quarta-feira, 30 de abril de 2014

CONGRESSO DA UMP

Os dirigentes da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) estão a organizar mais um dos "seus" congressos, desta vez e passados 18 anos sobre o último também realizado em Évora.
Uma das questões que se coloca é para que servem tantos congressos da UMP?
Recentemente realizaram-se congressos na Madeira e em Braga.
Dificilmente alguém se lembrará das conclusões desses congressos e quais as suas consequências.
As consequências desses congressos foram, absolutamente, nulas.
Bastará recordar o congresso realizado na Madeira onde a principal conclusão foi a da Criação de um Banco de Voluntariado.
Bastará constatar que nada foi feito para a criação e muito menos para a implementação de tal Banco de Voluntariado.
Fracassos totais e absolutos têm sido as consequências de tais congressos. Não servem absolutamente para nada.
Mas já assim é desde o VI Congresso realizado em Évora em 1996. Este congresso ficou conhecido como o congresso do totonegócio. Tudo o que foi divulgado nos órgãos da comunicação social sobre o congresso limitou-se a entrevistas sobre o totonegócio (negociação entre o governo e os clubes de futebol sobre as verbas do totobola).
No final do mês vai realizar-se mais um congresso da UMP. Não é um Congresso das Misericórdias porque estas Instituições, mais uma vez são impedidas de nele participar, fazendo-se ouvir. Mais uma vez que se vai fazer ouvir são os dirigentes da UMP e os seus compinchas e apaniguados. Não haverá vozes que falem sobre a dimensão das das Misericórdias, sobre as dificuldades que enfrentam nem sobre o que lhes atormenta a sua administração e gestão. Para os dirigentes da UMP nada do que verdadeiramente interessa às Misericórdias lhes interessa a eles.
Para demonstrar que assim podemos começar por analisar a escolha daqueles que estão no sítio da UMP www.ump.pt a fazer um apelo à participação nesse dito congresso.
Pequenas referência biográficas sobre o perfil de tais convidantes:
Do CM extraímos:
"Misericórdia de Setúbal em dificuldades financeiras A Santa Casa da Misericórdia de Setúbal enfrenta "problemas de tesouraria complexos", reconhece ao CM o provedor da instituição, Fernando Cardoso Ferreira. A explicação surge depois de um dos membros da mesa administrativa, José Sousa Pinto, ter entrado em ruptura com o provedor.
Ao CM, o secretário explica que "a situação financeira da instituição tem sido escondida dos membros da misericórdia por parte do provedor". Sousa Pinto acredita que a situação está descontrolada, enfrentando a misericórdia um elevado passivo."
Tal como a UMP também a Misericórdia de Setúbal parece enfrentar problemas de descontrolo financeiro.
Passemos a uma pública referência sobre o segundo convidante apresentado no sítio da UMP:~
"Bento Morais é acusado da autoria de um crime de corrupção passiva para acto ilícito por, segundo o Ministério Público, ter desrespeitado os deveres gerais de isenção e de lealdade a que estava obrigado enquanto provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde, ao ocultar à ARS/Norte que quem efectivamente prestava serviços na área das análises clínicas por parte da instituição a que preside era a LabbGuima, laboratório que se encontrava com as suas convenções com o Serviço Nacional de Saúde suspensas. 
Deste modo, ainda segundo a acusação, foram facturadas e pagas pelo SRS (Serviço Regional de Saúde) de Braga à Santa Casa de Vila Verde análises clínicas no valor de 50 975,69 euros. A acusação refere ainda que Bento Morais terá recebido 15 mil euros da família Pastor, “em troca do silêncio e e omissão de condutas”. 
Nas explicações que prestou ao colectivo presidido pela juíza Raquel B. Tavares, Bento Morais rejeitou as acusações , historiando o processo que levou a instalação do laboratório da LabbGuima no Hospital de Vila Verde, no âmbito de contrato celebrado com a ARS. 
“Não escondemos nada” - acrescentou aquele responsável, referindo a situação em que estava o hospital na prestação de cuidados aos utentes. Quanto ao dinheiro, trata-se de um empréstimo solicitado para o seu filho para construir casa, tendo a dívida sido saldada um ano depois."
Por último também uma pequena nota biográfica sobre o outro convidante:
"Segundo consta por terras do Crato o então vereador da respectiva Câmara Municipal terá sido afastado desse cargo por ter mandado máquina do Município abrir um buraco para uma piscina em casa da filha.
Este convidante também empregou uma das filhas na Misericórdia do Crato e outra na UMP"

E assim vai a União das Misericórdias Portuguesas entre os que a dirigem e os que apoiam esses mesmo dirigentes.
Mais palavras para quê?

1 comentário:

Anónimo disse...

O que aconteceu ao blog? O administrador desta página por favor nao deixe de publicar as " menos verdades" da UMP. Para todos os efeitos isto é um testemunho publico de algo importantíssimo ...