Televisão: Canal da União das Misericórdias suspenso dois meses depois de criado
Lisboa, 24 Jan (Lusa) - O canal interno de televisão da União das Misericórdias, criado há dois meses, foi suspenso por alegada falência da empresa encarregue da instalação do sistema, mas os responsáveis garantem que não desistiram do projecto.
De acordo com o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos, no final de 2006 foi assinado um protocolo com a empresa ZGS - Informática e Telecomunicações para a instalação de um sistema de televisão interno entre as misericórdias.
"Instalaram as televisões em algumas misericórdias e fizeram a apresentação no secretariado, mas algum tempo depois a empresa teve problemas financeiros e suspendeu a instalação", disse Manuel Lemos à Lusa, adiantando ter recebido da ZGS a informação de que a empresa estaria a tentar arranjar um parceiro para ajudar a avançar o projecto.
O objectivo deste sistema interno de comunicação é divulgar informação entre as misericórdias relativa a iniciativas ou acontecimentos relacionados com estas instituições, mas também divulgar boas práticas, explicou o responsável.
Um antigo colaborador da ZGS confirmou ter havido "um problema financeiro" com a empresa, que neste momento estaria em processo de falência por má gestão.
Jorge Ferreira especificou que o canal começou no final de Maio de 2007 e que os problemas começaram logo entre Junho e Julho, pelo que "não houve tempo para grandes experiências".
Das 100 misericórdias que se previa estarem ligadas por este canal interno, apenas cerca de 50 foram contempladas com a instalação de ecrãs plasma, que actualmente estão desligados, acrescentou.
Contactado pela agência Lusa, o responsável pela gestão da ZGS, Manuel António, escusou-se a comentar o assunto, alegando tratar-se de uma questão "pessoal", e adiantou apenas estar a "decorrer um processo de aquisição da ZGS por outra empresa".
Questionado sobre se os problemas que levaram à suspensão do canal estariam relacionados com dificuldades em angariar publicidade para custear o financiamento do sistema, Manuel António recusou igualmente responder.
Relativamente às empresas que alegadamente estariam responsáveis pela gestão da publicidade e por angariar clientes, o gerente da ZGS confirmou apenas que a Cidade Criativa - Publicidade e Comunicação seria uma delas, mas disse que havia outras.
Apesar dos percalços, fonte da UMP assegurou que as misericórdias continuam interessadas neste projecto e noutros que reforcem a comunicação interna destas instituições, desde que não haja encargos para as próprias misericórdias.
A mesma fonte adiantou que o projecto de um canal de televisão foi desde início bem acolhido pela UMP.
O gerente da ZGS garantiu, por sua vez, que "existe um compromisso para instalação de um canal em todas as misericórdias" e que "esse compromisso é para ser cumprido".
AL.
Lusa/Fim
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2008-01-24 08:25:01
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