Se a anormalidade não fosse uma constante na União das Misericórdias Portuguesas (UMP) poder-se-ia achar estranho o não anúncio na agenda pública divulgada no sítio www.ump.pt da reunião do Conselho Nacional (CN) que decorreu desde 6.ª feira até hoje em Angra do Heroísmo.
De facto esta reunião do CN foi mantida em segredo porque haverá todo o interesse que os temas que iam ser abordados cairiam muito mal junto dos Dirigentes das Misericórdias.
Tudo o que diga respeito à organização e vida interna da UMP é mantido em segredo entre o grupo de dirigentes da UMP, mas nem todos sabem, verdadeiramente o que lá se passa.
Ora quer a revisão dos estatutos da UMP que têm como objetivo prioritário a permanência nos cargos dos atuais dirigentes e permitir alargar o quadro dirigente para enquadrar aqueles que estão à espera de se sentar à mesa do orçamento.
O segundo tema seria o da remuneração dos dirigentes da UMP e das Misericórdias, apontando vencimentos mensais de 4 x o Salário Mínimo Nacional.
Aqui está a razão porque haveria todo o interesse de que não chegasse ao conhecimento das Misericórdias quer a reunião quer os temas a debater.
Estes dirigentes da UMP põem a UMP a funcionar ao contrário.
Entendem eles que é já a UMP que tutela as Misericórdias e não as Misericórdias é que de direito tutelam a UMP.
Segundo se consegue apurar o tema da revisão estatutária para as Misericórdias foi adiada como ontem aqui fizemos eferência, Mas, mantém toda a atualidade para os dirigentes da UMP.
Sobre os vencimentos a questão é mantida ainda mais em segredo. Porquê ? Porque há todo o interesse em haja o maior número possível de Provedores remunerados para na altura certa ser apresentada uma proposta que está praticamente ultimada e só à espera do momento oportuno.
E assim se vai permitindo gerir a UMP.
20 comentários:
Que vergonha, mas se calhar há muitos "Provedores" que aceitarão ser pagos. E os funcionários das Instituições ? Não veem um aumento há anos ! As Misericórdias não precisam de Provedores pagos, nem de engordar as contas bancárias, precisam sim de dar um bom serviço aos utentes, e aos funcionários.
A remuneração dos Provedores (e Mesários?) rompe com uma tradição secular de voluntariado e exporá as Misericórdias aos apetites dos oportunistas e sem escrúpulos. Não é difícil vaticinar um futuro muito negro se tal monstruosidade se vier a materializar (como parece que virá).
A aprovação do novo modelo de Estatutos será o princípio do fim das Misericórdias tal como as conhecemos. O espírito de voluntariado presente até agora em muitos dos membros dos Corpos Sociais das Misericórdias será substituído por gente que tem como único objectivo usar dos benefícios de um lugar pago e de todas as mais valias que tal lugar lhes vai trazer. Não é novidade para ninguém que actualmente já existem "Provedores" pagos e bem pagos para ocupar o lugar e que ainda beneficiam das negociatas que vão fazendo utilizando os cargos.
Abram bem os olhos e vejam com atenção quem são os membros do "grupo" que tem acompanhado esta proposta desde o início e que tem lutado para que ela vá por diante. Mas nâo é também desta forma que as coisas se passam dentro da própria UMP? Um salve-se quem puder a ver quem mais benefícios pessoais consegue retirar através dos cargos que desempenha? Se os que estão de fora vêem tudo isto, porque é que as Misericórdias que são associadas da UMP não vêem? Ou os interesses pessoais são superiores aos princípios e valores que deviam ser a imagem de marca destas Instituições? É UMA VERGONHA E UM ATENTADO A QUEM, DE BOA FÉ, DEDICA A SUA VIDA A SERVIR OS MAIS POBRES.
Uma notícia muito interessante publicada pelo Correio da Manhã a 13/10/2014:
Igreja contra políticos nas misericórdias.
A Igreja quer intervir em pelo menos dois aspectos fundamentais da gestão das misericórdias: a alienação de património mais valioso e a nomeação dos órgãos directivos, impedindo que sejam eleitas pessoas com cargos de direcção partidária.
Os bispos, segundo revelou ontem em Fátima o padre Manuel Morujão, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), passarão a ser ouvidos na nomeação dos provedores, mas não terão o direito de os escolher. "Chegar--se-á a um acordo", após diálogo e troca de informação, referiu.
Neste processo, será evitada a nomeação de detentores de cargos partidários para os órgãos sociais das misericórdias: "Cada coisa no seu lugar. Não confundir instituições políticas com as de bem-fazer. Os políticos devem estar fora dos órgãos de direcção", adiantou Manuel Morujão, que falava no final da reunião do Conselho Permanente da CEP. Esta medida visa "mostrar precisamente a independência das misericórdias". Hoje, há muitos casos em que, por exemplo, autarcas ocupam lugares de destaque nas instituições.
No que respeita à alienação de património, o porta-voz da CEP admitiu a intervenção da Igreja em "casos extremos, especialíssimos", que não sejam de gestão ordinária, porque as misericórdias "lidam com milhões, felizmente ao serviço do povo português".
Ao longo da conferência de imprensa, poucas horas antes do início da Peregrinação de Outubro (ver caixa), Manuel Morujão tentou desfazer a ideia de que os bispos querem mandar nas misericórdias, quando desejam é que se "autogovernem". "Uma diocese não pode gerir uma misericórdia, que tem a sua autonomia. Substancialmente as coisas continuarão como estavam [antes da declaração daquelas instituições como associações públicas de fiéis]", referiu.
"O diálogo" foi o caminho apontado pelo porta-voz da CEP para resolver "alguns mal-entendidos e desentendimentos" entre ambas as partes. Nesse sentido, a Igreja e a União das Misericórdias estão a trabalhar em regulamentação que será "consensual" para acabar com a polémica.
Esta é uma questão muito interessante e perigosa para a vida das Misericórdias, porque em certas situações só vai remunerar a incompetência e a baixa moral de alguns provedores, que já auferindo de bons ordenados ou boas reformas, verão assim aumentar as suas regalias sem que lhes sejam exigidas e assacadas responsabilidades pelos seu actos de gestão.
Pessoalmente sou completamente contra a revisão dos estatutos da UMP no que concerne à perpetuação dos provedores das misericórdias que há muito já ultrapassaram a duração legal dos seus mandatos, contudo , sou favorável a que os provedores sejam remunerados, dentro da possibilidade de cada Misericórdia e em proporção dos "resultados" obtidos ao nível quer da boa gestão, quer como fomento de actividades, novos irmãos, aumento dos donativos, etc.
De igual modo sou favorável a que a Igreja, através do seu Bispo Diocesano acompanhe mais de perto a vida das Misericórdias, não tanto do ponto de vista de gestão, mas do ponto de um ponto de vista mais geral que começaria na aprovação dos candidatos a provedor das listas que fossem a eleições como posteriormente da sua ratificação. O cidadão comum vê nas Misericórdias uma extensão da própria Igreja, infelizmente a realidade é bem diferente, cada vez se vê menos Igreja e mais imoralidade aos olhos de todos, ou pelo menos daqueles que a querem ver....
Se o problema fosse só a remuneração, apesar de todos os perigos identificados, não estaríamos mal! O problema verdadeiro está na manipulação de informação, na falta de transparência, em benefícios paralelos tantas vezes pontados neste blog. Um exemplo, que nada tem a ver com dinheiro: Em junho houve três unidades de cuidados continuados de Misericórdias que foram acreditadas por uma organização internacional. Alguém ouviu a União das Misericórdias, que representa todas as Misericórdias (não é a sua Missão???), falar disso, dar os parabéns publicamente, valorizar o esforço feito por estas instituições? NAO! E sabem porque? Porque a 4ª Misericordia, que estava junta com estas 3 no projeto, era MORA, que CHUMBOU por faltas graves na qualidade dos serviços de saúde prestados aos utentes da Unidade! Como o seu Provedor integra os corpos sociais da UMP e é o representante da área da saúde (vejam que representação temos), a UMP optou por não dar visibilidade ao êxito das outras três! Não seria necessário dizer que Mora chumbou, mas é, na minha optica, obrigação da UMP divulgar que 3 foram acreditadas internacionalmente. Mas não, porque o êxito das Misericórdias não interessa à UMP. Agora, em outubro, como Mora teve uma nova auditoria, SE CONSEGUIR PASSAR, será certamente divulgado que 4 Misericórdias foram acreditadas, para prmover, não as outras 3, mas sim a SCM de MOra! Tres aspetos a sublinhar: a falta de isenção no tratamento das Misericórdias, a manipulação de informação que a UMP faz, o esforço desenfreado, que não olha a meios, para promover alguns dos membros do secretariado nacional, nem que seja à custa de outras misericordias.
A propósito do comentário anterior: uma funcionaria da UMP, do departamento da saúde, que, supostamente, trabalha para as misericórdias em geral, porque é paga com as quotas das misericordias, tem sido afeta quase exclusivamente a trabalhar com a misericordia de mora nesse processo de certificação ou acreditação. Não admira portanto que não tenha tempo para tratar dos assuntos e problemas das misericordias porque está a trabalhar para o chefe! Isto para não falar das despesas de deslocação pagas com recursos de todas as misericórdias e em proveito de uma só. Outra questão: sendo o provedor de mora médico, representante das misericórdias na saúde, pessoa que tanto fala de qualidade, pergunta-se, como chumbou numa auditoria em que as outras 3 passaram? como é que não é capaz de, sozinho, preparar a sua unidade, a sua equipa, para a segunda auditoria e precisa da ajuda da funcionaria da UMP? Lamentável e triste...
Que esperar de pessoas como esta?
Acreditar e confiar em gente desta e nas suas capacidades? Pensam que as Misericórdias são todas tontas e que não percebem que o projeto das demências é mais um esquema de promoção pessoal, apoiado pelo secretariado nacional, como vários outros? No momento que começarem a ser pagos, se os tais estatutos forem por diante, a situação agravar-se-á com toda a certeza!
A SCM de Mora tem recebido privilégios da UMP. Há Misericórdias que tem pedido apoio para a Acreditação das suas unidades de cuidados continuados e a tal Senhora da UMP da área da Saúde a pseudo-advogada Catarina Cerqueira não tem dado qualquer apoio visto ser uma subalterna do Provedor de Mora ( vogal do SN da UMP) que é um dos que a tem protegido dentro da UMP ( vai-se lá saber porque? ).
Esta pseudo-Advogada tem literalmente "rodado" todos os departamentos da UMP nomeadamente o Jurídico , o de Recursos Humanos etc... Agora está na Saúde , mesmo não tendo formação nem competências para liderar esta área. As provas estão nos maus resultados que tem produzido e que inexplicavelmente esses maus resultados tem sido encobertos pelos dirigentes da UMP. Pelo que se conta é uma pessoal sem escrúpulos, má formada , que não consegue trabalhar com ninguém e a prova está nas famosas zangas histéricas que ela teve com a representante da área Jurídica Dra. Estrela e dos RH Dr. Glória
É assim que está a UMP.
O comentário acima sobre a responsável pela área da saúde ( grupo misericoridas saúde) nao me surpreende nada. Uma pessoa quando não está bem com a vida tenta manipular tudo e todos. Quando se tem um SN do lado dos inadaptados e dos que estão mal com a vida , as coisas más acontecem. Exemplo é a péssima gestão desse gabinete. Pena que os provedores do pais nao se juntem e revejam as prioridades morais da UMP. Quando trabalhei numa misericórdia do Norte ( sai á 1 ano para continuar as minhas funções na função publica) , estive constantemente em confronto com esse gabinete. A misericórdia pagava uma quota todos os meses e o apoio técnico na área da saúde era zero!
DCaros Amigos
Agradecia que ao lerem este comentário também o pudessem esclarecer através de comentário.
Na SCM Braga vai realizar-se a Assembleia Eleitoral no próximo dia 22 de novembro.
Na convocatória saida no jornal da cidade como segundo ponto para os irmãos votarem está
"Eleição da mesa da assembleia geral, da mesa administrativa, e do conselho fiscal para o mandato social que se iniciará em janeiro do ano de 2015"
Em condições normais este ponto seria,
"Eleição dos corpos sociais para o triênio de 2015/2017
Ora, se a eleição for aprovada conforme consta da convocatória, o mandato começa em janeiro mas não se sabe quando acaba.
Será que está situação é legal?
Queiram por favor comentar
Trata-se de uma esperteza saloia.
Pela legislação em vigor os mandatos são de três anos.
Está prevista na legislação que aguarda publicação os mandatos passarão a ter 4 anos.
Ao não indicarem o ano de téminus do mandato quererá dizer que desta forma contornam a lei atual e o próximo mandato permanecerão 4 anos.
Puro oportunismo.
E uma vontade de continuarem a servir-se da Misericórdia.
Agora até poderão a poder fixar vencimentos para os próprios.
Relativamente ao novo modelo de estatuto veja-se a bem tomada de posição da Misericórdia de Almada, e o comunicado enviados às Instituições.
Cumprimentos
Relativamente aos estatutos da UMP veja-se a bem tomada decisão da Misericórdia de Almada através da difusão da opinião enviada às Misericórdias do Distrito de Évora.
Quer dizer, os que já lá estão em Provedores já não contam os anos anteriores, temos que levar com mais do mesmo. Haja paciência, tantas Misericórdias mal governadas.
Em relação à convocatória da SCMB a mesma deveria conter "Eleição dos corpos sociais para o triénio de 2015/2017", sendo que esta convocatória poderá ser contestada através de um reclamação para o Presidente da Assembleia Geral. Mas há mais, no caso de o próximo mandato ser o quarto, a mesa só se manterá se os irmãos acharem que é imperioso a sua continuação, neste caso antes da eleição propriamente dita o Presidente da Assembleia sufragará um a um cada elemento da actual mesa, ou seja, vou a votação um a um para ver quem é que os irmãos querem que realmente continue. Entretanto só com a homologação por parte do Bispo Diocesano é que a mesa poderá tomar posse pelo que se houver muitas reclamações referente ao processo eleitoral o Bispo poderá não dar a sua homologação. Também não a dará por exemplo se existirem conflitos de interesses, normalmente estes surgem sempre que para as listas ás eleições concorram membros políticos em exercício em Câmaras Municipais ou Juntas de Freguesias, ou membros pertencentes a Concelhias partidárias.
Ainda relativamente à convocatória da SCMBRAGA, o que ontem li no jornal Correio do Minho é que o Provedor diz que o ato eleitoral é para o triênio de 2015/2017 ou caso a lei dos novos estatutos seja entretanto publicada passa para o quadriênio de 2015/2018. Caso o ato eleitoral seja aprovado pela assembleia geral nestas condições, como é que a Arquidiocese irá aprovar está deliberacao estranha e com que fundamento poderá passar a provisão de homologação da eleição.
Será que está aberração eleitoral passa em todos os crivos - Assembleia e Arquidiocese?
É assim tudo vai correndo na paz do senhor.
Ainda em relação á convocatória da SCMBRAGA, parece que a mesma será desconvocada uma vez que a UPM, ordenou ás misericórdias que cancelem o acto eleitoral até que saiam os estatutos referentes aos quatro mandatos e á "continuidade dos actuais provedores". A ser assim estamos perante a mais uma ilegalidade.
http://www.ump.pt/?id=1277:circular-n-51-2014-revisao-do-decreto-lei-n-119-83
E se for assim,: (já que andamos em matéria de investigações, ao governo á EDP etc etc).
Numa misericórdia:Presidente da Assembleia Geral é a mulher do Secretário;que também substitui o Vice provedor; Vice provedor tem a filha no concelho fiscal, que é dono e dona de uma farmácia onde os utentes do Lar dessa Misericórdia compram os remédios, e a mulher do provedor assina as contas do concelho fiscal com a filha do Vice provedor. está bem assim ou nem por isso ? Procurem que achem. É uma vergonha.
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