro de custo.
Os factos que necessitam de informação, ou melhor de explicação, junto das Misericórias Portuguesas são muitos e cada vez mais.
Não querendo, sabe-se lá porque razões, aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas dar a conhecer a realidade em que movimentam dentro da UMP, só há uma maneira de conhecer a forma como estão a ser utilizados os dinheiros destinados à causa da solidariedade.
Porque esses dinheiros têm como destinatários os mais pobres importa conhecer com toda a clareza e toda a transparência quer a origem dos dinheiros quer a forma como os mesmos são utilizados.
Como aqueles que se instalaram nos cargos dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas se recusam a prestar informações essenciais só existe uma de dus maneiras de proceder:
- ou o Monistério do Trabalho e da Solidariedade determina a efectivação de uma Inspecção à União das Misericórdias Portuguesas; ou,
- o Ministério Pública determina a realização de averiguações.
E do(s) resultado(s) obtidos deverá ser dado conhecimento às Misericórdias Portugueas.
Os dinheiros que são utilizados para combate à pobreza e à exclusão são dinheiros que exigem, na sua utlização, o máximo rigor assim como a máxima clareza e transparência.
Espera-se que as entidades competentes actuem em conformidade.
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