quinta-feira, 30 de junho de 2011

O QUE É FUNDAMENTAL CONHECER

Conhecer o que acontece dentro da União das Misericórdias Portuguesas(UMP) é imperativo de ordem legal, estatutária, moral e ética por parte daqueles que a "dirigem".
Dar a conhecer a todos os Portugueses as actividades desenvolvidas pela UMP assim como conhecer os dinheiros que utiliza resultam do seu duplo estatuto:
- utilidade pública, na lei civil;
- associação pública de fiéis, no âmbito do Direito Canónico.
Fica claro que quer as actividades quer a utilização do dinheiro obriga aqueles que "dirigem" a UMP a apresentação pública (nos 2 âmbitos referidos) de tudo o que se passa dentro da UMP.
A União das Misericórdias Portuguesas é património das Misericórdias e estas são património nacional,ao serviço dos que mais necessitam.
O que aqui hoje desenvovlemos resulta da impossibilidade sentida pela esmagadora maioria dos Dirigentes das Misericórdias em conhecerem as actividades desenvolvidas por aqueles que "dirigem" a UMP assim como conhecerem quais os recursos financeiros e a forma como os mesmos são gastos ou vão desaparecendo.
É fundamental para garantir a imprescindível credibilidade à União das Misericórdias Portuguesas, conhecer qual o seu património, as razões e os valores das alienações concretizadas assim como a identificação dos interventores.
Para facilitar a divulgação de parte do factos que urge conhecer aqui deixamos algumas referências.

QUINTA DE SANTO ESTEVÃO
Esta Quinta sita na freguesia de Abraveses, concelho de Viseu foi doada à UMP como compensação devida às Misericórdias pela nacionalização dos seus hospitais ocorrida em 1974/5, ao tempo que era Ministro dos Assuntos Sociais, o Dr. Morais Leitão.
Ao que se sabe esta Quinta terá sido alienada por aqueles que dirigiram e dirigem a UMP sem que nenhuma informação tivesse até hoje sido prestada às Misericórdias.
É necessário saber qual era o valor patrimonial da Quinta de Sto Estevão à data da alienação.
É necessário conhecer todos os pormenores desse negócio, nomeadamente, dar a cconhecer a todas as Misericórdias o teor do contrato celebrado como comprador da Quinta de Sto Estevão.
O valor patrimonial da Quinta de Sto Estevão poderá ser de forma elevado que obriga. a que aqueles que dirigem a União das Misericórdias Portuguesas, a dar a conhecer todos os contornos do negócio.
Esta obrigação é tanto maior quanto os próprios Estatutos da UMP obrigam a Assembleia Geral a: e) Aprovar contratos de compra e venda de bens imóveis; (Art.º 12.).
Ora acontece que o contrato de venda da Quinta de Sto Estevão não ao não ser aprovado pela Assembleia Geral,está constatada uma irregularidade cujos contornos importa conhecer por todas as Misericórdias.
Uma pergunta se impõe: qual(is) a(s) razão(ões) que levaram aqueles que "dirigem" a UMP a não cumprirem as disposições estatutárias que juraram cumprir aquando da respectiva posse ?
É tudo isto que aqueles que "dirigem" a UMP devem explicar e explicitar a todos quantos Dirigem as Misericórdias, nomeadamente, aos respectivos Provedores.
O negócio da alienação da Quinta de Sto Estevão também, ao que se sabe, não terá merecido a necessária autorização da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), já que esta entidade tutela a UMP.
O conhecimento da totalidade dos contornos do negócio da venda da Quinta de Sto Estevão é obrigação de todos os Dirigentes das Misericórdias assim como constitui obrigação daqueles que "dirigem" a União das Misericórdias Portuguesas.
Estes deveres e obrigações são tanto mais imperativas quanto o valor envolvido, segundo informações recolhidas junto de quem conhece muito bem essa mesma Quinta e está em condições de conhecer o respectivo valor, é de tal maneira elevado que poderá rondar os 60.000.000 € (sessenta milhões de euros).
É um valor demasiado elevado para que tal património desapareça sem que as suas destinatárias (as Misericórdias) desistam de conhecer o valor do património que lhes foi doado em 1980.
Tudo isto é funadmental ser dado a conhecer às Misericórdias.
Tudo isto é necessário ser conhecido pelo Ministério da Segurança Social e da Solidariedade, já que é este Ministério quem assumiu as competências de tutela.
De acordo com as competências legais, o Minsitério da Segurança Social e da Solidariedade poderá e deverá proceder a uma auditoria que permita conhecer a totalidade dos contornos do negócio realizado com a Quintanhara de Sto Estevão.
Ganhará, a União das Misericórdias Portuguesas, credibilidade o que agilizará a acção e intervenção das Misericórdias nas novas missões que o actual Governo pretende delegar nestas seculares Instituições de bem fazer.

terça-feira, 28 de junho de 2011

POR RESPEITO À VERDADE

O exercício de cargos e correspondente desempenho de funções em órgãos sociais de organizações de referência, primordialmente, devem ser o reflexo de práticas coincidentes com os valores e princípios inspirados na doutrina que as enforma e que as sustenta. Chamamos hoje à colação os princípios da Doutrina Social da Igreja, porque a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) decretou, de acordo com o seu entendimento colectivo, que as Misericórdias são Associações Públicas de Fiéis, entendimento esse reforçado com a recente publicação na revista «Lumen» - órgão oficial da CEP - do Decreto Geral Interpretativo que aprofunda a concepção de Associações Públicas de Fiéis que as Misericórdias, definitivamente, são.
Ficou, definitivamente, decretado - para os próximos 25 anos - as Misericórdias são Associações Públicas de Fiéis. E se as Misericórdias são Associações Públicas de Fiéis, por maioria de razão a União das Misericórdias Portuguesa (UMP) é uma Associação Pública de Fiéis. E porque assim é importa que aqueles que a dirigem,a UMP, têm que ser os primeiros a dar o exemplo pelo escrupuloso cumprimento das correspondentes obrigações legais e estatutárias. De entre essas obrigações destacaremos hoje, as seguintes, de acordo com a Doutrina Social da Igreja:
- o deverdo Dom; e,
- o dever da Gratuitidade.
Estes dois princípios da Doutrina Socialda Igreja impõem a todos quantos exercem cargos e desempenham funções dirigentes nas Misericórdias asua tradução prática.
Foi assim ao longo da sua longa história. Os Dirigentes das Misericórdias exerciam cargos e desempenhavam  funções dando. Dando tempo, disponibilizando capacidades - entenda-se competências e até, muitas vezes dando parte do seu património.
É isto que a sociedade portuguesa espera que os dirigentes das Misericórdias façam sempre e quando estão investidos nesses mesmos cargos.
Os Portugueses não podem ter a mínima dúvida de que os Dirigentes das Misericórdias e, particularmente, os Dirigentes da UMP exercem os cargos e desempenham as correspondentes funções, em respeito por este princípio do DOM.
É portanto expectável que os Dirigentes da UMP exerçam cargos dando tempo, dando competência e dando património sem exigir outra qualquer retribuição que não seja, exclusivamente, a prática desinteressada do BEM.
O exercício de cargos Dirigentes nas Misericórdias e por maioria de razão na UMP devem assentar no mais puro regime de voluntariado - sem direito a qualquer tipo de remuneração - dando o melhor de si em prol dos mais pobres e desfavorecidos.
Este é o segundo princípio a que devem obediência todos aqueles que exercem cargos nos órgãos sociais das Misericórdias Portuguesas, e de sobremaneira, aqueles que dirigem a UMP.
O Princípio da Gratuitidade obriga aqueles que são dirigentes ao exercício dos respectivos cargos em regime de gratuitidade. Quer isto dizer sem direito a qualquer retribuições pelo exercício desses mesmos cargos.
Estes pincípios foram vertidos para a Lei de enquadramento civil da actividade das Misericórdias, o Decreto-Lei n.º119/83, de 25 de Fevereiro.
Estes princípios estão também contemplados no espírito e no conteúdo das Normas Gerais para as Associações de Fiéis e nos Decretos recentemente publicados pela CEP.
Compete, em primeira instância às entidades tutelares zelar pelo cumprimento das leis pelas próprias emanadas.
Talvez fosse bom, pelo menos, muito contribuiria, para clarificar situações suspeitosas de que estes princípios expressos nas leis estão a ser respeitados e cumpridos.
Ganhariam as Misericórdias que sairiam reforçadas com a transparência de processos e ganhariam a imprescindível credibilidade junto dos Portugueses, prncipalmente, daqueles que estão disponíveis para servirem e doarem desinteressadamente.
Agora que é intenção do actual Governo chamar para intervirem, nos próximos tempos de dificuldades que se aproximam, é, certamente, o momento mais oportuno e adequado para clarifacra todas asdúvidas e suspeitas que pairam sobre as misericórdias, principalmente, sobre a União das Misericórdias Portuguesas.
As Misericórdias estão a ser altamente lesadas pelo clima de suspeição que paira sobre aqueles que dirigem a União das Misericórdias Portuguesas. Importa assim que a competência inspectiva do Governo seja exercida para clarificar de uma vez por todas a situação que se vive dentro da UMP.
É isso que esperam os Dirigentes das Misericórdias.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

CONGRESSO DA UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS

Passaram já 8(pito) dias sobre o início do Congresso desta União das Misericórdias Portuguesas e 5 (cinco) sobre o seu encerramento.
Só pretenciosamente se poderá chamar ao que aconteceu no passado fim de semana no distrito de Coimbra, Congresso. Terá sido tudo menos um verdadeiro congresso.

Mas o que de facto demonstra que não aconteceu qualquer congresso, senão na designação, resulta do facto de não ter havido conclusões. Um congresso sem conclusões não existe.
Ou se houve conclusões, ao não term sido divulgadas é o mesmo que não existirem.
Uma das razões fundamentais para a realização de um congresso é a chegada a conclusões.

E assim se vai gastando o dinheiro que deveria ser utilizado no combate à pobreza e exclusão.

terça-feira, 21 de junho de 2011

OBJECTIVOS DO CONGRESSO


Tentar convencer os participantes que exercem grande influência sobre os futuros Governantes.
A colagem como lapas a todos os governantes de todos o quadrantes quando estão no poder.

domingo, 19 de junho de 2011

Discurso do Presidente da República na Sessão de Encerramento do X Congresso Nacional das Misericórdias

Arganil, 18 de Junho de 2010

No encerramento deste X Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas quero começar por saudar os seus representantes, Senhores Provedores, Mesários e demais Irmãos. É com sentido e profundo reconhecimento pelo vosso trabalho e pela vossa dedicação que me dirijo a este Congresso.
As Misericórdias portuguesas têm fortes razões para se orgulharem do inestimável contributo que têm prestado e continuam a prestar aos Portugueses e a Portugal.
A sua história de cinco séculos não encontra paralelo em nenhuma outra instituição social que de forma tão continuada e, ao mesmo tempo, tão decisiva, tivesse contribuído para minorar o sofrimento e a exclusão entre os Portugueses.
Foi no combate à fome, à doença e à exclusão que se forjou esta obra inestimável que integra, de pleno direito, a secular história de Portugal como Estado e como Nação.
Curiosamente, foi no contexto da construção dos pilares do moderno Estado português que a Obra das Misericórdias se lançou e expandiu, por iniciativa da Rainha D. Leonor.
Nessa altura, houve consciência clara de que a afirmação do Estado não era incompatível nem concorrencial com a organização autónoma das Misericórdias.
Pelo contrário, Estado e Misericórdias só tinham a ganhar com a acção complementar e cooperante.
Se o Estado moderno foi obra de monarcas e de elites, a vasta rede de Misericórdias que se estruturou à escala nacional, foi obra dos portugueses, dos homens bons das cidades e das vilas que através da sua dedicação e do espírito de solidariedade, criaram uma das instituições mais importantes da nossa sociedade.
Ao longo destes cinco séculos de história comum, nem sempre o desejável espírito de cooperação e a autonomia institucional foram respeitados. Há que reconhecê-lo!
Já na vigência do actual regime democrático, essa relação, que deveria ser de confiança e de partilha na busca de soluções para os problemas que afectavam a população portuguesa, foi fortemente abalada pela concepção estatizante de alguns governos.
O que se passou no domínio dos cuidados de saúde é um bom exemplo dessa quase obsessão de tudo sujeitar à tutela e à administração directa do Estado.
As consequências desses excessos são hoje sobejamente conhecidas.
Perdemos muitos anos a recriar o que já estava criado, a recuperar experiência e competências que já existiam, a esbanjar recursos que poderiam ser canalizados para domínios mais carenciados e de maior urgência social.
Felizmente, tomou-se consciência dos erros e, lenta mas pragmaticamente, foi-se arrepiando caminho.
A recente celebração de um protocolo entre as autoridades de saúde e um considerável número de misericórdias portuguesas, visando a contratualização de serviço público por parte destas, é um passo que me apraz assinalar. Esse passo pode representar uma valorização significativa do sistema nacional de saúde, tornando-o mais eficaz, com maior qualidade de serviço e maior satisfação dos utentes.
Temos de reinventar o conceito de serviço público, nomeadamente na diversidade das áreas sociais. Um novo conceito que atenda mais à necessidade de dar uma resposta rápida e adequada aos crescentes problemas sociais da população portuguesa, do que ao respeito de uma visão ideológica que os tempos tornaram obsoleta.
As dificuldades financeiras e de crescimento da economia para os próximos anos deveriam convidar-nos a pensar de forma objectiva e desapaixonada nos desafios de emergência social que já estamos a enfrentar.
São conhecidas as dificuldades de financiamento do Estado, bem como os constrangimentos decorrentes da crise financeira que obrigarão, em maior ou menor proporção, à contenção da despesa social.
Entretanto, são tão ou mais conhecidas e sentidas as dificuldades crescentes que afectam entre 2 a 3 milhões de portugueses. Destes, uma grande parte sofre, ou está em risco de vir a sofrer, as consequências típicas das situações de emergência social.
Crianças, jovens, desempregados, deficientes, doentes crónicos, idosos, famílias inteiras em situação de privação material ou de exclusão social grave esperariam, nesta conjuntura, um redobrar da atenção e do apoio por parte do Estado, precisamente quando este enfrenta as maiores dificuldades em manter os níveis e os mecanismos de protecção social.
São cada vez mais os que necessitam de ajuda e são cada vez menos os recursos que o Estado lhes pode distribuir.
Esta é a indesejável e triste situação que temos de enfrentar.
Só os Portugueses e as suas instituições de solidariedade social poderão atenuar os efeitos desta calamidade social que não pára de tocar um crescente número de cidadãos.
Os senhores, enquanto responsáveis pelas misericórdias portuguesas, sabem do que estou a falar.
Conhecem o dia-a-dia dessa luta e as dimensões que esse fenómeno está a atingir.
Vivem directamente as histórias de sonhos desfeitos, de ilusões destroçadas, de vidas que não encontram futuro, do presente insuportável para a dignidade pessoal que muitos teimam em manter.
Sabem todos do que é que estou a falar.
Por isso vos peço que não baixem os braços, que não desistam perante a adversidade e o avolumar dos problemas das vossas instituições.
Transmitam a todos quantos trabalham nas vossas creches, nos vossos lares, nos vossos hospitais, nos vossos refeitórios, o quanto confiamos na dedicação, na capacidade de ajudar quem vos procura, no inestimável contributo que têm vindo a dar para que os Portugueses mantenham a esperança num futuro melhor.
Transmitam aos vossos voluntários o quanto esperamos da sua dedicação desinteressada. Digam-lhes que o seu exemplo não será esquecido.
Ajudem a promover o reforço dos laços familiares, dêem maior expressão a essa ideia central de solidariedade entre gerações, continuem a estar disponíveis para cooperar com outras instituições.
Ajudem a identificar os problemas, mobilizem todos os recursos que estão disponíveis, superem desconfianças antigas e divisões artificiais.
Todos não seremos demais para enfrentar os tempos difíceis que nos batem à porta.
Para empreendermos esse combate precisamos do espírito solidário de todos os Portugueses.
Precisamos de mobilizar todos os recursos e boas vontades para ganharmos esse desafio.
Confio na vossa determinação e no vosso trabalho.
Confio que as Misericórdias Portuguesas vão continuar a justificar o reconhecimento da dedicação, do espírito solidário e do mérito relevante que está inscrito na sua história e que os Portugueses jamais esquecerão.
Por esta razão decidi agraciar a União das Misericórdias Portuguesas com o título de Membro Honorário da Ordem de Mérito, cujas insígnias terei o gosto de entregar ao seu Presidente, Dr. Manuel de Lemos.
Faço-o com um sentido pleno de justiça e na certeza que à exigência e expectativa que esta condecoração traduz para quem a recebe, responderão as Misericórdias Portuguesas com o melhor do seu empenho e da sua solidariedade.
Muito obrigado.
Presidência da República
06.2011 14:41

Saúde: Misericórdias vão informar a Troika de que têm melhores preços do que o sistema público

Arganil, Coimbra, 18 Jun (Lusa) -- As Misericórdias Portuguesas reafirmaram hoje a disponibilidade em cooperar com o Estado para minimizar os efeitos sociais da crise, e decidiram informar a "Troika" de que na saúde praticam preços mais baixos que o sistema público.
Arganil, Coimbra, 18 Jun (Lusa) -- As Misericórdias Portuguesas reafirmaram hoje a disponibilidade em cooperar com o Estado para minimizar os efeitos sociais da crise, e decidiram informar a "Troika" de que na saúde praticam preços mais baixos que o sistema público.
Nas conclusões do X Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas, que hoje encerrou em Arganil, referem a "total disponibilidade" para, em conjunto com o Estado e demais instituições da sociedade civil, "ajudar Portugal e os portugueses a encontrarem um futuro melhor".
Os congressistas afirmam congratular-se com os resultados obtidos pelas Misericórdias no domínio da saúde, nomeadamente nos "hospitais de agudos" e no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.
Acrescentam que foi decidido "tornar pública a disponibilidade das Misericórdias para continuar a ajudar todos os portugueses que sofrem em complementaridade com o Estado, com superior qualidade, mas a custos bem inferiores aos praticados, quer no setor público, quer nas parcerias público-privadas".
No texto das conclusões afirmam que o congresso "deliberou informar a Troika da capacidade das Misericórdias e dos preços que estas conseguem trabalhar, porque a capacidade de resposta das Misericórdias é um recurso nacional que não pode ser menosprezado".
O X Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas manifestou também a "sua preocupação face às alterações legislativas referentes ao IVA no caso da construção de equipamentos", e em relação aos efeitos que isso poderá ter na comparticipação dos utentes e das suas famílias.
"Combater a crise com rigor e determinação não isenta o Estado português de fazer opções", observam os congressistas.
Alertam para a necessidade de revisão legislativa de modo a tornar o estatuto das IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) mais adequado à realidade do século XXI, mas "no caso concreto das Misericórdias, deixar consagrado, quer perante o Estado, quer perante todos os outros poderes, a sua especificidade, autonomia e natureza próprias".
Como mensagem interna das conclusões, o Congresso "reafirmou a necessidade de cada uma das Misericórdias exigir de si mesma o maior rigor e contenção na gestão das suas Santas Casas, com o objetivo de ser cada vez mais eficiente e mais eficaz, assegurando a sustentabilidade e a perenidade".
A inovação e profissionalismo dos recursos humanos, compatibilizados com os valores sociais que fazem parte da sua missão, são vias para a sustentabilidade, concluem os congressistas.
O X Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas, sob o tema "A Intergeracionalidade: Passado, Presente e Futuro", teve início quinta-feira, em Coimbra, e foi encerrado esta tarde, em Arganil, pelo Presidente da República.

FF.
Lusa/fim
SICNotícias

Saúde: É altura de afastar "preconceitos ideológicos" e apostar nos hospitais das Misericórdias - Manuel Lemos

Arganil, Coimbra, 18 Jun (Lusa) -- O presidente da União das Misericórdias Portuguesas defende que é altura de o Estado afastar "preconceitos ideológicos", e apostar mais na capacidade destas instituições na área saúde, porque a prestação de cuidados fica mais barata.
Arganil, Coimbra, 18 Jun (Lusa) -- O presidente da União das Misericórdias Portuguesas defende que é altura de o Estado afastar "preconceitos ideológicos", e apostar mais na capacidade destas instituições na área saúde, porque a prestação de cuidados fica mais barata.
"Não faz sentido pactuar com o desperdício suportado em preconceitos ideológicos como é o caso do não aproveitamento integral da nossa capacidade de resposta em termos de saúde", sublinha Manuel Lemos, no discurso de encerramento do X Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas
Segundo o dirigente, os preços que as Misericórdias praticam pelos cuidados de saúde "situam-se, em média, mais de 30 por cento abaixo dos valores praticados pela resposta pública ou das parcerias público-privadas".
"Quando o memorando de entendimento entre o Governo, a União Europeia e o FMI se refere à necessidade de contenção da despesa e de reestruturação na prestação de serviços de saúde, vale a pena de certeza olhar para a nossa qualidade e para os nossos preços e apostar mais nas Misericórdias de Portugal", sustenta
Nesse contexto -- sublinha Manuel Lemos -- as Misericórdias não tencionam solicitar ao Governo mais recursos para fazer o mesmo, mas promete serem "insistentes, em sede de relação com o Estado", no sentido de reforçar essa complementaridade com o Estado.
"Sobretudo o que mais nos tem custado e nos preocupa é a falta de planeamento e a ligeireza das decisões que conduzem diretamente a gastos necessários, à insatisfação das populações e a uma certa ideia de impunidade que parece estar instalada", afirma o presidente da União das Misericórdias Portuguesas.
Aludindo ao papel histórico das Misericórdias, de ajuda aos que precisam, salientou que é nas alturas de crise, como a atual, que "a missão se torna mais importante e crucial".
"Sendo a boa vontade e o desejo de ajudar determinantes, hoje só é possível cumprir essa mesma missão se formos exigentes em sede de austeridade, rigor, competência, inovação e boas práticas", concluiu.
O X Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas, que quinta-feira começou em Coimbra, foi encerrado esta tarde, em Arganil, pelo Presidente da República.

FF.
Lusa/fim
SICNotícias

DIRIGENTE DA UMP QUER PAGAR RSI EM GÉNEROS

18.06.2011 12:07

Misericórdias: RSI deve ser apoio em géneros e serviços, defende dirigente

Coimbra, 18 jun (Lusa) - O dirigente da União das Misericórdias Portuguesas Carlos Andrade defendeu hoje, em Coimbra, uma alteração do regime de atribuição do Rendimento Social de Inserção (RSI), para que não seja exclusivamente financeiro, e comporte um novo projeto de vida.
Ao intervir no X Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas, o membro do secretariado da organização propôs que esse subsídio "não seja convertido de forma única em apoio financeiro", e que comporte "uma perspetiva de futuro" para o beneficiário.
"Está provada a hereditariedade da dependência", referiu, em alusão aos casos em que o acesso a esse benefício social se vai transmitindo entre os membros da família.
Na sua perspetiva, "a pobreza extrema têm uma problemática que carece de intervenção".
Uma das formas de intervenção, no seu entendimento, passa, por exemplo, por garantir o "acesso privilegiado" das famílias com RSI aos serviços de apoio à primeira infância, nomeadamente a creches e ensino pré-escolar.
No entanto, defende que tem de ficar assegurada à família a "prestação alimentar propriamente dita", mas em casos de "despesas estruturantes", como a água, o gás, a eletricidade, isso pode ser garantido por "cheque de serviço".
Esses pagamentos podem ser liquidados diretamente às empresas prestadoras dos serviços, explicou.
Para Carlos Andrade, as Misericórdias poderiam ser parceiras nesta nova filosofia do RSI, garantido o acompanhamento e a monitorização dos casos.
O X Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas, que quinta-feira começou em Coimbra, é encerrado ao final da tarde de hoje, em Arganil, pelo Presidente da República.

FF.
Lusa/fim
SICNotícias

DIRIGENTE DA UMP QUER O ESTADO A PAGAR AS DESPESAS POR ELE REALIZADAS

Misericórdias querem Estado a financiar o setor social

Foto Gonçalo Manuel Martins
O presidente da União das Misericórdias Portuguesas afirmou hoje que na atual crise “é absolutamente inaceitável” que o Estado opte por financiar o setor público quando sabe que o setor social faz mais barato.
“É absolutamente inaceitável que o Estado financie por 100 o sector público se pode alcançar o mesmo resultado por 70 no setor social. A prática tem até demonstrado que o setor social, em geral, é capaz de fazer tão bem, em termos de eficácia e qualidade e, sobretudo, muito mais barato”, sustentou.
Manuel de Lemos, que falava em Coimbra na sessão de abertura do X Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas, referiu que “os responsáveis públicos da área da Segurança Social sabem isso há dezenas de anos”, e que “os responsáveis da Saúde estão a descobrir essa perceção em passo acelerado”.
Isso é evidente – acrescentou – no recente acordo com o ministério da Saúde para consultas e cirurgias, e que “decorre de toda a filosofia da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados”.
No entendimento de Manuel de Lemos, no atual contexto de crise, “a economia social assume uma importância decisiva”.
“É urgente que, nesta legislatura que agora começa, os partidos se ponham de amplo acordo para que, em Portugal, haja uma lei que regule a economia social e solidária no quadro da sua especificidade face à economia formal”, sublinhou.
O dirigente referiu que “a questão da propriedade das farmácias, a questão da devolução do IVA, dos benefícios fiscais, do sentido do que quer dizer “utilidade pública”, são exemplos de questões que se colocam agora com ainda mais acuidade”.
Na sessão de abertura, o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, lembrou que cada vez mais o poder local tem vindo a ser solicitado pelos cidadãos para dar respostas sociais, que fazem parte das obrigações do Governo.
“A partilha de responsabilidades do poder local e nacional é inadiável. Os municípios têm vindo a substituir o Etado, e não pode ser”, sustentou.
José Reinaldo, presidente da Confederação das Misericórdias Brasileiras (CMB), que também interveio na sessão de abertura do congresso, afirmou que a experiência das Misericórdias portuguesas “pode ajudar em muito” na resolução dos problemas das instituições no seu país.
A ideia de cuidados continuados, especialmente ao nível da sua qualidade, ou as respostas sociais ao idoso, “são muito importantes, e é preciso desenvolver no Brasil”, acrescentou.
A antiga ministra Maria Belém Roseira, presidente do congresso, salientou que na área da Saúde, e pelas imposições da “troika” que negociou a ajuda externa a Portugal, o “Estado pode contar com as misericórdias para o seu cumprimento”.
A resposta à pobreza é outra das áreas, mas a antiga titular da pasta da Saúde sustenta que uma das importantes missões das Misericórdias é “ajudar as pessoas a libertar-se do suporte social, e a encontrar oportunidades”.
“Que as Misericórdias sejam obreiras do ideal de justiça que acompanha a condição humana”, concluiu.

Diário as beiras

sábado, 18 de junho de 2011

"Não há dinheiro para mandar tocar um cego" - MAS HÁ DINHEIRO PARA MANIFESTAÇÕES DE VAIDADE

Manuel de Lemos, líder das Misericórdias

"Não há dinheiro para mandar tocar um cego"

Só o colar custou 7.500 € e foi pago com dinheiro destinado a combater a pobreza

O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel de Lemos, diz que "não há dinheiro para mandar tocar um cego" e que, por isso é necessário aproveitar melhor as capacidades e os recursos disponíveis
  • 15 Junho 2011
Em declarações à Lusa, em vésperas do início do congresso das Misericórdias portuguesas, que decorrerá em Coimbra e Arganil, entre quinta-feira e sábado, Manuel de Lemos sustenta ser preciso "ser intransigente, imaginativo e trabalhar em conjunto".
"Mais do que dinheiro, é a unificação de capacidades e recursos. As Misericórdias acham que têm de chamar à responsabilidade quem não quiser este diálogo", sublinha.
Na sua perspectiva, "não dá para fazer de conta quando não há dinheiro para mandar tocar um cego".
Segundo Manuel de Lemos, "antes de começar a pedir mais recursos, é [necessário] aproveitar os que temos", embora admita que os poderes central e local "têm um papel fundamental" nesta abordagem concertada aos problemas.
Admite também que o congresso que na quinta-feira abre em Coimbra "é o momento da União de Misericórdias para encontrar formas para um caminho melhor".
Manuel de Lemos observa que normalmente as instituições quando se reúnem à mesa colocam o problema no centro, mas nesta altura é preciso que estejam todos do mesmo lado, de frente para o problema.
"Temos de ser razoáveis. Portugal não tem motivo para que alguém passe fome", cita, lembrando que, "com mais organização", seria possível aproveitar melhor a "malha" de Misericórdias e de outras instituições particulares de solidariedade social do país.
O X Congresso Nacional das Misericórdias Portuguesas, subordinado ao tema "A Intergeracionalidade: Passado, Presente e Futuro", deverá ser encerrado ao final do dia de sábado em Arganil, com a presença do Presidente da República, Cavaco Silva.

CM

quinta-feira, 16 de junho de 2011

CONGRESSO DA UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS

Acabámos de assistir no jornal da noite da SIC às intervenções dos "presidentes" do Secretariado Nacional e da Assembleia Geral da União das Misericórdias Portuguesas.
Tal como seria expectável ambas foram desastrosas e contendo segundas intenções.
Em ambas se percebem recados para o futuro Governo.
Em ambas se depreende que esses "presidentes" farão pressão para "sacar" mais dinheiro ao erário público.
Já lá iremos, a esta questão de tentarem "sacar" mais dinheiro dos nossos impostos. Tal terá algum fundamento ou justificação, o Governo dar mais dinheiro à União das Misericórdias Portuguesas? É o iremos ver mais adiante.

Para fixemo-nos nos conteúdos das referidas intervenções.
Primeiro, a do "presidente" do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas.
Falou numa rede de refeitórios sociais.
Onde está essa rede?
Quantos refeitórios sociais têm as Misericórdias?
Muito poucas serão as Misericórdias que têm instalações destinadas a refeitórios sociais, conhece-se a Misericórdia do Porto. Quantas mais terão esse equipamento social específico?
Esse mesmo "presidente" pediu para que o Governo ponha à sua disposição mais bens, sem referir quais. Quais são os bens que esse "presidente" entende serem necessários para que as Moisericórdias respondam às solicitações que lhes são dirigidas ?
Saberá do que está a falar?
Referiu ainda que as Miserricórdias têm custos nas actividades de saúde 30 a 50 % inferiores aos mesmos serviços no Serviço Nacional de Saúde.
Mas não o comprova om números.
E quantas Misericórdias têm, verdadeiramente, actividades de saúde ? No máximo 12 (doze) ?
Ainda assim é necessário demonstrar que as Misericórdias têm custos inferiores aos do Serviço Nacional de Saúde.
Será bom referir que o
Serviço Nacional de Saúde tem âmbitos onde a sua capacidade está longe de estar esgotada.
Importa desmontar a argumentação falaciosa muitas vezes utilizada por esse "presidente".
Cingimo-nos, hoje ao caso das chamadas operações às cataratas.
Esse"presidente" acusou Presidentes de Câmara estarem a enviarem para Cuba Munícipes quando as Misericórdias fariam essas mesmas operações muito mais baratas.
Houve pelo menos um Presidente de Câmara que consultou o chamado Grupo Misericórdias Saúde (ou alguns dos seus integrantes) e concluiu:
- enviar os seus Munícipes a Cuba para serem aí operados, pagando deslocação do próprio e de um acomnpanhante, a que há que juntar o preços de duas viagens, mais as respectivas estadias de uma semana, era bastante mais barato do que o pagamento só da cirurgia do Munícipe numa das Misericórdias recomendadas por esse Grupo.

O comentário da "presidente" da Mesa da Assembleia Geral também é digno de uma breve análise.
Afirmou ela que é altura de somar e não de subtrair.
Mas terá havido algiuma época em que assim não tivesse que ser?
Ainda ninguém se esqueceu que essa "presidente" foi Ministra da Saúde durante 4 (anos). Não ainda assim tantos anos que permitissem apagar da memória a sua passagem por esse Ministério.
É muito fácil depreender das suas palavras uma critica (negativa, se quisermos depreciativa) já ao futuro Governo de Portugal.
Utilizando o seu cargo na União das Misericórdias Portuguesas assumiu uma postura de nítida opisição ao futuro Governo Prsesidido pelo Dr. Pedro Passos Coelho.
Mas aqueles que bem se lembram da sua acção no Ministério da Saúde recordarão que essa mesma acção não foi nada facilitadora da intervenção das Misericórdias na área da saúde. Bem antes pelo contrário.
Ainda estará bem presente na mente de muitos que foi a actual "presidente" da Mesa da Assembleia Geral da União das Misericórdias Portuguesas que pôs fim ao financiamneto que até aí era garantido pelo Minsitério da Saúde, às Escolas de Enfermagem.
Ora a União das Misericórdias Portuguesas tinha assumido a Escola de Enfermagem das Irmãs Missionárias de Maria, há relativamente pouco tempo e de repente perde o financiamento por iniciativa daquela que agora diz que é necessário somar.
Ou será que só é necessário somar agora?
Quando ela era Ministra, pelos vistos, era necessário subtrair.
Como se mudam os tempos e se mudam as vontades.
Para abertura de um Congresso que tem que ser um espaço de SOLIDARIEDADE, bem mal começou.
Aliás nem outra coisa seria de esperar.

Vamos então regressar à questão inicial.
Será que o Governo deverá por à disposição das Misericórdias mais dinheiro?
Será que o Governo deverádisponibiolizar mais dinheiro para a União das Misericórdias Portuguesas?
Jáontem aqui afirmámos que este congresso é mais uma vez uma afronta à pobreza.
Se o realizado em 2009, na Ilha da Madeira, onde as Misericórdias forma levadas a gastar sem o mínimo de proveito centenas de milhares de euros, este que agora decorre no distrito de Coimbra vai pelo mesmo caminho.
Será que se justifica o Governo entregar mais dinheiro à Misericórdias quando estas Instituições são levadas a gastar sem o mínimo de utilidade centenas de milhares euros?
Quando o "presidente" do Secretariado Nacional vem à televisão afirmar que há cada vez mais cidadãos a pedirem ajuda às Misericórdias (ajuda alimentar) será que esse mesmo "presidente" e todos aqueles que ele estimulou a irem passar estes 3 /três) dias ao distrito de Coimbra se sengtirão de bem com a sua consciência quando amanhã se sentarem para jantar na Quinta das Lágrimas, onde cada jantar não devetrá custar menos de 75 euros?
Poderão sentir-se de bem com a sua consciência todos aqueles que dizem que têm dificuldades em corresponder às solicitações que diariamnete lhes chegam de cidadãos a pedir ajuda quando eles em liberdade gastam num jantar o que alguns cidadãos não têm num mês inteiro para comer?
Poderíamos continuar a referiri muitos caos, nomeadamente, dentro da União das Misericórdias onde se gastam milhões de euros sem qualquer justificação e sem que esses gastos sejam apresentados às Misericórdias suas filiadas.
Fiquemo-nos por aqui.
Por DEVER DA VERDADE.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

CONGRESSO DA UNIÃO DAS MISERICÓRDIAS

Tem início amanhã no distrito de Coimbra mais um Congresso da União das Misericórdias Portuguesas.
De acordocom a organização este Congresso será dedicado ao tema da Intergeracionalidade.
Mas ao tema do Congresso só lhe é dedicada uma sessão.
Vai ser mais um Congresso - mais uma oportunidade perdida.
Quando os problemas para os quais as Misericórdias têm vocação atingiram uma gravidade e dimensão como há muito não se sentiam, dedicar um Congresso a um tema que nem sequer pode ser considerado nem problema nem está na primeira linha das preocupações dos Portugueses, só pode ser considerado uma oportunidade perdida. Mais. Dizemos mais uma oportunidade perdida porque:
- lembram-se do VI Congresso realizado em Évora em 1996, depois de 20 anos de interregno? Lembram-se do tema desse Congresso ? TOTONEGÓCIO foi o tema mais abordado.
Realizaram-se mais alguns.
Vamos referir só mais dois.
Um realizado em Braga, talvez há 4 anos.
Ainda haverá alguém que recorde alguma conclusão? E qual a acção consequente?
Desse Congresso de Braga há quem espere pela apresentação das contas.
Há também quem espere pela confirmação da realização do almoço de encerramento numa propriedade do actual "presidente" do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas que terá sido pago pela União das Misericórdias Portuguesas, mas no qual só terão participado alguns membros do inner circle desse mesmo "presidente", cerca de 40 pessoas.
Há quem espere a confirmação do custo desse almoço.
Há quem espere a cofirmação do custo nos 25 000 € (vinte cinco mil euros).
Há quem espere que se confirme que o objectivo desse almoço era levar o Senhor Presidente da República a almoçar a essa casa do referido "presidente"que o mesmo possui em Amares.
Referiremos mais o último Congresso realizado na Madeira.
Esse Congresso foi aqui amplamente comentado.
Referiremos, no entanto, a principal conclusão desse Congresso.
A criação de um Banco de Voluntariado.
Aparentemente seria uma excelente iniciativa. Até porque se estava a 1,5 anos do início do Ano Europeu do Voluntariado que está a decorrer.
Ao que se conseguiu apurar esse Congresso que terá custado às Misericórdias, no mínimo, 500.000 € (quinhentos mil euros) e a única conclusão a que chegou resultou num rotundo fracassso.
Nesta data o Banco de Voluntariado a criar pela União das Misericórdias Portuguesas não terá saído ainda do campo das intenções.
Não se conhece um único voluntário  que a esse Banco tenha aderido.
É nesta sequência lógica que se inserirá o Congresso que amanhã terá início no distrito de Coimbra.
É um Cngresso que não despertou o mais mínimo interesse junto da esmagadora maioria das Misericórdias.
Aadesão foi muito pouco significativa. Razão pela qual nas últimas semanas tem sido feita uma enorme pressão sobre os Provedores das Misericórdias para participarem.
Mas o interesse de participar continua a ser diminuto.
Pode até dizer-se que o único objectivo do Congresso será levar o Senhor Presidente da República à sessão de encerramento.
Porquê?
Porque assim quem "dirige" a União das Misericórdias Portuguesas procura convencer os participantes de que tem grande influência junto do Senhor Presidente da República.
Uma nota nada abonatória para quem organiza este Congresso.
Numa altura em que Portugal atravessa enormes dificuldades.
Agora que mais dificuldades vão ter que ser suportadas pelos Portugueses.
Quando o número de pobres não pára de aumentar.
Quando há gente com fome em Portugal.
Os "dirigentes" da União das Misericórdias Portuguesas organizam um JANTAR DE GALA nas QUINTA DA LÁGRIMAS um dos mais caros restaurantes.
Esta iniciativa destes "dirigentes" da União das Misericórdias Portuguesas demonstra umtotal insensibilidade perante a realidade com que os Portugueses estão confrontados, principalmente, os mais pobres e desfavorecidos.
Será que esses "dirigentes" da União das Misericórdias Portuguesas se sentirão bem com a sua consciência quando estiverem a jantar na Quinta das Lágrimas quando bem perto há tanta e tanta em dificuldade para sobreviver com o mínimo de dignidade?
Será que esses "dirigentes" da União das Misericórdias Portuguesas, vivendo a realidade por eles róprios criada, jantar num dos mais caros restaurantes de Portugal, ainda consideram que quem recebe o Rendimento Social de Inserção não sabem utilizar os parcos euros de que dispõem?
Será que esse "dirigentes" da União das Misericórdias Portuguesas pensarão durante esse Jantar de Gala que o custo individual de cada jantar é o equivalente a metade do montante mensal do RSI?
Numa altura destas com as dificuldades que cada vez mais Portugueses sentem no seu dia a dia, será que esses "dirigentes" da União das Misericórdias Portuguesas não pensarão que aqueles que estão na pobreza poderão considerar gastar tantos e tantos milhares de euros numjantar de gala, uma afronta aos Pobres deste País?
Quer a realização do Congresso nos moldes e no tema que lhe é dedicado.
Quer a realização do referido jantar de gala, revelam, no mínimo imaturidade e insensibilidade social

sábado, 11 de junho de 2011

TRANSPARÊNCIA

A esta hora deste sábado dia 11 de Junho de 2011 o acordo político, entre o PSD e o CDS, com insidência governamental está praticamente terminado, faltando ultimar algumas questões de promenor.
A esta mesma hora a constituição do próximo Governo também estará, praticamente concluído quer na concepção quer no que aos seus integrantes diz respeito.
Os dois partidos que irão assumir o Governo da Nação Portuguesa, num espaço temporal previsível de quatro anos, afirmaram nos tempos mais próximos que a colaboração e cooperação com as Misericórdias será importante e revlar-se-á útil para a concretização de algumas políticas públicas de apoio aos que estarão mais pobres e debilitados com a crise em que Portugal estará mergulhado mais alguns anos. O contributo das Misericórdias poderá revelar-se fundamental para combater a pobreza, para promoção da inclusão assim como na defesa da dignidade humana.iando redes de acção e intervenção colectiva. A acção e intervenção das Misericórdias actuando em autêntica união criarão sinergias potenciadoras de resultados superiores à soma das intervenções individuais.
As Misericórdias poderão desempnhar um papel tanto mais activo e tanto mais útil quanto agirem enquanto universo institucional, cre
Os principais responsáveis por esses dois Partidos - PSD e CDS - afirmaram várias vezes que são defensores da transparência na "coisa" pública.
Ora, pairando tantas e tão diversificadas suspeições de ilegalidades e irregularidades dentro da União das Misericórdias Portuguesas, importa que o Governo que tomará posse nos próximos dias determine uma inspecção, dentro das suas competências de forma a por fim ao clima de suspeição que há muito paira sobre aqueles que "dirigem" essa mesma União.
A clareza e transparência são esssenciais para que o Governo dialógue e promova colaboração e cooperação com as Misericórdias através da sua União.
A realização dessa inspecção será essencial para por fim ao clima de suspeição que há muito paira sobre o funcionamento da União das Misericórdias Portuguesas.
Para que as Misericórdias, através da sua União, possam ser chamadas a colaborar e a cooperar com o Governo de forma a trabalharem para o bem comum, sem o mínimo de suspeição será de todo vantajoso que o próximo Governo determine uma inspecção à União das Misericórdias Portuguesas de acordo com as competências governamentais fixadas na Lei, sem interferir na autonomia e identidade destas instituições de bem fazer.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Famílias da classe média não conseguem pagar lares de idosos ???


06 de Junho de 2011

Instituições criticam burocracia e regras do Estado

Há famílias portuguesas que já não conseguem pagar as prestações dos lares da terceira idade, devido à crise. O alerta é do responsável da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) para os assuntos de Acção Social, Carlos Amaral, que afirma que são sobretudo as famílias de classe média que já não asseguram os compromissos: "Todos os dias, nos nossos lares, nos dizem que não conseguem pagar a prestação".

Carlos Amaral garante que nestes casos, que atingem sobretudo a classe média, têm sido as instituições a garantir a permanência dos idosos: "As misericórdias têm conseguido, porque adquirimos capacidade económica ao longo de 500 anos para suportar o défice. Mas até quando?" O presidente da Ali - Associação de Apoio Domiciliário de Lares e Casas de Repouso de Idosos, João Ferreira de Almeida, afirma mesmo que há cada vez mais famílias que, por não conseguirem pagar as mensalidades - nos lares privados podem oscilar entre os 700 e os 1500 euros -, estão a retirar os idosos das instituições: "Normalmente, para os colocar nas casas clandestinas, onde a mensalidade é muito inferior", diz.

Por correio electrónico, o presidente do Instituto da Segurança Social, Edmundo Martinho, diz, porém, que "importa desmistificar a ideia" de que estas casas são "mais económicas", uma vez que, "em muitos casos", as mensalidades "igualam ou superam" as de instituições legalizadas.

O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, Lino Maia, ressalva que, nos lares que são instituições particulares de solidariedade social, desconhece situações de falta de pagamento. Nestas entidades, diz, procuradas por "pessoas com mais dificuldades", as prestações são "ajustadas" às condições económicas da família do idoso.

Edmundo Martinho garante que "pode eventualmente acontecer um ou outro caso" de idosos retirados dos lares por dificuldade de pagamento. "Mas nunca de modo a constituir uma tendência ou a representar uma preocupação". Ferreira de Almeida discorda e sustenta que a crise está "a retrair as pessoas de colocarem idosos nos lares". Uma das situações que se verificam, diz, é os idosos irem para casa, porque há familiares que ficaram desempregados.


Legislação encarece

Alguns destes dirigentes entendem que a legislação tem exigências desadequadas à realidade do país, encarecendo o funcionamento dos lares e aumentando as prestações. Apesar de ressalvar que a queixa já é antiga, João Ferreira de Almeida diz que a situação piorou com a crise: "Há hoje lares privados que se viram obrigados a encerrar parte das suas instalações e a despedir pessoal e a tendência é para a situação se agravar", diz o presidente da Ali, que congrega 200 empresas proprietárias de lares.

Carlos Amaral tem uma percepção idêntica: "Temos um nível de exigência desajustado ao país, é confrangedor! Se o Estado quer que todos os lares sejam seis estrelas, que os pague! O Estado não tem dinheiro, as famílias também não, o Estado não tem noção da realidade, é especialista em criar realidades fantasiosas!"

O responsável da UMP defende que, para enfrentar esta situação, em que tanto as famílias como o Estado estão sem dinheiro, é preciso alterar a legislação e abrir vagas, o que aumentaria as receitas das instituições e diminuiria os custos para as famílias: "O que temos de fazer é, com os mesmos lares e o mesmo número de trabalhadores, aumentar a protecção social, abrir mais vagas."

Mas, para isso, seria necessário alterar a legislação que determina que, para um lar funcionar, tem de haver 25 por cento de quartos com uma cama e 75 por cento com duas: "Temos de alterar isto para [uma norma que estipule] o número de metros quadrados por utente, tendo em conta a sua qualidade de vida. Desde que haja esse número, pode haver uma, duas ou três camas...", defende.

Também Ferreira de Almeida considera que "a legislação obriga a que se gaste imenso dinheiro para alojar apenas um pequeno número de idosos" - "dois a 2,5 milhões de euros em média apenas para 40 a 45 idosos". Em contrapartida diz que, por exemplo, deveria ser mais fácil adaptar moradias já existentes a lares com "qualidade média, mas suficiente" e "de acordo com o nível socioeconómico dos idosos e das famílias", em vez de se construir de raiz.

"O país está agarrado a regras burocráticas, que perturbam o desenvolvimento do sector social. Temos de deitar fora o sistema burocrático e controleiro que caracteriza o Estado", diz Amaral. "As misericórdias estão a resistir. De vez em quando, temos de baixar [os preços], mas isso não é suportável. Um idoso, com as regras que há, custa mil euros por mês. Quem tem dinheiro para isto?"Edmundo Martinho rejeita as críticas e defende que a legislação está "perfeitamente adequada": "A situação de crise que vivemos não pode ser o pretexto para fazer regredir o nível de qualidade que as instituições de solidariedade têm vindo a conseguir". Apesar de adiantar que está "em revisão o normativo que regula o funcionamento dos lares de idosos", avisa desde logo que "o caminho a seguir é o de elevar em permanência os patamares de qualidade" e não o de "aligeirar" as regras.

Maria João Lopes 
Público

quinta-feira, 2 de junho de 2011

ERRA-SE POR ACÇÃO e ERRA-SE POR OMISSÃO

ERRAR MAIS SERÁ IMPOSSÍVEL

Assinalámos nos 2 últimos post's que aqueles que "dirigem" a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) "esqueceram-se que o dia 31 de Maio foi o Dia das Misericórdias. Nenhuma iniciativa nenhuma palavra mereceu, desses "dirigentes" o Dia das Misericórdias.

Assinalámos também a intenção do "presidente" do Secretariado Nacional da UMP - o silência dos outros indicia concordância - em tyransformar as Misericórdias em fiscais do Estado para o Rendimento Social de Inserção.
Hoje devemos assinalar que aqueles que "dirigem" a União das Misericórdias Portuguesas (UMP) esqueceram-se que, ontem dia 1 de Junho foi o DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA.
Nem uma única inciativa nem uma única palavra para assinalar essa efeméride.
Estes "dirigentes" esqueceram-se que as crianças são o grupo etário mais frágil o mais afectado pela pobreza.
Nenhuma atenção merecem as crianças por parte daqueles que "dirigem" a União das Misericórdias Portuguesas (UMP).
Ontem, para assinalar o Dia Internacional da Criança, 20 Instituições assinaram um Compromisso para a Criação do Fórum dos Direitos das Crianças e Jovens.
Para quem é tão lesto em assinar compromissos eprotocolos sem o mínimo interesse, é incompreensível que a UMP tenha ficado fora desta relevante iniciativa para a protecção das crianças e jovens.
É tanto mais estranha a ausência da UMP desta iniciativa quando a CNIS marcou presença assinando o Compromisso.
Porque será que a União das Misericórdias Portugesas fica à margem de tudo o que é importante para a acção e intervenção das Misericórdias ao serviço dos mais pobres e desprotegidos?