quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

URGENTÍSSIMO AUDITORIA, SINDINCÂNCIA E/OU INSPEÇÃO

As conversas de corredores que sistematicamente ocorrem em todas as reuniões dos órgãos sociais da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) suscitam dúvidas quanto aos processos determinados pelos actuais "dirigentes".
O pior que pode acontecer numa organização de tipo associativo como é o caso da UMP é o surgimento de dúvidas quanto aos procedimentos dos seus dirigentes. As dúvidas procedimentais conduzem a uma perca progressiva da confiança e de credibilidade.
Nada pior do que isto para uma organização que se dedica ao Bem Comum.
Nada pior do que isto para uma Instituição que utiliza e muito financiamentos públicos (dinheiro dos nossos impostos).
Porque há coisas que importa esclarecer para bem da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) e para aqueles que a dirijam, a bem da clareza e transparência seria necessário e até urgente levar a cabo uma auditoria a tudo o que foi feito neste século, pelo menos.
Esta auditoria poderá ter duas origens:
- ou por decisão da Assembleia Geral da UMP, da qual se encarregasse de a conduzir uma Comissão nomeada por essa mesma Assembleia, com recurso a empresa especializada; ou,
- pela tutela, ou seja, pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
Poderá também ser realizada uma inspecção por iniciativa:
- do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social; ou,
- da Procuradoria Geral da República.
Poder-se-á perguntar o porquê disto.
Vejamos então as dúvidas que pairam sobre a generalidade das Misericórdias.
Importa saber se os dirigentes da UMP são ou não remunerados de uma forma certa e regular.
Se essa remuneração está em conformidade com os Estatutos da UMP, com o Decreto-Lei n.º 11/83, de 25 de Fevereiro e com a Normas para as Associações de Fiéis.
Importa averiguar responsabilidades civis e criminais, caso tal se conclua das intervenções acima sugeridas.
A alienação de património da UMP:
- como, quando e com que intervenientes. Essas alienações respeitaram as normas estatutárias e legais vigentes ?
Referiremos alguns casos que importa, entre outros averiguar:
- a venda de apartamentos em Fátima. Por quanto foram vendidos e quem comprou ? Quais foram os intervenientes ?
- o que se passa com a Quinta de Sto Estevão ? Foi vendida, permutada ? Com quem ? A que preço ? Quem foram os intervenientes ?
- As obras na actual sede da UMP foram feitas a título de permuta, segundo consta em Ralatório de Actividades da UMP. O que é que foi permutado ? Com quem foi feita permuta ? Quem foram os intervenientes ?
Alienação da quota da Securicórdia. Constituindo património da UMP não seria necessária a autorização da Assembleia Geral da UMP para a efetivação de tal alienação ? Quais os procedimentos seguidos para essa alienação ? Como foi seleccionado o adquirente ? Quem foram os intervenientes no processo ?
Será necessário também auditar/inspeccionar o denominado Grupo Misericórdias Saúde e a Delegação da UMP do Norte.
É necessário saber se os seus dirigentes são remunerados e a que título. Como é que foi feita a admissão de todos quantos trabalham nessas estruturas da UMP. Quais os níveis de remunerações atribuídos ? Quem os estabelece ?
É necessário saber se há mordomias e quais as mordomias que os dirigentes da UMP fixam para si próprios e para assessores e outros colaboradores que se si dependem directamente ? Qual o montante dessas mordomias ?
Quais as viagens de que beneficiaram dirigentes e outros colaboradores/assessores pagas por empresas fornecedoras de bens às Misericórdias mas, eventualmente, pagos por utentes?
Conhecer as contas das touradas.
Conhecer as contas da exploração agrícola sediada no concelho de Borba.
Poderíamos continua a referir outros temas que importa ver esclarecidos. Mas o que aqui referimos será suficiente para o início de um trabalho de averiguação.
O que a generalidade das Misericórdias deseja é tão só conhecer a realidade do que se passa no seio da UMP à qual não tem acesso apesar de a soberania institucional nelas residir.

1 comentário:

Anónimo disse...

Se fossem só as viagens a provedores a ser pagas pelas fraldas....não se estava mal de todo! o problema são as ofertas pessoais a alguns dirigentes. Ele são cruzeiros para eles e para as companheiras, pelo menos um automóvel para a coleção particular,...será que ninguém se pergunta como é que esta gente consegue ter o nível de vida que tem, se não recebe direta e indiretamente?? Claro que se perguntam, os dirigentes das misericórdias sabem. e quando há um ou outro que coloca questões embaraçosas, "coloca-se uma medalha ao pescoço e ele acalma-se, porque não há quem resista a ser homenageado em publico". Outra alternativa é dar-lhe um cargozinho, onde não tenha oportunidade de interferir no andamento das coisas, mesmo que a isso seja obrigado por força da função. Alguém explica qual é o papel dos elementos do conselho fiscal??? Coitados....passa-lhes tudo ao lado! Mas lá estão, todos contentes.